Cinco anos do Marco Regulatório Realidade e Perspectivas para o Setor de Energia Elétrica Ricardo Lima Presidente Executivo 23/03/2009 Agenda Quem somos Avanços do Novo Modelo Dificuldades Melhorias necessárias Quem Somos Associação de grandes grupos industriais com objetivos comuns: “Defesa da disponibilidade, da qualidade e da competitividade da energia” • Fundada em agosto de 1984 • 55 Associados (grandes grupos industriais), com cerca de 500 unidades de consumo • Energia Elétrica: 22% do consumo no Brasil e 47% do consumo industrial • Energia Térmica*: 40% do consumo industrial brasileiro • Consumo de energia elétrica dos associados superior ao consumo maioria dos países da América do Sul. • Cerca de 27% PIB brasileiro * Óleo Combustível e Gás Natural Associados QUÍMICA/PETRO CLORO/SODA CIMENTO SIDERURGIA PAPEL/CELULOSE VIDRO TÊXTIL FERTILIZANTES FERRO-LIGAS ALUMÍNIO MINERAÇÃO DIVERSOS GASES INDUSTRIAIS Agenda • Quem somos • Avanços do Novo Modelo • Dificuldades • Melhorias necessárias Avanços do Novo Modelo • Busca pela Modicidade Tarifária • Retomada do planejamento centralizado – EPE • Garantia de Expansão – Aversão ao déficit • Realização de leilões para a expansão da geração – Leilões realizados para usinas já com licença ambiental • Aquisição de energia no mercado regulado somente por meio de leilões • Contratação de longo prazo • Universalização do acesso Agenda • Quem somos • Avanços do Novo Modelo • Dificuldades • Melhorias necessárias Dificuldades • Expansão do parque gerador • Irrigação do mercado livre • Volatilidade do PLD • Liquidez no mercado livre • Encargos Setoriais • Perda da Competitividade Dificuldades MW médio Expansão do parque gerador: Leilões 2007 e 2008 57% 10.000 210 8.000 43% 1.498 6.000 927 2.910 6.420 5.313 4.000 2.000 Rio Madeira (2.935 MW méd) 0 Hidro/Biomassa Térmicas Hidrelétricas Óleos comb. Gás natural/GNL Carvão mineral Biomassa Outros Fonte: CCEE – Montantes de energia negociados nos leilões de novos empreendimentos – out/08 Dificuldades Irrigação do Mercado Livre: Destinação da Energia Nova dos Leilões Regulados 20.000 16.954 MW médio 16.000 12.000 8.000 4.000 1.235 0 ACR ACL Dificuldades Irrigação do Mercado Livre: Destinação e Preço da Energia de Santo Antônio e Jirau (Fonte: ABRACE) 4.000 160 139,71 2.881 2.000 120 80 78,09 1.235 1.000 40 0 0 ACR ACL • Desequilíbrio entre ACL e ACR • Poder Concedente promove o planejamento da expansão da oferta • Acesso isonômico nos próximos leilões do ACR R$/MWh MW médio 3.000 jan/09 out/08 jul/08 abr/08 jan/08 out/07 jul/07 abr/07 jan/07 out/06 jul/06 abr/06 jan/06 out/05 500,00 jul/05 abr/05 jan/05 Preço (R$/MWh) Dificuldades • Volatilidade do PLD N NE S 400,00 SE / CO 300,00 200,00 100,00 0,00 Dificuldades • Encargos Setoriais Encargo 2008 (R$ Milhão) CCC 3.523,37 RGR* 1.446,16 TFSEE 366,44 P&D* 1.331,00 CDE* 2.483,69 PROINFA 895,75 ESS 2.354,41 CFURH* 1.368,73 ONS* 11,09 TOTAL 13.780,65 *Valores provisórios Dificuldades • Encargos Setoriais Milhões Encargo de Segurança Energética (Res. CNPE nº 08/2007) 500 400 300 200 100 Valor Total = R$ 2,3 bilhões no v/ 08 de z/ 08 ou t/ 08 se t/ 08 o/ 08 ag ju l/0 8 fe v/ 08 m ar /0 8 ab r/ 08 m ai /0 8 ju n/ 08 ja n/ 08 de z/ 07 - Dificuldades • Impacto dos Encargos e Tributos 100 +86% 46,3 Encargos e tributos Parcela de encargos e tributos 53,7 0 X Custo livre de encargos e tributos - Base = 100 - Fonte: PWC, Acende Brasil - 2006 Dificuldades 160 Energia Elétrica: Panorama mundial 140 US$/MWh 120 100 80 60 40 20 África do Sul Coréia do Sul - Câmbio 2007 R$ 2,11/US$ - Inclui impostos Alemanha Estados Unidos Canadá Rússia Fonte: - EIA/DOE - ANEEL - BACEN - Análise Abrace México Brasil Agenda • Quem somos • Avanços do Novo Modelo • Dificuldades • Melhorias necessárias Melhorias necessárias • Redução temporária da demanda contratada • Participação dos leilões de expansão • Venda de Excedentes • Certificados de Energia • Redução dos Encargos • Término das Concessões de Geração Vigentes • Pólos Industriais Melhorias necessárias • Redução temporária da demanda contratada • Crise mundial e perda de frentes de trabalho. • Possibilidade de se aditar os contratos de uso por um período determinado, a fim de minimizar os impactos financeiros nas indústrias que tenham necessidade de reduzir