Professor: Breno Gregório Lima
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Conceitos Básicos de Economia
• Escassez
• Especialização, trocas e o dinheiro
• Demanda e oferta: O Mecanismo de Mercado
Economia Pública e Privada
• Ação Econômica do Governo
• Organização de Empresas Privadas e seu funcionamento
Mercado Monetário e Financeiro
• Banco Central e os Instrumentos da Política Monetária
• A Moeda e o Sistema Financeiro
Economia, Organização e Tecnologia
• Digitalização e Virtualização
• Mídia de Massa e Redes Interligadas
• Inovação e Comércio Eletrônico
• Globalização
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Escassez
Especialização, trocas e o dinheiro
Demanda e oferta: O
Mecanismo de Mercado
Ação Econômica do Governo
Organização de Empresas
Privadas e seu funcionamento
Banco Central e os Instrumentos
de Política Monetária
A Moeda e o Sistema Financeiro
Digitalização e Virtualização
Mídia de Massa e Redes
Interligadas
Inovação e Comércio Eletrônico
Globalização
Economia é a ciência social
que estuda a produção, distribuição, e
consumo de bens e serviços.
O termo economia vem do
grego oikos (casa) + nomos
(costume ou lei), daí “regras da casa
(lar).”
A ciência econômica existe desde os primórdios das civilizações, e vem
se desenvolvendo lentamente como disciplina, agregando elementos da teologia,
filosofia, administração, direito, matemática, estatística, entre outras tantas
ciências.
Sempre existiu uma correlação muito forte entre política e economia, na
medida em que as civilizações que conseguiam colocar em prática o
desenvolvimento econômico também obtinham uma supremacia em relação aos
demais, seja com recursos naturais ou simples aumento da população
A Economia estuda as formas de comportamento humano resultantes da
relação entre as necessidades dos homens e os recursos disponíveis para satisfazê-las.
Assim sendo, esta ciência está intimamente ligada à política das nações e à
vida das pessoas, sendo que uma das suas principais funções é explicar como
funcionam os sistemas econômicos e as relações dos agentes econômicos, propondo
soluções para os problemas existentes.
A grosso modo, a história do pensamento econômico pode ser dividida em
3 eras, conforme quadro abaixo:
Pré-Moderno
(Gregos, Árabes e
Romanos)
Moderno
(Mercantilismo e
Fisiocracia)
Contemporâneo (à
partir de Adam
Smith)
Pré-Moderno
Diversos filósofos antigos fizeram observações de cunho econômico.
Dentre eles, Aristóteles é provavelmente o mais importante.
Os árabes medievais também fizeram contribuições para a
compreensão da economia. Em particular, Ibn Khaldun de Tunis
(1332-1406) escreveu uma teoria política e mostrando, por exemplo,
como a densidade da população é relacionada com a divisão do
trabalho, que leva ao crescimento econômico que, por sua vez,
conduz a uma população maior, formando um círculo virtuoso
Moderno - Mercantilismo
Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a
meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do
controle governamental da economia e da expansão comercial.
Conseqüência da ampliação de horizontes econômicos propiciada pelos
descobrimentos marítimos do século XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar
variantes de país para país, esteve sempre associado ao projeto de um estado monárquico
poderoso, capaz de se impor entre as nações européias.
Para
a
consecução
dos
objetivos
mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser
relegados a segundo plano: a economia local tinha que
se transformar em nacional e o lucro individual
desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento
do poder nacional. A teoria foi exposta de maneira
dispersa em numerosos folhetos, meio de comunicação
então preferido pelos preconizadores de uma doutrina.
Moderno - Fisiocracia
O termo fisiocrata (fis - natureza; cratos = poder), de origem grega, significa "poder da natureza"
Saindo em defesa do respeito às leis naturais que regulavam
a economia, os fisiocratas foram os primeiros teóricos que
se mostraram completamente contrários a qualquer tipo de
intervenção estatal na economia. Conseqüentemente, uma
das mais célebres frases que expressam essa concepção
fundamental da fisiocracia, cunhada pelo pensador Vincent
de Gournay, diz “laissez faire, laissez passer, lê monde va de
lui même” (“deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si
mesmo”).
De acordo com a fisiocracia, o lucro gerado pela indústria e pelo comércio não
poderiam ser geradores de riqueza. As mercadorias e outros bens que circulavam nesses dois
setores econômicos somente representavam uma transformação daquilo que era gerado pelo
uso da terra, lugar que seria fonte de toda e qualquer riqueza. Desse modo, o pensamento
fisiocrata acreditava que os proprietários de terra deveriam ser vistos como os verdadeiros
geradores
de
toda
a
riqueza
nacional.
Contemporâneo
A economia moderna, como a conhecemos hoje, teve
início com a publicação dos trabalhos do escocês Adam Smith –
“A Riqueza das Nações” (Wealth of Nations, 1776)
Em seu trabalho, Smith
estabeleceu alguns dos princípios
fundamentais da economia,
estudando basicamente dois modos de produção que
são o Mercantilismo e a Fisiocracia, que ainda hoje
servem de guia aos economistas.
Adam Smith foi o primeiro a defender que
os interesses privados dos indivíduos produziam
benefícios públicos.
Porém, diferentemente do atual senso
comum, Smith nunca afirmou que o mercado
independe do Estado, idéia esta difundida pelos
neoliberais
Contemporâneo
Com uma perspectiva contrária as idéias de Smith,
no século XIX, Karl Marx oposicionou a economia de
mercado ao afirmar que a organização econômica é uma forma
de exploração do homem pelo homem.
Em suas idéias, Marx pregava que toda riqueza
produzida pelo trabalho era explorado pelos donos do capital.
Para Marx, equipamentos, não davam valor, apenas
transmitiam uma parte do seu valor às mercadorias, não
contribuindo portanto para a formação de valor.
Pelo contrário, o Homem através do seu trabalho
fazia com que as matérias primas e os equipamentos
transmitissem o seu valor ao bem final, e ainda por cima criava
valor acrescentado
Contemporâneo
Teoria Keynesiana - Conjunto de idéias que
propunham a intervenção estatal na vida econômica com o
objetivo de conduzir a um regime de pleno emprego.
As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme
influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação
da política de livre mercado. Acreditava que a economia
seguiria o caminho do pleno emprego, sendo o desemprego
uma situação temporária que desapareceria graças às forças do
mercado.
O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o
aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno emprego,
mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação.
Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar o pleno emprego e o controle da
inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos sindicatos com os empresários por
aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas medidas que evitassem o crescimento dos
salários e preços, mas a partir da década de 1960 os índices de inflação foram acelerados de forma
alarmante.
Assim como toda ciência, o nascimento e o desenvolvimento da economia até
os dias de hoje vieram de questionamentos e elaboração de conceitos:
1
• Como os bens são produzidos e trocados?
2
• Como escolhemos os bens produzidos?
3
• Que empregos estão disponíveis? A que salários?
4
• Que qualificações são necessárias para obter um bom emprego?
5
• Vale a pena cursar universidade? E pós-graduação?
6
• Por que é tão difícil conseguir emprego algumas vezes e tão fácil em outras?
7
• Por que os impostos são tão altos?
8
9
10
11
12
13
14
• Por que tantos não conseguem encontrar um emprego enquanto há tanto a fazer?
• Por que os preços aumentam de forma contínua?
• Por que uns são mais pobres que outros?
• Ficaremos sem petróleo? O que acontecerá?
• Estamos produzindo as coisas certas?
• Devemos produzir mais casas e menos automóveis? Ou mais serviços médicos e menos
competições esportivas?
• Por que a poluição é um problema? O que deve ser feito para contornar esse problema?
Microeconomia
A microeconomia examina o comportamento econômico dos agentes (inclusive
indivíduos e firmas) e suas interações em mercados específicos, dadas a escassez e regulação
governamental.
Um determinado mercado pode ser para um produto, digamos, milho fresco, ou os
serviços de um fator de produção, por exemplo, os serviços de um pedreiro. A teoria considera
agregados de uma quantidade demandada por compradores e quantidade ofertada por vendedores
para cada preço possível por unidade.
A microeconomia une esses aspectos para descrever como o mercado pode atingir um
equilíbrio em relação ao preço e a quantidade negociada ou responder a variações no mercado ao
longo do tempo.
Isso é geralmente referido como análise de oferta e demanda. As estruturas do mercado,
como competição perfeita e monopólio, são examinadas como implicações para o comportamento
e para a eficiência econômica.
A análise freqüentemente procede a partir da assunção simplificadora de que o
comportamento em outros mercados permanece inalterada, isto é, análise de equilíbrio parcial.
A teoria do equilíbrio geral permite alterações em diferentes mercados e agrega todos os
mercados, inclusive seus movimentos e interações em direção ao equilíbrio
Macroeconomia
A macroeconomia, também conhecida como "cross-section", examina a
economia como um todo, "de cima para baixo", para explicar amplos agregados
e suas interações. Tais agregados incluem as medições do produto nacional
bruto, a taxa de desemprego, e inflação dos preços e sub-agregados como o
consumo todas e os gastos com investimento e seus componentes.
Ela também estuda os efeitos da política monetária e política fiscal.
Desde pelo menos os anos 1960, a macroeconomia tem sido caracterizada pela
integração cada vez maior com a modelagem de base micro de setores, inclusive
a racionalidade dos agentes, o uso eficiente da informação no mercado, e a
competição imperfeita.
Isso tem abordado uma antiga preocupação sobre as
inconsistências no desenvolvimentos da disciplina. A análise macroeconômica
também considera fatores que afetem o nível de crescimento da renda nacional
no longo-prazo. Tais fatores incluem a acumulação de capital, mudança
tecnológica e crescimento da força de trabalho
Sistemas Econômicos
Em toda comunidade organizada, mesclam-se, em
maior ou menor medida, os mercados e a atividade dos
governos. O grau de concorrência dos mercados é variado,
indo do monopólio, em que apenas uma empresa opera, à
economia de livre mercado, que apresenta uma verdadeira
concorrência, com várias empresas operando.
O mesmo ocorre quanto à intervenção pública, que
engloba desde uma intervenção mínima em impostos, crédito,
contratos e subsídios até o controle dos salários e os preços
dos sistemas de economia centralizada que imperam nos
países comunistas.
Entretanto, em ambos os sistemas ocorrem
divergências: no primeiro, existem somente monopólios
estatais, sobretudo nas linhas aéreas e na malha ferroviária; no
segundo, somente concessões à empresa privada.
Sistemas Econômicos
As principais diferenças entre a organização econômica centralizada e a capitalista
reside em quem é o proprietário das fábricas, fazendas e outras empresas, assim como os
diferentes pontos de vista sobre a distribuição da renda ou a forma de estabelecer os preços. Em
quase todos os países capitalistas, uma parte importante do produto nacional bruto (PNB) é
produzida pelas empresas privadas, pelos agricultores e pelas instituições não governamentais,
como universidades e hospitais particulares, cooperativas e fundações.
Os problemas mais importantes enfrentados pelo capitalismo são o desemprego, a
inflação e as injustas desigualdades econômicas. Os problemas mais graves das economias
centralizadas são o subemprego, o maciço emprego informal, o racionamento, a burocracia e a
escassez de bens de consumo.
Em uma situação intermediária entre a economia
centralizada e a economia de livre mercado, encontram-se os
países social-democratas ou liberal-socialistas. A atividade
econômica recai, em sua maior parte, sobre o setor privado,
mas o setor público regula essa atividade, intervindo para
proteger os trabalhadores e redistribuir a renda. É a chamada
economia mista.
