Escola Politécnica de Pernambuco Departamento de Ensino Básico Capítulo 01 Introdução a Probabilidade Prof. Sérgio Mário Lins Galdino http://epoli.pbworks.com/ Bibliografia Bibliografia : • Spiegel, M. Probabilidade e Estatística. Mc Graw Hill,1993. Experimentos Aleatórios Experimentos que mesmo sendo realizados inúmeras vezes sob condições idênticas não apresentam o mesmo resultado. Exemplos: Ao se jogar uma moeda { Cara, Coroa } ou dado {1, 2, 3, 4, 5, 6}. Espaços amostrais Conjunto de todos resultados possíveis de um experimento. Cada resultado é chamado de ponto amostral. O espaço amostral pode ser representado graficamente como abaixo. (0,1) (1,1) (0,0) (1,0) Os pontos representam as possibilidades ao se jogar uma moeda duas vezes.Sendo 0 equivalente a cara e 1 coroa. Eventos Evento é um subconjunto do espaço amostral. Consiste em um elemento do espaço. Pode se chamar evento simples ou evento elementar quando consiste em um único ponto do espaço. Conceito de Probabilidade A chance de um evento ocorrer ou não pode ser medida, calculada. Geralmente um numero entre 0 e 1 e atribuído, sendo respectivamente a certeza que não ocorrerá e a certeza de que ocorrerá. Conceito de Probabilidade Existem 2 formas de se obter tal estimativa: Processo clássico: se divide o número (h) de maneiras diferentes em que o evento pode ocorrer pelas (n) maneiras possíveis, todas igualmente prováveis. Processo da freqüência: após um número grande de repetições (n), se observa que ocorreram (h) eventos desejados. Para os dois casos a probabilidade e ( P h ). n Axiomas da probabilidade Para cada evento A associamos um número real P(A) que é a função de probabilidade do evento, desde que sejam obedecidos os seguintes axiomas: Axioma 1 – Para todo evento: P(A) ≥ 0 Axioma 2 – Para o evento certo S : P(S) = 1 Axioma 3 – Para um número qualquer de eventos mutuamente exclusivos: P(A1 A2 A3 An ) P(A1 ) P (A2 ) P(A3 ) P(An ) Alguns teoremas importantes Teorema 1: A1 A2 , então P(A1) P(A2) Teorema 2: Para todo evento 0 ≤ P(A) ≤ 1 Teorema 3: P( ) = 0, evento impossível tem probabilidade 0. Alguns teoremas importantes Teorema 4: Se A' e complemento de A então: P(A') 1 - P(A) Teorema 5: Se A A1 A2 An e A1 , A2 , , An são eventos mutuamente excludentes, então: P(A) P(A1 ) P(A2 ) ... P(An ) Alguns teoremas importantes Teorema 6: Sendo A e B dois eventos quaisquer, então: P(A B) P(A) P(B) – P(A B) Teorema 7: Para dois eventos A e B quaisquer: P(A) = P(A ∩ B) + P(A ∩ B') Alguns teoremas importantes Teorema 8: Se A deve resultar em um dos eventos excludentes A1, A2, … An , então: P(A) = P(A ∩ A1) + P(A ∩ A2)+... + P(A ∩ An) Atribuições de Probabilidade Dado um espaço amostral composto por tais eventos elementares A1, A2, ..., An. Então P(A1 ) + P(A2) +... +P(An) = 1 Se admitirmos probabilidade igual para todos os eventos podemos representar da seguinte forma: P(Ak) = 1 / n , k = (1, 2,..., n) Se A for formado por h desses eventos, então: P(A) = h/n Probabilidade Condicional • Considerando A e B serem dois eventos tal que P(A) > 0. • Denote P(B | A) ser a probabilidade da ocorrência de B, na hipótese de A ter ocorrido. • Como A ocorreu, A passa a ser o novo espaço amostral. O que leva à definição: P(A B) P(B| A) P(A) Teoremas Sobre Probabilidade Condicional • Teorema 1: Para três eventos quaisquer A1, A2, A3: P(A1∩A2 ∩ A3) = P(A1)P(A2 | A1)P(A3| A1 ∩A2) • Teorema 2: Se um experimento A deve ter como resultado um dos eventos mutuamente excludentes A1, A2, ..., An então: P(A) = P(A1)P(A | A1)+P(A2)P(A | A2)+...+P(An)P(A | An) Eventos Independentes • Se a probabilidade de ocorrência de B não é afetada pela ocorrência de A, dizemos que A e B são eventos independentes P(A B) P(A) P(B) Teorema (ou regra) de Bayes • Sejam A1, A2, ... An eventos mutuamente excludentes, onde um dos eventos deve ocorrer. Então, se A é um evento, temos: P(Ak )P(A| A k ) P(Ak | A) P(Aj )P(A| A j ) Análise Combinatória • Método de contagem usado para calcular o número de possibilidades existentes em problemas de grande espaço amostral. Princípio fundamental da contagem • Se determinado acontecimento ocorre em n etapas diferentes, e se a primeira etapa pode ocorrer de k1 maneiras diferentes, a segunda de k2 maneiras diferentes, e assim sucessivamente, então o número total T de maneiras de ocorrer o acontecimento é dado por: T k1 k 2 k3 k n Arranjos Simples (Permutações) • Arranjos simples são agrupamentos de elementos distintos, que a ordem faz a diferença, por exemplo, os números de três algarismos formados pelos elementos {1,2 e 3} são: n! P n r – – (n – r)! Como no exemplo a ordem r = n ( 0! = 1) 3! Logo: 6 3 P3 (3 – 3)! { 312, 321, 132, 123, 213, 231 } Combinação simples • Quando a ordem não importa, mas cada elemento pode ser contado apenas uma vez (Exemplo: 123 = 321 = 132 = 213 ...) n n! n Cr r!(n - r)! r • O número de combinações costuma-se designar o coeficiente binomial pelo fato de aparecerem no desenvolvimento binomial Coeficientes Binomias Os números da formula de cominações são frequentemente chamados de coeficientes binomiais porque eles surgem na expansão binomial n n1 n n1 2 n n ( x y) x x y x y y 1 2 n n n Aproximação de Stirling para n! • Quando n é grande demais, n! pode ser calculado com uma boa precisão usando a aproximação de Stirling: n! 2 n n e n n