Gerenciamento de
Áreas Contaminadas
conceitos e informações gerais
1
Índice
1. Apresentação
3
2. Introdução
4
2.1. Contextualização
4
3. Área Contaminada
8
4. Instrumentos legais e Normas técnicas
12
4.1. Instrumentos legais
12
4.1.1. Legislação Federal
13
4.1.2. Legislação Estadual
14
4.2. Normas técnicas
17
5. Gerenciamento de áreas contaminadas
20
5.1. Identificação de áreas contaminadas
26
5.1.1. Fase 1 – Avaliação Preliminar
27
5.1.2. Fase 2 – Investigação Confirmatória.
33
5.2. Reabilitação de áreas contaminadas
35
6. Tecnologias de Remediação de Áreas Contaminadas
38
7. Boas práticas ambientais
42
Glossário Ambiental56
Referências Bibliográficas61
Anexos63
2
1. Apresentação
Esta cartilha tem como objetivo conscientizar os profissionais
ligados às áreas de meio ambiente e à classe empresarial sobre
a importância de empregar boas práticas de gestão de resíduos
industriais e outras substâncias perigosas como forma de evitar
a contaminação do solo e da água.
Este material deverá consolidar-se como uma referência na
prevenção e controle da disposição irregular de resíduos e
também na prevenção de acidentes ambientais com substâncias
perigosas. Sendo assim, traz informações de como identificar
potenciais riscos de contaminação e também de como tratar
situações de áreas contaminadas.
Não se pretende exaurir o assunto, mas sim, trazer à realidade o
que de melhor está sendo feito, e deve ser feito, segundo diversos
entendimentos já consolidados por diversos autores, grupos de
trabalho e a legislação em vigor.
Entende-se que o importante é colaborar para um processo de
gestão que está ficando cada vez mais consolidado, de forma a
prevenir a existência de novos casos de áreas contaminadas no
Estado de Minas Gerais, e que o desenvolvimento sustentável da
indústria mineira esteja assegurado mediante atitudes proativas.
3
2. introdução
2.1. Contextualização
A contaminação do ambiente por resíduos não se mostra um
evento recente. Segundo Baird (2002), na época dos romanos,
foram escavados minérios para a extração de metais, cujos
resíduos da extração contaminaram o território ao redor da mina.
Com isso, observa-se que além do perigo da atividade realizada
ser desconhecido havia, muito menos, a preocupação com a
contaminação causando problemas para a saúde humana e o
ambiente.
A percepção de que o solo seria um receptor infinito de resíduos
dos vários processos humanos, e a falta de uma regulação
ambiental em todo o mundo até a década de 70, foram motivadores,
por muito tempo, da disposição inadequada de toneladas de
resíduos com diferentes potenciais de contaminação.
Após diversos incidentes, com prejuízos à flora, à fauna e à
saúde humana, entendeu-se que a utilização de determinadas
substâncias, e a geração e disposição inadequada de resíduos
configuravam-se como fatores de risco à qualidade dos serviços
ambientais, e em contrapartida à manutenção das atividades
econômicas da sociedade.
Contudo, foram surgindo com o passar do tempo diversas
modificações de natureza mitigatória, que tinham como objetivo
resolver o problema depois que ele já havia aparecido. Ou seja,
tratar o resíduo, o efluente, e por último, a área contaminada.
4
Em outras palavras, isso quer dizer que na escala de priorização
a área contaminada era negligenciada quando o dano não era
tão visível aos olhos da sociedade e dos órgãos de fiscalização
e controle. Por outro lado, os anos de contaminação ambiental
causada pela disposição inadequada de resíduos sólidos
urbanos ainda são uma realidade no cenário de gerenciamento
de resíduos no Brasil.
A evolução no tratamento das questões ambientais e de
bem-estar da sociedade melhorou sobremaneira, nos últimos
tempos, os processos de gestão de riscos, de gerenciamento
de resíduos, tanto industriais quanto urbanos, e da utilização e
disposição de substâncias perigosas no meio ambiente. Ainda,
a evolução da legislação ambiental acerca do tema também
proporcionou o desenvolvimento de competências para a
gestão e gerenciamento, principalmente no que diz respeito ao
estabelecimento de valores de referência e avaliação de impacto.
5
Uma referência é a Resolução CONAMA nº420, de 28 de Dezembro de 2009, que:
“Dispõe sobre critérios e valores orientadores da qualidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento
ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de
atividades antrópicas.”
Esta resolução uniformiza os procedimentos a serem adotados
pelos órgãos ambientais competentes, em todos os estados
e municípios, e fornece diretrizes visando a prevenção e o
gerenciamento de áreas contaminadas.
Fica evidente que uma atuação efetiva nesse assunto requer
uma integração em nível político, jurídico-legal e institucional.
O mecanismo que compreende essas três esferas para uma
atuação institucional eficaz e eficiente e o próprio gerenciamento
das áreas contaminadas, podendo ser definido como uma
“atuação interdisciplinar, interinstitucional e integral dos órgãos
competentes no trato do problema ambiental gerado pelas
áreas contaminadas, inclusive dos procedimentos institucionais
e técnicos, o quadro normativo-legal e o sistema financeiro”
(CETESB, 2001).
Tem-se que a existência de contaminação do solo oriunda
de atividades potencialmente contaminantes, muitas delas
desativadas, pode ser fonte de risco ambiental e para a saúde
de quem vive em seu entorno, pois, dependendo do tipo de
contaminante, o material poderá percolar para o aquífero
subterrâneo contaminando fontes de abastecimento de água.
Além disso, poderá haver a geração de gases tóxicos com risco
de incêndio e/ou explosão, dependendo do tipo de contaminante.
6
Estes eventos poderão tornar a área incompatível ao uso,
acarretando na impossibilidade de uma transação comercial.
Como podemos notar, não basta analisar unicamente as questões
econômicas e financeiras quando se pretende comprar ou
vender um imóvel que já foi utilizado para fins industriais. É muito
importante fazer um levantamento da existência de contaminações
de solo e água subterrânea, mediante o levantamento de passivo
ambiental prévio, antes de se concretizar o negócio de compra
e venda, já que o proprietário é o responsável pela boa saúde
ambiental do imóvel. Esta ação evitará muitos problemas tanto
para o proprietário como para os demais agentes envolvidos.
Atenção!
Antes de comprar um imóvel que já foi utilizado para fins industriais,
realizar vistoria prévia para verificar a possível presença de
contaminação na área, evitando assim problemas futuros.
7
3. Área Contaminada
Uma área contaminada pode ser definida como área, terreno,
local, instalação, edificação ou benfeitoria que contenha
quantidades ou concentrações de substâncias químicas,
comprovadas por estudos, que causem ou possam causar danos
à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger
(FEAM, 2008).
Por conseguinte, contaminação é a presença de substâncias
químicas ou biológicas no ar, no solo ou na água, decorrentes de
atividades antrópicas, em concentrações tais que restrinjam a
utilização desse serviço ambiental para os usos atual e/ou futuro,
definidas com base em avaliação de risco à saúde humana, assim
como aos bens a proteger, em cenário de exposição padronizado
ou específico.
8
Quais são os principais problemas relacionados à existência de
áreas contaminadas?
Os principais problemas são: danos ou riscos à saúde humana e
ao meio ambiente; restrição ao uso dos recursos hídricos (águas
subterrâneas e superficiais); restrições ao uso do solo; danos ao
patrimônio público e privado, principalmente pela desvalorização
das propriedades.
Como faço para saber se uma área está contaminada?
Qualquer atividade que utilize substâncias químicas, ou qualquer
outro material que se enquadre na
definição de contaminante, está
sujeita a utilizar-se de processos que
considerem a prevenção da poluição
como premissa básica à orientação
de suas atividades. Contudo, nem
sempre uma avaliação preliminar
Valor de Referência
da Qualidade (VRQ)
é a concentração de
determinada substância que
define a qualidade natural
do solo. Valores iguais ou
abaixo do VRQ, indicam que
não há contaminação.
9
é suficiente para enquadrar determinada área, e desta forma uma
investigação confirmatória se faz necessária, com o objetivo de
verificar se há substâncias de origem antrópica nas áreas suspeitas.
Ademais, há necessidade de considerar os valores orientadores
de substâncias químicas e atentar para o Valor de Referência de
Qualidade (VRQ) para afinal dizer se a área está contaminada, ou
não. Para tanto, mais adiante nesta cartilha, você poderá verificar,
passo a passo, as fases do gerenciamento de áreas contaminadas.
Importante
• A relação de atividades com potencial de contaminação de solo e
águas subterrâneas encontra-se no anexo desta cartilha.
• A lista com os valores orientadores pode ser encontrada no Anexo I
da DN COPAM/CERH nº 02/2010.
10
11
4. Instrumentos legais e Normas
técnicas pertinentes
4.1. Instrumentos Legais
Devido à crescente preocupação com o tema “Áreas
Contaminadas”, o Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA) publicou, em 2009, uma resolução estabelecendo
critérios e valores orientadores referentes à presença de
substâncias químicas no solo e fornecendo diretrizes e
procedimentos para o gerenciamento de áreas contaminadas, a
Resolução CONAMA nº 420/09.
No âmbito do Estado de Minas Gerais, foi instituído recentemente
o Programa Estadual de Gestão de Áreas Contaminadas, através
da Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 02/10.
Em seguida, será apresentada uma relação da legislação
federal e estadual com relevância para o problema de áreas
contaminadas.
12
4.1.1 legislação Federal
Lei nº 12.035, de 02/08/2010 – Institui a Política nacional de
Resíduos Sólidos
Resolução Conama nº 420, de 28/12/2009 – Dispõe sobre
critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para
o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas
substâncias em decorrência de atividades antrópicas.
Resolução Conama nº 396, de 03/04/2008 – Dispõe sobre a
classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento das
águas subterrâneas e dá outras providências.