Emprego
A meta da economia,
pensando
em
macroeconomia e nas
sociedades,
é
o
desenvolvimento
de
melhores políticas, que
minimizem
os
problemas
e
maximizem
os
benefícios em troca de
nosso esforço diário.
Mais especificamente,
existe um consenso de
que devemos procurar
às seguintes diretrizes:
Crescimento
Estabilidade
Metas
Distribuição
de Renda
Eficiência
Emprego/Desemprego
A importância da manutenção de um elevado nível
destacou-se mais durante a Grande Depressão dos anos 30,
quando muitos países não alcançaram este objetivo. Longas filas
de desempregados formaram-se às portas das fábricas na
esperança de conseguir um emprego.
A taxa de desemprego se calcula como um % do total
da população economicamente ativa.
O trabalho é determinante no panorama econômico
de qualquer nação, pois é através do trabalho que a grande
engrenagem econômica gira.
Uma depressão existe quando a taxa de desemprego
permanece alta durante um longo período
Uma pessoa está desempregada se ela tem capacidade e , embora procurando,
não encontra emprego
Estabilidade de Preços / Inflação
Em economia, inflação é a queda do
valor de mercado ou poder de compra do
dinheiro. Isso é equivalente ao aumento no nível
geral de preços.
Inflação é o oposto de deflação.
Inflação zero, ou muito baixa, é uma situação
chamada de estabilidade de preços.
A inflação pode induzir a uma especulação improdutiva. Os devedores, por
exemplo, os que tomam dinheiro emprestado para comprar imóveis, beneficiam-se da
inflação. Conseqüentemente, uma aceleração da inflação leva, com freqüência, a uma
corrida dos que querem enriquecer de vez com a compra e posterior venda de bens imóveis
Nossa economia é complexa e depende de um fluxo contínuo de boa informação.
Os preços formam um elo importante na cadeia de informações
Eficiência
A economia pode exibir um mau desempenho mesmo com taxas bem baixas de
desemprego e de inflação. Por exemplo, as pessoas que trabalham em regime de tempo
integral poderiam ser mal orientadas em suas tarefas e os bens produzidos não serem aqueles
considerados os mais necessários
Eficiência é a meta de obter o máximo de resultado possível, com o menor esforço
produtivo
A eficiência é primordial para alocar os
recursos necessários, sem sobras ou perdas, tanto na
esfera pública quanto na privada.
Distribuição de Renda
Um país pode ser muito rico e seus habitantes muito pobres. Ou pode não ser tão
rico e seus habitantes desfrutarem de um padrão de vida superior ao de um país que tenha
uma renda per capita maior.
O que determina essa diferença é o perfil da distribuição de renda, ou seja, como a
riqueza total que é produzida no país se distribui entre os habitantes.
Muitos querem relacionar os problemas de distribuição de renda a questões
ideológicas. Na realidade trata-se de uma questão fundamental de macroeconomia e com ela
se preocupam as maiores entidades mundiais, adeptas das mais variadas ideologias, da
extrema direita à extrema esquerda.
A distribuição, fazendo uma analogia,
funciona como um bolo (a riqueza), que é distribuída
pelo total da população. Cabe ao governo buscar um
equidade nesta distribuição
Crescimento
Segundo a escola neoclássica, crescimento econômico é determinado pela variação
do PIB e sua relação com o crescimento demográfico de um país.
Nos fins da década de 50, o pensamento neo-keynesiano buscou entender o
crescimento econômico como um processo. O crescimento econômico, nos dias atuais, é
avaliado pela sua capacidade qualitativa de gerar riquezas e não mais quantitativa, como
pensava-se no início do século XX. Todo crescimento econômico específico de um país
apresenta origens históricas enraizadas
O
crescimento
não
deve
ser
compreendido somente no foco do aumento do
produto per capita , mas num conjunto de processos
dinâmicos nas atividades produtivas. Toda atividade
produtiva tem em si fases de planejamento e ações
com início, meio e fim suscetíveis a mudanças
tecnológicas e econômicas
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Açúcar aumenta quase 50% em um ano
Depois do leite, é a vez de o açúcar se transformar no grande vilão das compras de
supermercado.
Depois do leite, é a vez de o
açúcar se transformar no grande vilão das
compras de supermercado. E a explicação
para o aumento -- de quase 50% em um
ano -- está lá do outro lado do mundo. 30
kg de açúcar todos os meses, quantidade
necessária para dona Ademilde dar conta
das encomendas. Equilibrar custo e lucro
tem sido quase impossível para a doceira.
“Eu estava pagando 99 centavos, agora
R$ 1,59, depois R$ 1,99. Tem que ficar
com o prejuízo, já que não podemos
aumentar o preço,” diz Ademilde de Mello.
O açúcar subiu dez vezes mais do que a
média dos alimentos pesquisados. Em 12
meses, um salto de quase 50%.
Aparentemente não há razão para o preço
ter subido tanto, já que o Brasil continua
sendo o maior produtor de açúcar do
mundo.
A Índia, que é o
segundo país que mais
produz, teve uma
queda na safra de
açúcar nos últimos dois
anos, provocadas por
mudanças climáticas.
De vendedora no
mercado internacional,
passou a compradora.
As exportações brasileiras cresceram e o estoque interno, diminuiu.
Oferta menor, preço nas alturas. E para este economista, as
previsões não são nada animadoras. “Já há noticias de que a próxima
safra na Índia, ainda não vá ser uma safra tão boa. Não devemos
esperar para os próximos meses, uma normalização. Isso deve vir,
mas não tão rapidamente. ,” revela o economista Salomão Quadros,
da Fundação Getúlio Vargas.
notícia do Jornal Nacional do dia 07/09/09
Queda do preço do aço na China é um alerta
Analistas consideram que alta na demanda do aço pode influenciar na desvalorização dos
outros metais
A queda dos preços do
aço e do minério de ferro na China
nos últimos dias pode servir de sinal
de alerta para outros metais
industriais, disse o Deutsche Bank
em relatório divulgado nesta sextafeira, 21. Os contratos futuros de
aço na China caíram mais de 10%
desde 7 de agosto, enquanto o
preço do minério de ferro também
cedeu. "Está montado o cenário
para uma deterioração rápida, já
que o sentimento no mercado é
ruim", disse o analista Joel Crane.
O relatório afirma que a
demanda
induzida
pelo
estímulo fiscal permitiu que as
siderúrgicas
chinesas
operassem perto da plena
capacidade e repassassem o
aumento dos custos do minério
de ferro. Assim, a produção de
aço bruto da China cresceu para
um nível recorde de 50,7
milhões de toneladas em julho,
praticamente
metade
da
produção
mundial
total.
Segundo Crane, o aumento da
utilização
da
capacidade,
somado com o fato de que a
China importou aço bruto entre
abril e junho, faz com que o país
esteja "claramente com excesso
de oferta".
Crane acrescentou que os
preços do aço são um indício
muito melhor da demanda
por commodities da China do
que as cotações de outros
metais, como o cobre. "Ao
contrário dos metais básicos,
os preços domésticos do aço
na China estão muito menos
sujeitos às oscilações diárias
dos mercados globais", disse
Crane. "Nós acreditamos que
os preços dos metais básicos
sejam mais influenciados pelo
sentimento do investidor do
que pelos fundamentos mais
importantes,
como
a
demanda", acrescentou. As
informações são da Dow
Jones.
Agência Estado, 21/08/09
Analisando as duas notícias, uma sobre aumento, outra
sobre queda de preços, o que podemos concluir?
Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física - a
lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos
recursos escassos disponíveis a cada sociedade.
Se uma quantidade infinita de cada bem
pudesse ser produzida, não importaria que uma
quantidade excessiva de certo bem fosse de fato
produzida.
Nem importaria que os recursos disponíveis:
trabalho, terra e capital fossem combinados
irracionalmente para produção de bens. Não havendo
o problema da escassez, não faz sentido se falar em
desperdício ou em uso irracional dos recursos e na
realidade só existiriam os "bens livres".
Bastaria fazer um pedido e, pronto, um
carro apareceria de graça.
Desejos Ilimitados...
Se uma carruagem era suficiente
para nossos bisavós, por que não
o é para nós?
Além
das
necessidades básicas, o
homem trabalha por algo
mais. Não produzimos
apenas o suficiente para nos
vestir, nos alimentar e nos
abrigar.
“O homem é um eterno
insatisfeito”
Queremos mais! – O leque dos desejos do consumidor é
extremamente amplo. Queremos bens: casa, automóvel, sapatos,
relógios.... Queremos serviços: um bom restaurante, bons vinhos,
coleções, passeios, viagens, etc...
...E Recursos Escassos
Infelizmente, os
recursos são limitados.
Não temos o suficiente
para prover os desejos de
consumo da maioria, e
muitas vezes dentro de
cenários específicos, não
existem recursos sequer
para as necessidades
básicas.
Com desejos ilimitados e
recursos
limitados,
enfrentamos o problema
fundamental
da
economia, a escassez
Os Recursos podem ser divididos em 3 grupos
distintos
Terras aráveis, sol,
água, recursos
minerais, etc..
Mão de Obra,
braçal ou
intelectual
Equipamentos,
Recursos
financeiros
Cuba agora enfrenta escassez de papel
Cuba importa e produz papel higiênico, mas atualmente não tem matéria
higiênico prima suficiente para a produção
Em meio a uma
séria crise econômica, Cuba
está enfrentando escassez de
papel higiênico e pode não ter o
suficiente para atender à
população até o final do ano,
disseram fontes de empresas
estatais na sexta-feira. As
autoridades
dizem
estar
reduzindo preços de 24
produtos básicos, em reação
aos efeitos da crise global
financeira e de três violentos
furacões no último ano. As
reservas financeiras do país
ficaram esgotadas devido ao
maior gasto com importações e
à redução da renda com
exportações, o que obrigou o
governo comunista a tomar
medidas excepcionais. "A
corporação deu todos os
passos para que, ao final do
ano, haja uma importante
importação de papel higiênico",
disse uma fonte da estatal
Climex à estatal Rádio Rebelde.
Cuba importa e produz papel
higiênico, mas atualmente não
tem matéria prima suficiente
para a produção. Uma das
medidas tomadas diante da
crise é um corte de 20 por cento
nas importações, o que nos
últimos dias se tornou evidente
na redução da oferta de
produtos nas lojas estatais.
Cuba importa cerca de 60 por
cento dos seus alimentos.
Apesar da escassez, os preços
serão reduzidos entre 5 e 27%
para
alguns
alimentos,
medicamentos e produtos de
higiene pessoal.
Uma visita a uma loja no bairro
do Vedado, na sexta-feira,
mostrou uma queda nos preços
de maionese, molho para
churrasco e lula enlatada.
Um cliente que se identificou
como Pedro disse que "não
parece que os preços caíram
para
os
produtos
fundamentais", como óleo de
cozinha. Ana María Ortega,
subdiretora do conglomerado
varejista
TRD
Caribe,
administrado pelos militares,
disse que não haverá escassez
de produtos essenciais. "As
condições estão em vigor para
manter a oferta de produtos
essenciais", disse ela no
mesmo programa de rádio. Os
cubanos recebem uma ração
subsidiada de alimentos do
governo a cada mês, mas
dizem que essa quantidade
alcança para apenas duas
semanas. O presidente Raúl
Castro disse na semana
passada à Assembléia Nacional
que o governo cortou seus
gastos orçamentários pela
segunda vez neste ano e tem
negociado seus débitos e
gastos
com
fornecedores
estrangeiros.
