Ricardo Baeta
 Equilíbrio entre tratamento definitivo e ausência de danos
neurológicos decorrentes do tratamento
 Fatores relacionados ao paciente (sintomas, idade,
comorbidades), localização do tumor, e o grau de atipia ou
malignidade do tumor são todos importantes fatores na
determinação do tratamento mais eficaz
 Vigilância ativa
 Tratamento efetivo
 Ressecção subtotal combinada com radioterapia (RT)
 Muitos meningiomas são descobertos em estudos de neuroimagem
obtidos para sintomas mínimos que podem ou não estarem
relacionados com o tumor
 Podem apresentar crescimento lento ou inalterado por períodos
prolongados
 A maioria dos pacientes com meningiomas pequenos e
assintomáticos podem ser observados e somente tratados
efetivamente se aumentarem de tamanho ou tornarem-se
sintomáticos
 Dados de um estudo retrospectivo realizado no Japão indicam que
grande proporção dos pacientes assintomáticos não se tornam
sintomáticos a curto prazo
 Abordagem dos autores em tal situação é reavaliar o paciente
com RNM ou TCC após 3 a 6 meses
 Caso continue assintomático e não apresente evidência de
crescimento tumoral, o paciente pode ser monitorado com
neuroimagem anualmente (particularmente apropriada para
pacientes idosos e naqueles com comorbidades significantes)
 Em jovens existe um limiar inferior para intervenção cirurgica
 Meningiomas sintomáticos e assintomáticos que estão crescendo,
infiltrando, ou associados a edema perilesional devem, se possível,
serem operados
 Cirurgia também é recomendada para meningiomas assintomáticos
em pacientes jovens que tenham lesões acessíveis (cirurgia
precoce)
 Cirurgia combinada com RT para lesões menos acessíveis ou para
meningiomas atípicos e malígnos, onde o risco de recorrência é
alto e margens cirúrgicas negativas não podem ser asseguradas
 Grau 1 – Ressecção completa, incluindo conexão dural e osso
anormal
 Grau 2- Ressecção completa, com coagulação da conexão dural
 Grau 3- Ressecção completa, sem ressecção ou coagulação da
conexão dural
 Grau 4- Ressecção subtotal
 Grau 5- Somente descompressão do tumor
 Ressecção completa usualmente tentada em tumores da
convexidade, goteira olfatória, 1/3 anterior do seio sagital,
alguns tentoriais e da fossa posterior
 Ressecção parcial pode ser mais apropriada para os tumores
menos acessíveis, como aqueles que envolvem região posterior do
seio sagital ou clívus. O tumor residual deve ser tratado com RT
 Biópsia ou tratamento sem histopatológico pode ser necessário
nos tumores inacessíveis (parte medial da asa do esfenóide ou
seio cavernoso)
 Déficits neurológicos no pós-operatório pode ser uma complicação
direta da cirurgia (2-30%)
 Lesão cortical pode ocorrer (ruptura vasculatura pial)
 Déficits de nervos cranianos são um risco na cirurgia para
meningiomas de base de crânio
 Mortalidade variável
 CONVULSÕES: Anticonvulsivantes profiláticos geralmente não
são indicados antes do tratamento em pacientes sem história de
convulsão.
Pacientes submetidos a cirurgia para tumores supratentoriais
devem recebem anticonvulsivantes no pós-op.. Naqueles que não
apresentarem crises a droga deve ser reduzida gradualmente e
depois suspensa
 EDEMA CEREBRAL: Iniciar corticosteróide no pré-op;
durante a cirurgia, manitol e furosemida são administrados e a
PCO2 arterial reduzida para 30 mmHg para reduzir a PIC
 TROMBOSE VENOSA PROFUNDA: Heparina de baixo peso no
pós-op; botas de compressão pneumática
 RT APÓS RESSECÇÃO SUBTOTAL: Estudos observacionais
mostram evidências de aumento substancial na sobrevida
comparada com a ressecção parcial única, e pode ser tão efetiva
quanto a ressecção completa
 RT ÚNICA PARA MENINGIOMAS IRRESSECÁVEIS: Controle
tumoral evitando os riscos da cirurgia. Em uma série, 101
pacientes com meningiomas benígnos presumidos de base de
crânio, tratados com RT única (66) ou após ressecção subtotal
(35). Seguimento médio foi de 5 anos. Taxas de controle local
para todos os pacientes foram 95% em 5 anos, e 92% em ambos
10 e 15 anos
 MENINGIOMAS DE ALTO GRAU: Meningiomas atípicos (WHO
II) e malígnos/anaplásicos (WHO III) apresentam frequência
elevada de recorrência mesmo após ressecção total. Embora não
existam estudos randomizados, o alto risco de recorrência tem
levado ao uso frequênte de RT pós-op nos pacientes com
meningiomas de grau II e III, mesmo nos casos de ressecção
aparentemente completa
 DOSAGEM E TOXICIDADE: Quando RT é usada no pós-op para
tratar doença residual, uma dose de 54 Gy em frações diárias de
1.8 a 2 Gy é usada geralmente para meningiomas benígnos.
Meningiomas atípicos e anaplásicos são tratados com doses
maiores (59.4 Gy).
 Efeitos adversos no tecido cerebral normal são vistos raramente
com doses fracionadas de 54 Gy e são incomuns com doses
maiores que 59.4 Gy.
 RADIOCIRURGIA ESTEREOTÁXICA: Radiação focalizada, em
dose alta e única, minimizando danos às estruturas adjacentes.
Limitada a tumores de até 3 cm ou pacientes com risco elevado.
Pode-se obter um controle excelente, 93% em 5 e 10 anos
 RADIOTERAPIA ESTEREOTÁXICA: Radiação é dada em
múltiplas pequenas frações para tumores do nervo óptico, seio
cavernoso, ou próximos ao tronco cerebral. 71% sobreviveram por
5 anos e 72% apresentaram melhoras neurológicas
 RT DE INTENSIDADE MODULADA – IMRT: Tem por objetivo
preservar tecidos adjacentes saudáveis, utilizando como tática a
modulação da intensidade da radiação que chega ao paciente,
através da segmentação do feixe incidente em segmentos com
diferentes intensidades
 MIFEPRISTONE
 HIDROXIUREIA
 INTERFERON ALFA-2b
 ANÁLOGOS DA SOMATOSTATINA
 Equilíbrio entre tratamento definitivo/danos neurológicos




relacionados ao tratamento
Idade, comorbidades, sintomas, localização do tumor, grau de
atipia – São todos fatores importantes na determinação da
abordagem
Meningiomas pequenos, assintomáticos, sem edema ou invasão, os
autores sugerem observação cuidadosa. Repetir exame de imagem
em 3 a 6 meses, e depois anualmente
Caso ocorra crescimento tumoral, tratamento ativo com cirurgia
e/ou RT
Pacientes jovens em boas condições clínicas – intervenção
precoce
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TRATAMENTO DOS MENINGIOMAS