CONTABILIDADE &
FINANÇAS
Prof. Julio Diniz Jr.
Novas Premissas para o
Administrador Financeiro
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Deve ter conhecimento das técnicas
e dos instrumentos financeiros;
Visão integrativa da empresa e de
seu relacionamento com o ambiente
externo;
Sensibilidade a valores e informações
estratégicas;
Capacidade de questionamento e
análise.
Complexidade das Decisões
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Desequilíbrio nas taxas de juros;
Ausência de financiamentos de
longo prazo;
Comportamento das taxas de
inflação;
Desajustes de mercados;
Desafios do crescimento da
economia.
Finanças
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
É a arte e a ciência de administrar
recursos;
Constitui-se em instrumento de
gestão empresarial;
A ciência financeira vem evoluindo
continuamente: mais importância e
mais complexidade;
A Administração Financeira é vital
para os empreendimentos.
Tarefas de Finanças
Deve ser executada como ferramenta de
geração de valor.
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Funções da Administração Financeira
Papel do Administrador Financeiro
Objetivo
Visão
Atividades-chave
Funções da Adm. Financeira

Possuir visão organizacional
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Relacionamento com a Economia

Relacionamento com a Contabilidade
Funções da Adm. Financeira
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Conhecimento das práticas e políticas
da Empresa e o segmento de atuação;
A empresa deve buscar sempre o
crescimento das vendas e atuar de
forma sinérgica;
As decisões financeiras são afetadas
por 3 variáveis macroeconômicas –
inflação, juros e câmbio;
Ficam gravadas na Contabilidade.
Cenário Econômico para 2010
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Crescimento da economia PIB –
7,0%
Crescimento da economia mundial;
Inflação prevista – 4,5%;
Política monetária – taxa de juros –
10,75% a.a – SELIC;
Taxa de câmbio – US$ 1 / R$ 1,80;
Balança Comercial – saldo de US$ 15
bilhões.
Taxa SELIC
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
Taxa de juros básica da economia;
Não é a taxa de juros praticada nos
empréstimos;
Bancos praticam a intermediação
financeira;
SPREAD bancário – diferença entre a
taxa de captação e a taxa cobrada
pelos empréstimos.
Custo de Oportunidade do $
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Retorno financeiro certo que uma
pessoa física ou jurídica tem, sem
investir em novos projetos;
Balizador da tomada de decisão de
investimentos/financiamentos.
Títulos Públicos/Privados
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Públicos: emitidos via Governo
Federal
LFT/LTN/NTN
Privados: emitidos via bancos
privados
CDB/atrelados ao CDI
Operações de Câmbio
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Conceito - é a troca de moedas;
Regime de câmbio flutuante;
Fechar câmbio ou contratar câmbio é
comprar ou vender moedas;
BACEN - autoridade cambial;
Rede Bancária - autorizada a operar
com câmbio.
Papel do Administrador
Financeiro


Assegurar a disponibilidade do
capital no montante adequado, no
momento certo e ao menor custo sobrevivência da empresa;
O Administrador é um agente do
dono – “agency cost”;
Finanças
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Visão do Administrador Financeiro –
perspectiva de lucro e a geração de caixa;
Fluxo de Caixa - verdadeira força da
empresa - essencial para assegurar o
sucesso e a sobrevivência;
3 Relatórios de Gestão - Balancete,
Fluxo de Caixa e Planejamento Financeiro.
Atividades-chave do Adm.Fin.
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Realizar análises e planejamento
financeiro;
Tomar decisões de investimento afetam o lado do Ativo no Balanço
Patrimonial – administração de Ativos;
Tomar decisões de financiamento afetam o lado do Passivo no Balanço –
administração de Passivos.
Administração Financeira
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Administrar é decidir;
O sucesso da empresa depende da
qualidade das decisões, no sentido
de atender aos objetivos da
empresa.
Objetivo da Adm. Financeira
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Objetivo primário - maximização de
recursos ao acionista – “shareholder”;
Objetivo secundário – alcança os
“stakeholders” – clientes, fornecedores,
colaboradores e comunidade - bem estar
de toda a sociedade;
Objetivo maior – criação de valor;
Criar valor- significa obter rentabilidade
acima de determinada taxa de retorno.
EVA – Valor Econ. Adicionado
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Instrumento de medida de valor;
Não há criação de valor quando o
lucro gerado é insuficiente para
cobrir o custo de oportunidade;
É o ganho acima da expectativa do
acionista;
“Lucro econômico”.
Valor de Mercado
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Valor da empresa pela Contabilidade
= patrimônio líquido;
Valor de mercado da empresa =
quantidade de ações x cotação do
preço da ação na Bolsa de valores;
A empresa vale pela sua geração de
caixa futura – método do Fluxo de
Caixa descontado via FC relevantes.
Valor da Empresa
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Passa por:
Benefícios econômicos esperados de
caixa;
Risco associado aos resultados;
Taxa de retorno requerida pelos
proprietários do capital;
Assim, aumenta o valor da empresa.
Finanças
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Capital: primeiro ítem na formação da
empresa;
Mantém o capital de giro ou circulante:
gastos correntes;
Fazer investimentos: dispêndio corrente
de caixa visando obter retornos futuros;
Retorno: é medido como o total de
ganhos ou prejuízos dos proprietários de
um investimento durante um determinado
período de tempo.
Estrutura da Área Financeira
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
Depende do tamanho da empresa –
na pequena empresa, só tem o
contador;
À medida que a empresa cresce –
tesouraria e controladoria;
O tesoureiro é o administrador
financeiro voltado para o cenário
externo.
Lucro x Caixa


