“O ESPÍRITO TOYOTA”Cap.I ((Benjamin, Coriat- Pensar pelo avesso:o modelo japonês de trabalho e organização, Rio de Janeiro: Revan/UFRJ,1994) Ohno por ele mesmo: O método Toyota é, segundo Ohno, a combinação de dois princípios, que ele mesmo designa como sendo dois pilares, sobre qual sua construção repousa. São eles: PRODUÇÃO,just in time, A AUTO-ATIVAÇÃO produção • Just in time é um sistema de Administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. • O conceito de Just in time está relacionado ao de Produção puxada, onde primeiramente se vende o produto para depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. • O Just in time é o principal pilar do Sistema Toyota de Produção ou Produção enxuta. O Espírito Toyota • Diante dos vários erros de interpretação, o método Toyota não é uma técnica de produção de “estoque zero”. • Trata-se mais do que isto, o “estoque zero”, é apenas um dos resultados aos quais ele conduz, perseguindo um objetivo muito mais geral. Segundo Ohno (1978). P. 49 • O sistema Toyota adapta-se bem às condições de diversificação mais difíceis. É porque ele foi concebido para isso. • Sendo assim, a essência do sistema – determinado por sua “intenção” fundadora (...) consistindo na concepção de um sistema adaptado à produção em séries restritas de produtos diferenciados variados. • (...) fabricar a bom preço pequenas séries de numerosos modelos diferentes(...) oposição central dos sistema anteriores. A questão dos estoques: • A “fábrica mínima”: a fábrica reduzida às suas funções, equipamentos efetivos estritamente necessários para satisfazer a demanda dia´ria ou semanal. • A fábrica mínima é primeiramente e antes de tudo a fábrica de pessoal mínimo. • “A administração pelos olhos”: Eliminar todos os supérfluos- (...) administrar com os olhos, é um dos fundamentos do método Toyota • As luzes...alaranjada: ajuda, vermelha: parar a linha, • Resulta em: A fábrica “MAGRA” . "É uma inversão da lógica fordista. O fluxo de produção começa pela encomenda, não é mais a produção em massa. Existindo, segundo esta escola, um controle maior do processo e fabricação" (SALERNO, 1992). 1.Uma visão cronológica: As quatro fases e momentos-chaves da concepção do sistema Toyota • (1947-1950) Importação no setor automobilístico das inovações técnico-organizacionais herdadas da experiência têxtil. • O choque dos anos 1949- 1950 e sua significação: aumentar a produção sem aumentar efetivos • Os anos 1950: A importância na fabricação automobilística de técnicas de gestão dos estoques dos supermercados norte-americanos- nascimento do KanBan. • Extensão do método Kan-Bam aos subcontratantes. 2. Uma visão analítica: três determinantes estruturais da formação do método Toyota • As especifidades do mercado automobilístico japonês nos anos 50: demandas curtas e diferenciadas; • As fantasias do método Dekanscho. A questão dos estoques e ameaça financeira de 1949 • O mercado de trabalho e as relações industriais. O toyotismo • É um modo de organização da produção capitalista que se desenvolveu a partir da globalização do capitalismo na década de 1950. Surgiu na fábrica da Toyota no Japão após a II Guerra Mundial, e foi elaborado por Taiichi Ohno mas só a partir da crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global. 1. . Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo. • Neste momento, o Japão do pós-guerra, está começando a fase de reestruturação industrial. O movimento sindical, ligado à linha automobilística, se apresentava altamente combativo, em face do intenso programa de racionalização da produção que se inicia após a saída da administração americana, em 1952. Uma imensa onda de protestos se espalha por todo o país. • Em relação à Toyota, a empresa sai vitoriosa, transformando o sindicato de indústria em sindicato de empresa. Sindicato-casa. Isto obriga os trabalhadores a práticas demarcadas pelo acordo e cooperação com os representantes do capital. Em 1954, este sindicato é considerado pouco cooperativo, surgindo, então, o sindicato com espírito Toyota, na família Toyota, onde as greves desaparecem e é considerada uma