Vocalização e audição em aves
Caroline Santos
Francisco Paulo Caires Junior
Gabriel Lima Medina Rosa
Maria Augusta de Assis M. da Fonte
Nadjha Tanassovia Salvestrin
Renata ???
Introdução
 O que é bioacústica?
Ciência multidisciplinar que investiga a produção e a recepção
sonora pelos animais.
 Análise espectrográfica
• o espectrógrafo de som
• sonograma
Introdução
 Principais grupos estudados:
• Aves
• Anuros
• Mamíferos marinhos
COMPETIÇÃO VOCAL ENTRE MACHOS
•Por companheiras, território ou recursos para atrair fêmeas,
como um bom local para o ninho ou para alimentação.
•Sinais com maior e menor custo de produção
•Canto varia de acordo com os fatores fisicos
MÉTODOS DE ESTUDO
• 1º: São comparados os cantos em encontros agressivos e
suas características em interações não-agressivas. O canto
pode estar correlacionado com medidas de qualidade do
macho ou de seu território e o tamanho deste.
• 2º: Reprodução da música territorial, onde um alto falante
é colocado na borda do território do macho. Este responde
aumentando sua taxa de canto e voando próximo à caixa.
Pode-se simular a presença de um macho superior, fazendo
com que o dono do território se retire do local.
• 3º: Um macho ou seu ninho é removido de seu território e
é substituído por uma canção de radiodifusão especial e
este território continua sem rivais.
REPRODUÇÃO
• fêmeas devem escolher acasalar com um macho
que lhe proporciona uma maior prole e fazem
isso com base no canto
• ganhos diretos e indiretos: um macho que é livre
de parasitas não vai infetar a fêmea (direto), mas
ele pode ter genes superiores de resistência que
ao repassados para a prole (indireto)
• O canto também pode fornecer a informação se o
macho e fêmea pertencem a mesma espécie
CANTO X CHAMADO
• Canto: geralmente mais longos e complexos
acusticamente, tem função de estabelecimento
de território e sua manutenção, corte e
reprodução, alarme de predador, anuncio e troca
de alimentos e manutenção da proximidade
social e composição do grupo.
• Chamadas: mais envolvido com o canto em
questões relacionadas imediatamente à vida e
morte.
CHAMADAS DE ALARME: RISCOS DE
PREDAÇÃO
• quase todos os pássaros possuem chamadas
de alarme como componentes-chave no
seu conjunto de respostas anti-predação.
• varia com o grau de perigo e da
vulnerabilidade do chamador e seus
companheiros, dependendo, do predador.
• Comunicação multiespécies.
ESPAÇO ATIVO
• O espaço ativo de uma chamada é a área em
torno de um sinalizador em que uma chamada
pode ser detectada.
• Às vezes a chamada não é só para os
companheiros.
Não-passeriformes
• A grande maioria das espécies emitem vocalizações
um pouco mais complexas que simples gritos.
Ex.: abutres (desprovidos de siringe); beija-flores
Psitacídeos podem reproduzir a maioria dos sons de
seus ambientes
Passeriformes Sub-Oscines
• canto muito estereotipado e simples;
• Praticamente restritos aos neotrópicos;
Ex.: Bem-te-vi; choquinha; joão-de-barro;
araponga;
Passeriformes
• Cantos pouco estereotipados (improvisos) e,
frequentemente com vastos repertórios
vocais;
Ex.: Sabiá; corruíra; triste-pia; uirapuru
Um órgão para canto
• Siringe
• Exceto
• Localização e estrutura varia (KING 1989).
Variação estrutural da siringe
O ritmo respiratório
• O tempo de vocalização e o tempo música começa
com o ciclo respiratório (Vicario,1991).
• Músculos expiratórios comprimem sacos aéreos no
tórax e abdômen, aumentando a pressão respiratória
para que o ar flua através do siringe e da traquéia
(Hartley, 1990).
• Vocalizações ocorrem durante o fluxo de ar
expiratório
• Exceções (inspirações) sons de pombas (Gauntet al.
1982) e certas sílabas nas canções de alguns
tentilhões-zebra(Goller & Daley, 2001).
