Violência contra as
mulheres
Nome: Ana Luiza Pismel – 3
Maria Paula Campos – 18
Turma: 203A
Como tudo começou…
A história da humanidade é permeada por comportamentos
de violência contra a mulher, registrando-se, inclusive, no
período colonial brasileiro, previsão legal de aplicação de
castigos às mulheres por seus maridos, com o uso de
chibatas.
O comportamento agressivo do gênero homem tem raízes
culturais que se perde no tempo. Sua origem está vinculada a
postura masculina de dominar o outro, as coisas, os animais,
a natureza, impondo-se, pela força, aos demais, sendo a
mulher um dos principais símbolos da cultura de submissão
ao homem.
Pontua-se, neste contexto, a desigualdade que historicamente ditou a
relação entre o homem e a mulher, inserindo-a em situação de
inferioridade, impondo-lhe obediência e submissão.
A Lei Maria da Penha, buscando corrigir esta situação,
punindo os agressores, delineou em sua redação definições acerca das
formas de violência praticadas contra a mulher, bem como especificou
os âmbitos em que ela poderá se dar.
Desta feita, dispõe a legislação que a violência doméstica e
familiar contra a mulher se constitui de qualquer ação ou omissão
baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual
ou psicológico e dano moral ou patrimonial, perpetrado no âmbito da
unidade doméstica; no âmbito da família; ou em qualquer relação
íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação
Alguns números sobre a
violência
Embora muitos avanços tenham sido alcançados com a Lei
Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), ainda assim, hoje,
contabilizamos 4,4 assassinatos a cada 100 mil mulheres,
número que coloca o Brasil no 7º lugar no ranking de países
nesse tipo de crime.
Pelo Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS)
do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada); 26%
concordam que mulheres que usam roupas que mostram o
corpo merecem ser atacadas.
7 em cada 10 entrevistados consideram que as brasileiras sofrem mais
violência dentro de casa do que em espaços públicos.Os dados revelam
que o problema está presente no cotidiano da maior parte dos
brasileiros: entre os entrevistados, de ambos os sexos e todas as classes
sociais, 54% conhecem uma mulher que já foi agredida por um
parceiro e 56% conhecem um homem que já agrediu uma parceira. E
69% afirmaram acreditar que a violência contra a mulher não ocorre
apenas em famílias pobres.
Entre os homens, só 14,7% dos incidentes acontecem na residência ou
habitação. Já entre as mulheres, essa proporção eleva-se para
40%. Duas em cada três pessoas atendidas no SUS em razão de
violência doméstica ou sexual são mulheres; em 51,6% dos
atendimentos foi registrada reincidência no exercício da violência
contra a mulher.
A aplicação da Lei Maria da Penha fez com que fossem distribuídos
685.905 procedimentos, realizadas 304.696 audiências, efetuadas
26.416 prisões em flagrante e 4.146 prisões preventivas, entre 2006 e
2011
Das mulheres ouvidas pelo DataSenado, 30% dizem acreditar que as
leis do país não são capazes de protegê-las da violência doméstica.
Para 23,3%, muitas vítimas não denunciam os companheiros à polícia
por prever que eles não serão punidos. Das mulheres entrevistadas,
18,6% afirmaram já ter sido vítimas de violência doméstica. Em
resposta à última agressão, uma parcela expressiva delas (20,7%)
nunca procurou ajuda nem denunciou o agressor.
Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados como principais
fatores que contribuem para a violência. 94% conhecem a Lei Maria
da Penha, mas apenas 13% sabem seu conteúdo. A maioria das
pessoas (60%) pensa que, ao ser denunciado, o agressor vai preso. 52%
acham que juízes e policiais desqualificam o problema.
No passado, as mulheres não ocupavam grandes cargos na
política, nem em empresas. Embora hoje em dia elas ainda
serem ocupantes de empregos com baixa remuneração, como
trabalhos domésticos por exemplo, que são na maioria das
vezes realizados por mulheres, elas estão conquistando maior
espaço em diversos setores.
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