obrigação para a elite da empresa a atividade sindical: "proteger a nossa empresa para defender a vida" (CORIAT, 1994). • A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte-americano. Com o choque do petróleo e a conseqüente queda no padrão de consumo, os países passaram a demandar uma série de produtos que não tinham capacidade, e, a princípio, nem interesse em produzir, o que favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas. A razão para esse fato é que devido à crise, o aumento da produtividade, embora continuasse importante, perdeu espaço para fatores tais como a qualidade e a diversidade de produtos para melhor atendimento dos consumidores. Princípios, Regras e Protocolos -Cap.II Automação e auto-ativação: O princípio da automação é de fato um princípio importado da indústria textil. (fabricante de teares)EX. K. Toyoda (p.52). Significação do princípio: desespecialização e polivalência operária Ohno aprofunda quando coloca: Uma tal resistência era compreensível> por um lado eu pedia a vários operários, quase todos especializados, que se tornassem polivalentes. Por outro lado a experiência tinha trazido à luz vários problemas técnicos... O Just in Time e o Método Kan-Ban • Kanban é uma palavra japonesa que significa literalmente registro ou placa visível. • Em Administração da produção significa um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados. • Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção, para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se converte num novo pedido para mais peças. Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça. Técnicas e procedimentos:as ferramentas do Ohnismo • Linearização da produção; partir do fato o objetivo é de encontrar formas de implantação das máquinas, que permitam adaptr-se às variações tanto qualitativas, quanto quantitativas da demanda. • Conceber instalações em forma de U, permitindo a linearização das linhas de produção; • Mobilizar trabalhadores pluriespecializados (multifuncionais) • Recalcular permanentemente os padrões de operação alocados aos trabalhadores • EX. Figuras 1, 2 e 3 de Lay-out fordistas Para superar e ultrapassar os limites apresentados nos exemplos anteriores, a recomendação de Ohno é conceber organizações em U e combiná-las encadeando espacialmente uma às outras. • Figura 1: O princípio de implantação em forma de U • Figura 2: Alocação de tarefas em janeiro • Figura 3: Alocação de tarefas em fevereiro Andon, Poka Yoké, mudança rápida de ferramentas...: As engenharias locais e o Ohnismo • Andon – Direção pelos olhos- indicador luminoso • Poka Yoké – Melhoramento da qualidade dos produtos, prevenir os erros, torná-los quase impossível- “defeito zero” Tarefas e funçõs...: A Empresa “transfuncional” • UM BREVE RETORNO A FAYOL... • Fayol, Henri- tanto quanto Taylor, é um dos fundadores da arte gerencial norte-americana e da constituição da empresa moderna – (Método de organização racional da administração-geral e industrial. • Consiste em concentrar a atenção em uma das funções tradicionais – A Direção Geral • ...E SUA SUPERAÇÃO POR OHNO • A regra é efetivamente pensar pelo avesso- partino do mercado para garantir permanentemente a adaptabilidade da empresa à mudança- Ela nada mais é que um obstáculo à competitividade e à valorização do capital. ESTRUTURAS SOCIAS Fonte: Adaptação de BERTONI, B., 1994. Reengenharia humana. Bahia: Casa da Qualidade. Recursos estratégicos Fonte de Energia Cliente Trabalho Ciclo comercial Objetivo Era da agricultura Sociedade industrial Sociedade de informação Terra Capital Tecnologia Animal Petróleo Inteligência Conhecidos passivos Desconhecidos Parceiros conhecidos Mundo interagindo Artesanal Tecnológico Intelectual Sobrevivência Acúmulo de bens materiais Competitividade Interação Sobre a Toyota A Toyota é uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, presente em mais de 160 países, e com metas arrojadas de aumentar sua participação de mercado.A Toyota é também uma das dez maiores empresas segundo a Fortune Global 500 business, e desfruta a honra de ser considerada "a companhia automobilística