Trabalho de Sociologia
Dependência Química e Saúde
Nomes:
Bráulio Fernandes de Queiroz 0509019-9
Bruna Alves Alvarenga 0609041-9
Thiago Matoso Monteiro 0509028-8
SAÚDE NO TRABALHO
Considerações Iniciais
 A percepção de que o trabalho tem
conseqüências sobre a saúde dos indivíduos é
antiga
 Clássico Tempos Modernos, de Charlie Chaplin
 Sensível às degradações física e mental
provocadas pela implementação do modelo
taylorista/fordista sobre os trabalhadores
Os processos de trabalho Taylorista e
Fordista e o adoecimento do trabalhador
 "O homem certo no lugar certo."
 As "marcas" do trabalho, que aparecem sob a
forma de modificações de conduta no ambiente
fora do trabalho, de sofrimento psíquico ou
mesmo de doenças físicas e psíquicas, têm,
como uma de suas fontes, a rigidez do taylorismo
 O medo e a monotonia
Modelo Fordista de Organização
do Trabalho
 Sofrimento físico e psíquico ao qual estavam
entregues os trabalhadores, submetidos a
intenso ritmo de trabalho, severa disciplina e
rígido controle no interior e fora da fábrica
Riscos à Saúde: Ruído
 Trauma acústico: exposição aguda, perda auditiva de
instalação súbita, provocada por ruído repentino e de
grande intensidade, como uma explosão
 Perda auditiva temporária:conhecida também como
mudança temporáriado limiar de audição, ocorre após
a exposição a ruído intenso, por um curto período de
tempo.
 Perda auditiva permanente: A exposição repetida ao
ruído excessivo pode levar, ao cabo de alguns anos,
a uma perda auditiva irreversível
Vibrações
 perda do equilíbrio, simulando uma labirintite, além de
lentidão de reflexos
 manifestação de alteração no sistema cardíaco, com aumento
da freqüência de batimento do coração
 comprometimento, inclusive permanente, de determinados
órgãos do corpo;
Vibrações
Ergonomia
 Má concentração -
erros e retrabalho
 Má produtividade - mau
desempenho - atritos
com chefia
 Alterações da saúde
física - dores
musculares
 Alterações da saúde
mental estresse,
irritabilidade,
Pausas
 Norma Regulamentadora - NR 17 da Portaria
3214/78
 Pausa de 10 minutos a cada 50 minutos de digitação
 Máximo que deve digitar são 8000 toques por hora.
 Sugestão é que se realize uma pausa de 1 minuto a
cada 17 minutos de intensa utilização do terminal
Ergonomia
Dermatite de contato por metais
 É a inflamação da pele resultante do contato
direto com substâncias que causam reação
alérgica ou inflamatória. Ocorre mais comumente
nas mãos, braços e face.
 Cádmio, Mercúrio, Chumbo, Diversos
Dependência Quimica
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
 Vivemos em uma sociedade química, onde avanço
tecnológico e novas descobertas nesta
área são utilizados de forma continua.
 É comum vermos a utilização de produtos
químico tentando minimizar ou resolver de forma imediata
situações incomodas, sejam elas de dor, stress ou problemas
emocionais.
 A facilidade de acesso e ansiedade por resultados rápidos,
leva as pessoas a usar tais produtos muitas vezes de forma
inadequada
O que é a dependência química?
 A dependência química é a busca de uma solução mágica para a
limitação humana.
 Estima-se que 10% a 15% da população consome álcool
excessivamente e que 6% a 8% usa drogas ilícitas com freqüência
e que pais que consomem álcool além do social tem 70% mais
chance de ter filhos que se drogam com freqüência.
 As complicações da saúde provocadas pela dependência química
acabam gerando custos insuportáveis na estrutura médicohospitalar. As hospitalizações são complicadas e de alto custo para
um mesmo indivíduo.
Tipos de dependência Química
 Crônica: não tem cura, nescessita de cuidados especializados
permanentemente, objetivando maior tempo de abstinência.
 Progressiva: o dependente químico perde totalmente o
controle sobre o uso, conseqüentemente sobre sua própria
vida.
 Fatal: causa danos bio-psico-sociais e espirituais, na maioria
das vezes irreversíveis, por vezes o óbito.
Dependência química
 Características comportamentais: negação e falta de percepção da doença pelo




