UNA Centro Universitário de Ciências Gerenciais OSM Organização, Sistemas e Métodos Profa. Maria Helena Michel (ASI) Alunos: Bruna Soares Eduardo Mitre Igor Notini Leonardo Abdala Rafaela França Belo Horizonte, março de 2004. As organizações As organizações A organização nasceu com o homem. Quando dois homens ou mais, se agrupam e se associam, surge a organização, a divisão do trabalho, as atribuições de cada um, a necessidade de controle. As organizações Nas sociedades complexas, o homem, em todas etapas de sua vida, desde o nascimento até a morte, depende das organizações. É controlado por elas onde passa a maior parte de seu tempo. Muitos conceitos de organização são elaborados levando-se em conta a visão individual do ser humano. As organizações Para Henry Dutian a organização é “a arte de empregar eficientemente todos os recursos disponíveis afim de alcançar um determinado objetivo”. Para James Mooney a organização é “a forma que assume toda associação humana para alcançar um objetivo comum”. As organizações As organizações e seus paradigmas As organizações e seus paradigmas “É mais fácil mostrar as organizações do que tentar defini-las.” (Mar e Simon - Organizations) Organizações só existem porque determinados objetivos só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas. As organizações e seus paradigmas As pessoas precisam estar deliberadamente reunidas para o atendimento desses objetivos e estes não devem apenas traduzir os interesses da organização, mas também os de cada indivíduo que a compõe. Objetivos Organização Pessoas As organizações e seus paradigmas Além dos objetivos e dos indivíduos, deve-se levar em conta os frutos da atividade humana nas organizações: divisão consciente e racional do trabalho e os processos de transformação. conseqüência da atividade humana Objetivos + Pessoas + Divisão do trabalho + Processos de transformação = Organização As organizações e seus paradigmas Segundo o sociólogo Amitai Etzioni (1960), as organizações podem ser classificadas em três tipos: Coercitivas: o poder imposto pela força física; prêmios, punições; controle; produz alienação. Normativas: o poder baseia-se no consenso sobre objetivos e método das organização; controle moral; envolvimento “moral” e ”motivacional”; “voluntárias”. Utilitárias: o poder com base no controle de incentivos econômicos; remuneração como controle; participação “calculada”; pouco compromisso com objetivos. As organizações e seus paradigmas Organizações Utilitárias Integram intenções e propósitos declarados, explícitos de ambos as partes (empresa e empregados) de trocar favores. mão-de-obra esforço empenho remuneração respeito carreira As organizações e seus paradigmas Novos Paradigmas na Administração As organizações e seus paradigmas “Paradeigma” Etimologia exemplificar, mostrar uma coisa com referência a outra; modelo, “visão do mundo”. Conceito real Modelo limitado por crenças e conhecimentos que delimitam a verdade, radicalizando uma idéia. Tudo que está fora dos limites desse modelo não é aceito como verdade por quem o pratica. As organizações e seus paradigmas Final do século XVIII (surgimento das organizações formais) Paradigma: O chefe é o personagem principal do processo administrativo. Últimas décadas do século XX Paradigma: Todos administram; e os chefes são coordenadores do processo administrativo. Início do século XXI As organizações e seus paradigmas Século XIX Transformação da “Cultura Material” Século XXI informação + conhecimento = (conhecimento)conhecimento As organizações e seus paradigmas A transformação da “Cultura Material” deve-se aos mecanismos de um novo paradigma tecnológico. Instrumento + Uso do conhecimento = Tecnologia “A informação se torna o grande insumo para o crescimento da ciência e tecnologia.” “A informação é capaz de criar valor significativo para a Organização, uma vez que possibilita a elaboração de novos produtos e serviços.” (James McGee e Laurence Prusak) As organizações e seus paradigmas Informação na organização fontes internas fontes externas • Organizações = entidades “processadoras de informação” “O melhor uso para o melhor produto da tecnologia depende do domínio da informação em tempo real e na sua significância, confiabilidade, atualidade, precisão, completeza, entre outros.” As organizações e seus