IDEIAS PARA UMA FENOMENOLOGIA
PURA E PARA UMA FILOSOFIA
FENOMENOLÓGICA
Edmund Husserl
Aluno: João Vitor de Souza Alves
Biografia
Filho de judeus, nasce no dia 08 de Abril de 1859,
em Prossnitz, Morávia (região da atual República
Tcheca);
 Estudou matemática nas universidades de Leipzig
(1876) e Berlim (1878);
 1883: em Viena, obtém o doutorado, com a tese
“Contribuições ao cálculo das variações”;
 1884-1886: frequenta as aulas de filosofia
ministradas por Franz Brentano;
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Biografia
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1886 - Universidade de Halle: desenvolve a sua
tese de habilitação para professor conferencista
naquela universidade: “Sobre o conceito do
número”;
1887: converte-se ao cristianismo, passando a
integrar a Igreja Luterana;
1901-1916: leciona na Universidade de Göttingen;
1901: publica “Investigações Lógicas”;
1913: publica o livro “Ideias para uma
Fenomenologia Pura e para uma Filosofia
Fenomenológica”;
Biografia
1916-1928: Leciona na Universidade de Freiburg;
 1928-1933: como aposentado, Husserl continua as
suas pesquisas em Freiburg até 1933, quando, em
razão de sua ascendência judia, é afastado da
Universidade;
 Falece em 27 de Abril de 1938, em Freiburg.

A importância do pensamento

Influenciado por: Descartes, Brentano (e, por via
de consequência, a tradição grega e escolástica),
Immanuel Kant e outros;
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Influências:
Sartre,
Heidegger,
Merleau-Ponty e outros;
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Alguns temas de pesquisa: teoria do
conhecimento, relação sujeito x objeto e a
fenomenologia.
Derrida,
A fenomenologia de Husserl
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Uma questão: a relação entre sujeito x objeto.
Como se constitui o conhecimento?;
1ª vertente (realista): a primazia do objeto;
2ª vertente (idealista): a primazia do sujeito;
3ª vertente (filosofia de Kant – Século XVIII):
uma solução intermediária.
Kant: conhecimento = “apreensão sensível” das
coisas + “intelecto” que fornece a estrutura
formal para essa apreensão;
A fenomenologia de Husserl
A concepção da “relatividade do conhecimento”:
o conhecimento se constitui de forma relativa ao
sujeito;
 “Fenômeno”: phaino, phainomena, aquilo que
aparece, aquilo que é suscetível de apreensão
cognitiva;
 “elementos transcendentais do conhecimento”:
os elementos prévios que condicionam a nossa
experiência no mundo;
 Em síntese: o sujeito do conhecimento (uma
consciência que apreende o fenômeno) x objeto
(fenômeno apreendido pela consciência)
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A fenomenologia de Husserl
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Risco: “apreensão” enquanto “assimilação das
coisas pelo sujeito” = desaparecimento do
objeto;
Husserl: desequilíbrio na relação entre sujeito e
objeto. As coisas acabam perdendo a sua
autonomia ao longo do processo de apreensão;
Propósito da fenomenologia: “é necessário
voltar às coisas mesmas”;
Método fenomenológico: a busca de uma
‘relação sujeito x objeto” mais autêntica;
“Purificar a relação entre o sujeito e o objeto”;
A fenomenologia de Husserl

A intencionalidade da consciência.
 “Toda consciência é consciência de alguma
coisa”: compreensão + vontade dirigida (a um
objeto);
 “Apreensão” = consciência (de alguma coisa) +
objeto (com uma realidade própria);
 Modos de apreensão de um objeto:
a) imediata (intuição originária ou percepção) –
presença do objeto;
b) mediata (imagem ou recordação);
 Intencionalidade: o modo pelo qual a
consciência se volta para as coisas.
A fenomenologia de Husserl

O conhecimento
 Transformação da relação interioridade x
exterioridade;
 É a partir dessa relação bipolar que se
constitui o conhecimento;
 Conclusão: a consciência e o objeto não
constituem o conhecimento de forma
isolada;
 Impacto no pensamento da época.
A fenomenologia de Husserl

Algumas noções:
Noesis: experiência intencional; a consciência
enquanto movimento para um objeto.
 Noema: experiência essencial; significado do objeto
visado pela consciência.
 Eidos, região eidética: essência, objeto puro e
imanente.
 “Epoché”:
em grego, “eu me abstenho”.
Procedimento intelectivo para alcançar o extrato dos
fenômenos.
Histórica: abstraindo os dados do mundo.
Existencial: abstraindo a própria existência do sujeito.
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A fenomenologia de Husserl

A redução eidética
Objetivo: alcance da essência do objeto.
– Duas fases:
a) redução psicológica: a recusa em aceitar a evidência
empírica (os dados externos) como sendo suficiente
para o alcance do verdadeiro conhecimento.
b) redução transcendental: colocar “entre parênteses” a
própria consciência do “eu”, em busca da consciência
transcendental pura. É preciso pensar o pensado.
Inversão: "cogito ergo sum" ("penso, logo existo")
"ego cogito cogitatum" ("eu penso o pensado")
A fenomenologia de Husserl
Método
– Duas perspectivas ou etapas:
1) intuitiva ou de evidenciação;
2) descritiva (afastamento, em larga medida, da
dedução)
a) excluir as limitações do conhecimento;
b) evitar a investigação baseada na natureza;
c) desprender-se dos conceitos prévios;
d) atingir o transcendental, a pureza do conceito;
e) eliminar o acidental e alcançar o essencial.

Referências
AZEVÊDO,
Bernardo Montalvão Varjão de. O método
fenomenológico proposto por Edmund Husserl e o Caso Escola
Base. In PAMPLONA FILHO, Rodolfo; CERQUEIRA, Nelson
(Org.). Metodologia da pesquisa em direito. Salvador: Vol. I, 2010.
 FERNANDEZ, Leandro. A fenomenologia de Edmund Husserl.
Disponível em:
http://www.metodologiaufba.xpg.com.br/index_arquivos/Page441.h
tm . Acesso em 28 jan. 2013.
HUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para
uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia
pura. Traduzido por Márcio Suzuki. São Paulo: Idéias e Letras,
2006.
 SILVA, Franklin Leopoldo e. A fenomenologia e o
existencialismo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Z2XPHjSYBfw . Acesso em:
27 jan. 2013.
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