Cuba tradicionalmente atribui
seus problemas econômicos ao
embargo norte-americano, mas
desta vez diz também que os
furacões do ano passado, que
provocaram prejuízos de 10
bilhões de dólares, obrigaram o
governo a gastar mais na
importação de alimentos e
compra de materiais para a
reconstrução.
Gazeta do Povo,
07/08/09
Soja rouba área do milho em 2010
Depois de perder mais de R$ 11
bilhões de receita neste ano, a
agricultura de grãos deve voltar a
crescer de forma significativa só em
2011. A safra 2010 de soja, milho,
algodão, arroz e feijão, que começa a
ser semeada no Centro-Sul a partir
deste mês, promete praticamente
repetir o desempenho da safra deste
ano, tanto em receita como em
volume
de
produção.
É consenso entre especialistas e
produtores que não haverá
avanços importantes na área plantada total,
apenas mudanças no mix de produção, com
aumento da lavoura de soja em detrimento da
de milho. A razão para esse rearranjo é o preço
desfavorável hoje do milho e ainda atraente da
soja. Essa freada da arrumação no
agronegócio de grãos reflete, segundo
especialistas, o próprio ajuste da atividade por
causa do menor ritmo da economia mundial,
com a recessão nos Estados Unidos e na
Europa e crescimento em mercados
emergentes,
como
China
e
Índia.
Corre-se o risco de que a China, a maior
compradora da soja brasileira, reduza o ritmo
de aquisições no ano que vem, quando se
deparar com a maior oferta do grão em razão
das boas safras dos EUA, da Argentina e do
Brasil, os maiores exportadores. O avanço da
soja no lugar do milho é confirmado pelos
produtores de sementes. “Já faltam no
mercado as variedades melhores de soja.
Essas sementes terminaram no mês passado”,
afirma o presidente da Associação Brasileira
dos Produtores de Sementes (Abrasem), Ywao
Miyamoto.
Pelas vendas de sementes, a área
plantada com soja deverá crescer
entre 5% e 7% na próxima safra,, há
perspectivas de queda na área
plantada com arroz, segundo o
presidente da Federação da
Agricultura do Rio Grande do Sul
(Farsul), Carlos Sperotto. O Rio
Grande do Sul, que responde por
cerca de 60% da produção de arroz
do País deve reduzir em 30% a área
plantada. Os preços em queda do
grão e a falta de mananciais para
irrigar a lavoura são apontados como
fatores que vão afetar a produção.
Vai faltar arroz em 2010.
Agência Estado, 08/09
Problemas Econômicos Básicos
Como produzir?
Para quem produzir?
Conforme visto anteriormente, exemplificado na reportagem, o problema da
escassez resulta na necessidade de fazer escolhas. Uma economia no pleno emprego
precisa sempre, ao produzir um bem, desistir de produzir um tanto de outro bem.
Para uma melhor elucidação, vamos analisar a seguinte situação hipotética:
Uma determinada fábrica X de automóveis
tem tecnologia para produzir 2 tipos de
carros – um de luxo, outro popular. Sua
capacidade total de produção/mês,
independente do produto, é de 200
unidades
Possibilidades de Produção
Cenário A
Cenário B
Cenário C
Cenário D
Cenário E
Analisando o gráfico da produção
exemplificada, notamos que à curva
revela as opções da produção em
relação aos recursos disponíveis
A
B
C
D
E
Variações nos fatores considerados constantes
determinarão um deslocamento da curva para a
direita.
1º: Quanto maiores forem as disponibilidades de recursos
produtivos da Economia, mais afastada da origem a curva estará.
A
2º: Variações tecnológicas iguais para
os processos de produção dos dois
bens deslocarão a curva para a direita
e paralelamente.
B
C
D
E
De uma forma geral ele é o sacrifício de se transferir os recursos de uma atividade para
outra.
Todo aluno tem seu custo de oportunidade, que é o
sacrifício de se estar estudando no curso de Economia em
vez de estar trabalhando e recebendo salário.
Sumarizando: as condições básicas para a existência do
custo de oportunidade são:
- Recursos limitados;
- Pleno emprego dos recursos.
Embora a teoria tenha muitos usos, estes podem ser
divididos em duas famílias principais:
A economia positiva é o ramo da economia que se preocupa
com a descrição e explicação dos fenômenos econômicos. Ela foca no
fatos observáveis e nas relações de causa e efeito e inclui o
desenvolvimento e teste de teoria econômicas.
Uma teoria econômica positiva pode descrever
como o crescimento da oferta monetária afeta a inflação,
mas não fornece nenhuma instrução quanto a que política
deveria ser adotada
A teoria normativa é mais complexa, pois baseia-se em um
fator adicional, uma visão de que metas e valores são apropriados.
Uma afirmação normativa envolve juízos de valor sobre o que deve ser
Na teoria normativa, o exemplo anterior de que
“O crescimento da oferta monetária afeta a inflação”,
conduz a decisões relativas ao fato e ao objetivo
econômico.
Por exemplo: O Banco Central deveria reduzir a quantidade de
moeda emitida. Neste caso, envolve questões como valores, ética e
política.
Os países ricos têm uma
obrigação moral de ajudar os
mais pobres a superar o
subdesenvolvimento?
Quanto
mais
bens
de
capital
produzirmos, mais crescerá a economia
brasileira, e mais poderemos consumir, nós e
nossos filhos no futuro. Portanto, o governo
deve estimular a formação de capital.
Concorda? Por quê?
Professor: Breno Gregório Lima
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O Sistema Financeiro Nacional (SFN) não é um órgão, nem uma instituição. Pode-se
definir como sendo o conjunto de instituições financeiras que geram a política e a instrumentação
econômico-financeira do país. É composto por um conjunto de instituições financeiras que
mantém o fluxo monetário entre poupadores e investidores.
O Sistema Financeiro Nacional une a necessidade de quem precisa tomar dinheiro
emprestado com a daquele que tem dinheiro disponível para emprestar.
Tomadores
Exemplos de Tomadores:
pessoas físicas que têm cheque especial
no banco, empresas que tomam capital
de giro para o seu negócio, o governo,
que financia o seu déficit no mercado
financeiro, etc...
Doadores
Exemplos de Doadores:
pessoas físicas que têm recursos investidos,
por exemplo, em CDBs, empresas que geram
fluxo de caixa excedente e podem aplicar no
mercado financeiro, etc...
Segundo a lei 4595/64, que “Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e
Creditícias, Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências.” temos a seguinte estruturação
Dentro do SFN, temos os seguintes conselhos
SFN
Ao
nosso
estudo,
interessa apenas o que
concerne ao Conselho
Monetário
Nacional
(CMN),
conforme
veremos a seguir
Finalidade
O Conselho Monetário Nacional é um órgão exclusivamente normativo com a finalidade
principal de formular as políticas monetária, cambial e de crédito. O CMN, que é o
órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional, não desempenha funções executivas.
Objetivo
Atender aos interesses econômicos e sociais do país.
Atribuições
Controlar o volume dos meios de pagamento
da economia
Regular o valor interno da moeda
Regular o valor externo da moeda
Garantir
condições
favoráveis
ao
desenvolvimento econômico
Buscar o aprimoramento das instituições
financeiras
Regular as operações
Definir metas para inflação
Dento da estrutura do
CMN, órgão responsável por
expedir as leis do sistema financeiro,
temos a seguinte estruturação:
BANCO CENTRAL DO BRASIL
Instituições Financeiras Captadoras de Deposito à Vista
• Bancos Múltiplos
• Bancos Comerciais
• Caixa Econômica Federal
• Cooperativas de Crédito
Bolsas de Valores
Demais Instituições Financeiras
• Agências de Fomento
• Associações de Poupança e Empréstimo
• Bancos de Desenvolvimento
• Bancos de Investimento
• BNDES
• Companhias Hipotecárias
• Cooperativas Centrais de Crédito
• Sociedades de Crédito, Financiamento eInvestimento
• Sociedades de Crédito Imobiliário
• Sociedades de Crédito ao Micro-empreendedor
Outros Intermediários Financeiros e Administradores
de Recursos de Terceiros
Outros Intermediários Financeiros e Administradores de
Recursos de Terceiros
COMISSÃO DE VALORES
MOBILIÁRIOS (CVM)
Bolsas de Mercadorias e Futuros
Ao longo de sua existência, o CMN teve diferentes constituições. A partir do Plano Real (1994), sua
composição foi simplificada e ficou assim:
Ministro da
Fazenda
(presidente do
Conselho)
Funcionam ainda junto ao CMN diversas
comissões consultivas, tais como:
• Técnica da Moeda e do Crédito
• Normas e Organização do Sistema Financeiro
• Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros
• Crédito Rural
• Crédito Industrial
• Endividamento Público
• Política Monetária e Cambial
• Crédito Habitacional e para Saneamento e
Infra-Estrutura Urbana
Min. Guido Mantega
Ministro de
Planejamento
Min. Paulo Bernardo Silva
Presidente do
Banco
Central
Henrique Meirelles
Estes três cargos são indicados pelo Presidente da República. O Presidente do Banco
Central, além disso, precisa ser aprovado pelo Senado Federal, em votação secreta.
Atribuições
Finalidade
O Banco Central do Brasil, vinculado
ao Ministério da Fazenda, pode ser definido como
sendo o órgão executivo e fiscalizador das políticas
determinadas pelo CMN, junto ao Sistema
Financeiro Nacional.
Executor da
Política
Monetária
Objetivo
Banqueiro do
Governo
Emissor de
Moeda
Executor da
Política
Cambial
Gestor e
Controlador do
Sistema
Financeiro
Nacional
Fiscalizar as instituições financeiras,
aplicando as penalidades necessárias
que podem ir de uma advertência até a
liquidação extrajudicial;
• Conceder autorização de
funcionamento, fusão e incorporação;
• Realizar e controlar operações de
redesconto e as de empréstimos dos
bancos;
• Emitir dinheiro e controlar a liquidez;
• Controlar o crédito interno e de
capitais estrangeiros;
• Receber os depósitos compulsórios;
• Comprar e vender títulos públicos
federais;
• Supervisionar os serviços de
compensação de cheques entre
instituições financeiras;
• Através do Comitê de Política
Monetária (COPOM) busca cumprir as
metas de inflação definidas pelo
CMN e estabelece a meta para a taxa
Selic.
Finalidade
Objetivo
Normatizar e controlar o Mercado de Valores Mobiliários, ou seja, títulos
emitidos pelas sociedades anônimas e autorizados pelo CMN. A CVM é uma autarquia
do Ministério da Fazenda, e atua sob a orientação do CMN. Seu presidente e quatro
diretores são nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal.
O principal objetivo da CVM é o fortalecimento do mercado de ações e
títulos mobiliários.
Proteger
investidores em
valores
mobiliários
Atuar na fiscalização
da emissão, registro,
distribuição e
negociação de títulos
emitidos pelas
empresas S/A
Estimular a
aplicação de
recursos no
mercado
acionário
Objetivo
Garantir o
funcionamento
das bolsas,
corretoras e
distribuidoras
Atribuições
• promover medidas incentivadoras à canalização das poupanças ao mercado acionário
• estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de ações
em bases eficientes e regulares
• garantir a legalidade e a ética nas operações com títulos e valores mobiliários
• proteger os investidores.