paradigmas Informação em interesse Informação potencial Informação mínima Informação crítica Sobrevivência da Organização Gestão da Organização Vantagem competitiva Lixo As organizações e seus paradigmas “A existência da logística (tecnologia + informação), por si só, não é garantia de sucesso; assim como não garante o uso da informação e o envolvimento da organização, como um todo, nessas atividades de uso e compartilhamento de informações.” De que adianta uma organização dominar a tecnologia e ter acesso à informação se estas não são utilizadas, aplicadas e compartilhadas como um todo? As organizações e seus paradigmas “Além da logística, são necessárias pessoas preparadas, confiáveis, capazes de rever e adotar novas posturas profissionais quanto ao uso, controle e gerenciamento da informação.” “É mais difícil desmobilizar uma pessoa do que mobilizá-la.” “15 anos de experiência pode ser 1 ano de experiência repetido 15 vezes.” “O uso eficaz da tecnologia necessita de um processo de educação e mudança de comportamento informacional das pessoas.” As organizações e seus paradigmas Homem -vs- Máquina “A máquina deve ser encarada como uma extensão, um instrumento auxiliar da atividade humana, não como sua rival ou substituta.” Cada um possui suas qualidades e limitações, e por isso, um não deve concorrer com o outro, mas sim: completá-lo. As organizações Burocracia e Adhocracia Burocracia e Adhocracia Todas as organizações formais criadas e desenvolvidas após o século XX, tiveram a sua origem nos princípios burocráticos. Quanto maior a dependência da organização dos fatores externos, maior, também será a necessidade e a capacidade da organização para efetuar mudanças e vice-versa (organizações públicas e privadas). Burocracia e Adhocracia Burocracia (década de 40, sociólogo Max Weber) Sistema social Normas escritas Racionalidade e igualdade de tratamento Burocracia e Adhocracia Modelo de Max Weber Sistemas Formal: “normas e regulamentos explícitos, chamados leis, determinam direitos e deveres.” + Impessoal: “não há empregados, nem vassalos, há sim, cargos que determinam direitos e deveres.” + Profissional: “o cargo deve ser proporcional a uma carreira profissional; o ocupante é um funcionário.” Burocracia e Adhocracia Modelo de Max Weber Pilares Hierarquia Disciplina organizacional Autoridade Especialização Definição de competência Normas de conduta Documentação e arquivo Burocracia e Adhocracia Modelo Burocrático Coerência Formalidade Previsibilidade • Excesso de preocupação com a eficiência • Excesso de documentação • Excesso de ênfase de regras e normas • Distanciamento dos objetivos • Desconhecimento da organização informal • Falta de visão sistêmica Acomodação Conformidade Baixa inovação e criação Burocracia e Adhocracia Desburocratização como quebra de paradigma Teoria Contigencial Adoção de técnicas de desenvolvimento organizacional, gerencial Adoção de estruturas temporárias Enriquecimento dos cargos Descentralização das decisões Empoderamento das pessoas Sistemas de motivação Trabalhos em grupo Burocracia e Adhocracia Adhocracia “Adhocracia é a antítese da Burocracia, no que se refere à formalidade, à estabilidade de sua estrutura e suas funções.” AD-HOC: “aqui e agora” “Organização cuja proposta é ser flexível, emergente, temporária, composta por grupos-tarefa, reunidos para projetos específicos.” “As pessoas que nela trabalham têm habilidades e competências diversas, poucas gerências e pouca normatização.” As organizações Administração Participativa Administração participativa “Todos que estiverem envolvidos em um processo deverão participar de suas decisões.” (Década de 60) A decisão desce até o nível hierárquico pertinente A decisão é o produto de várias competências Promove a democratização das relações sociais Administração participativa Promove o aumento do nível educacional das pessoas Promove o desenvolvimento das classes trabalhistas Necessária devido ao nível de complexidade e diversidade das empresas contemporâneas Necessária pela rapidez e urgência nas tomadas de decisão e pelas velocidade das mudança Promove a intensificação da comunicação, a troca e o compartilhamento da informação condicional Administração participativa Participação Direta Envolvimento individual das pessoas Valorização da pessoa no processo