Resolução Conama nº 334, de 03/04/2003 – Dispõe sobre os
procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos
destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos.
Lei nº 10.165, de 27/12/2000. Altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto
de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente,
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
Lei n° 9.605, de 12/2/1998 – Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, e dá outras providências.
Resolução Conama nº 05 de 05/08/1993 – Estabelece definições,
classificações e procedimentos mínimos para o gerenciamento
13
de resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos e
aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.
Resolução Conama 02, de 22/08/1991 – Dispõe sobre adoção de
ações corretivas, de tratamento e de disposição final de cargas
deterioradas, contaminadas ou fora das especificações ou
abandonadas.
Lei n° 6.938, de 31/8/1981 – Dispõe sobre a Política Nacional
de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
aplicação, e dá outras providências.
Lei n° 6.803, de 2/7/1980 – Dispõe sobre as diretrizes básicas
para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, e dá
outras providências.
Lei n° 6.766, de 19/12/1979 – Dispõe sobre o parcelamento do solo
urbano e dá outras providências.
4.1.2 legislação Estadual
Minas Gerais
Decreto nº 45.181, de 25/09/2009 – Regulamenta a Lei nº 18.031, de
12 de janeiro de 2009, e dá outras providências.
Lei nº 18.031, de 12/01/2009 – Dispõe sobre a Política Estadual de
Resíduos Sólidos.
Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 02, de 08 de
setembro de 2010 - Institui o Programa Estadual de Gestão de Áreas
14
Contaminadas, que estabelece as diretrizes e procedimentos
para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento ambiental
de áreas contaminadas por substâncias químicas.
Deliberação Normativa COPAM nº 116, de 27/06/2008 – Dispõe
sobre a declaração de informações relativas à identificação
de áreas suspeitas de contaminação e contaminadas por
substâncias químicas no Estado de Minas Gerais.
Pelo fato do Estado de São Paulo ser referência na elaboração
de normas compreendendo o tema Áreas contaminadas,
apresentamos a seguir a legislação deste Estado apenas com
um caráter informativo.
São Paulo
Lei n° 13.577, de 08/07/2009 – Dispõe sobre diretrizes e
procedimentos para a proteção da qualidade do solo e
gerenciamento de áreas contaminadas.
Decreto nº 54.544, de 08/07/2009 - Regulamenta o inciso XIII do
artigo 4º e o inciso VIII do artigo 31 da Lei nº 13.577, de 8 de julho
de 2009, que dispõe sobre diretrizes.
Decisão de Diretoria CETESB nº 103-2007-C-E, de 22/06/2007
– Dispõe sobre o procedimento para gerenciamento de áreas
contaminadas.
Lei Estadual nº 12.300, de 16/03/2006 - Institui a Política Estadual
de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.
15
Deliberação Consema nº 30, de 10/12/2003 – Dispõe sobre diretrizes e
procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento de
áreas contaminadas e dá providências correlatas.
Áreas Contaminadas e Licenciamento Ambiental
Revalidação da Licença de Operação (LO): A partir de 1º de julho de
2011, os processos de Revalidação da LO de atividades com potencial
de contaminação do solo e águas subterrâneas deverão incluir
no Relatório de Avaliação do Desempenho Ambiental – RADA, as
informações sobre as ações de gerenciamento de áreas suspeitas de
contaminação ou contaminadas (art. 35, DN COPAM/CERH nº 02/10).
Renovação de Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF): A partir
de 1º de julho de 2011, os processos de Renovação de AAF de atividades
com potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas deverão
incluir o número do protocolo da declaração de áreas suspeitas de
contaminação ou contaminadas, ou declaração de inexistência de áreas
suspeitas de contaminação ou contaminadas (art. 36, DN COPAM/CERH
nº 02/10)
16
4.2Normas Técnicas
O Brasil também dispõe de normas técnicas (Normas ABNT)
para orientar as primeiras etapas do gerenciamento de áreas
contaminadas e de amostragem de solo e águas subterrâneas,
além de normas técnicas que visam orientar preventivamente,
estabelecendo medidas para correto manuseio, armazenamento
e transporte de produtos e resíduos perigosos.
ABNT NBR 15515-1
Passivo ambiental em solo e água subterrânea. A norma
estabelece os procedimentos mínimos para avaliação preliminar
de passivo ambiental visando a identificação de indícios de
contaminação de solo e água subterrânea.
ABNT NBR 15495
Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos
granulados. Norma que estabelece parâmetros para projetos e
construção de poços de monitoramento de água subterrânea.
ABNT NBR 15847
Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento
– Métodos de purga. A norma apresenta os métodos de purga
com remoção de volume determinado, purga de baixa-vazão e
métodos passivos de amostragem.
ABNT NBR 10004
Critérios de classificação e os ensaios para a identificação dos
resíduos conforme suas características. A norma classifica os
resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais para o meio
17
ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados
adequadamente.
ABNT NBR 11174
Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III - inertes
procedimento.
ABNT NBR 13221
Transporte terrestre de resíduos. Esta Norma especifica os
requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a
evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública.
ABNT NBR 12235
Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos - procedimento. Fixa
as condições para armazenamento adequado de resíduos sólidos
perigosos de forma a proteger a saúde humana e o meio ambiente.
ABNT NBR 14725
Produtos Químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio
ambiente. Norma que define os termos empregados no sistema
de classificação de perigo de produtos químicos, na rotulagem
de produtos químicos perigosos e na ficha de informações
de segurança de produtos químicos (FISPQ), estabelece as
informações de segurança relacionadas ao produto químico
perigoso a serem incluídas na rotulagem e informações para
a elaboração de uma ficha de informações de segurança de
produto químico (FISPQ).
ABNT NBR 17505
Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis.
18
ABNT NBR 7500
Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação
e armazenamento de produtos. Esta Norma estabelece a simbologia
convencional e o seu dimensionamento para produtos perigosos,
a ser aplicada nas unidades de transporte e nas embalagens, a fim
de indicar os riscos e os cuidados a serem tomados no transporte
terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento, de acordo
com a carga contida.
ABNT NBR 7503
Transporte terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência
e envelope - Características, dimensões e preenchimento. Esta
Norma especifica os requisitos e as dimensões para a confecção
da ficha de emergência e do envelope para o transporte
terrestre de produtos perigosos, bem como instruções para o
preenchimento da ficha e do envelope.
19
5. Gerenciamento de áreas contaminadas
O gerenciamento de áreas contaminadas é o conjunto de
medidas tomadas com o intuito de minimizar o risco proveniente
da existência de áreas contaminadas, à população e ao meio
ambiente, proporcionando os instrumentos necessários à tomada
de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas
(FEAM, 2008).
Visando a reabilitação das áreas conforme o uso desejado, o
gerenciamento de áreas contaminadas, conforme Resolução
CONAMA 420/09, compreende as seguintes etapas: identificação,
diagnóstico, intervenção e monitoramento
20
Etapas do Gerenciamento de Áreas
contaminadas conforme Resolução CONAMA 420/09
Identificação: Serão identificadas áreas suspeitas de contaminação
com base na avaliação preliminar, e, para aquelas em que houver indícios
de contaminação, deve ser realizada uma investigação confirmatória.
diagnóstico: Inclui a investigação detalhada e avaliação de risco,
com objetivo de subsidiar a etapa de intervenção, após a investigação
confirmatória que tenha identificado substâncias químicas em concentrações acima do valor de investigação.
intervenção: Execução de ações de controle para a eliminação do
perigo ou dedução a níveis toleráveis, dos riscos identificados na etapa
de diagnóstico, considerando o uso atual e futuro da área.
monitoramento: Acompanhamento e verificação da eficácia das
ações executadas.
21
O Programa Estadual de Gestão de Áreas Contaminadas (Deliberação
Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 02, de 08 de setembro de 2010)
estabelece os princípios, instrumentos, procedimentos e critérios
técnicos para o gerenciamento de áreas contaminadas no Estado
de Minas Gerais. Dentre os instrumentos instituídos estão os valores
orientadores, a declaração de áreas suspeitas de contaminação
e contaminadas e o Inventário Estadual de áreas suspeitas de
contaminação e contaminadas.
Conforme este Programa as áreas serão classificadas
pelo órgão competente da seguinte forma:
Área com Potencial de Contaminação (AP):
aquela em que ocorrer atividades que, por suas características,
possam acumular quantidades ou concentrações de substâncias
químicas em condições de ocasionar contaminação do solo e das
águas subterrâneas e acarretar danos à saúde humana e ao meio
ambiente.
Área Suspeita de Contaminação (AS):
aquela em que, mediante avaliação preliminar, for comprovada a
existência de um ou mais indícios de contaminação relacionados
abaixo:
• teve ou tem disposição diretamente no solo, sem proteção, de
matérias-primas, insumos e produtos, contendo pelo menos uma
das substâncias químicas listadas no item 9 (nove) do Formulário de
Cadastro de Áreas Suspeitas de Contaminação e Contaminadas por
Substâncias Químicas;
22
• ocorreu acidente com derrame no solo de qualquer uma das
substâncias químicas listadas no item 9 (nove) do Formulário de
Cadastro de Áreas Suspeitas de Contaminação e Contaminadas
por Substâncias Químicas;
• foi detectado vazamento, infiltração ou acidente em tubulações,
tanques e equipamentos de qualquer uma das substâncias
químicas listadas no item 09 (nove) do Formulário de Cadastro de
Áreas Suspeitas de Contaminação e Contaminadas por Substâncias
Químicas;
• é detectada a presença de substância química, identificada por
meio da presença física na superfície ou sub-superfície do solo ou a
constatação de odores provenientes do solo.
• teve ou tem disposição diretamente no solo, sem proteção, ou
onde ocorreu vazamento, infiltração ou acidente com derrame no
solo de resíduos perigosos ou não inertes, conforme classificação
23
da Norma Técnica NBR 10.004/2004 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas, ou daquela(s) que lhe suceder;
• indícios de contaminação de espécies animais e vegetais ou
de seres humanos em decorrência da contaminação do solo e
águas subterrâneas;
• apresenta outras evidências de contaminação do solo ou das
águas subterrâneas.