A CVM tem seu poder disciplinador e fiscalizador sobre:
Matérias
Mercados
Bancos
Comerciais
Bancos de
Investimento
Corretoras e
Distribuidoras
Possuem depósitos a
vista
Concedem crédito de
médio e longo prazo
Fazem a Intermediação de
operações no mercado aberto
e no mercado de capitais.
Corretoras participam das
bolsas.
Títulos que Emitem
CDB/RDB e CDI
CDB/RDB e CDI
CDI
Principais Negócios
Empréstimos de Curto
Prazo:Cheque especial,
hot money, descontos
Empréstimos de Longo
Prazo, Repasses do
BNDES, Emissões de
Títulos, Serviços de
Custódia, Gestão de
Recursos de Terceiros...
Intermediação
Administração de fundos
(Não emprestam)
Principal
Característica
Bancos Múltiplos
Possuem no mínimo duas carteiras de negócios financeiros, sendo que uma delas deve
ser de Banco Comercial ou de Investimento.
Podem possuir: carteira de Crédito, Financiamento e Investimento
(Financeira), permitindo emitir letra de câmbio; de Crédito Imobiliário, permitindo
emitir letra hipotecária e captar recursos em poupança; e as carteiras de
Desenvolvimento (exclusiva de bancos públicos) e de Arrendamento Mercantil.
Bolsa de Valores
As bolsas são associações civis sem fins lucrativos,
cujos patrimônios são constituídos pelos recursos
advindos das sociedades corretoras.
Cliente
Corretoras
Corretoras
Corretoras
Distribuidora
Bolsa
Banco
Pregão
Corretoras
Corretoras
1. Fornecem o local para realização
dos negócios com títulos e valores
mobiliários;
2. Definem regras de transparência,
liquidez e continuidade aos negócios.
Finalidade
Objetivo
A finalidade básica do sistema de pagamentos é transferir recursos entre bancos, de
forma a viabilizar o processamento e a liquidação de pagamentos de pessoas, empresas,
governo, Banco Central e instituições financeiras.
Estas transferências são realizadas através de débitos e créditos nas Contas Reserva
Bancárias que os bancos possuem junto ao Banco Central.
Implantado em abril de 2002, com o objetivo de dar mais agilidade e segurança às
transações bancárias, através da transferência imediata de dinheiro, de forma irreversível, o que
coloca o Brasil no grupo de países que monitoram em tempo real as reservas de seus bancos.
Desta forma, permite que as liquidações financeiras sejam feitas com muito mais
eficiência e menor risco, dado que não está sujeita ao tempo de processamento de cheques ou
DOCs, inerente ao sistema de compensação tradicional.
Este mecanismo permite que um valor, que esteja disponível em reservas na conta corrente de um cliente
em um determinado banco, seja transferido e creditado na conta do favorecido, em outra instituição financeira, no
mesmo dia ou até mesmo no mesmo momento. Este procedimento é utilizado pelo mercado para valores acima de R$
5.000,00.
Os recursos depositados em conta corrente são diferenciados em “disponíveis” e “bloqueados”, o que
impacta a negociação de investimentos, como as aplicações em CDB/RDB, que podem ter suas taxas diferenciadas, em
função da disponibilidade ou não dos recursos em conta corrente.
O novo SPB está apoiado nos seguintes pilares:
CONTAS DE RESERVAS BANCÁRIAS
POSITIVAS OU ZERADAS DURANTE
TODO O DIA
SISTEMA DE TRANSFERÊNCIA
ELETRÔNICA DE RECURSOS
ADEQUAÇÃO DA
RESPONSABILIDADE
SOBRE OS RISCOS DO
SETOR PRIVADO
IRREVOGABILIDADE E
INCONDICIONALIDADE DAS
LIQUIDAÇÕES FINANCEIRAS
Monitoramento automático e em tempo real do saldo de
cada conta de Reserva Bancária. Desta forma, não é
possível que os agentes do sistema financeiro trabalhem
com posições a descoberto.
As transferências de grandes volumes acontecem
instantaneamente no momento da transação, através de um
sistema de mensagens eletrônicas seguras.
O SPB alterou as regras de funcionamento das câmaras
de compensação (clearings), que passaram a assumir o risco
das liquidações e, conseqüentemente:
1-Adotaram mecanismos mais adequados ao gerenciamento
dos riscos de liquidação
2-Estabeleceram limites operacionais
3-Exigiram garantias dos participantes
Adoção do mecanismo de Novação, ou seja, de um
dispositivo contratual por intermédio do qual as câmaras
podem se interpor como responsáveis para assegurar a
finalização de uma transação entre duas partes, sendo a
Clearing a contraparte central.
Os bancos possuem no Banco Central (BC) uma conta
denominada Reservas Bancárias, na qual é processada toda a
movimentação financeira dos bancos, decorrente do resultado de
suas operações próprias ou de seus clientes.
O novo Sistema de Pagamentos Brasileiro constitui-se
de uma rede que interliga as instituições financeiras às Câmaras de
Pagamentos, de Ativos e de Câmbio e ao Sistema de
Transferências de Reservas desenvolvido pelo Banco Central,
permitindo que a troca de mensagens de débitos e créditos, que
transitam em tempo real, gere impacto imediato nas contas de
reserva bancária dos bancos.
Os benefícios para o Investidor são a segurança e transparência - Não
permite mais que bancos sem recursos na conta reserva possam operar
SELIC – Sistema Especial de Liquidação e Custódia
Esse sistema realiza as transações, primárias e secundárias, com títulos públicos federais (LFT,
LTN, NTN) . Todos os títulos negociados nesse sistema são desmaterializados (escriturais, isto é, emitidos
exclusivamente em formato eletrônico), custodiados em nome de seus possuidores e utiliza-se o mecanismo
de Entrega Contra Pagamento, ou seja, a troca de custódia dos títulos é feita simultaneamente ao
movimento da reserva bancária dos bancos no Bacen. A liquidação da operação impacta instantaneamente
a conta reserva do Banco.
CETIP – Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos
A Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos – CETIP registra
prioritariamente as operações de títulos privados (além de títulos emitidos por estados e municípios). A
liquidação, da mesma forma que no Selic, é feita pelo mecanismo de Entrega Contra Pagamento. Na
CETIP são custodiados os títulos privados: CDB, Debêntures, Letras Hipotecárias e as Operações de
SWAP.
A CETIP e a SELIC, ao contrário das outras Centrais de Liquidação, não atuam como
Contrapartes Centrais. Ou seja, estas duas centrais não atuam como últimas garantidoras das
operações por elas cursadas.
Abaixo, temos um quadro resumo dos principais atores do SFN e suas características
SFN – Sistema
Financeiro Nacional
Intermediação entre tomadores
e doadores de Recursos no
Mercado Financeiro
Todos os Instrumentos
Financeiros
CMN – Conselho
Monetário Nacional
Formular as políticas monetária,
cambial e creditícia para
atender
aos
interesses
econômicos e sociais do país
Todos os Instrumentos
Financeiros
BACEN – Banco
Central do Brasil
Órgão executivo e fiscalizador
das políticas determinadas pelo
CMN, junto ao Sistema
Financeiro Nacional. Tem
como missão assegurar a
estabilidade do poder de
compra da moeda e a solidez
do
Sistema
Financeiro
Nacional.
Moeda, Títulos Públicos
Federais, Estaduais e
Municipais,Títulos Privados de
Renda Fixa de emissão bancária
– CDB e RDB,Operações de
Crédito, incluindo factoring e
cartão de crédito, Serviços
Bancários ,Crédito Imobiliário e
Poupança, Letras Hipotecárias,
Leasing, Operações de Câmbio,
Consórcios
CVM – Comissão de
Valores Mobiliários
Normatizar, disciplinar e
fiscalizar a atuação dos diversos
integrantes do Mercado de
Valores Mobiliários.
Bancos de Investimento
Os bancos de investimento são
os principais fornecedores de
crédito de médio e longo prazo,
bem como na estruturação de
operações de captação de
recursos.
Ações, debêntures e bônus de subscrição;
Cupons, direitos, recibos de subscrição e
certificados de desdobramento relativos aos
valores mobiliários; Certificados de
depósito de valores mobiliários; Cédulas de
debêntures; Cotas de fundos de
investimento ou de clube de investimentos ;
Notas comerciais; Contratos futuros, de
opções e outros derivativos; Títulos ou
contratos
de
investimento
coletivo,
ofertados publicamente
repasses
de
recursos
oficiais
de
crédito,repasses de recursos externos,
subscrição pública de valores mobiliários
(underwriting de ações e debêntures), leaseback, financiamento de bens de produção,
securitização de recebíveis ,avais, fianças,
serviços de custódia, administração de
fundos e carteiras de
títulos e valores mobiliários, fusões e
aquisições
Instituição pública federal ou
estadual
Empréstimos e financiamentos, Avais
e fianças, Arrendamento Mercantil,
Subscrição de ações e debêntures
Caixa Econômica
Atuam
no
fomento
ao
desenvolvimento urbano e nos
segmentos
de
habitação,
saneamento e infra-estrutura, e
na administração de fundos,
programas e serviços de caráter
social
Produtos de bancos comerciais,
Financiamento
imobiliário,
Operacionalização
das
loterias
federais,
Centralização
do
recolhimento e aplicação
do FGTS,Pagamento de PIS e seguro
desemprego
Sociedade de
Crédito, Financiamento
e Investimento
São aquelas conhecidas
como Financeiras e dedicam-se
basicamente ao financiamento
de bens duráveis às pessoas
físicas
por
meio
de
fornecimento de Crédito Direto
ao Consumidor
Bancos de
Desenvolvimento.
Crédito Direto ao Consumidor
(com ou sem interveniência);
Letras de Câmbio
Sociedade de
Crédito Imobiliário
Financiam
imóveis,
loteamentos, incorporações de
edifícios, etc.
Financiamento de Imóveis; Caderneta
de poupança;Letras Hipotecárias
e,Letras Imobiliárias,Repasse de
recursos captados no exterior,
Depósitos Interfinanceiros (DI)
Companhias
Hipotecárias
Financiar a produção,
reformas ou a comercialização
de imóveis residenciais ou
comerciais e lotes urbanos.
Financiamentos Imobiliários; Fundos
Imobiliários; Letras Hipotecárias;
Debêntures
Sociedade de
Arrendamento
Mercantil
Realizar operações de leasing
Repasse de recursos captados no
exterior; Repasse de recursos oficiais
de crédito;Debêntures
Bancos Comerciais
Bancos Múltiplos
Os Bancos Comerciais têm
como principal característica a
criação de moeda, através da
captação de recursos em
depósitos à vista, que são
repassados na forma de
operações de crédito.
Os Bancos Múltiplos são
aqueles formados por pelo
menos duas das seis carteiras,
sendo que pelo menos uma
deve ser de banco comercial ou
banco de investimento
Conta corrente e captação de
depósitos à vista, CDBs/RDBs,
Descontos de títulos, Adiantamento
sob caução de títulos, Crédito pessoal,
Crédito rural,Cheques especiais,
Financiamento de capital de giro,
Operações e serviços de câmbio,
Cobranças,Ordens de pagamento e
transferência de recursos,Pagamentos
de cheques, Recebimento de impostos
e tarifas públicas,Custódia de valores
Depende da Carteira
Sociedades Corretoras
de Títulos e Valores
Mobiliários
Sociedades Corretoras
de Câmbio
As sociedades corretoras são
aquelas que atuam com
exclusividade na intermediação
nos pregões de bolsas de
valores e mercadorias.
