INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Enfermeiras: Aline S. Almeida Márcia Cristina Ferreira INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • O conhecimento das propriedades básicas dos fármacos é de fundamental importância para a realização de uma terapêutica adequada,considerando que o corpo humano é um sistema complexo e que possui uma afinidade de substâncias que entraram em contato com os fármacos. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • É preciso estar ciente das propriedades farmacodinâmicas dos fármacos envolvidos na terapêutica para evitar interações prejudiciais e possíveis efeitos adversos das drogas que possam causar risco ao paciente. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Influencia de uma medicação sobre a outra,quando um medicamento associado com outro medicamento,alimento ou substância,ocorre um efeito diferente do esperado. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Interações medicamentosas podem então apresentar efeitos benéficos ao organismo podendo ser utilizada para aumentar os efeitos terapêuticos ou reduzir a toxicidade de um determinado fármaco; acido acetilsalisílico e dipirona quando associados potencializa a ação analgésica o podem ter ação nociva diminuindo ação de outro medicamento. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • CLASSIFICAÇÃO • Interações físico-químicas • Ocorrem fora do paciente entre drogas diferentes podem ocorrer incompatibilidades que levam a uma reação quando estas são misturadas,em soluções endovenosas,seringas,frascos,ocasionando a inativação da medicação. Ex: anfotericina B com soro fisiológico,Valium com soro fisiológico. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Interações Terapêuticas • Ocorrem dentro do paciente e podem ser: • FARMACOCINÉTICAS • FARMACODINÂMICAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • FARMACOCINÉTICAS • Ocorre durante o processo e absorção,distribuição, biotransformação e excreção dos fármacos. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • FARMACODINÂMICAS • Ocorrem no sítio da ação dos fármacos envolvendo o mecanismo de ação pelos quais os efeitos farmacológicos se processam. • Podem ser: • Sinérgicas • Como ocorre a ação do AAS e codeína • Antagonista • Antitussígeno como xarope expectorante INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FATORES PREDISPONENTES • Nem sempre os efeitos das interações podem ser visíveis e cada paciente age de uma maneira,alguns estão propensos a evidenciar as interações medicamentosas;idosos,hepáticos,cardíacos,diabetes descompensado, insuficiência renal ,respiratória. • Também podem interferir;estado nutricional,características genéticas,patologias associadas. • Automedicação • Prescrição simultânea de várias medicações a um mesmo paciente. EXEMPLOS DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS • Uso de tetraciclina com leite promove a formação de um sal insolúvel que precipita a medicação prejudicando sua absorção • O IMAO(inibidores de monoamina oxidase) antidepressivos causam hipertensão potencializada pela tiramina contida no queijo,chocolate. • O hidróxido de magnésio reduz a absorção estomacal do fenobarbital. • Anticoagulantes orais (Varfarina/Marevan) diminuem a pontencialidade do fenobarbituricos e rifampicina • A digoxina tem seu potencial de ação aumentado duas vezes mais quando associada a amiodarona. • Vitamina K inibe a ação anticoagulantes orais. • Macrolídeos inibem ação bactericida de penicilinas • Metronidazol,ampicilina ,ciprofloxacina podem diminuir a potencial de ação dos anticoncepcionais orais. • Diclofenaco + dipirona úlcera gástrica • Propranolol com insulina provoca hipoglicemia devido efeito ßbloqueador no fígado,mas o efeito não se manifesta quando usa-se atenolol. • Diclofenaco sódico quando associado a a aminoglicosídeos podem causar efeitos nefrotóxicos. – A associação de drogas penicilínicas (amoxacilina, ampicilina, carbenicilina) com tetraciclina um possível efeito antagônico, reduzindo desta forma a ação antibiótica de ambas as drogas. – A associação de penicilínicas com macrolídeos (eritromicina), pois pode haver aumento ou diminuição de efeito de ambas as drogas com possível prejuízo terapêutico para o paciente. • Anticonvulsivantes (fenobarbital, ácido valpróico, carbamazepina, alprazolan, fenitoína) quando associados a antipsicóticos (clorpromazina e haloperidol), pode haver uma diminuição do efeito anticonvulsivante, com risco de aparecimento de crises epilética. • Um outro risco para esta associação é a depressão aditiva do SNC. • A fenitoína, quando associada a sulfas, pode apresentar um aumento do efeito da primeira com risco de toxicidade, tornando-se necessário ajustar a dose de fenitoína. • Isto ocorre também com a cimetidina (ranitidina não causa esta reação). • A clorpromazina, flufenazina e o haloperidol quando associados com drogas agonistas adrenérgicas como a adrenalina, noradrenalina, dobutamina, podem apresentar severa hipotensão e taquicardia. • Clorpromazina e flufenazina quando associadas a drogas anti-hipertensivas (clonidina, captopril, hidroclorotiazida, enalapril, espironolactona, furosemida, metildopa e propranolol) causam hipotensão aditiva; – haloperidol associado a metildopa maior toxicidade • A prescrição das drogas AINEs com anticoagulantes orais pode aumentar o risco de hemorragias dos pacientes. • Corticóides em geral prescritos com fenobarbital podem ocasionar diminuição dos efeitos antiinflamatórios devido a um aumento na taxa de metabolização hepática destas drogas. • Dexametasona associada a fenitoína diminuição nos níveis plasmáticos da segunda, ocasionando risco do paciente vir a convulsionar quando em terapia antiepilética com esta droga. • A associação de corticóides com antiácidos orais a base de alumínio e magnésio pode diminuir o efeito dos primeiros por um mecanismo desconhecido.