A ORIGEM DA TEORIA DOS NÚMEROS Olhando ao redor, observamos a grande presença dos números Quanto mais voltarmos na história, veremos que menor é a presença dos números. Os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam para a sua sobrevivência era retirado da própria natureza. A necessidade de contar começou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo. No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela manhã, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde. Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a uma pedrinha que era armazenada em um saco. Uma curiosidade é que a palavra cálculo, é derivada da palavra latina calculus, que significa pedrinha. A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedrinhas, eram usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação. Com o passar do tempo, as quantidades foram representadas por expressões, gestos, palavras e símbolos, sendo que cada povo tinha a sua maneira de representação. A faculdade humana natural de reconhecimento imediato de quantidades se resume a, no máximo, quatro elementos. O senso numérico não pode ser confundido com contagem, que é um atributo exclusivamente humano que necessita de um processo mental. Distinguimos, sem erro e numa rápida vista um, dois, três e mesmo quatro elementos. Temos também, alguns animais, ditos irracionais, como os rouxinóis e os corvos, que possuem este senso numérico. No começo da história da escrita de algumas civilizações como a egípcia, a babilônica e outras, os primeiros nove números inteiros eram anotados pela repetição de traços verticais: I II III IIII IIIII IIIIII IIIIIII IIIIIIII IIIIIIIII 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Depois este método foi mudado, devido à dificuldade de se contar mais do que quatro termos: I II III IIII IIII I 1 2 3 4 5 IIII II IIII III IIII IIII 6 7 8 IIII IIII I 9 Um dos sistemas de numeração mais antigos que se tem notícia é o egípcio. É um sistema de numeração de base dez e era composto pelos seguintes símbolos numéricos: No princípio, os sistemas de numeração não facilitavam os cálculos, logo, um dos instrumentos utilizados para facilitar os cálculos foi o ábaco muito usado por diversas civilizações orientais e ocidentais. No Japão, o ábaco é chamado de soroban e na China de suánpan, que significa bandeja de calcular. Chegou um tempo em que sementes, pedras, gravetos e os próprios dedos não eram suficientes para contar. As quantidades tinham aumentado. Foi por isso que os sumérios, habitantes da Mesopotâmia, inventaram a escrita as. Eles faziam registros e contas em tabletes de argila. Tanto os gregos quanto os romanos usavam letras de seu alfabeto para representar números. Para os gregos α, β e γ eram os números (1, 2 e 3) utilizados por matemáticos gregos. . Os romanos utilizavam I (1), V (5), X (10), L (50), C (100), D (500) e M (1000). Era um sistema ordenado, já que a ordem dos símbolos importava: VI (seis) era diferente de IV (quatro), por exemplo. Na China, o sistema numérico era decimal e os números eram representados por símbolos próprios da escrita chinesa. No sistema numérico indiano, está a origem do sistema que adotamos hoje. Era um sistema posicional e multiplicativo. Com a introdução do zero, a numeração indiana precisava apenas de dez símbolos para representar todas as quantidades. Esta facilidade deixou muitos sábios e matemáticos de outras partes maravilhados. Algum tempo depois, chegou à Europa. E de lá se espalharia por todo mundo.