Área Contaminada sob Investigação (AI):
aquela em que for comprovadamente constatada, mediante
Investigação Confirmatória, a contaminação com concentrações
de substâncias químicas no solo ou nas águas subterrâneas acima
dos Valores de Investigação (VI), que podem ser encontrados no
Anexo I da DN Conjunta COPAM/CERH 02/10.
Área Contaminada sob Intervenção (ACI):
aquela em que for constatada a presença de substâncias químicas
em fase livre, ou for comprovada a existência de risco à saúde
humana, após investigação detalhada e avaliação de risco.
Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR):
aquela em que
• for atingida a redução do risco aos níveis toleráveis, de acordo
com as metas estipuladas na avaliação de risco;
• não for caracterizada situação de perigo e não for verificada
situação de risco à saúde humana igual ou superior aos níveis
aceitáveis de acordo com a avaliação de risco.
24
Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR):
aquela em que, após período de monitoramento para reabilitação,
seja confirmada a eliminação do perigo ou a redução dos riscos
a níveis toleráveis para o uso declarado.
O fluxograma contendo todo o processo de gerenciamento de áreas
contaminadas pode ser visualizado nos Anexos.
Listas de áreas contaminadas e áreas reabilitadas
• As áreas classificadas como AI, ACI e AMR serão incluídas na lista
de áreas contaminadas, que contém informações sobre a situação das
áreas, a ser divulgada anualmente pelo órgão ambiental competente
em meio eletrônico.
• As áreas classificadas como AR serão incluídas na lista de áreas
reabilitadas, que contém informações sobre a situação das áreas a ser
divulgada anualmente pelo órgão ambiental em meio eletrônico
Fonte: DN Conjunta COPAM/ CERH nº 02/2010.
25
5.1 Identificação de áreas contaminadas
A verificação da respectiva área/imóvel que se quer avaliar com
o objetivo de aquisição, venda, exigência do órgão ambiental ou
simplesmente como levantamento voluntário de passivo como
demonstrativo de boa prática ambiental é composta por algumas
ações que são divididas em duas fases, Avaliação Preliminar e
Investigação Confirmatória.
Importante
O responsável pela área contaminada deverá comunicar ao órgão ambiental
competente o início da execução de cada etapa de gerenciamento, bem
como apresentar os estudos relacionados a cada etapa imediatamente após
a conclusão destes.
Ações a serem seguidas nas fases de Identificação
de áreas contaminadas
Avaliação
Preliminar
fase 1
Investigação
Confirmatória
fase 2
26
• Levantamento do histórico da utilização da área
(documentação, dados internos e externos)
• Inspeção de campo e entrevistas
• Análise dos dados e resultado desta 1a fase
• Sondagem e amostragem do solo e água
subterrânea
• Realização de análise química
• Análise dos resultados
Atenção!
A qualquer momento do conhecimento de uma nova área suspeita de
contaminação, o responsável pela área deverá realizar a Declaração de Áreas
Suspeitas de Contaminação ou Contaminadas, conforme estabelecido na
Deliberação Normativa COPAM nº 116/2008.
5.1.1 Fase 1 – Avaliação Preliminar
Consiste na análise visual da área a ser avaliada, área potencial
(AP), e da área vizinha, mediante a inspeção de campo, bem
como do levantamento histórico da utilização do imóvel
mediante questionamento às partes interessadas (vizinhança,
proprietários, antigos empregados - se for o caso) e da análise
das documentações referentes ao imóvel de todas as utilizações,
presente e passadas, do imóvel.
É uma fase muito importante, pois se é bem feita evita despesas
desnecessárias com sondagens aleatórias e análises em locais
onde a análise preliminar poderá descartar a possibilidade de
contaminação por não haver indícios da mesma. Permite também
verificar se há necessidade de adoção de medidas emergenciais
e possibilita a classificação da área como área suspeita (AS),
caso já haja indícios de contaminação.
Esta etapa é feita através da pesquisa da documentação
pertinente, subdividida em dois grupos – dados internos (dados
referentes à empresa que devem estar disponíveis em arquivos
da própria empresa) e dados externos (dados referentes à
empresa obtidos fora da empresa) da vida presente e pretérita
do imóvel.
27
Levantamento de dados na Avaliação Preliminar
Dados internos
• Dados da empresa (Histórico);
• Data da inspeção;
• Alvará da Prefeitura;
• Licenças ambientais (prévia, de instalação e operação);
• Documentações ambientais do empreendimento;
• Se o sítio é Certificado na NBR ISO 14001:2004;
• Fotos aéreas (arquivos da empresa);
• Outorga de captação e uso da água (órgão ambiental);
• Layout da empresa mostrando a localização de todas as áreas;
• Verificação de falhas no projeto arquitetônico;
• Verificar a existência de relatórios de monitoramento de água subterrânea.
Dados Externos
• Histórico do CNPJ - junta comercial do estado
• Perfil geológico do terreno;
• Levantamento histórico de atividades no endereço (companhia, catálogo
telefônico);
• Vistoria do corpo de bombeiros (histórico);
• Nada consta no órgão ambiental em relação a autos de infração, reclamação
de partes interessadas, multas e acidentes.
28
Inspeção de Campo e entrevistas
a) Inspeção de Campo
É a inspeção do local onde se quer verificar indícios de contaminação.
O profissional de meio ambiente, encarregado em fazer a avaliação,
deverá percorrer área por área, verificando:
• tipo e condições de pavimentação em locais de risco;
• trincas no piso e/ou manchas de produtos no solo;
• existência de passivos ambientais visíveis;
• indícios da existência de práticas de enterrar resíduos de processo
no interior da empresa;
• condições de tanques aéreos e enterrados;
• tipos de materiais utilizados nos processos e onde e como estão
armazenados;
• tipos de resíduos gerados no processo e onde e como estão
armazenados;
29
• a existência de equipamentos de proteção ambiental nos
processos (por exemplo, existência ou não de diques de contenção
em máquinas que tenham um grande reservatório com óleo);
• áreas verdes próximas à área de produção;
• ponto de esgoto pluvial dentro da área de produção próximo a
tanques de óleo sem diques e contenção ou depósitos de produtos
químicos;
• existência de tratamento interno do efluente de processo;
• condições desta estrutura de tratamento (tanques, filtro prensa,
etc.), a saída do efluente final da empresa;
• proximidade de corpos d’água (nascentes, córrego, etc.) no
interior ou nas proximidades;
• sinais de contaminação no solo (descarte de efluentes, descarte
de resíduos sólidos) em áreas vizinhas à divisa da empresa;
• a existência de transformadores com PCB;
• a utilização de defensivos agrícolas;
• armazenamento e registros de como foi feito o descarte de
embalagens e eventuais sobras de produtos;
• existência de propriedades (rurais, urbanas ou industriais) no
entorno da empresa.
b) Entrevista
É uma ferramenta de investigação utilizada para obtenção de mais
informações sobre a empresa avaliada e da área circunvizinha
através de pessoas que tenham um conhecimento do passado
da empresa tais como: empregados antigos, ex-empregados,
vizinhos, proprietário, etc.
São informações que somadas às inspeções de campo e à parte
documental poderão dar uma ajuda significativa ao profissional
30
de meio ambiente, encarregado da avaliação e confecção do
parecer da 1ª fase.
A entrevista é orientada por um check-list elaborado pelo
profissional de meio ambiente responsável abordando quesitos
como:
• Informações sobre a utilização da área, uso atual e histórico,
e das indústrias presentes na circunvizinhança
• Ocorrência de acidentes ambientais na própria indústria ou em
indústrias vizinhas
• Existência de tanques subterrâneos ou aéreos
• Utilização de produtos perigosos
• Presença de odores na vizinhança
• Existência de poços para captação de água subterrânea
• Histórico de reclamações da vizinhança
31
Análise dos dados e resultado da 1ª fase
Após o recolhimento dos dados feito na etapa de levantamento
do histórico da utilização do imóvel da avaliação de campo e das
entrevistas, os profissionais de meio ambiente encarregados
por este trabalho analisam as informações, avaliando assim a
possibilidade da existência ou não de contaminação.
Caso sejam encontrados sinais de potencial contaminação, a
análise deverá prosseguir, só que agora mais aprofundadamente,
dando início à investigação confirmatória.
Além do início imediato da investigação confirmatória, o
responsável pela área deverá realizar a Declaração de Áreas
Suspeitas de Contaminação ou Contaminadas, conforme
estabelecido na Deliberação Normativa COPAM Nº 116, de 25 de
junho de 2008.
32
5.1.2. Fase 2 – Investigação Confirmatória
É a etapa do processo de identificação de áreas contaminadas
que tem como objetivo principal confirmar ou não a existência
de contaminantes de origem antrópica nas áreas suspeitas, no
solo ou nas águas subterrâneas, em concentrações acima dos
Valores de Investigação (VI).
Esta fase é constituída por análises aprofundadas
baseadas no mapeamento das áreas de risco definidas
na Fase 1.
As principais análises a serem realizadas são as seguintes:
Sondagem de solos e coleta de amostras para avaliar contaminações nos locais identificados na fase 1 provenientes de
resíduos enterrados indevidamente, derramamento de produtos
químicos, etc.
Caso seja identificado armazenamento de transformadores ou
capacitores desativados analisar
os óleos do interior dos mesmos
para avaliar a existência de PCB
(Bifenilas Policlorados). Caso haja
a confirmação, efetuar análise de
solo e de aquífero subterrâneo
do local para avaliar teor de
contaminação;
O que são Valores de
Investigação (VI)?
São as concentrações de
determinadas substâncias
no solo ou na água
subterrânea acima da qual
existem riscos potenciais,
diretos ou indiretos, à saúde
humana. Valores acima do
VI confirmam a existência
de contaminação.