mais admirada do mundo*. Nossa companhia é hoje líder incontestável do mercado japonês e asiático, o maior vendedor de veículos não-americanos nos EUA e a marca japonesa líder na Europa. Com o lançamento da nova geração do Corolla, atingimos a liderança no segmento de sedans médios no mercado brasileiro. A companhia é também uma das melhores montadoras em satisfação do cliente na maioria dos países, construindo uma excelente reputação por todo o mundo pela qualidade, durabilidade e confiabilidade de seus produtos e serviços pós-vendas. Sobre a Toyota A Toyota sempre considerou o meio-ambiente como uma questão fundamental, concentrando esforços para sua preservação e investindo em pesquisa e desenvolvimento que possibilitem a fabricação de veículos menos poluentes e mais seguros.2002 marca o ano em que a Toyota participou pela primeira vez na maior e mais importante competição automobilística: A Fórmula 1. A Toyota se engajou não apenas em construir chassis e motores, mas sim começar uma equipe do zero. O quadro de funcionários de ponta da fábrica em Colônia, Alemanha, cresceu para 550 funcionários de 27 nacionalidades diferentes, fazendo da Toyota a equipe mais multicultural e multi-nacional do grid.* Como publicado na edição da revista Fortune em julho de 2003. LinksSobre a Toyota Toyota no Brasil. Sobre a Toyota no Brasil Toyota do Brasil foi estabelecida em 23 de janeiro de 1958. Em janeiro de 1958, a Toyota Motors Corporation inaugura um escritório no centro da cidade de São Paulo, com o nome de Toyota do Brasil Indústria e Comércio Ltda. Onze meses depois, a empresa inicia as suas atividades como montadora de veículos, com a instalação da primeira fábrica brasileira, no bairro do Ipiranga. O Land Cruiser, primeiro utilitário Toyota lançado no mercado brasileiro, ganha as ruas em maio do ano seguinte. Com a mudança da fábrica para São Bernardo do Campo, em novembro de 1962, a Toyota substitui a linha Land Cruiser pelo Bandeirante, equipado com motor a diesel, tração nas quatro rodas e disponível nas versões jipe e camioneta de carga e de uso misto. Uma das únicas fábricas do mundo a manter todas as operações industriais realizadas pela própria empresa, a unidade de SBC permitiu, durante quase quatro décadas de produção, o controle completo de todos os processos, garantindo a qualidade final do produto. Em setembro de 1998, a Toyota inaugura a segunda fábrica no Brasil, em Indaiatuba, interior de São Paulo, onde passa a ser fabricado o Corolla, carro mais vendido em todo o mundo, com mais de 30 milhões de unidades comercializadas desde 1966. Em agosto de 2001, a Toyota inaugura seu escritório comercial em São Paulo e encerra a fabricação do Toyota Bandeirante. A unidade de São Bernardo do Campo passa a produzir peças para a picape Hilux, fabricada na planta de Zárate, na Argentina, e para o Corolla. Após investimentos de US$ 300 milhões, a Toyota dá início, em junho de 2002, à produção do Novo Corolla, veículo que ocupa há três anos a liderança absoluta de vendas no segmento de sedãs médios. Em janeiro de 2003, a Toyota passa a contar com nova estrutura na América do Sul, com a denominação de Toyota Mercosul. A nova organização integra o gerenciamento da Toyota do Brasil com a Toyota da Argentina e consolida as duas plantas produtivas como pólos de exportação para toda a América Latina, incluindo Caribe e México. • Sobre a Toyota Emblema da Toyota. Em 2 de outubro de 1990 a Toyota Motor Corporation apresentou ao mundo o novo símbolo da marca. Este emblema simboliza as características avançadas e a confiablilidade do produto e, hoje em dia, é utilizado em todos os novos modelos Toyota. O desenho consiste em 3 elipses entrelaçadas. Em termos geométricos, uma elipse possui dois pontos centrais: um deles é o coração de nossos clientes e o outro é o coração do nosso produto. A elipse maior unifica os dois corações. A combinação das elipses vertical e horizontal simboliza o "T" de Toyota. O espaço do fundo representa o contínuo avanço do desenvolvimento tecnológico da Toyota e as ilimitadas oportunidades à nossa frente. Nosso emblema