próprio indivíduo, sendo variáveis dificultadoras para o tratamento em sua
própria residência.
Quando internar: recomendável frente ao uso compulsivo, crises ou surtos
correlacionados, onde será acompanhado por profissionais especializados.
Período de internação: segundo normativa da (oms) organização mundial da
saúde, por um período de até 120 dias, para fins de desintoxicação, exceto casos
mais complexos.
Quem interna: a família ou responsável legal, sendo que o uso abusivo de drogas
mantém o indivíduo em risco e os demais, lei federal 10.216 / 2001.
Quem aborda e remove: equipe e viatura especializada (ambulância).
Dependência Química
 Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) apontam que os danos financeiros em razão de
furtos, acidentes, doenças e perdas de patrimônio
causados pelo uso indevido de substâncias psicoativas
correspondem a cerca de 4,5% do PIB (Produto Interno
Bruto).
 No Brasil, essas perdas são estimadas em 7,9% do PIB, o
equivalente a US$ 28 bilhões por ano. .
Dependência química na empresa
 Se considerarmos uma Empresa como um micro sistema inserido
na sociedade, tendo como recursos humanos os mesmos cidadãos
que fazem parte do todo, fica inevitável a conclusão que também
o mesmo percentual de dependentes químicos estarão presentes
na realidade empresarial.
 É comum que o dependente químico apresente baixa qualidade
de trabalho, problemas de relacionamento com colegas e
insubordinação com as chefias, além de comprometimento
financeiro excessivo.
Dependência química na empresa
 O Depto. de Medicina do Trabalho acaba sendo muito solicitado,
devido ao alto índice de complicações clínicas, atestados médicos e
afastamentos por auxílio doença, provocados pela dependência
química.
 Mas, o principal motivo para que se invista em um programa de
dependência química é que o investimento em um profissional é
alto e custa muito caro, acaba sendo muito mais barato recuperar
um dependente químico do que formar um novo profissional para
substituí-lo, até porque a dependência química é uma doença que
demora a se tornar visível e a sua visibilidade coincide
normalmente com o auge da carreira profissional do individuo.
Dependência Química em empresas
brasileiras
 A Empresa Brasileira da Aeronáutica (Embraer), com quase
15 mil empregados, sediada em São José dos Campos, vem
investindo na assistência dos colaboradores com diagnóstico
de dependência química desde 1984. O programa foi sendo
aprimorado gradativamente e, a partir do ano 2000, a
empresa deu um salto maior, passando a realizar exames
toxicológicos (coleta de urina).
 Detectada a dependência, o colaborador é atendido na
própria empresa por uma equipe de profissionais
especializados e, após análise minuciosa, é encaminhado para
tratamento adequado.
Dependência Química em empresas
brasileiras
 Todo o processo é mantido em sigilo, pois o programa não
tem nenhum vínculo punitivo, caso o exame toxicológico der
resultado positivo, não impondo qualquer restrição ao
progresso da carreira do funcionário dentro da empresa.
 Todavia, os estudos do BID revelam que para cada dólar
investido pelas empresas no tratamento de recuperação do
dependente, há o retorno de US$ 3, além de reduzir
significativamente os registros de falta ( em 91%), problemas
disciplinares (88%), erros no trabalho (93%) e acidentes de
trabalho (97%).
Resultados do tratamento
 No meio empresarial, são grandes as chances de recuperação
do dependente químico e os números comprovam: 90% se
reabilitam e o índice de reincidência é de 10%.
 O dependente se sente acolhido no ambiente de trabalho, não
é discriminado, nem estigmatizado e tem o apoio da
sociedade, tanto que fora desse contexto, apenas 45% se
recupera e 75% reincide”.
Legislação
 A legislação não se manifesta claramente sobre as obrigações do empregador em relação
à dependência química dos empregados nos ambientes de trabalho, ficando a cargo do
empregador, a iniciativa e a liberalidade em regulamentar internamente, os
procedimentos a serem tomados quando verificadas estas situações.
 Embora a Norma Regulamentadora 7 (NR-7) estabeleça a obrigatoriedade da elaboração
e implementação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional por parte do
empregador, que visa a promoção e preservação da saúde de todos os trabalhadores
através dos exames periódicos obrigatórios, não há definições claras das obrigações com
relação aos procedimentos para dependentes químicos.
 Da mesma forma, a NR-5 de que trata da obrigatoriedade da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA que tem como objetivo a prevenção de doenças e
acidentes decorrentes do trabalho bem como de colaborar no desenvolvimento e
implementação do PCMSO e PPRA além de outros programas relacionados à segurança
e saúde do trabalhador.
Procedimentos do Empregador

A Consolidação das Leis do Trabalho prevê, no artigo 482, alínea "f", a embriaguez (habitual ou em
serviço) como falta grave por parte do empregado e que é um dos motivos que constitui a extinção do
contrato de trabalho por justa causa.

O Decreto 6.117/07 dispõe sobre várias medidas para redução do uso indevido dessa substância. Dentre
as medidas previstas para reduzir e prevenir os danos à saúde, citamos algumas ligadas diretamente ao
ambiente de trabalho:

privilegiar as iniciativas de prevenção ao uso prejudicial de bebidas alcoólicas nos ambientes de trabalho;

capacitação de profissionais e agentes multiplicadores de informação, inclusive a capacitação em prevenção
do uso do álcool no ambiente do trabalho;

Articular a realização de curso de capacitação em prevenção do uso do álcool no ambiente de trabalho;