33
Coleta de amostra de água, à jusante da empresa, próximo à sua
divisa, seguindo o fluxo de escoamento do aquífero subterrâneo;
Coleta de amostras, seguindo o fluxo de escoamento do aquífero
subterrâneo, privilegiando as áreas tidas como de risco, para
avaliar a existência de contaminação;
Coleta de amostra de água a montante da empresa, seguindo o fluxo
de escoamento do aquífero subterrâneo, próximo à sua divisa;
Coleta de amostra de água de aquíferos superficiais próximos à
divisa de saída da empresa;
Análises das amostras de solo e água subterrânea
34
Importante
Para realização dos trabalhos em áreas contaminadas, é importante que
seja contratada empresa idônea para que se garanta qualidade nos serviços
prestados.
E se a contaminação foi confirmada?
Após as análises, confirmando-se a contaminação, o proprietário
(ou proprietários) da empresa deverá comunicar a situação ao
órgão ambiental (ver Anexo 4), e iniciar o processo de reabilitação
da área contaminada.
5.2 Reabilitação de áreas contaminadas
A primeira etapa do processo de reabilitação da área contaminada consistirá nos estudos de investigação detalhada e
de avaliação de risco. A investigação detalhada é a etapa do
gerenciamento de áreas contaminadas em que devem ser avaliadas as características da fonte de contaminação e do meio
afetado, visando obter dados para execução da avaliação de
risco e definição do projeto de reabilitação da área contaminada.
Já a avaliação de risco irá auxiliar na determinação da necessidade de remediação em função do uso atual ou proposto da área,
embasar o estabelecimento de níveis de remediação aceitáveis
para a condição de uso e ocupação do solo no local e imediações
e as melhores técnicas de remediação para cada caso.
35
Comprovada a existência de risco à saúde humana ou constatada
a presença de substâncias químicas em fase livre, o responsável
pela área deverá elaborar e submeter ao órgão ambiental um
Plano de Reabilitação de Área Contaminada (PRAC). Nos casos de
contaminação em fase livre, os procedimentos para sua remoção
devem ser iniciados de forma imediata.
Após isso, medidas de intervenção devem ser implementadas
visando atender as metas propostas no PRAC. Os responsáveis
pelas áreas contaminadas deverão buscar no mercado
empresas idôneas especializadas no tema, para estabelecer
a estratégia de remediação (limpeza) do solo e aquífero que
possa atender aos valores de concentração de solos e água
subterrânea, estabelecidas pela avaliação de risco. A escolha
da metodologia de remediação a ser utilizada vai depender do
tipo de contaminação identificada.
O que deve conter o PRAC (Plano de
Reabilitação de Área Contaminada)?
• Ações Institucionais;
• Medidas de controle ou eliminação das fontes de contaminação;
• Caracterização do uso do solo atual e futuro da área objeto e sua
circunvizinhança;
• Resultados da avaliação de risco à saúde humana;
• Avaliação técnica e econômica das alternativas de intervenção em função
da massa de contaminantes existentes e suas consequências, da eficiência
• Prazos envolvidos na implementação das ações de intervenção propostas
para atingir as metas estabelecidas;
• Projeto da alternativa de intervenção selecionada;
• Programa de monitoramento das ações executadas;
• Necessidade de medidas de restrição quanto ao uso;
• Anotação de Responsabilidade Técnica.
Fonte: DN Conjunta COPAM/CERH nº 02/10
36
A remediação tem os seguintes objetivos:
• Remoção de fonte de contaminação;
• Redução de contaminação de solo e de água subterrânea em
níveis aceitáveis ambientalmente;
• Redução de riscos ambientais ou de exposição de trabalhadores
e usuários do local e do recurso.
Os trabalhos de remediação das áreas contaminadas devem ser
continuamente monitorados de modo a verificar a eficiência das
medidas implementadas. Sendo assim, o PRAC deve ser avaliado
quanto à sua eficácia e ser continuamente revisado.
Quando as metas de intervenção propostas no PRAC forem alcançadas, o responsável pela área contaminada informará ao órgão
ambiental a data de desativação do sistema e a data do início
do monitoramento para reabilitação conforme o uso declarado,
submetendo à análise deste órgão o Plano de Monitoramento para
Reabilitação.
O Plano de Monitoramento para Reabilitação deverá ser realizado
por no mínimo dois anos, com periodicidade mínima semestral,
com o objetivo de avaliar a manutenção das concentrações de
contaminantes abaixo das metas de intervenção definidas para
a área.
Após o período de monitoramento, caso seja confirmada a
eliminação do perigo ou a redução dos riscos a níveis toleráveis
para o uso declarado, a área será declarada pelo órgão
ambiental como “Reabilitada para o Uso Declarado”, e assim
estará encerrada a reabilitação da área para o uso pretendido.
37
6. Tecnologias de Remediação
de Áreas Contaminadas
Quando se encontram riscos reais de periculosidade nas etapas
anteriores, deve-se valer da remediação da área, de acordo com
suas especificidades, sendo que a recuperação é imprescindível
nas condições em que: existe uma fonte de contaminação; existe
uma via pela qual as substâncias nocivas podem se propagar;
existe uma exposição; as utilizações atuais estão ameaçadas.
Antes de se avaliar as técnicas de remediação a serem utilizadas,
deve-se verificar se há a necessidade de ações imediatas
por medida de segurança, ainda, definir objetivos e metas da
recuperação, levando em consideração os tipos de contaminação
e estabelecendo medidas de segurança para o meio ambiente e
saúde humana.
38
A remediação de uma área contaminada pode ser feita de três
maneiras, no local onde ocorreu a contaminação com remoção
(on site) ou não do solo (in situ), ou fora do local onde ocorreu a
contaminação recolhendo o material contaminado e tratando-o
em uma planta de tratamento (ex situ), ou aplicando as duas
simultaneamente.
De uma forma geral, os solos contaminados são considerados
resíduos, e devem ser classificados, armazenados, transportados
e dispostos conforme as normas vigentes. Entre as formas mais
usuais de destinação de solos contaminados, podemos citar:
aterro classe I e classe II, coprocessamento, incineração,
dessorção térmica, biopilha.
39
Métodos de Remediação
in situ = sem remoção do solo
in situ = com remoção do solo
on site = no próprio local
off site = fora do local
• Remoção Fase Livre
• Sistema de
bombeamento (pump
and treat)
• Sistema de Air
Sparging
• Sistema de Extração
Multifásica (MPE)
• Processos Oxidativos
Avançados (POA)
• Sistema de Extração
de vapores (soil vapor
extraction)
• Barreiras Reativas,
Barreiras Hidráulicas,
Funnel Gate
40
Processos Físicos
Processos Químicos
Processos biológicos
Métodos de Remediação
Procedimento
Local do
processo
Substâncias
residuais
Degradação
biológica aeróbia
e anaeróbia
On site
In situ
–
Orgânica,
inorgânica
(condicional)
Queima,
vaporização
On site
Ex situ
Pó de filtração,
eventualmente
lodos
Orgânica,
inorgânica
Extração.
Mobilização,
divisão
On site
Ex situ
Solo residual
contaminado, até
aprox. 10% de lodos
Ligações
orgânicas
voláteis
Processo de
stripping por
injeção de ar
In site
Resíduos de
lavagem
de ar
Ligações
orgânicas
voláteis
Stripping,
ações
hidráulicas
In site
Resíduos de
lavagem
de ar
Tipo de
contaminação
1. Processos
Orgânica
biológicos
2. Processos
térmicos
3. Processos
de lavagem
do solo
4. Processos
de aspiração
do ar do solo
5. Recuperação
de água
subterrânea
41
7. Boas Práticas Ambientais
Com o conhecimento do todo ocorrido com o passar dos anos,
pode-se reconhecer que a importância do contexto não é prever
uma forma de mitigar os impactos, mas sim adotar boas práticas
que venham a prevenir a ocorrência de eventos negativamente
impactantes em qualquer atividade. Estudar as formas de evitar
e controlar a ocorrência de aspectos ambientais inerentes a uma
determinada atividade industrial, contribuir para a conformidade
ambiental e redução dos riscos.
Utilizando-se da máxima “Prevenir é melhor que remediar” entendese que esta é realmente uma prática que promove seguridade
ambiental e também possibilita agregar ganhos operacionais e
econômicos. Cabe estrategicamente definir mecanismos e levantar
dados, os quais possibilitam estabelecer práticas, remodelar
42
processos, implementar técnicas e tecnologias que assegurem
a redução ou eliminação em volume, concentração e toxicidade
dos poluentes na fonte geradora. Para tal, pode-se incluir também
neste processo: modificações nos equipamentos, substituição
de insumos e matérias-primas e eliminação de substâncias
tóxicas, sendo este último um ponto nevrálgico no que concerne
o risco à ocorrência de contaminação ambiental.
Desta forma, sugere-se a implementação sistematizada de ações
de prevenção da poluição, por meio do desenvolvimento de um
programa, perpassando pelos seguintes pontos:
43
prevenção da poluição
implemeNtação
identificação
de melhorias
definição
de indicadores
levantamento
de dados
diagnóstico
44
Caracterização
do processo
Fluxograma
do processo
Entradas e saídas
(produtos, subprodutos
e resíduos)
Ex. Quantidade de poluentes por
unidade de produção; consumo
de água por unidade de produção;
custos relativos ao tratamento e
disposição dos resíduos gerados
avaliação
monitoramento
Identificação das opções para
redução ou eliminação dos
poluentes gerados
Análise da viabilidade técnica
Análise da viabilidade econômica
Ações
Monitoramento
Avaliação dos resultados
45
Uma avaliação efetiva e detalhada do processo produtivo é
a base e uma ferramenta fundamental para o gerenciamento
dos riscos ambientais. Através dessa análise inicial buscase fundamentar os pontos com maiores índices de criticidade
ambiental, podendo avaliar os aspectos relativos à toxicidade
dos materiais utilizados no processo, bem como nos resíduos e
efluentes.