Lucro ou Prejuízo - se obtém da
DRE, feita pela Contabilidade assim, é um número contábil;
Superávit ou Déficit de caixa - se
obtém do fluxo de caixa feito pela
Tesouraria - assim, é um número
financeiro.
Gestão de Caixa
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
O objetivo é acelerar recebimentos e
retardar pagamentos, para
proporcionar ganhos adicionais;
Preferência pela liquidez.
Gestão de Caixa


Ganhos adicionais – rendimento das
aplicações financeiras e desconto
obtido para pagamento aos
fornecedores;
A taxa de desconto deve ser maior
que a taxa de juros da aplicação
financeira.
Demonstrações Contábeis
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
Fornecem uma visão da situação
de uma Empresa;
Ponto de partida para análises
posteriores;
Ferramenta que informa as
realizações, sucessos e o
direcionamento futuro.
Demonstrações Contábeis
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Detalhadas - usadas pelos
contadores e Adm. Financeiros;
Resumidas - alta administração;
Auditadas - feitas por auditores obrigação da S/A de capital aberto;
Fins fiscais - para efeitos de
apuração do IRPJ e CSLL.
Demonstrações Contábeis



Relatório Anual aos acionistas obrigatório às S/A de capital
aberto;
“Princípios Contábeis Geralmente
Aceitos” – GAAP;
Sociedade simples e empresária –
não tem a necessidade de
publicação.
Demonstrações Contábeis
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FASB - Financial Accounting Standards
Board - Entidade encarregada pela
fixação e aplicação das normas
contábeis nos EUA;
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
- e a CVM - Comissão de Valores
Mobiliários - no Brasil;
Lei 11.638 – substanciais modificações.
Relatório Anual

É composto por: Mensagem aos
Acionistas / Demonstração do
Resultado / Balanço Patrimonial /
Demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados / Dem. Das
Mutações do P.L. / Dem. Do Fluxo de
Caixa / Notas Explicativas / Parecer
do Conselho Fiscal / Parecer dos
Auditores Independentes.
Lançamentos Contábeis
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Método das partidas dobradas – todo
débito corresponde a um crédito de
mesmo valor;
É a forma como a contabilidade
registra os fatos que afetam a
empresa;
Obedecem um plano de contas;
Seguem p/ os livros Diário e Razão;
Servem de base para apuração dos
impostos.
Balanço Patrimonial
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
Demonstração resumida da situação
financeira e patrimonial;
Ativo:bens,direitos e investimentos;
Passivo: obrigações com terceiros;
Patrimônio líquido: é o dinheiro do
dono - diferença entre o que tem e
o que deve.
Ativo
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Ativo Circulante
Ativo Realizável a Longo Prazo
Ativo Permanente/Fixo
(-) Depreciação
Passivo
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Passivo Circulante
Passivo exigível a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Balanço Patrimonial


Ativo circulante - ativos de curto prazo
- convertidos em dinheiro em até um
ano;
Passivo circulante - passivos de curto
prazo - liquidação deve ocorrer em até
um ano.
Depreciação


Item não desembolsável despesa lançada na DRE, que não
envolve saída de caixa;
Conta retificadora do ativo
imobilizado, que corresponde à
perda de valor dos bens e direitos
sujeitos a desgastes ou
obsolescência.
Demonstração do Resultado



