Seminário 5 Anos do Novo Modelo Realidade e Perspectivas para o Setor de Energia Elétrica Avanços Alcançados na Comercialização do Mercado Livre e Possíveis Aperfeiçoamentos Edson Luiz da Silva A Apine • Perfil dos Sócios – – – – geradores privados de energia elétrica concessionárias de geração Empresas de pequeno, médio e grande portes outras empresas interessadas na produção independente » » » » prestadoras de serviço de engenharia consultiva mineradoras de carvão mineral escritórios de advocacia construtores e fabricantes • Fontes de Geração dos associados – hidráulica: médio e grande porte e PCHs – térmica: biomassa, gás, carvão mineral e óleo – eólica 2 A Apine • Número de Sócios: – 41 • Capacidade Instalada no Mundo: – 285 mil MW (cerca de 3 vezes a do Brasil) • Capacidade Instalada no Brasil: – 43 mil MW (45% da capacidade instalada do Brasil) • Faturamento Anual: – R$ 18 bilhões 3 A Apine 4 A Apine 5 Agenda 1. Avanços no Marco Regulatório 2. Leilões de Energia Elétrica 3. Próximos Desafios para o ACL 4. Constatações 6 Avanços no Marco Regulatório • Regras de Transição – Viabilização da comercialização de usinas, particularmente as hidrelétricas, concedidas sob o marco regulatório anterior » Usinas nestas condições eram elegíveis a participar dos leilões como energia nova » Competição em bases isonômicas mediante compensação do encargo devido pelo Uso do Bem Público (UBP) • Separação entre Fio e Energia – Desmembramento da tarifa de fornecimento nas componentes FIO e ENERGIA permite que o consumidor efetivamente saiba o quanto paga pelo PRODUTO energia elétrica 7 Avanços no Marco Regulatório • Retomada do Planejamento – Geração » Desenvolvimento de estudos de inventário, aumentando a oferta de novos empreendimentos hidrelétricos aptos a participarem dos leilões de energia nova – Transmissão » Coordenação dos estudos de longo prazo (EPE) e médio prazo (ONS) possibilitou a eliminação das principais restrições elétricas intra e entre submercados e a gradativa interconexão dos sistemas isolados ao SIN • Regulação Técnica da Transmissão – Instituição da Parcela Variável sinaliza, via regulação por incentivos, para a maximização da disponibilidade dos ativos de transmissão – Eficácia da calibragem utilizada ainda não foi testada 8 Avanços no Marco Regulatório • Realinhamento Tarifário – Proporciona a isonomia tarifária entre as diversas classes de consumo, eliminando subsídios cruzados » A energia passa a ter o real valor (“vale quanto pesa”) • Leilões do ACR – Permite a contratação eficiente das distribuidoras » Os Produtores Independentes passam a ter o efetivo acesso ao mercado – Permite coordenar 70% da expansão necessária • Sistema de Garantias Financeiras da CCEE – Estímulo à contratação futura 9 Avanços no Marco Regulatório • Instituição do Conceito de Lastro – Além da energia elétrica, há um segundo produto » CAPACIDADE de COMERCIALIZAÇÃO » A contratação antecipada do lastro possibilita a adequação do suprimento – O lastro possui valor próprio » Se há excesso de lastro, seu valor tende a zero independentemente do PLD » Se há falta de lastro, seu valor tende à penalidade independentemente do PLD – Mecanismos de capacidade estão em implantação em outros mercados de energia elétrica » New England, PJM e Colombia são exemplos de uma abordagem moderna do conceito de capacidade como mecanismo coordenador da expansão » Nesses mercados, existe um preço para a energia e um preço para capacidade de produção 10 Leilões de Energia Elétrica 75.000 70.000 Leilões viabilizaram a expansão, mas a matriz energética está mudando significativamente 750 Pequenas Usinas Novas 700 Termo Nova Outras 65.000 650 60.000 600 55.000 550 50.000 500 45.000 450 40.000 400 35.000 350 30.000 300 25.000 250 20.000 200 15.000 150 10.000 100 Termo Nova Óleo Diesel Termo Nova Óleo Combustível R$/MWh MWmed Termo Nova Gás Natural Termo Nova Carvão Hidro Nova