Através dessa avaliação inicial é possível traçar estrategicamente
opções de melhoria visando a redução ou eliminação de determinados aspectos ambientais. Nessa sistemática cabe também
considerar os investimentos demandados para a implementação
dessas medidas, respeitando as premissas que muitas dessas
ações podem implicar positivamente como: atendimento da
legislação ambiental; imagem da empresa; saúde e segurança
do trabalhador; prêmios pagos à seguradoras; custos indiretos
e outros relacionados ao gerenciamento da empresa como um
todo. A remediação de áreas contaminadas pode ser muitas vezes
um processo dispendioso, já que além de exigir tempo, necessita
de tecnologias e mão de obra apropriadas, gerando custo para
a empresa. Assim, todos os cuidados devem ser tomados para
evitar a ocorrência de vazamentos e outros incidentes que
possam resultar em contaminação do solo e águas subterrâneas.
Medidas preventivas à geração de áreas contaminadas englobam desde a divulgação de informações relativas ao tema e o
cumprimento da legislação ambiental, até a adoção de boas
práticas ambientais, traduzidas em ações integradas, visando
à melhoria da qualidade ambiental dos processos, produtos e
serviços de uma organização.
46
Para tal, mecanismos e instrumentos consolidados como o
Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001:2004 e a metodologia de
Produção mais Limpa, voltado à redução de desperdícios, redução
ou eliminação do uso de substâncias tóxicas, diminuição da
quantidade de resíduos gerados, tratamento e reaproveitamento
de efluentes, podem gerar benefícios indiretos, dentre eles a
prevenção de passivos ambientais.
Como medidas com vistas à redução dos riscos ambientais, cabe
destacar as seguintes:
Alteração no layout - Trata-se de alteração no esquema de
disposição física dos equipamentos utilizados em um processo
produtivo com vistas a economizar recursos, minimizar a possibilidade de acidentes e/ou eliminar pontos de geração de poluentes.
Manutenção preventiva - Consiste no estabelecimento de um
programa de manutenção periódica nas áreas produtivas e de
armazenamento, com o intuito de se antecipar aos problemas, de
modo a evitar incidentes que venham a ocasionar, por exemplo:
a interrupção na produção, perda de material, contaminação
devido a vazamento, etc.
Melhoria nas práticas operacionais - Consiste na padronização
dos parâmetros operacionais (temperatura, vazão, volume,
tempo, etc) e dos procedimentos para execução de uma tarefa,
aliados a uma sistemática que garanta a efetividade na execução
das operações industriais.
47
Mudança de processo / tecnologia - É a substituição de um
processo / tecnologia por outra menos poluidora, ou seja, adoção
de tecnologia limpa.
Reuso - É qualquer prática ou técnica que permita a reutilização
de um resíduo, sem que este seja submetido a um tratamento
prévio. Cita-se, por exemplo, o reuso da solução de arraste dos
tanque de recuperação para reposição dos banhos a quente.
Reformulação ou replanejamento dos produtos - Refere-se à
reformulação das características do produto final, visando a
obtenção de um produto menos tóxico ou menos danoso ao meio
ambiente durante o seu uso, descarte ou disposição final.
Reciclagem interna ao processo - Qualquer técnica ou tecnologia
que permite a reutilização de um resíduo, como matéria-prima
ou insumo em um processo industrial, após o mesmo ter sido
submetido a um tratamento que esteja incorporado ao processo.
Substituição de matéria-prima - Esta técnica visa substituir uma
substância tóxica utilizada como matéria-prima em um processo
industrial, por outra menos tóxica e que produza os mesmos
efeitos desejados no produto final, sem prejuízo da sua qualidade.
Substituição ou alteração nos equipamentos - Consiste em
substituir um equipamento por outro menos poluidor, mais
eficiente, mais econômico, ou ainda, realizar alguma alteração
nesse equipamento que possa vir a conferir as melhorias
desejadas.
48
Segregação de resíduos - Esta técnica visa a separação dos
diferentes fluxos de resíduos gerados no processo produtivo, de
modo a evitar que resíduos tóxicos contaminem aqueles não tóxicos,
reduzindo o volume de resíduos tóxicos e, consequentemente,
reduzindo os custos associados ao seu tratamento e disposição.
Devem ser segregados conforme suas compatibilidades de forma
a prevenir reações entre os produtos por ocasião de vazamentos
ou, ainda, que substâncias corrosivas possam atingir recipientes
íntegros.
Acondicionamento de resíduos e produtos químicos O contêineres e tambores para acondicionamento de produtos
químicos e resíduos perigosos devem estar em boas condições
de uso (sem defeitos ou ferrugem acentuada), ser resistentes ao
ataque dos resíduos armazenados, identificados corretamente, e
sua disposição na área de armazenamento deve ser feita de tal
forma que possam ser facilmente inspecionados.
49
Caso haja necessidade de tanques de armazenamento de produtos
químicos, dar preferência a tanques aéreos munidos com diques
de contenção. O uso de tanques enterrados ou semienterrados
é desaconselhável principalmente devido a possibilidade de
vazamento e contaminação das águas subterrâneas.
Os tanques subterrâneos para armazenamento de produtos
químicos devem ser jaquetados e ter parede dupla, devendo ser
inspecionados e monitorados constantemente.
A boca de recebimento de produto do tanque deve possuir adaptador
de engate rápido de modo que não seja possível o transbordamento
durante o abastecimento. O revestimento externo do tanque e de
suas tubulações deve ser apropriado para impedir corrosão.
Tanto os tanques aéreos quanto os subterrâneos devem passar por
inspeções periódicas visando garantir as condições de estanqueidade.
Aos tanques, devem ser acoplados controles apropriados de forma
a prevenir transbordamento: sistemas de corte de alimentação e
sistema de desvio para um tanque de espera; no caso de tanques
descobertos, deve ser mantida uma superfície livre suficiente para
prevenir o transbordamento por alguma ação externa, como a
chuva, por exemplo.
Locais de armazenamento e controle de estoque O armazenamento de produtos químicos e resíduos perigosos
devem ser feitos em locais cobertos, bem ventilados, que possuam
piso impermeável e dispositivo para contenção, evitando a percolação de substâncias para o solo e água subterrânea.
50
As bacias de contenção devem ser construídas conforme NBR
7505 e em caso de líquidos possuir capacidade para conter,
minimamente, 10% do total do volume armazenado ou o volume
do maior recipiente armazenado, sendo considerado para o
projeto o maior volume estimado.
Tanque aéreo com bacia de contenção
51
O local de armazenamento deve ser inspecionado periodicamente,
verificando as condições dos recipientes (rotulados, fechados, sem
furos ou danos que comprometam a estrutura do recipiente), possíveis
pontos de vazamento, condições dos dispositivos de contenção
(limpos, livre de rachaduras, suficientemente impermeabilizados).
A manipulação dos recipientes contendo resíduos perigosos e
produtos químicos deve ser feita de forma cuidadosa, de modo a
evitar o vazamento do material ou dano ao recipiente.
Transporte de produtos perigosos - É importante que medidas
preventivas sejam implementadas e que a legislação pertinente
seja cumprida de forma a evitar acidentes durante o transporte
de produtos perigosos. O veículo deve portar rótulo de risco e
painéis de segurança específicos e dispor dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs), Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPCs) e equipamentos para atendimento a situações de emergência. As embalagens devem estar identificadas com os
rótulos de risco e símbolos de manuseio, devendo exibir o nome
apropriado para embarque e o número ONU correspondente
em cada volume. Os produtos devem estar acompanhados de
uma Ficha de Emergência e envelope para transporte, sendo
que só devem ser transportados produtos conjuntamente caso
estes sejam compatíveis entre si. Os condutores devem possuir
curso de Movimentação e Operação de Produtos Perigosos MOPP e veículos e equipamentos devem possuir Certificado de
Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos - CIPP. Mais
informações podem ser encontradas na Agência Nacional de
Transportes Terrestres: http://www.antt.gov.br/carga/pperigoso/
pperigoso.asp
52
Lixão
Destinação final de resíduos - Os resíduos devem ser transportados
em veículos adequados (com cobertura, pneus em boas condições,
identificação apropriada, e destinados apenas para empresas que
possuam licença ambiental).
Devem ser tomados cuidados na contratação de serviços de
destinação final de resíduos, além de manter arquivados os
comprovantes de destinação ou destruição de resíduos.
Lixão
53
Plano de emergência - Elaboração de Plano para resposta à
emergência contendo procedimentos e incluindo medidas como:
ações a serem tomadas em casos de derramamento ou vazamento, remoção imediata do resíduo da bacia de contenção,
destinação adequada dos resíduos contaminados gerados,
lista de equipamentos de segurança existentes, bem como sua
localização, tipo de material e capacidade etc. A NBR 10157
indica como deve ser elaborado o plano de emergência.
Aterro Industrial
Treinamento - Consiste no estabelecimento de um programa
de capacitação profissional que inclua cursos técnicos e de
desenvolvimento pessoal para os funcionários, objetivando
melhorias no desempenho de suas tarefas, com consciência
ambiental, responsabilidade e segurança.
54
Fornecedores - Monitorar os fornecedores, cobrando deles uma
postura ecologicamente correta e estimulando-os a fazer o mesmo
com seus fornecedores, e assim por diante.
Como já foi dito anteriormente, de forma alguma temos pretensão
de esgotar as tratativas sobre o assunto nesta cartilha. Sendo
assim, esta publicação segue seu principal objetivo: a informação,
visando principalmente inserir a prevenção da geração de
áreas contaminadas na rotina das empresas. A prevenção é a
melhor solução para não comprometer a saúde humana e o meio
ambiente.
