Ana Rita Senadora da República PT/ES OBJETIVO DA CPMI Investigar a situação de violência contra a mulher no Brasil e apurar denúncias de omissão por parte do poder público com relação à aplicação de instrumentos instituídos em lei para proteger as mulheres em situação de violência. Metodologia de Trabalho da CPMI A CPMI trabalhou de março de 2012 a julho 2013 Visitou 17 estados e o Distrito Federal. Foram realizadas diligências a 60 equipamentos (casas-abrigo, delegacias da mulher e comuns, centros de referência, IMLs, Juizados Especializados, Promotorias e Defensorias da Mulher), um estabelecimento prisional e uma aldeia indígena Foram analisadas mais de 30 mil páginas de documentos oriundos de todas as unidades da federação , e ainda realizadas: 24 audiências públicas, 18 audiências públicas nos estados, 7 sessões deliberativas, 744 requerimentos apreciados, 717 requerimentos aprovados Produção da CPMI Relatório Final com 1045 páginas 73 recomendações gerais a todos os poderes constituídos Recomendações a todos os estados, inclusive os não visitados Análise da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres Análise do Orçamento para a violência contra mulheres Análise da situação da violência contra mulhres nos estados Análise da legislação e proposição de projetos de lei Análise de casos emblemáticos Análise da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Insuficiência de recursos para o enfrentamento às diversas formas de violência contra mulheres Ausência de monitoramento e avaliação da política e da aplicação dos recursos Necessidade de revisão da política nacional de enfrentamento à violência contra mulheres (abrigamento, Centros de Referência, e melhorar a articulação com as DEAMs) Principais Projetos de Lei Tipificação do feminicídio (morte violenta de mulheres pelo fato de serem mulheres) Tipificação da Violência Doméstica como tortura Alterações na LMP: proibição da fiança pela autoridade policial; notificação ao juízo e ao ministério público quando a mulher ingressar em casa-abrigo; vedação de audiência de renúncia sem manifestação prévia da vítima Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher para acompanhar as recomendações e outras atribuições Rede nacional de serviços Serviços Especializados SPM TCU CPMI Delegacias da Mulher (DEAMs) 374 583 408 Núcleos especializados em Delegacias comuns 116 Centros de Referência de Atendimento à Mulher 204 187 202 Casas-abrigo 72 72 71 Juizados Especializados de Violência Doméstica 52 Varas adaptadas 46 97 27 Promotorias Especializadas da Mulher 38 Não consta 64 61 57 36 Defensorias da Mulher 103 66 CPMI e o Estado de Alagoas O estado de Alagoas é o segundo no ranking nacional de feminicídios, com uma taxa de 8,3 homicídios de mulheres/100 mil mulheres; Maceió é a terceira capital , com uma taxa de 11,9 mortes/100 mil mulheres; Audiência pública realizada em 01/06/2012; Reunião com o governador do estado; (continua…) Reunião com o movimento de mulheres; Visita à DEAM Visita ao Centro de Referência municipal; Visita à Casa-abrigo Visita ao Juizado Especializado Visita ao DML em 01.06.2012; Principais problemas diagnosticados Ausência de um plano estadual de enfrentamento à violência contra mulheres e aos feminicídios; Rede especializadade enfrentamento à violência contra mulheres insuficiente e frágil; Ausência de articulação entre os poderes para o enfrentamento à violência contra mulheres; Rede Especializada em Alagoas Serviços Quantidade DEAM 03 Centros de Referência 01 Casa-abrigo 01 Juizados Especializados de Violência Doméstica e Familiar 01 Varas de Violência Doméstica e Familiar 00 Promotorias da Mulher 01 Defensorias da Mulher 01 Serviços de Perícia 02 Serviços especializados de saúde 03 Recomendações ao Poder Executivo Fortalecer a Secretaria da Mulher, com a ampliação do seu orçamento e de recursos humanos e retirar de sua competência a Defesa do Consumidor; Ampliar o efetivo policial das DEAM(s); Promover a Capacitação continuada em gênero dos servidores, especialmente daqueles em atuação na rede de enfrentamento à violência Contra a Mulher; Retirar as DEAM(s) do Plantão Policial; Incluir um Capítulo sobre Violência de Gênero no Plano Estadual de Segurança Pública; Reformar o IML; (continua…) Recomendações ao Poder Executivo Interiorizar os serviços de perícia; Criar um serviço especializado de perícia para mulheres em situação de violência, com ambiente humanizado e acolhedor no IML e em outras seccionais; Ampliar o número de Núcleos de Atendimento à Mulher em Delegacias não Especializadas; Ampliar os serviços especializados de saúde para mulheres em situação de violência e de abortamento legal em zonas distantes; Recomendações ao Poder Judiciáriio Criar Juizados Especializados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher na capital e em outras regiões do Estado, Tomar providências para ampliar o quadro de funcionários efetivos do 4º Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher; Designar Juízes para atuação exclusiva no 4º Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher; Instituir a Equipe multidisciplinar composta por funcionários efetivos; Instituir formalmente a Coordenadoria da Mulher, conforme resolução do Conselho Nacional de Justiça. Recomendações ao Ministério Público Criar uma Promotoria da Mulher, no âmbito estadual, a exemplo da Criação da Coordenadoria do Tribunal de Justiça Criar Promotorias da Mulher no interior do estado; Ampliar o número de servidores para garantir atendimento e a produção de dados para melhor orientar a ação do órgão; Designar uma promotora titular, com atuação exclusiva no 4º Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher; (continua...) Recomendações ao Ministério Público Criar o cadastro dos casos de violência contra mulheres, conforme o inciso III, do art. 25, da Lei Maria da Penha. Promover a capacitação continuada dos membros do Ministério Público e servidores em violência de gênero, doméstica e familiar contra a mulher; Recorrer das decisões judiciais que concedem a suspensão condicional do processo, contrariando a decisão do Supremo Tribunal Federal; Investigar os motivos da não aplicação de recursos na reforma do IML de Maceió; Recomendações à Defensoria Pública Fortalecer o da Defensoria Pública, e ampliar o número de defensores e defensoras: Interiorizar os núcleos de Defensoria da Mulher, pelo menos para os Municípios Polos; Promover a capacitação continuada dos membros da Defensoria Pública e servidores em violência de gênero, doméstica e familiar contra a mulher; Ampliar o número de defensoras atuando exclusivamente na defesa da vítima, com designação para o NUDEM. Para acessar o Relatório completo: www.anarita.com.br Obrigada!