Outras Hidro Nova Leiloada Termo Emergencial Termo Importação Pequenas Usinas Existentes Termo Existente Hidro Existente 8% Participação Termelétrica 0 5.000 13% Participação Termelétrica 26% Participação Termelétrica 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Demanda Oficial 50 PLD Médio SE 0 11 Importância do ACL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% jan/05 mai/05 set/05 jan/06 mai/06 set/06 jan/07 Mercado Não-Cativo mai/07 set/07 jan/08 mai/08 set/08 jan/09 Mercado Cativo Segmento da carga que efetivamente responde a preço Parâmetro de eficiência da indústria de energia elétrica 12 Próximos Desafios para o ACL • Expansão – Viabilizar, com eficiência, energia nova para o crescimento de carga do ACL • Sustentabilidade – Recontratação da energia existente e caducidade das concessões devem ter uma solução coordenada » A solução não deve distorcer o mercado – Apesar do horizonte futuro, estes temas já paralisam o mercado livre e causam incertezas sobre o valor dos ativos » Competitividade do ACR é benchmark para o ACL O ACR é o supridor de última instância » Qual será o preço da energia associada às concessões que vencem a partir de 2015? • Liquidez – Necessidade de mecanismos que permitam ao consumidor livre gerenciar o risco de crescimento da demanda – Permitir que consumidores livres vendam energia de novos contratos é uma alternativa » A solução necessita contemplar aspectos de curto e longo prazos » Com instrumentos adequados, a contratação futura (expansão da oferta) pode ser incentivada A solução não é simples pois existem contratos de quantidade e disponibilidade 13 Próximos Desafios para o ACL • Assimetrias na alocação de Risco – Risco de submercado » Apesar da expansão da transmissão (construção de 26 mil km de linhas de transmissão na Rede Básica nos últimos 10 anos) o risco associado à diferença de preço, mesmo que com pequena probabilidade de ocorrência, é precificado como custo » Como não há espaço para repasse deste custo via preço, a decisão é de não contratar, reduzindo a competição no submercado deficitário de oferta – Encargo de serviço de sistema - ESS (elétrico e energético) » O custo do despacho fora do mérito por razões elétricas é razoavelmente bem comportado, enquanto o custo por razões energéticas não é – Ambos os riscos caracterizam-se pela intensidade – No ACR, o risco é alocado a um número elevado de agentes e amortizado por uma conta gráfica » Alocação do risco é pulverizada – No ACL » O risco da diferença de preços é alocado usualmente ao gerador e liquidado no mês de ocorrência » O ESS é alocado no mês em que ocorre o despacho fora da ordem de mérito » Em ambos os casos, a alocação de risco não é amortecida e nem pulverizada 14 Constatações • Os avanços alcançados pelo marco regulatório atual representam uma consolidação das regras e amadurecimento no mercado de energia elétrica • A matriz energética decorrente dos leilões de energia nova, a despeito dos esforços para disponibilizar empreendimentos hidrelétricos viáveis, está aquém do potencial do país – A participação termelétrica salta dos atuais 13% para 26% em 2013 • O mercado livre apresenta sinais de estagnação, ou mesmo de retração. Dada a importância deste segmento para a indústria de energia elétrica e seu potencial para viabilizar a expansão da oferta, deve-se buscar soluções para esta finalidade • O tratamento das concessões vincendas é um fator de risco importante para o mercado como um todo e requer uma solução imediata e integrada com a recontratação da energia existente 15 Obrigado! APINE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES INDEPENDENTES DE ENERGIA ELÉTRICA SHS Quadra 6, Ed. Business Center Tower - Brasil XXI, Bloco C - Sala 212 Brasília – DF CEP: 70322-915 Telefones: (61) 3224-6731 / 3224-8919 / 3226-3130 / 3226-5578 Fax: (61) 3202-2616 [email protected] www.apine.com.br Edson Luiz da Silva 16