Fornece um resumo dos resultados das
operações da Empresa durante um
período específico.
Receita – é a renda que a empresa
obtém pelas vendas de mercadorias e
produtos e/ou pela prestação de serviços;
Custo – é o gasto relativo à aquisição ou
produção de um bem para venda futura. É
o “sacrifício” de ativos no processo de
produção de bens e serviços.
DRE


Despesa Operacional – é o gasto
que a empresa tem com as vendas,
com a administração e com as
despesas financeiras. São todas as
despesas que contribuem para a
manutenção da atividade operacional
da empresa;
EBITDA – é o potencial de geração
de caixa – também chamado por
LAJIR.
Uso dos Indicadores


Os indicadores financeiros e não
financeiros a serem utilizados devem
ser definidos no momento do
Planejamento Financeiro;
Necessitam de acompanhamento
mensal.
Análise Econômico-Financeira
Compreende o levantamento da situação
econômico-financeira da empresa:
Liquidez – capacidade de pagamento
das dívidas.(curto e longo prazo)
Endividamento – montante de dívidas
financiando o negócio
Lucratividade - margens de
lucratividade (bruta,operacional e
líquida) obtida no negócio
Rentabilidade - retorno obtido sobre o
PL e Ativo.
Indicadores de Lucratividade



Margem Bruta: ROB / VL mede o %
que restou das VL após apuração dos
custos.
Margem Operacional: ROL/VL mede o
% que restou das VL após a apuração dos
custos e despesas operacionais.
Margem Líquida: LL / VL mede o % de
lucratividade de cada unidade vendida.
Análise Econômica


Margem de Contribuição – quanto
maior, melhor – mede o % que
restou das VL após a apuração dos
custos e das despesas com vendas;
Giro dos Ativos – VL/AT – mais
vendas, mais produtivo é o
investimento (ativo) da empresa.
Ponto de Equilíbrio Operacional
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
Determina o nível de vendas
necessário para cobrir todos os
custos operacionais;
O primeiro passo é separar o CMV +
despesas operacionais (de vendas e
administrativas) em custos fixos (CF)
e custos variáveis (CV).
CF - função do tempo - contratuais.
CV – função de volume – vendas.
P.E. Operacional
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


Receitas - custos = 0; fica
determinado o P.E.O.
P.E.O. = CF/(1 - (CV/RT))
CT = CF + CV
P.E.O. é sensível ao aumento dos CF,
ao aumento dos preços e ao
aumento dos CV.
Acima do P.E.O. = lucro
Abaixo do P.E.O. = prejuízo
Capital de Giro
Grande parte do tempo do gestor
financeiro é destinada à solução de
problemas de capital de giro, como
financiamento de estoques,
gerenciamento da inadimplência de
clientes e administração das
insuficiências de caixa.
Capital de Giro


Capital de Giro corresponde ao
ativo circulante, representa o valor
total demandado pela empresa
para financiar seu ciclo operacional;
CG = DR + E
Ciclo Operacional - CO


Composto por todas as fases de suas
atividades operacionais;
Empresa industrial - inicia-se com a
aquisição de matérias -primas, passa pela
armazenagem, produção, venda e
recebimento das vendas realizadas. O
ciclo operacional é o intervalo de tempo
gasto na execução de todas essas
atividades.
Ciclo Operacional - CO
CO = PMRE + PMC
 PMRE = número médio de dias que a
empresa leva para a aquisição de
matérias-primas, produção, estocagem e
venda do produto;
 PMC = número médio de dias que a
empresa leva para receber de seus
clientes pelas vendas realizadas.

Ciclo Financeiro - CF



É calculado como o número de dias
do ciclo operacional menos o período
médio de pagamento aos seus
fornecedores;
CF = CO (ciclo operacional) - PMP (
prazo médio de pagamento a
fornecedores);
Quanto menor, melhor.
Giro de Caixa
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


Número de vezes que o caixa de
uma empresa gira (se renova) num
determinado período;
GC = 360/CF
Quanto maior, melhor;
<CF > GC < NCG < custos > EVA.
Indicadores de Atividade
Prazo médio de cobrança:
(DR x 360)/VB - quantos dias, em média,
a empresa demora para receber suas
vendas.
 Prazo médio de renovação de
estoques: (E x 360)/CMV - quantos dias,
em média, a empresa leva para vender
seu estoque.
 Prazo médio de pagamento:
(F x 360)/CMV - quantos dias, em média,
a empresa demora para pagar suas
compras.