decisório Empowerment (empoderamento dos cargos) Participação nos lucros Liderança, tomada de decisões Administração participativa Participação Direta Reuniões periódicas Metas individuais Trabalho em equipe Equipes auto-geridas Projetos e propostas de grupos Administração participativa Participação Indireta Consideração do coletivo Comitês de empresa (com função consultiva e baixo poder de decisão) Negociações coletivas (entre dirigentes e sindicalistas para tratar de interesses da classe) Co-gestão (ex: associação de pais e mestres, comitês assessores de governo) Autogestão (liberação de pessoas e grupos para se auto gerirem em projetos e ações com total flexibilidade) As organizações Administração Estratégica Administração estratégica “Estratégia são regras e diretrizes para decisão que orietam o processo de desenvolvimento de uma organização.” (Igor Ansoff) Enfoque do Planejamento Estratégico (década de 80) Capacitação das pessoas para o pensamento estratégico, com a mudança de comportamento, visão do negócio e projeto do futuro, através do Planejamento Empresarial Administração estratégica Planejamento estratégico Processo de planejamento formalizado e de longo alcance Tem o objetivo de definir e antigir os objetivos organizacionais É de responsabilidade do nível estratégico da organização Possui foco nos problemas globais da empresa, no monitoramento e na relação empresa x ambiente externo Criação de princípios e atividades de planejamento dos níveis hierárquicos inferiores Administração estratégica Planejamento Empresarial Conjunto de atividades de planejamento que se estendem a todos os níveis da empresa Utilização das políticas e princípios definidos no PE Consideração da variabilidade de todos os elementos envolvidos no processo (Administração Empresarial): configuração interna da empresa, condições ambientais e relações que são estabelecidas internamente e entre a empresa e o meio externo As organizações Cultura Cultura Cultura organizacional Crenças Valores Percepções Práticas Padrões de operação Funcionamento Administração de conflitos Relacionamentos Tomadas de decisões Liderança Visão particular da realidade que é a base da organização da empresa Cultura “Entender a cultura de uma organização é condição fundamental para se conhecer a organização, interpretar e criticar seus resultados e estabelecer ações e mecanismos para interferir nessa organização.” Culturas essenciais • Controle • Colaboração • Competência • Cultivo Cultura A Cultura B Cultura C Macro ambiente interno Cultura Tipos de Cultura Controle Colaboração Competência Cultivo “Poder” cargos, normas relacionamentos, afiliação conhecimento, competência missão, valores “Motivação” necessidade de poder, posições hierárquicas necessidade de afiliação a um time, equipe, junção de forças idéias, avanço científico e tecnológico, realização, competição fé, ética, ideologia, missão, crença Cultura Tipos de Cultura Controle Colaboração Competência Cultivo “Ênfase” normas, procedimentos, organização capacidade de assimilar a diversidade valorização da capacidade intelectual e ética compromisso com as idéias, metas e valores “Princípios” estabilidade, segurança, previsibilidade ação de várias forças para uma ação de influência combinada, cooperativa busca da excelência, Altos padrões de desempenho, inovação, criação acredita no seu papel para melhorar o mundo e a humanidade Cultura Tipos de Cultura Controle Colaboração Competência Cultivo “Ambiência” paternalista, autoritária alto sentimento de grupo, trato atencioso, sensibilidade orgulho de pertencimento competitividade consentida, organização adaptativa, mutante, aprendizagem contínua encoraja livre fluxo de iniciativas, valoriza liberdade e a autonomia, dificuldade com a coordenação de pessoas Referências Bibliográficas Introdução à Teoria Geral da Administração Chiavenato, Idalberto 5ª edição, São Paulo - Ed. Makron Books, 1997. Novo Dicionário da Língua Portuguesa Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda 14ª Edição, Rio de Janeiro - Ed. Nova Fronteira, 1988. OSM na Sociedade do Conhecimento - Caderno do Aluno Michel, Maria Helena Belo Horizonte, 2004. Gerenciamento Estratégico da Informação McGee, James e Prusak, Laurence (Trad. Beatriz de Figueiredo) Págs. 129-149 - Rio de Janeiro - Ed. Campus, 1994.