Intermediação em operações
de câmbio
Operar em recinto ou em sistema mantido
por bolsa de valores ,Intermediar oferta
pública e distribuição de títulos e valores
mobiliários; Comprar e vender títulos e
valores mobiliários por conta própria e de
terceiros, Administrar fundos, carteiras e
clubes de
investimentos; Custodiar títulos e valores
mobiliários; Exercer funções de agente
fiduciário; Intermediar, ou comprar e
vender, no mercado de metais preciosos;
Operar em bolsas de mercadorias ou de
futuros, por conta própria ou de terceiros,
Prestar assessoria nas operações do
mercado financeiro, Intermediar operações
de câmbio;
Operações de câmbio
Sociedades
Distribuidoras de
Títulos e Valores
Mobiliários
Bolsas de Valores
As sociedades distribuidoras
se assemelham às sociedades
corretoras, sendo que a
principal diferença é não
poderem
atuar
como
intermediárias nos mercados
de bolsa de valores e de
mercadorias
Intermediar oferta pública e distribuição de
títulos e valores mobiliários; Comprar e
vender títulos e valores mobiliários por
conta própria e de terceiros; Administrar
fundos, carteiras e clubes de
investimentos; Custodiar títulos e valores
mobiliários; Exercer funções de agente
fiduciário; Intermediar, ou comprar e
vender, no mercado de metais preciosos;
Prestar assessoria nas operações do
mercado financeiro.
O objetivo principal das
Bolsas
de
Valores
é
proporcionar liquidez aos
títulos negociados, a um preço
justo, que seja consenso de
mercado
Ações à vista,Direitos e recibos de
subscrição, Recibos de depósito de ações,
Ações
a
termo,
Opções
sobre
ações,Warrants,Futuros de ações,BDRs,
Cotas de fundos fechados ou clubes de
investimento, Debêntures e Notas
Promissórias
BM&F
Efetuar
o
registro,
a
compensação e a liquidação,
física e financeira, das operações
realizadas em pregão ou em
sistema eletrônico, bem como
desenvolver,
organizar
e
operacionalizar mercados livres e
transparentes.
ANBID – Associação
Nacional dos Bancos de
Investimento
Representação do segmento das
instituições financeiras que
operam no mercado de capitais.
A Anbid cria procedimentos
que permitam que o mercado
se autoregule, os quais, depois
de aprovados, devem ser
seguidos
por
todos
os
associados.
Contratos que possuem como referência
ativos financeiros, taxas de juros, índices de
ações, índices de preços, taxas de câmbio,
cupom cambial, títulos da dívida externa,
ouro e commodities agrícolas.
A Anbid possui atualmente quatro códigos
de Auto-Regulação: Auto-Regulação de
Fundos; Auto-Regulação de Oferta Pública
de Títulos e Valores Mobiliários, AutoRegulação do Programa de Certificação
Continuada; Auto-Regulação para o
serviço de Custódia Qualificada
SELIC – Sistema
Especial de Liquidação
e Custódia
CETIP – Central de
Custódia e de
Liquidação Financeira
de Títulos
Sistema informatizado que se
destina à custódia de títulos
escriturais de emissão do
Tesouro Nacional e do Banco
Central do Brasil, bem como ao
registro e à liquidação de
operações com os referidos
títulos.
Letras Financeiras do Tesouro
(LFT) ,Letras do Tesouro Nacional
(LTN) ,Notas do Tesouro Nacional
(NTN) ;Notas do Banco Central
(NBC)
CDB e RDB; Debêntures; Export
Notes; Notas Promissórias; Depósito
Interfinanceiro(DI);
Letra
de
Câmbio;Letra de Crédito Imobiliário;
Hipotecárias;Título
de
Mercado de balcão organizado Letras
para registro e negociação de Desenvolvimento Econômico(TDE);
títulos e valores mobiliários de Cotas de Fundos (FIF, FAC, FITVM);
Certificado a Termo de Energia
renda fixa (títulos privados)
Elétrica; Certificado de Investimento
Audiovisual;Certificado de Recebíveis
Imobiliários; Título da Dívida Agrária
(TDA);
Letras
Financeiras dos
Tesouros de Estados e Municípios;
Contratos de SWAP
Clearings
CBLC
As Câmaras de Compensação ou
Clearing House são responsáveis pelo
registro, compensação e liquidação
eletrônica de operações financeiras.
Operam sob a proteção de mecanismos
de garantia tomadas dos bancos
participantes, conferindo mais segurança
e confiabilidade às operações do sistema
financeiro. Há atualmente quatro
clearings: CBLC, BM&F-derivativos e
BM&Fcâmbio e BM&F ativos.
Tem como objetivo a prestação de
serviços de compensação e liquidação
física e financeira de operações
realizadas nos mercados à vista e a
prazo da BOVESPA e de outros
mercados, bem como a
operacionalização dos sistemas de
custódia de títulos e valores mobiliários
em geral.
Depende da clearing
Ações; Opções sobre ações;
Contratos a termo; Futuros de
ações
BM&F- Clearing de
derivativos
Responsável pelo registro e liquidação
das operações com derivativos cursadas
na BM&F.
BM&F- Clearing de
câmbio
Oferece todas as condições
operacionais apropriadas à gestão de
riscos intrínsecos às operações de
compra e venda de moeda estrangeira
cursadas por intermédio de seus
sistemas.
BM&F – Clearing
de Ativos
É uma Clearing nova lançada pela
BM&F para registro, compensação e
liquidação de operações com títulos de
renda fixa, tanto públicos quanto
privados. As operações são feitas por
meio de um sistema eletrônico de
negociação e registro chamado Sisbex.
Contratos futuros; Opções
Moedas estrangeiras
Títulos públicos e
Privados
1-)
Por que é importante que o Banco Central controle as
taxas de crescimento da oferta de moeda?
2-)
Suponha que um furacão destrua grande parte do capital
instalado de uma economia. O que deve acontecer com a taxa de
juro? Se a taxa de juro aumentar, seria ótimo limitar de alguma
forma esse aumento?
3-)
Como os bancos criam moeda? Que fatores aumentam ou diminuem a sua
capacidade de criar moeda?
4-)
Discuta brevemente a seguinte afirmação: “Aumento das importações penaliza
crescimento do PIB”.
5-)
O economista Alan Blinder, designado por Bill Clinton vice-presidente do
Federal reserve, escreveu em certa ocasião “Os custos que acompanham as taxas de
inflação baixas e moderadas experimentadas nos Estados Unidos e em outros países
industrializados parecem ser bastante modestos – mais como um resfriado do que um
câncer para a sociedade (...). Como pessoas racionais , não nos oferecemos para fazer
uma lobotomia a fim de curar uma dor de cabeça. Contudo, coletivamente,
rotineiramente receitamos o equivalente econômico da lobotomia (alto desemprego)
como uma cura para o resfriado inflacionário.” O que você acha que Blinder quis dizer
com isso? Explique.
Professor: Breno Gregório Lima
[email protected]
A revolução agrícola (aproximadamente há 10.000
anos), considerada um marco no desenvolvimento das
civilizações, foi a transformação das sociedades, antes formadas
por tribos nômades e semi-nômades, em grupos capazes de
desenvolver um entendimento sobre a necessidade de consumo
e produção.
Por que se fala em revolução agrícola? Porque o
impacto da nova atividade na história do homem foi enorme. E
não se trata apenas de mera questão acadêmica, mas de algo
muito real e palpável como o próprio número de seres humanos
sobre a face da Terra.
O conhecimento das formas de plantio
possibilitou a colonização permanente de áreas, não sendo
mais necessária a constante mudança de local para
obtenção de alimentos, caça, fuga das intempéries, etc...
Agregado ao plantio, desenvolveu-se também a
criação de animais, igualmente crucial na formação das
primeiras cidades
A partir da revolução agrícola, quando a economia começou a criar excedentes, é que,
surgiu a necessidade de trocas de mercadorias que se produziam, por outras que não eram
produzidas internamente. As mercadorias surgiram a partir da formação de excedentes, cujo
montante era necessário trocar por produtos que determinada tribo não produzia, frente a isto,
surgem os mercados, as mercadorias; e, consequentemente, algo que servisse como meio de troca
entre os produtos
No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples
troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor. Assim,
quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo
trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse
plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Esta elementar
forma de comércio pode ser encontrada, ainda hoje, entre povos de
economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de
meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas
envolvidas efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua
equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca
com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja
muito.
O sal foi uma importante
moeda–mercadoria; de difícil
obtenção, principalmente no
interior dos continentes, era
muito utilizado na conservação
de alimentos. Ambas deixaram
marca de sua função como
instrumento de troca em nosso
vocabulário, pois, até hoje,
empregamos palavras como
pecúnia
(dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da
palavra latina pecus (gado). A palavra capital (patrimônio)
vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra
salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida
pelo empregador em face do serviço do empregado) tem
como origem a utilização do sal, em Roma, para o
pagamento de serviços prestados.
O gado, principalmente o
bovino, foi dos mais
utilizados;
apresentava
vantagens de locomoção
própria, reprodução e
prestação
de
serviços,
embora ocorresse o risco
de doenças e da morte.
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para
fabricar seus utensílios e armas anteriormente feitos de pedra. Por
apresentar vantagens como a possibilidade de entesouramento,
divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal se
elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais
diversas. A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de
barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, braceletes etc. O
metal comercializado dessa forma exigia aferição de peso e avaliação de
seu grau de pureza a cada troca. Mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado,
recebendo marca indicativa de valor, que também apontava o responsável pela sua emissão. Essa
medida agilizou as transações, dispensando a pesagem e permitindo a imediata identificação da
quantidade de metal oferecida para troca.
Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito
apreciadas. Como sua produção exigia, além do domínio das técnicas de
fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser encontrado,
essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todos. A valorização,
cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda e
ao aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões,
que circulavam como dinheiro. É o caso das moedas faca e chave que eram
encontradas no Oriente e do talento,moeda de cobre ou bronze, com o
formato de pele de animal, que circulou na Grécia e em Chipre.
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O
emprego destes metais se impôs, não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor
econômico, mas também por antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os
sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita
ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença no poder mágico destes metais e
no dos objetos com eles confeccionados.
A cunhagem de moedas em ouro e prata se manteve
durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor.
Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas
moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os
valores menores. Estes sistemas se mantiveram até o final do
século passado, quando outras ligas metálicas passaram a ser
muito empregadas, passando a moeda a circular pelo seu valor
extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe
do metal nela contido.
Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives,
pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o
tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em
mão e dando origem à moeda de papel.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram
lançados pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje,
fazemos com os cheques.
Com o tempo, da mesma forma ocorrida com
as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de
cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder
de pagamento.
Atualmente quase todos os países possuem seus
bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e
moedas. A moeda de papel evoluiu quanto à técnica
utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas
utiliza papel especialmente preparado e diversos
processos de impressão que se complementam, dando ao
produto final grande margem de segurança e condições
de durabilidade.
Nas sociedades mais complexas, como as que
vivemos hoje, dificilmente fabricamos produtos para o
nosso próprio consumo pessoal. Geralmente, vamos ao
mercado, levamos alguma soma de dinheiro, e trazemos
leite, pão, arroz e feijão para a nossa subsistência orgânica,
sapatos e roupas para a apresentação pessoal e produtos de
limpeza para a higiene do lar.
Por que as sociedades modernas substituíram as
trocas diretas pelas indiretas?