A Fonte de Som
• Vocalizações são geradas pelo fluxo de ar induzidas por
oscilação de elementos na parede da siringe que convertem
parte da energia cinética do ar em energia acústica.
• MTM, extremidade cranial de cada brônquio foi muito
assumida ser a fonte do som (Miskimen 1951;Greenewalt
1968; Fletcher, 1988; 1988 Gaunt;Figos. 9.1 & 9.2).
• Endoscopias durante a vocalização revelam que é o tecido
conjuntivo formando os lábios internos e externos no lúmen
siringeal vibram durante vocalização (Larsen & Goller 1999).
• Remoção cirurgica da MTM mostra apenas uma leve
alteração.
Independência Lateral
• Cada lado da siringe é inervado separadamente por
um ramo do hipoglosso (Nottebohm& Nottebohm
1976;Nottebohm 1977;Vicario &Nottebohm 1988;
sevagem et al, 2000).
• Duas fontes de sons independentes
• Os pássaros tiram proveito dessa independência
lateral para aumentar grandemente a variedade e
complexidade de suas canções (Greenewalt 1968;
Stein 1968;Suthers 1999).
Audição e Equilíbrio
Aves:
- análises sonoras numa ampla faixa de frequências
auditivas
- 3 segmentos anatômicos contínuos
Descrevendo o som
• Amplitude (Khz) e
duração (s ou ms)
• Podem ser
–
–
–
–
–
Monotonais
Harmônicos
Ascendentes
Descendentes
Ascendentes e
descendentes
– Séries e combinações
Descrevendo o som
• Clareza das inflexões
– Limite de percepção
temporal
• Ruídos
– Manchas nos
sonogramas
– Podem conter sons mais
complexos em seu
interior
• Polifonia
– Produto da ação
independente dos
aparelhos vocais da
siringe
Descrevendo o som
Variação do repertório vocal da gralha-picaça (Cyanocorax
chrysops)
Vocalização no papagaio cinza
• Pouco conhecimento das aves
• Papagaios cinza podem aprender e reproduzir
a fala humana
• Compartilham muitos padrões de
comportamento semelhantes a outras aves e
até mesmo humanos na aprendizagem de
emissão de sons
• Habilidades cognitivas semelhantes às do ser
humano:
– Realizar tarefas
– Aprender palavras
– Relacionar palavras a objetos
• Estudos com o papagaio Alex
Semelhante às
capacidades
cognitivas de
crianças
• Humanos e papagaios compartilham aspectos
na produção de sons
• Alex parece separar os fonemas durante a fala
gerando um “fluxo” adequado
• Alex produziu novas vocalizações, combinando
o que foi aprendido
• Como papagaios, tão distantes
filogeneticamente dos humanos podem captar
seus comportamentos e falar de forma
significativa?
• Existe convergência?
• Animas sociais são mais capazes do que
esperamos?
Obrigado!
Referencia
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KING, A.S. 1989. Functional anatomy of the syrinx.In: Form and Function in Birds, A.S. King & J.McClelland
(eds.), pp. 105–191. Academic Press,London.
HARTLEY, R.S. 1990. Expiratory muscle activity during song production in the canary. Respiration
Physiology 81:177–188.
GOLLER, F. & M.A. Daley. 2001. Novel motor gestures for phonation during inspiration enhance the
acoustic complexity of birdsong. Proceedings of the Royal Society of London, B 268:2301–2305.
VICARIO, D.S. 1991. Neural mechanisms of vocal production in songbirds. Current Opinion in
Neurobiology 1:595–600.
MISKIMEN, M. 1951. Sound production in passerine birds. Auk 68:493–504.
LARSEN, O.N. & F. Goller. 1999. Role of syringeal vibrations in bird vocalizations. Proceedings of the
Royal Society of London, B 266:1609–1615.
GREENEWALT, C. 1968. Bird Song: Acoustics and Physiology. Smithsonian Institution Press,
Washington, D.C.
NOTTEBOHM, F. & M.E. Nottebohm. 1976. Left hypoglossal dominance in the control of canary
and white-crowned sparrow song. Journal of Comparative Physiology 108:171–192.
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