Incentivar o estabelecimento de parcerias com sindicatos, associações profissionais e comerciais para a
adoção de medidas de redução dos riscos e danos associados ao uso indevido e ao abuso de bebidas
alcoólicas.
PRINCIPAIS DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS
PRESENTES NO AMBIENTE DE TRABALHO
Dentre as dependências químicas presentes no ambiente de
trabalho, podemos citar:
 bebidas alcoólicas;
 drogas como maconha, cocaína, crack e etc.;
 tabagismo.
SINAIS DE ALERTA QUE PODEM ESTAR
LIGADOS À DEPENDÊNCIA
 Independentemente da legislação, são cada vez mais frequentes as
políticas de recursos humanos voltados para programas de saúde
no trabalho onde está inserida a prevenção de dependência
química nos ambientes de trabalho.
 Estes programas buscam no primeiro momento prevenir através
de campanhas antitabagistas e do uso abusivo de álcool e de outras
dependências e num segundo, identificar antecipadamente os
sinais de alerta que possam estar ligados à dependência como:
SINAIS DE ALERTA
 Ausências durante o trabalho: os empregados geralmente
costumam a se atrasar frequentemente após o almoço ou sair
de seus postos de trabalho para ir ao banheiro, bebedouro,
estacionamento, associações e etc.;
 Absenteísmo: podem ocorrer também faltas não autorizadas,
licenças excessivas por doenças, faltas com ou sem
comprovação médica e usualmente nas segundas ou sextasfeiras ou dias que antecedem ou sucedem feriados, faltas
sucessivas por doenças vagas como resfriados, gripes,
enxaquecas e etc.;
SINAIS DE ALERTA
 Acidentes de trabalho: o mau uso dos equipamentos de
proteção individual e os acidentes leves ou não relatados
durante o trabalho e até fora do trabalho, podem ser sinais de
alerta;
 Queda de produtividade: atrasos na execução de tarefas ou
no atendimento dos compromissos, tarefas que levam mais
tempo para serem cumpridas, desculpas ou dificuldades para
reconhecer erros, dificuldades com tarefas um pouco mais
complexas, descuidos e desperdícios de materiais, matériaprima ou equipamentos;
SINAIS DE ALERTA
 Relacionamento interpessoal: alternâncias no
comportamento com colegas, reação exagerada à críticas ou
sugestões, empréstimo de dinheiro e endividamento,
discussões desnecessárias e irrelevantes;
 Hábitos pessoais: mudanças nos hábitos cotidianos como
descuido com a higiene e aparência pessoal, apresentar-se
bêbado ou cheirando álcool logo pela manhã, mudança de
comportamento ou confuso após o almoço.
SINAIS DE ALERTA
 Os pontos mencionados anteriormente indicam que
possivelmente está havendo algum problema com o
empregado. Compete ao empregador, em suspeitando,
indicar o empregado para o médico do trabalho ou assistente
social, identificar o que está acontecendo e em que contexto
organizacional poderá ser oferecido a ajuda ou identificado a
fonte do problema.
 É imprescindível que a empresa mantenha total
confidencialidade do problema e do empregado envolvido, de
forma a garantir a confiança deste para com a empresa.
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS
 Em qualquer das situações de dependências químicas no ambiente de trabalho cabe ao
empregador esgotar os recursos disponíveis para promover e preservar a saúde do empregado.
 É comum encontrarmos decisões em que a dispensa por justa causa com fundamento na
embriaguez é descaracterizada, condenando a empresa reclamada no pagamento de verbas
decorrentes de uma dispensa imotivada.
 Assim, o empregador poderá, disponibilizando de recursos internos, encaminhar seu
empregado ao setor de Medicina e Segurança do Trabalho ou na falta deste, para órgão
previdenciário para tratamento de saúde antes de adotar punição mais rígida e definitiva.
 Tais procedimentos fundamentam-se no dever da empresa de proporcionar ao seu empregado
um tratamento para que o mesmo possa se reabilitar antes de ser desligado.
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS
 A dependência mais comum nas empresas é a embriaguez, a
qual está prevista na CLT como falta grave por parte do
empregado. A embriaguez pode ser dividida em habitual
(crônica) ou embriaguez "no trabalho" (ocasional).
ENTENDIMENTO DOS TRIBUNAIS
EMBRIAGUEZ HABITUAL
 Constitui um vício ou até mesmo
uma enfermidade em razão da
reiteração do ato faltoso por parte
do empregado, podendo ocorrer
tanto dentro quanto fora do
ambiente do trabalho
 Atualmente tem sido vista mais
como enfermidade do que como
vício social, o que, perante os
tribunais, merecem um tratamento
antes de extinguir o contrato por
justa causa.
EMBRIAGUEZ NO
TRABALHO
 Dar-se necessariamente no
ambiente do trabalho.
 Quanto à embriaguez "no
trabalho”, o empregador,
exercendo seu poder fiscalizador
e de punição, poderá adotar
penas maiores contra o
empregado, em se verificando a
falta de interesse por parte deste
na manutenção do contrato de
trabalho.
Conclusão

A empresa ao Investigar e abordar adequadamente os sintomas
de cada dependente químico, traz possibilidade de tratamento e
diversos benefícios na qualidade de vida do indivíduo afetado,
assim como benefícios financeiros, bem-estar e saúde, além de
aumentar a sua produtividade no setor empresarial.
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