Porque o uso do dinheiro, considerado pelos
economistas como um véu, facilita substancialmente a
troca. Contudo, a sua presença na sociedade moderna
dificulta a compreensão do que realmente está atrás de um
simples ato de consumo. O pão que compramos
representa, pelo lado do produtor, o somatório de todos os
custos, desde a plantação do trigo até a sua confecção final.
Por outro lado, o dinheiro gasto pelo consumidor mostra,
em última análise, a especialização do proprietário daquela
soma monetária.
Mas por que há especialização?
Porque com ela ganha-se mais do que cada um produzindo para o seu próprio consumo.
Suponha que uma pessoa que não seja alfaiate queira confeccionar o seu próprio terno. Quantas
horas não gastará nesse mister? Mas se outra pessoa, especializada, ou seja, o alfaiate o
confeccionar, fá-lo-á em menos tempo e com mais qualidade. Enquanto o alfaiate está empregando
o seu tempo para a fabricação do terno, o futuro usuário do terno estará empregando-o em outra
atividade, ou seja, na sua especialização. Como isso, a sociedade como um todo sai ganhando.
Adam Smith, o fundador da economia no Século XVIII, já previa que a especialização
levaria a um aumento de consumo e a um aumento da atividade econômica. Alem disso, a
extensão do mercado propiciaria uma maior quantidade de bens consumidos. A globalização a que
estamos assistindo nos dias que correm é um exemplo da amplitude desse mercado global. As
grandes empresas estão preocupadas em diminuir o tamanho de sua ingerência na economia.
Por isso, estão procurando mais parceiros, a fim de premiar outras especializações, no
sentido de diminuir custos e tornar-se mais competitiva no mercado reduzido de sua
especialização.
Professor: Breno Gregório Lima
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“ Em economia, a Lei da Oferta e Procura ,
também chamada de Lei da Oferta e da Demanda é a lei
que estabelece a relação entre a demanda de um
produto - isto é, a procura - e a quantidade que é
oferecida, a oferta. A partir dela, é possível descrever o
comportamento preponderante dos consumidores na
aquisição de bens e serviços em determinados períodos,
em função de quantidades e preços ”
O mercado é o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados
bens e serviços. Antigamente, a palavra mercado tinha uma conotação geográfica que hoje não
mais subsiste, uma vez que os avanços tecnológicos nas comunicações permitem que hajam
transações econômicas até sem contato físico entre o comprador e o vendedor, tais como nas
vendas por telefone e/ou Internet.
Os economistas classificam os mercados as seguinte forma:
Concorrência perfeita – Trata-se de um mercado caracterizado pelos seguintes fatores:
a) Existência de um grande número de pequenos vendedores e compradores;
b) O produto transacionado é homogêneo;
c) Há livre entrada e saída de empresas no mercado;
d) Perfeita transparência, ou seja, perfeito conhecimento pelos compradores e
vendedores, de tudo o que ocorre no mercado;
e) Perfeita mobilidade dos recursos produtivos
Como se percebe por suas características, o mercado de concorrência perfeita não é
facilmente encontrado na prática, embora possa se afirmar que os mercados que mais se
aproximam dela são os mercados de produtos agrícolas.
Monopólio – é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. O
monopólio
pode
ser
legal
ou
técnico.
Oligopólio – é o mercado em que existe um pequeno número de vendedores ou em que,
apesar de existir um grande número de vendedores, uma pequena parcela destes domina a
maior
parte
do
mercado.
Monopsônio – é um mercado em que há apenas um único comprador.
Oligopsônio – é o mercado caracterizado pela existência de um pequeno número de
compradores ou ainda que, embora haja um grande número de compradores, uma pequena
parte destes é responsável por uma parcela bastante expressiva das compras ocorridas no
mercado.
Concorrência Monopolística – trata-se de um mercado em que apesar de haver um
grande número de produtores (e, portanto, ser um mercado concorrencial), cada um deles é
como se fosse monopolista de seu produto, já que este é diferenciado dos demais.
Uma importante diferenciação entre as estruturas de
mercados reside no grau de controle que vendedores e
compradores têm sobre o preço pelo qual o produto é
transacionado no mercado.
Na concorrência perfeita, nenhum vendedor ou
comprador, considerado isoladamente, tem influência sobre o
preço de mercado.Neste mercado, portanto, é somente a influência
conjunta de todos os vendedores e de todos os compradores quem
determina o preço de mercado.
Nas demais estruturas de mercado, ou o vendedor ou o
comprador, isoladamente, pode impor um preço ao mercado.
A demanda de um determinado bem é dada pela quantidade de bem que os
compradores desejam adquirir num determinado período de tempo.
A demanda do bem x depende de uma série de fatores, dos quais, os economistas
consideram como os mais relevantes:
O Preço do Bem
A Renda do Consumidor
O Preço de Outros Bens
Os Hábitos e Gostos dos Consumidores
A demanda do bem x é, portanto, a resultante da ação conjunta ou combinada de
todas essas variáveis. Assim, por exemplo, caso se deseja saber o que ocorre com a demanda
do bem x se o preço do mesmo aumentar, é preciso supor que todas as demais variáveis que
influenciam a demanda permaneçam com o mesmo valor, de modo que a variação da
demanda seja atribuível exclusivamente a variação de preço
Matematicamente, pode-se dizer que a demanda do bem x é uma função inversa
ou decrescente do seu preço.Embora seja perfeitamente aceitável ao bom senso comum que
a quantidade procurada do bem x varie inversamente ao seu preço, os economistas justificam
tal comportamento da demanda em função de dois efeitos:
a) Efeito-renda – quando o preço do bem x aumenta, o consumidor fica, em
termos reais, mais pobre e, portanto, irá reduzir o consumo do bem; o inverso
ocorrerá
se
o
preço
do
bem
x
diminuir.
b) Efeito-substituição – se o preço do bem x aumenta e o de outros bens fica
constante, o consumidor procurará substituir o seu consumo por outro bem
similar; se o preço diminuir, o consumidor aumentará o consumo do bem x às
expensas da diminuição do consumo dos bens sucedâneos
A quantidade do bem x, por unidade de tempo, que os vendedores desejam
oferecer no mercado constitui a oferta do bem x. Similarmente à demanda, a oferta também
é influenciada por diversas variáveis, entre elas:
O Preço do Bem
Preço dos Insumos Utilizados na Produção
Tecnologia
Preço de Outros Bens
Num mercado em concorrência perfeita, caso o Governo tabele o preço num valor
inferior ao de equilíbrio, ocorrerá escassez do bem (excesso de quantidade demandada
sobre a oferta).Tendo em vista que a solução adequada para esta escassez, que seria a
elevação do preço de mercado, não é possível pois o mesmo está tabelado, não há
outra alternativa ao não ser a administração da escassez.
BENS INFERIORES: bens inferiores são bens cuja demanda diminui quando o nível de renda
do consumidor aumenta e aumenta quando o consumidor fica mais pobre. Se o bem x for um
bem inferior, o aumento de renda dos consumidores reduz a sua demanda, a curva desloca-se
para a esquerda e o preço e a quantidade de equilíbrio diminuem.
BENS SUBSTITUTOS: São aqueles bens em que o consumo de um deles exclui o consumo do
outro. A substituição não precisa ser total, basta o fato de ele comprar maiores quantidades de
manteiga implicar um certa redução do seu consumo de margarina.
BENS COMPLEMENTARES: São os bens cujo consumo é feito geralmente de forma
simultânea. Da mesma forma que a substitubilidade, a complementaridade não precisa ser total, ou
seja, o consumo de um implicar necessariamente no consumo do outro, bastando que o consumo
de ambos seja associado de alguma forma. Exemplo: Pão e manteiga.
HÁBITOS E GOSTOS DOS CONSUMIDORES: Esta variável é influenciada principalmente
por campanhas de publicidade e propaganda do bem x. Por exemplo, se uma campanha
publicitária convencer o consumidor que o consumo de um determinado produto faz bem a
saúde, a demanda deste deverá aumentar e, consequentemente, elevar seu preço e quantidade de
equilíbrio.
Em suma, a lei da oferta e demanda sugere que quem
determina o preço são os consumidores. Eles decidem
quanto querem comprar e a que preço, e os fornecedores
só podem é concordar com as exigências e decidem quanto
vale a pena produzir para vender ao preço dado pelo
consumidor.
Professor: Breno Gregório Lima
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Ao tomar suas decisões de investimentos, os investidores, de forma direta ou indireta,
são norteados pela relação retorno x risco. Por mais leigo que seja um investidor, esta relação
está sempre implícita no seu raciocínio.
Este é o tripé sobre o qual se apóia a
análise de investimentos: Rentabilidade x
Riscos x Liquidez.
Estes três fatores são interdependentes, e
funcionam como os três pés de uma
banqueta: se faltar
um deles na análise, fatalmente a
banqueta cai, machucando quem estava
sentado.
A rentabilidade ou retorno de qualquer investimento é
dada pela seguinte equação:
Por trás de uma fórmula tão simples, escondem-se alguns conceitos fundamentais em finanças:
Notemos que a rentabilidade é dada por um percentual.
Digamos que uma determinada ação tenha saído de R$ 10,00
para R$ 12,00 em um mês. A rentabilidade desta ação será de:
Outro conceito importante em investimentos é o
chamado custo de oportunidade. Existe uma
rentabilidade teórica, que se obtém sem correr
riscos. Quando um investidor resolve assumir algum
risco, ele espera que este investimento lhe
proporcione um retorno maior que o investimento
livre de risco. O investidor está abrindo mão de um
retorno certo (sem risco), por outro incerto (com
risco). Na prática, não existem investimentos
completamente sem risco. No Brasil, o que mais se
aproxima de um investimento sem risco são os
títulos federais atrelados ao SELIC, de curtíssimo
prazo.
Portanto,
espera-se
que
qualquer
investimento com mais risco proporcione retornos
acima da taxa SELIC.
Rentabilidade Absoluta é o próprio conceito de
rentabilidade que já vimos. Se o preço de uma ação variou de
R$10 para R$11, dizemos que sua rentabilidade absoluta foi de
10%. Rentabilidade Absoluta é, então, a própria variação do
preço de um ativo.
Rentabilidade Relativa, por outro lado, é a diferença
entre a rentabilidade absoluta e a rentabilidade de um
determinado
referencial, ou benchmark. Continuando com nosso exemplo, digamos que o benchmark (o
índice Bovespa, por exemplo), tenha apresentado um rendimento de 7% no mesmo período.
Dizemos então que a rentabilidade relativa da ação foi de 3% (10% - 7%). Nos fundos de
investimento, por exemplo, a rentabilidade relativa indica o sucesso ou não de um determinado
fundo. Todo gestor busca que seus fundos obtenham rentabilidade relativa positiva, ou seja, que
seus fundos apresentem rentabilidade absoluta acima da rentabilidade do benchmark.
Uma rentabilidade relativa negativa indica que o gestor pode não ter feito um bom
trabalho.
Outros dois conceitos ligados ao conceito de rentabilidade são os de Rentabilidade
Esperada e Rentabilidade Observada.
Rentabilidade Esperada é aquela que ainda não ocorreu. Trata-se de uma previsão, e
como toda previsão, embute um certo risco de não se concretizar no futuro. Este risco pode ser
maior ou menor, dependendo da natureza do investimento. Ações, por exemplo, têm
rentabilidades esperadas menos precisas que títulos de renda fixa, por exemplo. Outro fator
importante é o tempo. Quanto maior o período para frente, menos precisa é a rentabilidade
esperada.
Rentabilidade Observada, por sua vez, é a rentabilidade que já ocorreu, já se realizou.