55
Glossário
Os termos aqui definidos foram extraídos do acervo bibliográfico utilizado
como base para a elaboração desta cartilha, objetivando uma melhor
compreensão do texto ao leitor.
ABNT : Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Ação Antrópica: É toda ação decorrente das atividades humanas.
Acondicionamento: Termo utilizado na gestão de resíduos sólidos para
designar o ato ou efeito de embalar os resíduos sólidos para transporte.
Agente Poluidor: É a “pessoa física ou jurídica de direito público ou
privado, responsável direta ou indiretamente, por atividade causadora
de degradação ambiental” (Lei Federal nº 6.938, de 31/08/1981)
Área Contaminada: Área onde foi comprovada poluição causada por
depósito, acumulação, armazenamento, enterramento ou infiltração de
substâncias ou resíduos, gerando impactos ambientais negativos. Uma
área contaminada por um empreendimento constitui-se em passivo
ambiental deste empreendimento.
Área Degradada por Lixões: Área que apresenta alteração adversa das
suas características ambientais em função da disposição inadequada de
lixo, o que causa poluição da água, do solo e do ar.
Área de Influência: Área geográfica a ser afetada, direta ou indiretamente
pelos impactos de um projeto nas fases de planejamento, implantação,
operação e desativação de suas atividades.
Área de Risco: Diz-se da área onde existe a possibilidade de ocorrência
de eventos adversos que conferem risco ao indivíduo, ao trabalhador, à
comunidade ou ao meio ambiente.
Área potencialmente contaminada (AP): Área onde estão sendo desenvolvidas ou onde foram desenvolvidas atividades potencialmente contaminadoras.
Área suspeita de contaminação (AS): Área na qual, após a realização de
uma avaliação preliminar, foram observadas indicações que induzem a
suspeitar da presença de contaminação.
Ativo Ambiental: São os bens e direitos referentes as atividades de
adequação de um empreendimento potencialmente poluidor, aos requisitos da legislação ambiental. Nos Ativos Ambientais, estão incluídas as
aplicações de recursos que objetivem a recuperação do ambiente, bem
como os investimentos em tecnologia de controle ambiental.
Atividade Potencialmente Contaminadora: É aquela em que ocorre o
manejo de substâncias cujas características físico-químicas, biológicas
56
e toxicológicas e podem acarretar danos aos bens a proteger, caso
entrem em contato com os mesmos.
Avaliação Ambiental: Verificação dos aspectos ambientais de uma área,
empreendimento ou de atividade potencialmente poluidora.
Avaliação de Danos Ambientais: Verificação de danos ambientais causados
por pessoa física, por empreendimento ou atividade potencialmente
poluidora nas fases de instalação, operação e desativação.
Avaliação de risco: Em relação à investigação de áreas contaminadas,
é o processo pelo qual se identificam e avaliam os riscos potenciais e
reais que a alteração do solo pode causar à saúde humana e a outros
organismos vivos.
Avaliação preliminar: avaliação inicial, realizada com base nas informações
históricas disponíveis e inspeção do local, com o objetivo principal de
encontrar evidências, indícios ou fatos que permitam suspeitar da existência de contaminação na área.
Bens a Proteger: Bens que segundo a Política Nacional do Meio
Ambiente e legislações decorrentes desta, devem ser protegidos. São
considerados como bens a proteger:
•
•
•
•
•
•
Saúde e bem-estar da população;
Fauna e flora;
Qualidade do solo, das águas e do ar;
Interesses de proteção à natureza/paisagem;
Ordenação territorial e planejamento regional e urbano;
Segurança e ordem pública.
Contaminação: Caso particular de poluição em que há introdução no meio
ambiente de substâncias tóxicas, organismos patogênicos ou outros
elementos, em concentrações que possam causar danos à saúde dos
seres vivos.
Depuração: Exclusão ou redução de substâncias indesejáveis até a
obtenção de níveis satisfatórios.
Descomissionamento: Operação de desativação de um empreendimento
ou atividade potencialmente poluidora, que exige o cumprimento de
critérios técnicos e ambientais. Trata-se de uma operação inversa ao
comissionamento, que pode ser imposta por um órgão regulador ou de
segurança e meio ambiente.
Estudo Histórico Industrial: Coleta e análise de informações existentes
sobre a área, visando definir as formas como eram manuseadas as
substâncias.
57
Fase livre: ocorrência de substância ou produto imiscível, em fase
separada da água.
Foco de contaminação: são os pontos, em uma AC, onde são detectadas
as maiores concentrações do(s) contaminante(s), na maioria das vezes
relacionados à fonte de contaminação.
Investigação Confirmatória: etapa do gerenciamento de áreas contaminadas em que são feitos estudos e investigações com o intuito de
comprovar a existência da contaminação em uma AP ou AS.
Investigação detalhada: etapa do processo de gerenciamento de áreas
contaminadas, que consiste na aquisição e interpretação de dados em
área contaminada sob investigação, a fim de entender a dinâmica da
contaminação nos meios físicos afetados e a identificação dos cenários
específicos de uso e ocupação do solo, dos receptores de risco existentes, dos caminhos de exposição e das vias de ingresso.
Monitoramento: medição contínua ou periódica da qualidade ou característica de um meio.
Parâmetros ambientais: diz-se das variáveis físicas, químicas e biológicas às quais são atribuídos valores (padrões) ou faixa de valores,
permitidos pela legislação ambiental.
Passivo ambiental: diz-se dos custos e responsabilidades, referentes
às atividades de adequação de um empreendimento potencialmente
poluidor aos requisitos da legislação ambiental e à compensação por
danos ambientais causados a terceiros. No balanço patrimonial de uma
empresa devem ser incluídos, por meio de cálculos estimativos, o
passivo ambiental (danos gerados) e os ativos ambientais (bens diretos).
Nos ativos ambientais estão incluídas as aplicações de recursos que
objetivem a recuperação do ambiente, bem como os investimentos em
tecnologia de processos de controle ambiental.
PCBs: Bifenilas Policlorados – Grupo de compostos orgânicos contendo
cloro, que apresenta alta toxicidade e poder cancerígeno. São usados
como fluido isolante em transformadores elétricos e capacitores. São
compostos estáveis e persistentes no ambiente, além de solúveis em
gordura, acumulando-se nos organismos vivos, em concentrações cada
vez mais elevadas à medida que se sobe na cadeia alimentar.
Percolação: movimento descendente de água ou de qualquer líquido
através do perfil do solo, rocha ou material filtrante, especialmente o
fluxo descendente de água em solo saturado ou próximo a saturação.
Perfil do Solo: é a descrição verticalizada da estrutura do solo, por meio
de seus horizontes ou camadas.
58
Permeabilidade: é a capacidade dos materiais em permitir o fluxo de
água através dos poros. Essa propriedade dos materiais depende do
tamanho dos poros e da conexão entre eles.
Plano de Reabilitação de Área Contaminada (PRAC): instrumento de
gestão ambiental formado pelo conjunto de informações técnicas, projetos e ações visando à intervenção para a reabilitação de uma área
contaminada por substâncias químicas.
Pluma de Contaminação: denominação dada à nuvem de poluentes;
pode ser contínua, ou constituída por uma série de pufes liberados
separadamente, e delimita a extensão e contorno da contaminação de
um recurso natural (água, ar e solo). O nome é devido ao desenho,
formado pelas isolinhas de concentração, que têm semelhança com
uma pena de ave. O formato de pluma reflete as condições de dispersão
dos poluentes.
Poluente: diz-se da substância, meio ou agente que provoca, direta ou
indiretamente, qualquer forma de poluição; qualquer substância líquida,
sólida ou gasosa, introduzida em recurso natural, tornando-o impróprio
para a finalidade específica.
Poluição: diz-se da adição ou lançamento e qualquer substância ou
forma de energia no meio ambiente em quantidades que ultrapassem
as concentrações naturalmente encontradas.
Relatório de Avaliação do Desempenho Ambiental – RADA: documento
que deve ser elaborado pelo empreendedor visando subsidiar a análise
técnica do órgão ambiental a cerca da revalidação da Licença de Operação do empreendimento.
Remediação de Áreas Contaminadas: uma das ações de intervenção
consistindo na aplicação de técnica ou conjunto de técnicas em uma
área contaminada, visando à remoção ou contenção dos contaminantes
presentes, de modo a assegurar uma utilização para a área, com limites
aceitáveis de riscos aos bens a proteger.
Reabilitação: ações de intervenção realizadas em uma área contaminada
visando atingir um risco tolerável, para o uso declarado ou futuro da
área.
Resíduos Sólidos: diz-se de todo e qualquer tipo de resíduo, no estado
sólido e semissólido, produzido e descartado pela atividade humana de
origem doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, industrial, de serviços
e de varrição.
59
Resíduos Industriais: são os resíduos que resultam da atividade industrial,
incluindo os lodos do tratamento de efluentes, aqueles gerados em
equipamentos de controle de poluição, bem como os líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou nos corpos d’água.*
Resíduos Perigosos – classe I – Resíduos sólidos ou mistura de resíduos
que podem apresentar riscos à saúde pública e ao meio ambiente,
conforme a ABNT NBR 10004:2004. “São aqueles que apresentam
periculosidade ou uma das seguintes características: inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade” (ABNT NBR
10004:2004).*
Resíduos Não Inertes – classe II A - Resíduo sólido ou mistura de
resíduos que não se enquadram nas categorias de resíduos perigosos
e inertes.*
Resíduos Inertes- classe II B - Resíduo sólido ou mistura de resíduos que
não oferecem riscos iminentes à saúde pública e ao meio ambiente.*
Responsável pela área: pessoa física ou jurídica, de direito público
ou privado, responsável legal, direta ou indiretamente, pela atividade
causadora da contaminação, o proprietário ou o detentor da posse
efetiva da área suspeita de contaminação ou contaminada.