Demonstração do Fluxo de
Caixa
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

Elaborada pela Contabilidade;
Trata as variações ocorridas no
caixa;
Destaca as operações, os
financiamentos e os investimentos;
Inicia-se no lucro e indica a
variação do caixa.
Fontes que Aumentam Caixa
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
Financiamentos, eleva PC e ELP;
Maior PL (venda de ações);
Menor AC ( venda de estoque);
Menor AP (venda de bens).
Usos que Diminuem Caixa
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
Pagamento de passivos;
Menor PL (recompra de ações;
Maior AC (compra de estoques);
Maior AP ( compra de bens).
Fluxo de Caixa


Começa com o Orçamento de caixa
que estima a evolução dos saldos de
caixa – peça do Orçamento
Empresarial;
Fluxo de Caixa - é o instrumento de
planejamento financeiro cujo
objetivo é fornecer estimativas de
situação de caixa em determinado
período à frente.
Ferramentas de Controle
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


Controle da Gestão Financeira;
Controle do Fluxo de Caixa;
Controle Interno na Tesouraria;
Controle Interno no Contas a
Receber;
Controle Interno no Contas a Pagar.
Análise Financeira


Índice de Liquidez Corrente: AC/PC –
mostra a capacidade de pagamento da
empresa a curto prazo.
Índice de Liquidez Seca: (AC–E)/PC mostra a capacidade de pagamento sem
os estoques, que possuem menor liquidez
pois ainda precisam ser vendidos.
Liquidez x Solvência


Liquidez – capacidade de conversão
de ativos em caixa;
Solvência – capacidade de
pagamento das obrigações no
momento dos seus vencimentos –
conceito mais amplo, revela a
possibilidade de continuidade.
Análise Financeira



Índices de Endividamento - mede a
capacidade da empresa de honrar suas
dívidas;
Endividamento Geral - mede a
proporção dos AT financiada por 3ºs. –
(PC + ELP)/AT ;
Composição do Endividamento a Curto
Prazo - PC/(PC+ELP) - quanto do Passivo
total deve ser pago a curto prazo.
Indicadores de Rentabilidade


Retorno do Ativo: ROA - LL/AT
mede a rentabilidade do
investimento da empresa – (também
chamado de ROI);
Retorno sobre PL: ROE - LL/ PL
mede a rentabilidade do ponto de
vista do empresário.
Lucratividade x Rentabilidade


Lucratividade – resultado obtido
em relação às vendas;
Rentabilidade – resultado obtido
em relação ao investimentos.
Giro x Margem


Empresas comerciais tendem a ter
maior giro dos seus ativos e ciclo
operacional e financeiro menores.
Ex: supermercados (ganham no giro)
Empresas industriais e prestadoras
de serviço tem um giro menor, ciclo
operacional e financeiro maiores e
maior terá que ser a margem.
Giro x Margem


Se a margem é o elemento para
obter a rentabilidade, o caminho é
o giro;
Rentabilidade = giro x margem.
Método DuPont



Consiste na ampliação da análise da
rentabilidade;
Giro x Margem=Rentabilidade sobre
Ativo, ou seja:
LL/AT=(VL/AT) x (LL/VL)
Fontes de Financiamento
Um ativo pode ser financiado de
duas formas:
- Capital Próprio – recursos do
acionista.
- Capital de Terceiros – recursos de
terceiros de longo prazo.
Estrutura do Capital


Empresas capitalizadas –
apresentam PL > Passivo;
Empresas alavancadas – apresentam
Passivo > PL.
Estrutura do Capital
2 Formas de Financiamento de Ativos:
PASSIVO
CAPITAL DE TERCEIROS
(a que custo?)
ATIVO
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
CAPITAL PRÓPRIO (DO ACIONISTA)
(a que custo?)
Estrutura de recursos: é o mix de Capital de Terceiros e Capital Próprio
Estrutura de Capital


É o mix mantido pela empresa de
capital de terceiros e capital próprio;
Estrutura ótima de capital é
aquela em que o custo médio
ponderado do capital é minimizado,
maximizando dessa forma, o valor da
empresa.
Alavancagem



Operacional – relação entre vendas e
EBITDA;
Financeira – relação entre EBITDA e
lucro líquido;
Total – relação entre vendas e lucro
líquido.
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