As rentabilidades dos diversos ativos publicadas nos jornais são todas observadas. As decisões de
investimento deveriam considerar apenas as rentabilidades esperadas. As rentabilidades
observadas devem servir apenas como uma base inicial para se tentar projetar as rentabilidades
esperadas. No entanto, o que normalmente se vê é que as rentabilidades observadas tendem a
ser a única base para a tomada de decisão de investimento. Não por outro motivo, em todo
material sobre fundos de investimento, é obrigatória mensagem com o seguinte teor:
“Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”. Em outras palavras, o investidor
deveria sempre olhar para frente, e não dirigir olhando pelo espelho retrovisor.
É de extrema importância para a o sucesso nos investimentos, saber identificar,
previamente, quais são os tipos de riscos existentes, qual deve ser a política a ser adotada e
quais os instrumentos de controle.
Os riscos mais importantes a serem observados ao se fazer um investimento são:
Risco de mercado é a incerteza com relação ao valor do ativo em um determinado
momento no futuro. O preço dos ativos oscila por natureza. A isso chamamos de volatilidade,
que é uma medida dessa oscilação. Assim, os preços das ações são mais voláteis (oscilam mais)
que os preços dos títulos de renda fixa. A medida matemática dessas oscilações é o desviopadrão, que representa a dispersão dos retornos de um ativo em relação à média desses
retornos. Ou, de outra maneira, o Risco de Mercado é representado pelos desvios (ou
volatilidade) em relação ao resultado esperado. Risco de mercado, Volatilidade e Desvio-Padrão,
na prática, podem ser utilizados como sinônimos.
O risco de mercado pode ser dividido em duas partes:
• Risco sistemático: é a parte da volatilidade do ativo que
tem sua origem em fatores comuns a todos os ativos do
mercado. Por exemplo, determinado resultado das
eleições presidenciais afeta, em maior ou menor grau,
todos os ativos do mercado.
• Risco não sistemático ou específico: é a parte da
volatilidade do ativo que tem sua origem em
características específicas do ativo. Por exemplo, se uma
plataforma da Petrobrás sofre um acidente, a princípio
somente as ações desta empresa recebem um impacto
negativo.
Os ativos, no mercado Financeiro brasileiro, estão expostos a 4 fatores de risco de mercado:
1. Oscilação nos preços das ações
2. Oscilação nas cotações do câmbio
3. Oscilação nas taxas de juros
4. Oscilação nos preços das commodities mercadorias e serviços
Isto significa que as ações estão expostas ao fator de risco preço das ações. Uma
NTN cambial está exposta ao fator de risco cotações do câmbio e às taxas de juros (“cupom”
pago acima do indexador). Um CDB pré-fixado está exposto ao fator de risco taxa de juros.
Os três primeiros fatores influenciam muito mais o mercado de investimento
brasileiro, dado que temos poucos investimentos em commodities negociados através das
instituições financeiras.
Risco de crédito está associado às possíveis perdas que um investidor poderá ter caso, na
data do resgate dos seus investimentos, ou em alguma data de pagamento intermediário, por
qualquer motivo, não receba o montante a que tem direito. Exemplo: falta de pagamento no
vencimento de um CDB ou de um título público. O risco de crédito pode ser dividido em:
a. Risco político ou soberano:
Quando são impostas restrições ao livre fluxo de capitais, impondo controles cambiais que
impossibilitam a remuneração dos investidores externos. Golpes militares, políticas
econômicas, resultado de novas eleições entre outros podem trazer este tipo de restrição.
b. Risco país:
Quando o devedor é um país que pode não honrar seus compromissos, ou seja, quando o
país não tem capacidade de gerar recursos para o pagamento de suas obrigações.
c. Risco de falta de pagamento ou inadimplência (risco privado):
Quando a parte credora não recebe, na data combinada, um pagamento já contratado. Pode
ter 4 origens:
d. Risco de emissor:
Risco do emissor de um determinado título não honrar o pagamento na data do resgate,
no vencimento de um pagamento de juros, no vencimento de uma amortização ou ainda
em uma data de repactuação. Por exemplo, uma empresa emite uma debênture, e não
honra um pagamento intermediário de juros.
e. Risco de contraparte:
Risco da contraparte não honrar a sua obrigação na data acordada. Exemplo: um cliente
realiza uma operação de swap com o Banco A, que é, então, a sua contraparte nessa
operação. Neste caso, não existem emissores, existem acordos estabelecidos em
contratos. Se, ao final da operação, o cliente possuir um valor a receber, o Banco A deve
lhe pagar a diferença financeira entre dois indexadores. O risco, portanto, está na
possibilidade de o Banco A não poder honrar o pagamento na data prevista.
f. Risco de intermediação:
Algumas operações no mercado financeiro são feitas através de intermediários,
tipicamente as distribuidoras e corretoras. O risco de intermediação consiste na
possibilidade destes intermediários não liquidarem tais operações, prejudicando
compradores e vendedores. Exemplo: Um investidor comprou ações através de uma
corretora, fez o pagamento, mas ainda não recebeu os títulos. A corretora compra os
títulos de outro cliente, faz o pagamento e depois “quebra”. As ações que estão em
poder da corretora e, portanto, não pertencem ao cliente que as comprou, vão
para a “massa falida”.
g. Risco de liquidação:
Representa o risco do processo de liquidação, que geralmente envolve vários
participantes, principalmente nas Câmaras de Compensação e, portanto, demandam
garantias. A qualidade das garantias reduz o risco de liquidação. Exemplo: Um cliente
compra ações através de uma corretora, que liquida através de uma câmara de
compensação. Se a estrutura de garantias exigidas pela câmara não for adequada, o não
pagamento de um dos participantes da câmara podecomprometer os demais, impedindo
a liquidação da operação do cliente.
Análise feita com base em informações colhidas pela instituição, tanto em fontes
públicas como em pesquisas da própria instituição. A análise é baseada em:
a. Qualitativos, como reputação e princípios éticos
b. Quantitativos, como endividamento, geração de caixa, volatilidade nos lucros e
garantias oferecidas.
Análise de como o ciclo econômico e o nível das taxas de juros afetam o setor e,
conseqüentemente, a instituição analisada. Por exemplo, quando há, recessão, o consumo de
bens duráveis é afetado, uma vez que os consumidores tendem a gastar apenas nos bens de
primeira necessidade. Já o nível de taxas de juros resultante da política monetária do governo
pode limitar bastante o endividamento das empresas. Empresas tomadoras de empréstimo
num momento de taxas altas devem ter sua liquidez analisada cautelosamente.
As empresas em geral são avaliadas por agências especializadas como Standard &
Poor’s, Moody’s, Fitch, etc. Estas empresas avaliadoras atribuem “ratings” à qualidade do crédito
das empresas. Portanto, o “rating” é uma opinião expressa por uma agência especializada sobre a
qualidade do crédito de uma determinada empresa.
O “rating” é obtido a partir de dados quantitativos e qualitativos da emissora. Estes
dados são extraídos das demonstrações financeiras publicadas, bem como de outras informações
setoriais e conjunturais. No caso de uma determinada emissão, as agências avaliadoras levam em
consideração também as garantias, os prazos etc.
As escalas de “ratings” de crédito das duas mais tradicionais agências são:
Qualidade de Crédito
Standard & Poor’s
Moody’s
Altíssima qualidade
AAA e AA
Aaa e Aa
Qualidade Alta
A e BBB
A e Baa
Qualidade Intermediária
BB e B
Ba e B
Qualidade Muito Baixa
CCC, CC, C e D
Caa, Ca, C e D
Atribuição de limites operacionais, que evita a concentração indevida dos
investimentos em um único emissor.
Definição adequada das garantias necessárias.
Políticas de revisão de risco, que deve ser feita de forma contínua, já que o próprio
dinamismo do mercado pode alterar, rapidamente, a capacidade de pagamento dos
tomadores de recursos. As empresas de “rating” reavaliam e reatribuem ratings
periodicamente.
O risco de liquidez de mercado baseia-se na possibilidade de que uma operação não
possa ser negociada pelos preços desejados, devido a uma atividade insuficiente no mercado com
relação ao ativo/contrato/valor em questão. Quanto maior for a liquidez de um ativo/contrato/valor
no mercado, menor será o spread, ou seja, a diferença entre o preço desejado pelos compradores e
o preço desejado pelos vendedores.
À medida em que a liquidez se reduz, este spread vai aumentando, afetando a
rentabilidade dos negócios, o que reduz ainda mais a liquidez. Se o mercado apresentar
insuficiência de liquidez de determinado ativo/valor/contrato, a realização da operação, se for
possível, implicará numa alteração substancial no preço de negociação, afetando a rentabilidade do
negócio. Para controlar este tipo situação, utiliza-se o mecanismo de limitar a concentração da
carteira de várias maneiras:
Estes limites resultarão em uma carteira diversificada, onde o risco de
dificuldade para a geração de caixa através da venda de um ativo,
contrato ou valor fica reduzido.
O risco operacional refere-se às perdas resultantes de falhas nas operações financeiras
causadas por problemas relacionados a:
Sistemas (tecnologia),
Controles,
Má administração da organização e dos recursos humanos,
Avaliação de ativos de forma incorreta.
O mercado cobra um preço pela liquidez. Normalmente, quanto mais líquido um
investimento, menos rentabilidade proporciona. Portanto, o investidor deveria manter o mínimo
possível de recursos em liquidez. Dois fatores influenciam a decisão do investidor de deixar
recursos em liquidez:
É sempre aconselhável manter uma reserva de emergência para necessidades
inesperadas, que variam desde um acidente até a perda do emprego. O montante a ser reservado
depende muito das circunstâncias pessoais do investidor. Por exemplo, um executivo jovem que
acabou de ser contratado talvez não precise de tanta reserva quanto um advogado autônomo que
está atravessando uma entressafra de clientes. Por outro lado, o grau de inquietação com relação ao
futuro por parte do investidor também é um fator importante a ser considerado.
Digamos que um investidor está “juntando” dinheiro para comprar um apartamento. Na
medida em que a quantidade de dinheiro investido vai chegando à meta determinada, este
montante deve ser transferido para investimentos mais líquidos, pois a qualquer momento deverá
ser utilizado para a compra do bem.
Da mesma maneira, se a data da aposentadoria vai se aproximando, é recomendável que uma parte
razoável dos recursos acumulados para esse fim sejam transferidos para investimentos mais
líquidos, pois está chegando o momento de utilizá-los.
Os seguintes aspectos devem ser explorados e entendidos para uma melhor escolha
Fatores
Determinantes
Objetivos
Horizonte
Risco x
Retorno
Restrições
Diversificação
Ao procurar uma instituição financeira para investir os
seus recursos, o investidor possui uma série de planos em mente. Deve-se
procurar entender quais são estes planos para traduzi-los em uma carteira
de investimentos adequada.
Exemplo: Um pessoa física pode desejar comprar um carro novo, comprar
um apartamento, custear os estudos de seus filhos, criar uma reserva
financeira para a sua aposentadoria, etc. Portanto, em última instância, as
necessidades podem ser traduzidas concretamente no Retorno que ele
pretende obter para a carteira de investimento a ser estabelecida, e é o
primeiro subsídio para fazer uma correta adequação.