Risco ambiental: diz-se da probabilidade e severidade de um efeito
adverso para a saúde, para a propriedade ou para o meio ambiente, e
depende da eficácia do sistema de gestão ambiental.
Valores Orientadores: são concentrações de substâncias químicas que
fornecem orientação sobre a qualidade e as alterações do solo e da
água subterrânea.
Valor de Referência de Qualidade (VRQ): é a concentração de determinada substância que define a qualidade natural do solo, sendo determinado com base em interpretação estatística de análises físico-químicas
de amostras de diversos tipos de solos.
Valor de Prevenção (VP): é a concentração de valor limite de determinada
substância no solo, tal que ele seja capaz de sustentar as suas funções
principais .
Valor de Investigação (VI): é a concentração de determinada substância
no solo ou na água subterrânea acima da qual existem riscos potenciais,
diretos ou indiretos, à saúde humana, considerando um cenário de
exposição padronizado.
Fontes: Dicionário Educativo de Termos Ambientais – Ana Luiza Dolabela
de Amorim Mazzini.
DN Conjunta COPAM/CERH nº 02/10
60
Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).
Coletânea de normas de Resíduos Sólidos, com as ABNT NBR 10004,
ABNT NBR 10005, ABNT NBR 10006 e ABNT NBR 10007. [Rio de
janeiro]:2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT).
NBR ISO 14001: Sistemas de Gestão Ambiental - Requisitos com
orientações para uso. Rio de Janeiro, 2004. 27p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR
ISSO 12235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos. Rio de
janeiro, 1992. 14p.
ANDRADE, Carlos Eduardo Silva – Gestão Ambiental Integrada –
IETEC.
ANDRADE, Carlos Eduardo Silva – Gestão de Resíduos Sólidos –
SENAC.
ANDRADE, Carlos Eduardo Silva – Gestão Ambiental e
Sustentabilidade - UNILESTE-MG.
BAIRD, Colin. Química ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
622p.
BRASIL. Presidência da República. Lei 6.938 de 31 de ago. de 1981.
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Brasília, DF, 31 de ago. 1981.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB).
Guia para Avaliação do Potencial de Contaminação em Imóveis, 2003.
Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/tecnologia/camaras/ca_
ativas/construcao/documentos/guia_aval_pot_con_imoveis.pdf. Acesso
em: Mar/2010.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB).
Manual para implementação de um programa de prevenção à p
oluição. - - 4. ed. - - São Paulo : CETESB, 2002.
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB).
Manual de gerenciamento de áreas contaminadas, 1999. Disponível
em http://www.cetesb.sp.gov.br/Solo/areas_contaminadas/manual.
asp. Acesso em: Jan/2011.
61
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução
nº 420, de 28 de dezembro de 2009 - Dispõe sobre critérios e valores
orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias
químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental
de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de
atividades antrópicas.
Dicionário Educativo de Termos Ambientais - Mazzini, Ana Luiza
Dolabela de Amorim.
Folder Multitecnologia da Empresa ESSENCIS – Soluções Ambientais
Formação de Auditores Internos – Perigo, Alexandre – AAP Consultoria
Material didático Curso à distância Gestão de Áreas Contaminadas Da
Silva, Fernando Rodrigues – APLIQUIM.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (FEAM) – Gestão de
Áreas Contaminadas 2008.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (FEAM) – Deliberação
Normativa COPAM nº116, 27 de junho de 2008- Dispõe sobre a
declaração de informações relativas à identificação de áreas suspeitas
de contaminação e contaminadas por substâncias químicas no Estado
de Minas Gerais.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE (FEAM) – Deliberação
Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 02, de 08 de setembro de 2010
- Institui o Programa Estadual de Gestão de Áreas Contaminadas, que
estabelece as diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade
do solo e gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por
substâncias químicas.
NOBRE, M. M.; NOBRE, R.C. Remediação de solos - Técnicas
alternativas melhoram desempenho. Disponível em: http://www.
quimicaederivados.com.br/revista/qd417/solo1.htm. Acesso em:
Jan/2011.
SISTEMA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE (SISEMA). Inventário
de áreas suspeitas de contaminação e contaminadas do Estado de
Minas Gerais, 2009. Disponível em: http://www.feam.br/declaracoesambientais/gestao-de-areas-contaminadas. Acesso em: Jan/2010.
SCHIANETZ, Bojan. Passivos ambientais: levantamento histórico,
avaliação da periculosidade, ações de recuperação. Curitiba: Senai,
1999. 200p.
62
anexos
63
Anexo 1 - Fluxograma Gerenciamento de
áreas contaminadas CONAMA nº 420/09
Há sus
Avaliação Preliminar
Investigação
detalhada
Área su
Remover
fase livre
Área contaminada
sob intervenção
Invest
confirm
Divulgar para
sociedade
Sim
Existe
livr
Identificar e controlar as fontes de
contaminação
Não
Fase livre
removida?
Monitorar a água e o solo
Solo c
Investigação detalhada
Sim
Divulgar para sociedade
Avaliação de risco
Área contamin
sob investiga
Intervenção
Área em processo de Sim
monitoramento para
reabilitação
Risco tolerável?
Não
Área contaminada
sob intervenção
Interve
os o
Divulgar para sociedade
Divulgar para sociedade
64
Não
Não
speita?
Não requer ação
Solo Classe 1
uspeita
Sim
Não
Concentração
excede VRQ?
tigação
matória
Não
e fase
re?
Ocorrência
natural?
Sim
Pode requerer
ação preventiva
Não
Solo Classe 2
classe 3
A critério do OEMA,
verificar se é ocorrência
natural ou fonte de
poluição
nada
ação
Não
Não
Requer ação de
proteção à saúde
humana
Não
Concentração
excede VP?
Sim
Sim
Não
Ocorrência
natural?
Ocorrência
natural?
Sim
Requer ação de
proteção à saúde
humana
enção atingiu
objetivos?
Não
A concentração
excede VI?
Sim
Solo Classe 4
O monitoramento
comprovou a reabilitação
da área?
Sim
Área reabilitada
para uso declarado
Sim
Área em processo de
monitoramento para
reabilitação
Divulgar para sociedade
65
Anexo 2 - Relação de atividades com
potencial de contaminação de solo
e águas subterrâneas contida na
Deliberação Normativa COPAM nº116,
27 de junho de 2008
ATIVIDADES COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO DO SOLO E ÁGUAS
sUBTERRÂNEAS
Referência dos códigos – DN COPAM 74/2004
LISTAGEM A – ATIVIDADES MINERÁRIAS
A-01 Lavra subterrânea
A-02 Lavra a céu aberto
A-03 Extração de areia, cascalho e argila, para utilização na construção civil
A-05 Unidades Operacionais em área de mineração, inclusive unidades de
tratamento de minerais
LISTAGEM B – ATIVIDADES INDUSTRIAIS /
INDÚSTRIA METALÚRGICA E OUTRAS
B-01 Indústria de Produtos Minerais Não-Metálicos
B-02 Siderurgia com redução de minério
B-03 Indústria metalúrgica - Metais ferrosos
B-04 Indústria Metalúrgica – Metais não ferrosos
B-05 Indústria Metalúrgica – Fabricação de artefatos
B-06 Indústria Metalúrgica – Tratamentos térmico, químico e superficial
B-07 Indústria Mecânica
B-08 Indústria de material eletro-eletrônico
B-09 Indústria de material de transporte
B-10 Indústria da madeira e de mobiliário
LISTAGEM C – ATIVIDADES INDUSTRIAIS / INDÚSTRIA QUÍMICA
C-01 Indústria de papel e papelão
C-02 Indústria da borracha
C-03 Indústria de couros e peles e produtos similares
66
C-04 Indústria de produtos químicos
C-05 Indústria de produtos farmacêuticos e veterinários
C-06 Indústria de perfumaria e velas
C-07 Indústria de produtos de matérias plásticas
C-08 Indústria têxtil
C-09 Indústria de vestuário, calçados e artefatos de tecidos e couros
C-10 Indústrias diversas
LISTAGEM D – ATIVIDADES INDUSTRIAIS / INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA
D-01 Indústria de produtos alimentares
D-02 Indústria de bebidas e álcool
D-03 Indústria de fumo
LISTAGEM E – ATIVIDADES DE INFRAESTRUTURA
E-01-04-1 Ferrovias
E-01-09-0 Aeroportos
E-01-10-4 Dutos para o transporte de gás natural
E-01-11-2 Gasodutos, exclusive para gás natural
E-01-12-0 Dutos para transporte de produtos químicos e oleodutos
E-01-15-5 Terminal de produtos químicos e petroquímicos
E-02-02-1 Produção de energia termoelétrica
E-02-04-6 Subestação de energia elétrica
LISTAGEM F – SERVIÇOS E COMÉRCIO ATACADISTA
F-01 Depósitos e comércio atacadista
F-02 Transporte e armazenagem de produtos e resíduos perigosos
F-03 Serviços auxiliares de atividades econômicas
F-05 Processamento, beneficiamento, tratamento e/ou disposição final
de resíduos
F-06 Outros serviços
67
Anexo 3 - Processo de Gerenciamento
de Áreas Contaminadas (DN Conjunta
COPAM/ CERH nº 02/2010)
Investigação
detalhada
Identificação de
área potencialmente
contaminada
Avaliação de risco
Avaliação preliminar
Suspeita
contaminação?
Não
Não são
requeridas
ações
Risco à saúde
humana?
Sim
Sim
ACI
Área suspeita de
contaminação
Investigação
confirmatória
Presença
fase livre?
Elaboração/revisão
PRAC
Declaração de
área suspeita de
contaminação ou
contaminada
Sim
ACI
Remoção
fase livre
Não
1 ou mais
subst.c/
concentração
> VI?
Não
Intervenção
Metas PRAC
atingidas?
Sim
Comunicação ao
órgão ambiental
AI
Não
Sim
AMR
Não
1 ou mais
subst.c/
concentração
VRQ e ≤ VP?
