Sepse e Choque Séptico em Pediatria Congresso de Cooperativismo em Pediatria, João Pessoa, 12/10 a 13/10/2012 www.paulomargotto.com.br Epidemiologia Mortalidade (1-4 anos) Recursos financeiros – Comparação Epidemiologia Registro internacional de Sepse PROGRESS (PromotingGlobal Research Excellence in Severe Sepsis) R Beale, K Reinhart, F Brunkhorst, G Dobb, M Levy, G Martin, C Martin, G Ramsey, E Silva, B Vallet, J-L Vincent, JM Janes, S Sarwat, and MD Williams, for the PROGRESS Advisory Board 60 Mortalidade Mortalidade 70 60 40 50 40 30 20 20 10 0 0 AUSTRÁLIA ALEMANHA ÍNDIA ARGENTINA BRASIL Mundo Brasil Mortalidade por Sepse no Brasil por Faixa Etária e Região Bacterial Sepsis in Brazilian Children. Plos One 2011 Mortalidade Trauma, Pancreatite, Pós-PCR, etc Sinais de Sepse Sepse Sepse Grave Sepse Choque Séptico Parâmetros Clínicos e Laboratoriais Fisiopatologia | Aspectos inflamatórios e imunológicos Imunopatogenia na Sepse Neutropenia Linfopenia Imunossupressão exógena Resposta imune proinflamatória (sepse grave) Fenótipo imunológico Imunoestimulação da doença crítica Resposta antiinflamatória (imunoparalisia) Terapias imunoestimulatórias Choque Séptico: Diagnóstico Taquicardia + Pulsos periféricos reduzidos Enchimento capilar > 2 segundos Alteração neurológica Extremidades moteadas Oligúria (<1 mL/kg/hora) Choque Séptico: Diagnóstico Tratamento da Sepse Grave Controle da Infecção Ressuscitação Hemodinâmica Modulação da Resposta à Sepse Tratamento Antibióticos Fluidos IV Drenagem de Focos Inotrópicos Hidrocortisona Erros na Assistência de Crianças Atendidas com Doença Meningocócica Pais reconhecem tardiamente o choque: 16 crianças Pediatras fizeram corretamente o diagnóstico em 19 de 35 crianças Atraso de 2,5-21 horas ocorreu para as crianças com diagnóstico incorreto O choque não foi reconhecido nem tratado em 50% das crianças O tempo entre o início da doença e o tratamento foi maior nos casos fatais (mediana 18.3 - de 8-24 horas), comparado aos sobreviventes (mediana 12, de 2-48 horas; p < 0.01, MannWhitney U test) Nadel S. Avoidable deficiencies in the delivery of health care to children with meningococcal disease J Accid Emerg Med. 1998 Choque Séptico: Fisiopatologia e Bases do Tratamento Extravasamento do volume intravascular Má distribuição do fluxo sanguíneo Diminuição da resistência vascular sistêmica Alteração da permeabilidade tecidual Ressuscitação consistente com protocolo está associada a melhor prognóstico 100 90 80 Sobrevivência% 70 60 50 40 30 20 10 0 Segue protocolo(27) Não segue protocolo(64) Han YY Pediatrics 2003 O estabelecimento de um protocolo de atendimento precoce de crianças com meningococcemia referidas para a UTI do Hospital St. Mary, na Inglaterra, resultou em uma redução de mortalidade de 29% para 2% ao longo de 6 anos Welch SB Treatment of meningococcal Infection Arch Dis Child 2003 Antibioticoterapia Antibioticoterapia endovenosa deve ser iniciada na primeira hora do reconhecimento da sepse grave, após a coleta de culturas apropriadas Fluidos no Choque Séptico Revisão retrospectiva de 34 pacientes pediátricos com cultura positiva + choque séptico de 1982-1989 3 grupos: 1: recebeu até 20 ml/kg na 1ª hora 2: recebeu de 20 – 40 ml/kg na 1ª hora 3: recebeu mais de 40 ml/kg na 1ª hora Carcillo JA Role of early fluid resuscitation in pediatric septic shock JAMA 1991 Distribuição de Sobreviventes e Não Sobreviventes nos Grupos de Ressuscitação com Fluidos 8 7 6 5 4 3 2 1 0 SOBREVIVENTES NÃO SOBREVIVENTES GRUPO GRUPO GRUPO 1 2 3 Vasopressores Quando a ressuscitação volêmica falha em restabelecer a pressão arterial e perfusão adequadas, deve-se iniciar o uso de vasopressores A terapia com vasopressores também pode ser usada para manter a perfusão quando a hipotensão for grave, mesmo no decorrer da ressuscitação volêmica Terapia Orientada por Metas: Hiperglicemia 1. 2. Níveis de glicemia > 150 mg/dL durante as primeiras 24 horas de admissão Níveis de glicemia > 180 mg/dL em qualquer momento da internação Transporte 75% dos pacientes pediátricos transportados por equipes não especializadas sofrem complicações clínicas graves Nesse estudo a deterioração fisiológica ocorreu em apenas 2 de 51 pacientes transportados sendo que a maioria apresentava escores de gravidade menores após a chegada em relação à partida Intervenções realizadas: 26 % - ventilação mecânica; 73 % acesso venoso central; 86% - monitorização invasiva da pressão arterial Britto J. Morbidity and severity of illness during interhospital transfer BMJ 1995 Disfunção de Órgãos: Achados de Autópsia 80% têm trombose e/ou sangramentos 80% têm infecção persistente ou não reconhecida 70% têm depleção linfóide 30% têm patologia adrenal 20% têm doença proliferativa associada a EBV Causas de infecção persistente ou não erradicada 1. 2. 3. 4. Imunodeficiência primária Imunodeficiência secundária Antibióticos inapropriados Não remoção de material necrótico ou contaminado Pontos Chaves: A mortalidade dos pacientes dobra a cada hora de persistência do choque Até 50% dos casos não são reconhecidos ou tratados a tempo O maior impacto sobre a mortalidade depende do reconhecimento e intervenção precoces feitos pelo médico atendente no Serviço de Emergência Pontos Chaves Reconhecimento precoce e terapia agressiva Desenvolvimento e disseminação dos protocolos de tratamento Estabelecimento de equipes de transporte especializadas Centralização dos casos graves em UTIs Pediátricas Medicina Baseada em Evidências Campanha Sobrevivendo à Sepse » Diretrizes embasadas em evidências científicas » Implementação: » Indicadores de Qualidade » » » Tratamento - 6 horas (ressuscitação) Regras institucionais e protocolos gerenciados baseados em sistema de auditoria e feedback Resultados: » Brasil: expressiva da taxa de mortalide