FORMAÇÃO GERENCIAL DO ENFERMEIRO: COMPARAÇÕES
ENTRE AS CONCEPÇÕES DA LITERATURA E DE DISCENTES
DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA
Alyni Cristiny Dobkowski - PIBIQ/Fundação Araucária
Aida Maris Peres, Jéssika Rodrigues da Rocha, Ana Carla Lemos Hipólito e Maythe
Pacheco da Silva
Introdução: A base formativa é essencial para a sustentação
da competência profissional de enfermeiros críticos, reflexivos,
agentes inovadores e transformadores da realidade. A
formação e prática profissional do enfermeiro obedece dois
eixos principais: o assistencial, cujo objeto de intervenção é o
cuidado, e o gerencial, cujo objeto é a organização do trabalho
e os recursos humanos. (BUENO; BERNARDES, 2010).
Objetivos: Comparar as concepções teóricas, identificadas na
literatura, com as concepções de discentes, acerca da
dimensão gerencial do enfermeiro e de sua formação
gerencial.
Método: Trata-se de um estudo qualiquantitativo, realizado
no período de outubro de 2012 á março de 2013 em uma
universidade privada de Curitiba – PR.
Amostra: 60 discentes matriculados a partir do segundo ano
do curso de Enfermagem.
Para a coleta de dados utilizou-se um questionário com
questões estruturadas e semiestruturadas.
Análise dos dados: estatística descritiva simples com funções
estatísticas do aplicativo CALC, disponível no OpenOffice.org.
Aspectos éticos: projeto aprovado pelo Comitê de Ética do
Setor de Ciências da Saúde da UFPR sob nº225.858.
Referências:
BUENO, A. A.; BERNARDES, A. Percepção da equipe de enfermagem de um serviço de
atendimento pré-hospitalar móvel sobre o gerenciamento de enfermagem. Rev. Texto
Contexto Enferm., Florianópolis, v. 19, n. 1, p. 45-53, jan/mar. 2010.
VALE, E. G.; GUEDES, M. V. C. Competências e habilidades no ensino de administração em
enfermagem à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais. Rev. Bras. de Enferm., Brasília (DF),
v.57, n. 4, p.475-8, jul/ago. 2004.
MARQUES, C. F.; et al. O ensino de graduação e os conteúdos teórico-práticos da saúde do
trabalhador. Rev. Eletr. Enf., v. 14, n. 3, p. 494 – 503, 2012 jul/set. Disponível em:
<http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n3/v14n3a05.htm> . Acesso em: 27/07/2013.
RESCK, Z. M. R.; GOMES, E. L. R. A formação e a prática gerencial do enfermeiro: caminhos
para a práxis transformadora. Rev. Latino-am Enfermagem, São Paulo, v. 16, n. 1, jan/fev.
2008.
Resultados: Quantidade de discentes por turma: 2º ano: 19; 3º ano: 25;
4º ano: 16.
Para o saber-agir do enfermeiro, os 46 discentes que já fizeram as
disciplinas destacaram: liderança (23,25%); saber administrar (16,27%);
planejar (13,95%); resolução de conflitos (11,62%); conhecimento,
trabalho em equipe, dimensionamento de pessoal (9,3% cada).
Expectativas de aprendizagem dos 14 discentes que não cursaram as
disciplinas: gerenciar a equipe (50%); habilidade, conhecimento e tomada
de decisão (14,28% cada); liderança, sistema de informação e
competência (7,14% cada).
Convergências com a literatura: tomada de decisão e comunicação,
são componentes pertinentes ao saber-agir do Enfermeiro, além da
liderança, da administração e do gerenciamento (Valle; Guedes, 2004).
Divergência com a literatura: promoção da praxis. Marques et al (2012)
corroboram com Resck e Gomes (2008).
Conclusões: Os alunos, de modo geral, compreendem, na teoria, o
saber-agir da dimensão gerencial do enfermeiro. O modelo de ensino está
voltado ao fazer. As lacunas entre teoria e prática podem ser superadas
com estímulo à formação de competências gerenciais rompendo com a
visão voltada exclusivamente ao fazer assistencial. Para tanto, julga-se
necessária a práxis na formação do profissional, superando o modelo de
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