Sim
AP
Não
1 ou mais
subst.c/
concentração
> VP e ≤ VI?
Sim
AS
Não
Concentrações
≤ VRQ?
Sim
Não serão
requeridas ações
de gerenciamento
A critério do órgão
ambiental poderá
ser requerida uma
avaliação, com
indicação ou não de
ações preventivas
de controle
Identificação
e controle das
fontes potenciais
de contaminação,
avaliação da
ocorrência natural
da substância e
monitoramento da
qualidade do solo e
água subterrânea
Comunicação ao
órgão ambiental
Plano de monitoramento
para reabilitação
(mín. 2 anos)
Concentração
acima da meta de
intervenção?
Não
Monitoramento
comprovou reabilitação
da área para
uso declarado?
AR
68
Sim
Legenda
VRQ: Valores de referência da qualidade do solo
VP: Valores de prevenção do solo
VI: Valores de investigação do solo e águas subterrâneas
AP: Área com potencial contaminação
AS: Área suspeita de contaminação
AI: Área contaminada sob investigação
ACI: Área contaminada sob intervenção
AMR: Área em processo de monitoramento para reabilitação
AR: Área reabilitada para o uso declarado
69
Anexo 4 – Formulário de cadastro
de áreas suspeitas de contaminação
e contaminadas por substâncias
químicas conforme DN COPAM nº 116/08
1. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA ÁREA
Razão social ou nome:
Nome Fantasia:
CNPJ/CPF: Inscrição estadual:
Endereço (Rua, Av. Rod. Etc.): No/km:
Complemento: Bairro/localidade:
Município: CEP: Telefone: ( )
Fax:( ) Caixa Postal: E-mail:
2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO COM ÁREA SUSPEITA
DE CONTAMINAÇÃO OU CONTAMINADA
Razão social ou nome:
CNPJ: Inscrição estadual:
Endereço (Rua, Av. Rod. Etc.): No/km:
Complemento: Bairro/localidade:
Município: CEP: Telefone: ( )
Fax:( ) Caixa Postal: E-mail:
Pessoa de contato:
Numero do processo do COPAM: Código da atividade (DN 74/04):
Atividade:
Atividades anteriores no local: ( ) Sim ( ) Não Código da atividade (DN 74/04):
Atividade:
3. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO OU
CONTAMINADA
Denominação da área ou local:
Endereço (Rua, Av. Rod. Etc.): No/km:
Complemento: Bairro/localidade:
Município: CEP:
LATITUDE LONGITUDE
Formato LAT/LONG
graus minutos segundos graus minutos segundos
Formato UTM (X, Y) DATUM: [ ] SAD 69; [ ] WGS 84; [ ] Córrego Alegre
FUSO: [ ] 22 [ ] 23 [ ] 24
Meridiano Central: [ ] 39º [ ] 45º [ ] 51º X = Y =
Observação: Quando informar em Latitude e Longitude o DATUM é
obrigatório, e quando expressa em formato UTM o DATUM, FUSO e o
Meridiano Central são obrigatórios.
Curso d’água: Bacia Hidrográfica:
Pontos de Referência:
70
4. SITUAÇÃO DA ÁREA QUANTO A CONTAMINAÇÃO
Indícios de contaminação:
( ) área que teve ou tem disposição diretamente no solo, sem proteção,
ou onde ocorreu vazamento, infiltração ou acidente com derrame no
solo de resíduos perigosos ou não inertes. (Preencher item10).
( ) área que teve ou tem disposição diretamente no solo, sem proteção,
de matérias-primas, insumos e produtos, contendo pelo menos uma
das substâncias químicas listadas no item 9 (nove).
(Preencher item 11).
( ) área onde ocorreu acidente com transporte e derrame no solo de
qualquer uma das substâncias químicas listadas no item 9 (nove).
(Preencher item 12)
( ) área onde foram detectados vazamento, infiltração ou acidente em
tubulações, tanques e equipamentos de qualquer uma das substâncias
químicas listadas no item 09 (nove). (Preencher item 13)
( ) área onde é detectada a presença de substância química, identificada
por meio da presença física na superfície ou sub-superfície do solo ou a
constatação de odores provenientes do solo.
( ) Área com indícios de contaminação de espécies animais e vegetais
ou de seres humanos em decorrência da contaminação do solo e águas
subterrâneas.
( ) Área Suspeita de contaminação
( ) Área contaminada
( ) área que apresenta outras evidências de contaminação do solo ou
das águas subterrâneas. (Preencher item 14)
5. ETAPA DE ESTUDO REALIZADA
( ) Avaliação preliminar ( ) Elaboração de projeto de remediação
( ) Investigação confirmatória ( ) Remediação
( ) Investigação detalhada ( ) Monitoramento
( ) Avaliação de risco ( ) Nenhum estudo realizado
6. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA E OCUPAÇÃO DO SOLO
( ) Unidade de Conservação
( ) Áreas de Preservação Permanente
( ) Áreas cársticas
( ) Área de proteção de mananciais
( ) Corpo d`água superficial – Distância (m): ________
( ) Água superficial para abastecimento
( ) Poço para abastecimento
71
( ) Área inundável, várzea
( ) População potencialmente exposta – Residencial ( ) Ocupacional ( )
Distância aproximada da população em relação à área: ________
( ) Área Urbana
( ) Áreas de lazer/circurlação
( ) Escola/Hospital
( ) Área com atividade agropecuária
7. IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
( ) Inexistente ( ) Membrana PEAD
( ) Paralelepípedo/bloquete ( ) Argila e membrana PEAD
( ) Solo argiloso compactado ( ) Outros:_________________________
( ) Pavimentação cimento/asfalto ( ) Presença de trincas/rachaduras na
superfície impermeabilizada
8. AÇÕES EMERGENCIAIS E DE CONTROLE INSTITUCIONAL ADOTADAS
( ) Isolamento da área ( ) Fechamento/interdição de fonte de abastecimento de água
( ) Remoção de materiais (produtos, resíduos, etc.) ( ) Recomendação ou
proibição de consumo de alimentos
( ) Controle/contenção do contaminante ( ) Outros:__________________
( ) Ventilação/exaustão de espaços confinados
9. SUBSTÂNCIA QUÍMICA CONTAMINANTE
( ) Solventes orgânicos não halogenados
( ) Solventes orgânicos halogenados
( ) Hidrocarbonetos clorados voláteis
( ) Hidrocarbonetos clorados não voláteis (ex: PCB)
( ) Dioxinas e furanos
( ) Comp. org. nitrogenados, fosfatados e sulfurados (não agrotóxicos)
( ) Hidrocarbonetos aromáticos (não PAH)
( ) Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAH)
( ) Fenóis
( ) Produtos da refinação do petróleo
( ) Alcatrão e similares
( ) Agrotóxicos
( ) Ácidos
( ) Bases
( ) Anidridos
( ) Metais, ligas e compostos metálicos
( ) Compostos inorgânicos de elevada toxicidade (Cianetos, Fluoretos,
Cromatos, sulfetos)
( ) Substâncias utilizadas na mineração
( ) Substâncias explosivas
( ) Outros (especificar):
( ) Desconhecido
72
10. DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS
Tipo de resíduo: Classe (ABNT 10004/2004): ( ) I ( ) II A ( ) Não classificado
Volume estimado de resíduo disposto (m3):
( ) Acima da superfície do terreno
( ) Abaixo da superfície Tipo de disposição do terreno
( ) Acima e abaixo da superfície do terreno
11. DISPOSIÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS, INSUMOS E PRODUTOS
DIRETAMENTE NO SOLO SEM PROTEÇÃO
Tipo de material: (MP) Matéria-prima (PP) Produtos produzidos (PA)
Produtos armazenados (OM) Outra matéria
Armazenamento: (TE) Tanques enterrados (TA) Tanques aéreos (GA)
Galpão (DC) Depósito a céu aberto (OU) Outros
Denominação Tipo de material Quantidade Forma de armazenamento
12. ACIDENTES NO TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Local: Data: __/__/____
Meio de Transporte: ( ) Rodoviário ( ) Ferroviário ( ) Hidroviário
Tipo de material: (MP) Matéria-prima (PP) Produtos produzidos (RE)
Resíduo (OM) Outra matéria
Razão social ou nome da Transportadora:
CNPJ/CPF: Inscrição estadual:
Telefone: ( ) Fax:( ) E-mail:
Denominação Tipo de material Quantidade Ações emergenciais
13. DETECÇÃO DE ACIDENTE, VAZAMENTO OU INFILTRAÇÃO DE
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
( ) Tanques de armazenamento
( ) Processo produtivo
( ) Tratamento/armazenamento de resíduos
( ) Tubulações
( ) Estação de Tratamento de Efluentes
( ) Desconhecida
Fonte de vazamento/infiltração
( ) Outros (Especificar):
Tipo de material: (MP) Matéria-prima (PP) Produtos produzidos (PA)
Produtos armazenados (OM) Outra matéria
Denominação Tipo de material Quantidade Ações emergenciais
14. OUTRAS EVIDÊNCIAS DE CONTAMINAÇÃO
15. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES*
*Exemplo de informação relevante: Presença de fase livre em poço
de captação, odores, explosão, incêndio, presença de substância não
natural no solo, etc.
73
ficha técnica
Realização: Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Coordenação: Wagner Soares Costa - Gerente de Meio Ambiente - FIEMG
Equipe Técnica: Carlos Eduardo Silva Andrade
Ana Paula Yoshimochi
Breno Aguiar de Paula
Denise Bernardes Couto
Cristiane do Rocio Anchanjo
74
Ficha técnica:
Realização: Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais – FIEMG
Coordenação: Wagner Soares Costa – Gerente de Meio Ambiente – FIEMG
Equipe Técnica: Cláudia Schanen Stancioli e Silvia de Freitas Xavier
75
www.fiemg.com.br
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Gerenciamento de Áreas contaminadas