Problema: Sejam v1, v2,...,vn e b vectores de Rm. Consegue-se obter b como soma de múltiplos de v1, v2,...,vn? Exemplos: 1) v1=(1,0), v2=(0,0) e b=(0,1) 1 0 0 1 0 x1 0 0 x1 0 x2 1 0 0 x 1 é possível? 2 1 0 | 0 0 0 | 1 sistema impossível ! 2) v1=(1,2), v2=(0,1) e b=(1,0) 1 0 1 1 0 x1 1 2 x1 1 x2 0 2 1 x 0 2 1 0 | 1 1 0 | 1 2 1 | 0 0 1 | 2 1 0 1 21 1 (2) 0. x 1 x 2 1 2 3) v1=(1,2), v2=(0,1), v3=(-1,1) e b=(1,0) 1 x 0 x 1 x 1 1 2 1 1 2 1 3 0 2 1 2 0 1 | 1 1 0 1 | 1 1 1 | 0 0 1 3 | 2 0 1 x1 1 1 x2 1 x 0 3 x1 1 x3 x2 2 3 x3 x3 1 (1 x ) 0 ( 2 3 x ) 1 x 1 , 3 3 2 1 1 3 0 Exemplos : x3 0, x3 1, etc. 1 1 0 ( 2) 1 0 1 2 1 1 0 1 2 0 ( 5) 11 1 2 1 1 0 x3 Sejam v1, v2,...,vn e b vectores de Rm. Diz-se que b é combinação linear de v1, v2,...,vn se b se escrever como soma de múltiplos destes vectores se o sistema Ax=b for possível em que A=[v1 v2...vn]. Observação: Ax=b é impossível quando na matriz em escada A´|b´ a coluna b´ tem pivot. Diz-se que b é combinação linear dos vectores v1, v2,...,vn ou das colunas da matriz A=[v1 v2...vn]. Problema: Sejam v1, v2,...,vn vectores de Rm. Quais são os vectores de Rm que são combinação linear de v1, v2,...,vn? Exemplos: 1) v1=(1,0), v2=(0,0) b b : 1 2 1 0 b 0 x 0 x b é possível 1 1 2 2 1 0 | b 0 0 | b 1 2 (b ,b ):b 0 recta y 0 1 2 2 2) v1=(1,2), v2=(0,1) b1 1 b 0 1 : x x é possível 1 2 b2 2 b 1 2 1 0 | b1 1 0 | b1 2 1 | b2 0 1 | b2 2b1 (b1,b2 ):b1 ,b2 R2 3) v1=(1,2,-1), v2=(6,4,2) b1 b : 2 b 3 1 6 b1 2 x 4 x 1 2 b2 b 1 2 3 1 2 1 6 | b 1 6 | b 1 6 | b 1 1 1 4 | b 0 8 | b 2b 0 8 | b 2b 2 2 1 2 1 2 | b 0 8 | b b 0 0 | b b b 3 3 1 1 2 3 é possível (b , b , b ): b b b 0 1 2 3 1 2 3 plano ao vector (-1,1,1) e que passa no ponto (0,0,0) Chama-se espaço gerado pelos vectores v1, v2,...,vn de Rm <v1, v2,...,vn> ao conjunto dos vectores de Rm que são combinação linear de v1, v2,...,vn ao {b Rm : Ax b é possível} em que A v v ... vn 2 1 Também se diz que <v1, v2,...,vn> é o espaço gerado pelas colunas da matriz A=[v1 v2...vn], espaço das colunas de A ou C(A). Determinação de <v1, v2,...,vn> =C(A) em que A=[v1 v2...vn] e v1 v2...vn Rm C( A)= {bRm: Ax b é possível } 1. 2. 3. 4. Constrói-se A|b. Aplica-se a fase descendente do método de Gauss a A|b. Seja A´|b´ a matriz em escada resultante. Se A´ não tem linhas nulas, C( A)= Rm. (O sistema Ax=b é possível b Rm.) Caso contrário, se i é linha nula de A´, tem-se a restrição b´i=0. Nota: quando A′ tem linhas nulas, o algoritmo identifica C(A) com o espaço nulo de uma matriz com m colunas e tantas linhas quantas as linhas nulas de A′. Exemplos: 1) <(1,0), (0,0)> = (b ,b ):b 0 1 2 2 2) <(1,2),(0,1)> = R2 3) <(1,2,-1),(6,4,2)> = (b , b , b ): b1 b b 0 1 2 3 2 3 Exercício: Sejam v1=(0,0,1), v2=(0,1,1), v3=(0,2,1) e b=(1,0,0). 1) Determine E=<v1,v2,v3>. 0 0 0 | b 1 1 1 | b 1 3 0 1 2 | b 0 1 2 | b 2 2 1 1 1 | b 0 0 0 | b 3 1 E (b ,b ,b ) :b 0 (plano yOz) 1 2 3 1 2) Verifique que v3 é combinação linear de v1 e v2. 