ou suspender as atividades industriais. • Proposta ABRACE: pagamento da demanda medida por um período limitado a dezembro de 2010. Uma vez terminado o período de benefício, o consumidor pagará pela diferença (reajustada) entre o medido e o contratado pelo dobro do período em que pagou pela energia consumida (medida). Melhorias necessárias • Participação dos leilões de expansão • Obrigação do governo em garantir energia aos dois ambientes • participação dos consumidores livres e potencialmente livres nos leilões promovidos para atendimento ao mercado regulado • diretrizes do leilão deverão ser definidas pelo MME (como já ocorre hoje) • declaração de necessidades por parte dos consumidores interessados (como já ocorre hoje com as distribuidoras) • o MME deverá definir o montante total de energia a ser contratado no leilão para atendimento à demanda do ACR e dos consumidores livres • não aplicação do encargo destinado à modicidade tarifária (fator alfa) • MME deverá definir o percentual mínimo de energia definido para atendimento ao ACR o qual incluirá a demanda dos consumidores livres Melhorias necessárias • Venda de Excedentes • Motivação – Os consumidores livres devem garantir o atendimento a 100% de suas cargas – Ao consumidor é permitido somente liquidar suas sobras no PLD – Sinal para expansão • Encaminhamento – Possibilidade de transacionar excedentes devido à volatilidade inerente às atividades industriais flexíveis e à crise Melhorias necessárias • Certificados de Energia • Motivação – Dificuldade de previsibilidade da demanda – Obrigatoriedade de contratação de 100% da demanda – O Consumidor Livre não pode atuar como vendedor • Criar um modelo para comercialização que permita maior liquidez • Participação do mercado livre na expansão do sistema elétrico • Alternativa adicional para obtenção de financiamento • A possibilidade de transferir/liquidar oferece flexibilidade para o ACL • Certificados emitidos pelo MME para cada gerador com base na garantia física do empreendimento Melhorias necessárias • Redução dos Encargos Setoriais • • CCC – Suporte a medidas fiscalizadoras da ANEEL e MME – Garantir a conclusão da LT Tucuruí-Manaus RGR – • • Extinção imediata CDE – Forma de recolhimento desvinculada das aplicações – Maior eficiência na aplicação dos recursos ESS – Mudança da forma de rateio Melhorias necessárias • Término das Concessões de Geração Vigentes 16.000 13.389 14.000 11.460 12.000 (MW médio) 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 607 605 678 2009 2010 2011 - 141 336 210 2012 2013 2014 202 2008 CDSA CHESF ESCELSA CEB COPEL GERAÇÃO FURNAS CEEE DUKE LIGHT CEMIG ELETRONORTE TEC 2015 CESP EMAE TRACTEBEL 2016 Depois de 2016 CGTEE ENERSUL CELG G - T Melhorias necessárias • Término das Concessões de Geração Vigentes Definição desde já das regras e procedimentos para a recontratação da energia, bem como para os futuros leilões de compra de energia proveniente destes empreendimentos de geração, e de forma concomitante com a regra de prorrogação. • Considerando que todos os consumidores pagaram por esses ativos no passado, disponibilização de energia a preços competitivos a ambos os mercados de energia (cativo e livre), de forma isonômica. • Destinação do benefício, pago pelas concessionárias ao Poder Concedente pela prorrogação, de seus contratos de concessão, em sua totalidade no setor elétrico, através de abatimento da TUST paga pela carga. • Manutenção das obrigações contratuais pré-existentes quando da prorrogação do prazo das concessões. Melhorias necessárias • Pólos Industriais • Com base na variedade de pólos industriais existente no Brasil e casos internacionais de sucesso obtidos por meio da aplicação de incentivos a pólos industriais envolvendo a questão energética, a ABRACE elaborou uma proposta de decreto ministerial para regulamentar o tema em pauta; • A proposta de decreto aborda tópicos fundamentais como: – Definição do pólo industrial; – Condições de gestão, inclusive para compartilhamento de infraestrutura e aquisição de insumos; – O tratamento que deve ser dado à compra de energia elétrica e à contratação do uso e da conexão aos sistemas elétricos e a caracterização do ponto de entrega para fins destas contratações, incidência de encargos e aferição da medição.