Reducing bacterial aerosol contamination with a chlorhexidine gluconate pre-rinse DD Logothetis and JM Martinez-Welles J A D A 1995 Redução de contaminação bacteriana de aerossol, com pré-lavagem de gluconato de clorexidina ALUNOS: Luizete de Sousa Alexandre Pereira Nelo Augusto Poletto INTRODUÇÃO: Diante do interesse profissional em relação a produção de aerossóis odontológicos, e uma potencial transmissão de doenças aos clínicos e pacientes, o departamento de saúde e segurança ocupacional dos Estados Unidos exigiu que os odontólogos criem maneiras de minimizar a contaminação profissional – paciente (CONTAMINAÇÃO CRUZADA) ao utilizar equipamentos auxiliares sem prejudicar o meio ambiente. Aerossóis são gerados quando o ar, jatos de água e peças de turbina de ar (caneta alta rotação, seringa tríplice, raspadores tipo ultra-som, jatos de bicarbonatos) são utilizados em procedimentos odontológicos. Segundo Miller, aerossóis gerados pelas bocas dos pacientes continham até 100.000 bactérias por pé cúbico de ar. Estudo realizado na Grã-Bretanha em 1931, indicou que infecções transmitidas pelo ar e a tuberculose ocorreram com maior frequência em dentistas do que em profissionais de outras ocupações. Vinte anos mais tarde, Shaw relatou que estudantes de odontologia tinham mais propensão a contrair tuberculose do que estudantes de medicina. Profissionais da saúde bucal possuem maior risco de entrar em contato com o vírus da hepatite B através da saliva com sangue contaminado e fluidos gengivais pela aerolização produzida pelos aparelhos odontológicos. Escolha da Amostra Seleção: 18 participantes; 10 gênero masculino 8 gênero feminino Divididos em 3 grupos; Idade: entre 25 e 54 anos (média de 38 anos); “ÍNDICE DE RESÍDUOS DE PLACAS SIMPLIFICADOS”; Coeficiente de Correlação de Pearson; Analise Multivariada; Teste Qui-Quadrado. Critérios de inclusão : Possuir mínimo 20 dentes permanentes; Pontuação de placa entre 1,8 à 3,0 no “Índice de Resíduo de Placa Simplificado” Critérios de exclusão : Utilizando medicação que contraindicavam o tratamento. Pacientes hipertensos, dietas de restrição ao sódio, complicações respiratórias, doenças cardíacas, doenças reumáticas, gravidez, uso de imunossupressores ou anticoagulantes ou de necessidade de profilaxia antibiótica. Materiais e Métodos Utilização de Placas de Agar de sangue de carneiro; Solução de gluconato de clorexidina à 0,12%; Anti-séptico bucal com óleos essenciais; Água; Aparelho de polimento à ar; Local: Consultório medindo 12pés x 7pés x 10 pés; Troca de ar de 13x por hora Localização das placas de agar • Ponto de referência 1=mascara do operador 2=2pés do ponto de referência 3=3pés do ponto de referência 4=3pés do ponto de referência 5=3pés do ponto de referência 6=5pés do ponto de referência 7=6pés do ponto de referência 8=9pés do ponto de referência Figura 1. Localização das placas de agar. A área utilizada mede 12pés x7pés x10pés. O ar foi trocado 13 vezes por hora. Figura 2. Colônias formadas nas placas de agar, após pré-lavagem com clorexidina, enxaguatórios ou água. VISUALIZAÇÃO DOS RESULTADOS Figura 1. Figura 2. Resultados: Não houve diferença significativa nas unidades formadoras de colônias entre o anti-séptico bucal e a água. Esta análise revelou que unidades formadoras de colônias diminuíram de acordo com a distância do operador nos casos tratados com clorexidina. Discussão: Vários pesquisadores têm documentado a importância do controle e diminuição de aerossóis bacterianos produzidos por aparelhos à ar. Relatórios têm associado estes aerossóis à infecções respiratórias, oftalmológicas e de pele, além de tuberculose e hepatite B. Ao conduzir este estudo, avaliou a capacidade do pré enxágue para diminuir a quantidade microbiana antes do uso de instrumentos produtores de aerossol. Os resultados que obtivemos do grupo de anti-séptico bucal estão de acordo com dados relatados por Fine e colaboradores, que documentaram a diminuição de atividade microbiana. Esta leve diminuição na atividade microbiana pode ser resultado da capacidade do anti-séptico bucal inibir o crescimento microbiano. Embora em ambos estudos o anti-séptico reduziu o crescimento de unidades formadoras de colônia, os dados sugerem que um pré enxaguamento com clorexidina é superior na redução de bactérias aerolizadas. As limitações deste estudo devem ser consideradas ao interpretar os resultados. No entanto, os resultados claramente sugerem que a clorexidina é uma medida eficaz na redução primaria da contaminação cruzada por aerossol durante o uso de polidor à ar na pratica odontológica. São necessários futuros estudos para investigar organismos patogênicos viáveis gerados durante o uso de polidor à ar. Estudos contínuos poderiam incluir uma repetição deste estudo usando uma unidade de mostrador de ar, que defina os reais efeitos respiratórios dos aerossóis, um período mais curto entre pré-enxague e polimento, e vários volumes de pré-enxague ou tempos de incubação. Conclusão: Este estudo sugere claramente que uma pré lavagem rotineira com clorexidina poderia eliminar a maioria de aerossóis bacterianos gerados pela utilização do aparelho de polimento à ar, proporcionando uma proteção de até 9 pés do centro de operação. Ms. Logothetis is an associate professor and assitant director, Division of Dental Programs, University of New Mexico, Albuquerque. Ms. Martinez-Welles Is an associate professor, Division of Dental Programs, University of New Mexico, Albuquerque. Referências Bibliográficas 1. Federal Register. Department of Labor. Occupational Safety and Health Administration. Occupational exposure to bloodborne pathogens; final rule. 29 CFR part 1910.1030. Part II. Dec. 6, 1991; 56(235):64175-82. 2. Miller RL. Generation of airborne infection by high speed dental equipment. J Am Soc Prev Dent 1976;6(3):14-7. 3. Peyton FA. Status report on dental operating handpieces. Council on Dental Materials and Devices. JADA 1974;89:1,162-70. 4. 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