0 0 | 0 1 1 | 1 0 1 | 2 0 1 | 2 1 1 | 1 o sistema v x v x v é possível 11 2 2 3 0 0 | 0 3) Determine <v1,v2>. 0 0 | b 1 1 | b 1 3 0 1 | b 0 1 | b 2 2 1 1 | b 0 0 | b 3 1 (b ,b ,b ):b 0 E 1 2 3 1 v1=(0,0,1), v2=(0,1,1) e b=(1,0,0) 4) Verifique que b não é combinação linear de v1 e v2. bE (b ,b ,b ) :b 0, 1 2 3 1 pois 1 0 é uma proposição falsa 5) Determine F=<v1,v2,b>. 0 0 1 | b 1 1 0 | b 1 3 0 1 0 | b 0 1 0 | b 2 2 1 1 0 | b 0 0 1 | b 3 1 F R3 Um conjunto {v1, v2,...,vn} de vectores de Rm diz-se linearmente independente se nenhum dos vectores é combinação linear dos outros. Se {v1, v2,...,vn} não é linearmente independente diz-se linearmente dependente. Observação: {v1} diz-se linearmente independente se v1≠0. Caso contrário, diz-se linearmente dependente. Exemplos: 1) {(0,0),(1,1)} é l.d.: (0,0)=0(1,1). Repare que (1,1) não é comb. l. de (0,0). 2) {(0,1),(1,1),(1,0)} é l.d.: (1,1)=1(1,0)+1(0,1). 3) V={v1,v2,v3,v4} em que v1=(1,0,1,1), v2=(0,1,2,1), v3= (2,-1,0,1), v4=(0,0,3,3). 1 0 1 1 0 2 0 1 0 2 0 1 0 2 0 1 0 2 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 2 0 3 0 2 2 3 0 0 0 3 0 0 0 3 1 0 1 1 0 2 1 0 2 1 0 2 1 1 0 1 1 0 1 1 2 0 0 2 2 0 0 0 1 1 3 1 1 0 0 1 1 1 3 1 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 v3 é c.l. de v1 e v2, logo de v1, v2 e v4 Como existem colunas sem pivot na matriz em escada resultante de A=[v1 v2 v3 v4], V é linearmente dependente. 4) V={v1,v2,v4} em que v1=(1,0,1,1), v2=(0,1,2,1), v4=(0,0,3,3). 1 0 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 2 3 0 2 3 0 0 3 0 0 3 1 3 0 1 3 0 0 3 0 0 0 v4 não é c.l. de v1 e v2 v2 não é c.l. de v1 A troca de colunas na matriz inicial não altera o nº de pivots na matriz em escada resultante. A v1 v2 v4 ... A´ com 3 pivots B v1 v4 v2 ... B´ com 3 pivots C v2 v4 v1 ... C´ com 3 pivots v2 não é c.l. de v1 e v4 v1 não é c.l. de v2 e v4 Como na matriz em escada resultante de A=[v1 v2 v4] todas as colunas têm pivot, V é linearmente independente. A troca de colunas na matriz inicial A=[v1 v2 v4] não altera o nº de pivots na matriz em escada resultante. Considere, por exemplo, o sistema homogéneo Ax=0. Geometricamente, é a intersecção de 4 planos que passam na origem de R3. Se trocarmos duas colunas em A, continuamos a ter a intersecção dos mesmos 4 planos e, portanto, o conjunto das soluções é o mesmo. Sejam V = {v1, v2,...,vn} e A v v ... vn 1 2 V é linearmente independente Todas as colunas da matriz em escada que resulta de A têm pivot O sistema homogéneo Ax=0 é determinado Chama-se característica de A, car A, ao nº de colunas pivot de A´. car A corresponde ao número máximo de vectores linearmente independentes de V. Nota: um conjunto de n vectores de Rm com n > m é linearmente dependente. (O sistema Amxnx = 0 é indeterminado com n > m.)