Em outras palavras, é necessário traduzir, por exemplo, a compra
do apartamento em volume de recursos necessários para adquiri-lo.Se o
pretendido é comprar um apartamento de 100 mil reais, então este é o
volume esperado como resultado de sua carteira de investimentos. No
entanto, esta informação não é suficiente. Ainda é preciso saber em quanto
tempo se pretende efetivamente adquirir o
apartamento. Este tempo, quando o investidor vai necessitar utilizar o
dinheiro até então aplicado, chamamos de horizonte de investimento.
O Horizonte de Investimento representa o tempo disponível para se atingir o
objetivo proposto, ou seja, por quanto tempo o investidor manterá aplicado o recurso até a
sua utilização para concretizar o objetivo inicial. Uma carteira de investimentos de um mesmo
cliente pode apresentar recursos disponíveis por prazos curtos, médios e longos.
A bolsa de valores apresenta grande
volatilidade.Observe que, de 1997 a maio/03, o
Ibovespa médio evoluiu 81,70%; no entanto
apresentou perdas elevadas em 98 e 2002 e
ganhos extraordinários em 97 e 99. Assim, no
longo prazo, é mais fácil dizer que a bolsa
apresentará rendimento atrativo, mas em um
mês é extremamente difícil fazer previsões.
O horizonte do investimento sugere a
que nível de Risco o cliente pode expor
seu
patrimônio.
Quanto
mais
abrangente
o
horizonte
de
investimento, maiores podem ser os
investimentos
em
ativos
que
apresentam mais oscilações de preços
no curto prazo, pois no longo prazo as
oscilações tendem a diminuir.
O que define a rentabilidade que se pode esperar dos vários investimentos? Em princípio,
quanto maior o risco de um investimento, maior deve ser a expectativa de rentabilidade. Caso
contrário, os investidores não se animariam a assumir maiores riscos. Veja, na figura a seguir,
uma representação gráfica desse princípio:
Este gráfico representa a relação entre o
retorno esperado de cada tipo de
investimento, e o risco que o investidor
deve assumir ao escolher cada um deles.
Perceba que isto não significa garantia de
rentabilidade: a aplicação em ações pode
proporcionar um retorno inferior aos
títulos atrelados à taxa SELIC. No entanto,
se não houvesse esta expectativa de um
retorno superior, ninguém investiria em
ações. E, por outro lado, se um investidor
quer um retorno superior, ele deve assumir
mais riscos: ninguém consegue um retorno
excepcional aplicando em fundos DI.
O investidor pode deparar-se com restrições a um ou outro investimento, além dos
obstáculos próprios que o investidor tenha a alguma situação específica, como segue:
Se o investidor sempre aplicou de uma determinada maneira,
pode demonstrar um perfil mais conservador (não gosta muito
de experimentar emoções novas).
Em geral, quem conhece o mercado compreende melhor as
sugestões tecnicamente corretas. No entanto, muitos
investidores aparentam entender os mecanismos do mercado
financeiro e na verdade não o conhecem
Em função de momentos de mercado ou momento de vida do cliente, o investidor pode se
declarar conservador (não deseja assumir riscos momentaneamente).
Muitos investidores já correm riscos elevados. Por exemplo, um investidor que é empresário já
está exposto aos riscos econômicos, políticos e sociais que impactam o mercado acionário.
Diversificar significa escolher ativos que tenham, ao menos potencialmente,
comportamentos diferentes uns dos outros, de modo que o resultado final seja um
portfólio com um risco menor do que cada um dos ativos tomados separadamente.
Trata-se, então, de diversificar os riscos. A diversificação procura diminuir os
três riscos que vimos até aqui: o risco de mercado, o risco de crédito e o risco de
liquidez. Cabe ao investido atentar aos seguintes parâmetros:
A separação entre os recursos de curto, médio e longo
prazo.
A meta de rentabilidade estabelecida para os recursos de
médio e de longo prazo.
O horizonte de tempo necessário para os investimentos de
médio e longo prazo.
O nível de risco de crédito da carteira.
O nível de risco de mercado de cada um dos investimentos.
O nível de risco de liquidez de todos os investimentos.
Para diluir os vários riscos, é importante diversificar os
investimentos para reduzir o risco total.
Professor: Breno Gregório Lima
[email protected]
O funcionamento do sistema econômico caracteriza-se, de
um lado, pela atividade de obtenção de recursos – ou
fatores – de produção em si e, de outro, pela obtenção de
meios financeiros e sua utilização. Caracterizam-se,
portanto, dois mercados: o primeiro, de fatores de
produção; o segundo, de bens e serviços finais.
a) setor primário; abrange as atividades que se realizam próximas às bases dos
recursos naturais, ex. atividade agrícola, pesqueira, pecuária, extrativismo.
b) Setor secundário; inclui atividades industriais, mediante as quais são
transformados
os bens.
c) Setor terciário ou de serviços; reúne as atividades direcionadas a satisfazer
necessidades de serviços produtivos que não se transformam em material, ex.
comércio, transportes, saúde, sistema financeiro, segurança, educação, lazer.
Mercado é toda “instituição” na qual bens e serviços, assim como os fatores de
produção são trocados livremente.
Famílias são as unidades consumidoras e proprietárias dos fatores de produção e
os oferece as unidade de produção compostas por firmas.
Firmas são as organizações que realizam a combinação dos fatores de produção e
produzem bens e serviços.
A obtenção dos fatores de produção e a produção e
distribuição dos bens e serviços constituem a atividade real
da economia. Os indivíduos – que são os proprietários dos
fatores de produção – fornecem às empresas – que são as
produtoras de bens e serviços finais – os recursos de que
elas necessitam para a produção de bens e serviços finais
que irão satisfazer suas necessidades.
Com base na ação dos agentes econômicos, família e firma, formamse dois mercados reais da Economia:
a) mercado de fatores de produção compostos por terra, trabalho,
capital, tecnologia e capacidade empresarial;
b) mercado de bens e serviços finais que são todos os bens
disponibilizados pelas firmas.
A integração desse dois mercados pelos agentes econômicos forma o
fluxo real da Economia, com suas respectivas ofertas e demandas.
Supondo uma economia de mercado que não tenha
interferência do governo e não tenha transações com o
exterior (economia fechada)
Agentes econômicos – Família (unidades familiares) e as
empresas (unidades produtoras).
Foram combinados nas Figuras, os fluxos real e monetário;
pode-se nela visualizar a sua interdependência e a
caracterização dos dois grandes mercados em que se
fundamenta a organização econômica: o mercado de
fatores – ou recursos – de produção e o mercado de bens e
serviços, nas partes superior e inferior dos fluxos,
respectivamente.
Mercado de bens e serviços
Demanda
Família
Fluxo Real da
Economia
Oferta
Oferta
Empresas
Demanda
Mercado de fatores de produção
Para que haja fluxo real entre os dois mercados é preciso a
presença da moeda que é utilizada para remunerar os
fatores de produção e pagamento dos bens e serviços vis
preço.
Deste modo, paralelamente ao fluxo real da Economia
temos o fluxo monetário.
Pagamento dos bens e serviços
Empresas
Famílias
Remuneração dos fatores de produção
Unindo os fluxos real e monetário da Economia temos o
chamado fluxo circular de renda
Mercado de bens e serviços
O que e quanto
produzir
Demanda
Família
Oferta
Fluxo
Monetário
Oferta
Como produzir
Empresas
Fluxo real (bens e
serviços)
Para quem produzir
Mercado de fatores de produção
Demanda
Em cada um dos mercados atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda,
determinando preço. Assim, no mercado de bens e serviços formam-se os preços
dos bens e serviços, enquanto no mercado de fatores de produção são
determinados os preços dos fatores de produção (salários, juros, alugueis, lucros,
royalties, etc).
Esse fluxo, também chamado de fluxo básico, é o que se estabelece entre famílias e
empresas. O fluxo completo incorpora o setor público, adicionando-se o efeito dos
impostos e dos gastos públicos ao fluxo anterior, bem como o setor externo, que
inclui todas as transações com mercadorias, serviços e o movimento financeiro com
o resto do mundo.
No mercado de bens e serviços – Forma os preços dos
bens e serviços.
No mercado de fatores de produção – São determinados
os preços dos fatores de produção:
•Salários;
•Juros;
•Aluguéis;
•Lucros;
•Royalties;
•Etc.
Fluxo básico: Família e Empresas
Fluxo completo: Família, Empresa e Setor público.
Setor público inclui o Setor externo, transações com
mercadorias, serviços e o movimento financeiro com o
mundo.
Bens de Capital: São aqueles utilizados na fabricação de outros bens
(máquinas, equipamentos e instalações).
Bens de Consumo: Destina-se diretamente ao atendimento das
necessidades humanas.
Duráveis: Geladeiras, fogões e automóveis.
Não-duráveis: Alimentos, produtos de limpeza.
Bens Intermediários: São aqueles que são transformados ou
agregados na produção de outros bens e que são consumidos
totalmente no processo produtivo (insumos, matéria-prima e
componentes).
INSUMO: Tudo que entra na composição do produto.
São chamados de recursos de produção da economia, e são
constituídos pelos recursos humanos (trabalho e capacidade
empresarial), terra, capital e tecnologia.
Remuneração do fator de produção:
Fator de Produção
Tipo de remuneração
Trabalho
Salário
Capital
Juro
Terra
Aluguel
Tecnologia
Royalty
Capacidade empresarial*
Lucro
Gerência dos proprietários
Nem todo o rendimento auferido pelos indivíduos ao fornecerem
fatores de produção constitui base para o pagamento pelos bens e
serviços adquiridos. Uma parte destes rendimentos pode ficar retida
sob a forma de poupança — identificada pela letra S, do inglês saving,
na maioria dos trabalhos acadêmicos que focalizam esta importante
variável econômica. Este ato representa um vazamento de recursos
financeiros do sistema, já que haverá produção que não será
adquirida.
No fluxo circular da renda a dois pólos — empresas e indivíduos —, as empresas
também são poupadoras, na medida em que não utilizam todo o seu lucro para a
aquisição de novos fatores de produção, juntando-se aos indivíduos poupadores.
Por outro lado, nem toda a produção de bens e serviços finais é destinada aos
indivíduos. Uma parcela considerável dos bens e serviços produzidos é adquirida
pelas próprias empresas, para constituírem seu ativo permanente, ou seja, a parcela
dos ativos totais da empresa que compreendem o ativo imobilizado e os
investimentos sob diversas formas, dentre outras rubricas.
No fluxo circular da renda a dois pólos — empresas e indivíduos —, as empresas
também são poupadoras, na medida em que não utilizam todo o seu lucro para a
aquisição de novos fatores de produção, juntando-se aos indivíduos poupadores.
Por outro lado, nem toda a produção de bens e serviços finais é destinada aos
indivíduos. Uma parcela considerável dos bens e serviços produzidos é adquirida
pelas próprias empresas, para constituírem seu ativo permanente, ou seja, a parcela
dos ativos totais da empresa que compreendem o ativo imobilizado e os
investimentos sob diversas formas, dentre outras rubricas.
Estes dispêndios das empresas com aquisição de bens e serviços finais que irão
ampliar seus ativos são considerados genericamente como investimentos no sentido
econômico e não financeiro do termo, caracterizando, portanto, uma injeção, ou
seja, uma entrada de recursos no fluxo circular da renda.
Diz-se que o sistema econômico está equilibrado quando os vazamentos são de
mesma magnitude que as injeções, ou seja, quando a poupança S é igual ao
investimento I, tal que
I=S
Foi relacionado nas figuras, incorporando os vazamentos e a injeção, isto é, a
poupança dos indivíduos e das empresas e os seus investimentos em ativos
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Aula 2 - Escassez