A FERRAMENTA QUE FALTAVA PARA O SUCESSO DO FEEDBACK! Nas empresas, o feedback é reconhecido como um instrumento fundamental para o desenvolvimento dos profissionais. Entretanto, poucos sabem realmente utilizá-lo de forma eficaz. No sentido literal, o termo feedback significa “realimentar”, ou “dar um retorno”. O seu principal objetivo é oferecer as informações necessárias para que as pessoas possam potencializar suas forças e superar suas fraquezas. Mas, será que a forma COMO você utiliza o feedback está baseada nesses significados? Recebendo feedback... Para quem está recebendo o feedback, a recomendação é: receba-o como se fosse um presente! Afinal você está recebendo a oportunidade de conhecer o impacto que causa nas pessoas e assim desenvolver cada vez mais sua performance. Portanto, o feedback deve ser visto como um presente que nos estimula a sermos pessoas ou profissionais cada vez melhores. E quando o feedback “presenteado” não é do seu agrado, como você costuma reagir? Várias pessoas ainda preferem justificar ou negar o feedback recebido, como uma forma de não demonstrar suas fraquezas. Neste caso, quem está recebendo o feedback prefere manter uma aparência superficial e não mexer nas feridas, a reconhecer seus erros e trabalhar para superá-los. Felizmente, muitas pessoas já entenderam os ganhos de adotar uma postura mais humilde e baseada na boa educação, que diz que sempre quando recebemos um presente, temos que agradecer e ainda acrescentar um sorriso como retribuição. Esse tipo de atitude favorece o crescimento contínuo de quem está recebendo o feedback, pois as outras pessoas constantemente estarão à vontade para fornecer-lhe outros feedbacks, que indicarão seus pontos de melhoria. É claro que, após receber o “presente”, e na ausência de quem o ofertou, o receptor deve avaliá-lo novamente para saber se realmente é possível utilizá-lo, ou se o melhor a fazer é guardá-lo ou descartá-lo. O mesmo ocorre com os feedbacks que por vezes devem ser deixados de lado porque realmente não são coerentes, ou não foram bem elaborados, mas isso deve ser feito somente depois de analisá-los profundamente, sem ressalvas ou defesas. Dando feedback... O feedback ofende ou causa desentendimento quando não é bem fornecido. E qual é, então, a melhor forma para dar feedback? É comum ouvir as pessoas dizendo frases como estas ao dar feedbacks: - Você Você Você Você Você é muito arrogante. é um bom funcionário precisa ser menos tático e mais estratégico. é um excelente gerente. é agressivo. As frases acima são julgamentos a respeito de alguém, são baseadas em referências e pontos de vista individuais e, por isso, possuem diferentes interpretações. O que é arrogante para você, pode não ser para mim. Como são opiniões pessoais, são passíveis de questionamentos, podem ser confirmadas ou discordadas e, dificilmente, têm um entendimento comum entre aquele que emite e aquele que recebe a mensagem. O feedback baseado em julgamentos não contribui para o crescimento das pessoas. Pelo contrário, pode subestimar e causar reações de recusa e contestação por parte de quem o recebe. Mas, como emitir feedbacks sem contaminá-los com julgamentos? Existe uma metodologia criada pelo “Center for Creative Leadership”, nos Estados Unidos, que impede todas as conseqüências desastrosas do feedback mal fornecido. O método pode ser resumido pela sigla SCI, que significa SITUAÇÃO COMPORTAMENTO IMPACTO. www.crescimentum.com.br | Av. Moema, 170 cj 102 - São Paulo - Tel. (11) 5051-0500 | Av. São Paulo, 172 - s.1606 Maringá - PR - Tel. (44) 3025-4276 SITUAÇÃO: é o primeiro passo a ser dado no feedback. Consiste em situar o receptor sobre o fato que está sendo tratado, através da descrição exata da ocasião em que o comportamento foi manifestado. Ou seja, qual foi a reunião, o projeto, o relatório, etc. Expressões como “sempre” ou “nunca” são descartadas. É comum ouvirmos a frase: “Não acho justo você me dizer que eu SEMPRE faço isso!”. Neste caso, o receptor se coloca de forma defensiva, afastando o emissor e, ao mesmo tempo, perdendo a oportunidade de receber novos feedbacks. Ex: Use sempre: Esta manhã, durante a reunião com os gerentes comerciais,... Ao invés de: Em toda reunião, sempre... COMPORTAMENTO: consiste em relatar as ações específicas que caracterizam o comportamento. Não inclui opiniões pessoais ou generalizações a respeito de traços de personalidade. A descrição do comportamento impede os questionamentos do receptor, pois o comportamento é completamente perceptível e é possível obter sua confirmação através de outras pessoas que o presenciaram. Quando o feedback não é baseado em comportamentos, o receptor se prende na busca por explicações que possam comprová-lo e não percebe o aprendizado que o emissor gostaria de ter transmitido. Ex: Use: ...você disse concordar comigo,... (acrescenta o “mas” e em seguida expressa o ponto de vista exatamente oposto). Ao invés de: ...você finge concordar comigo e depois fica contra todas as minhas idéias... IMPACTO: é a descrição das conseqüências mais expressivas causadas pelo comportamento que a pessoa evidenciou. Isto é, como as pessoas reagiram frente ao comportamento, os resultados obtidos, etc. Deve-se evitar exageros, generalizações e interpretações a respeito do impacto do comportamento como causador de determinados resultados. Ex: Use: ...tal comportamento impediu que eu indicasse seu nome para trabalhar como minha dupla novamente no próximo projeto. Ao invés de: ...você não é uma pessoa confiável e acredito que o melhor é mantê-lo afastado de mim. Vale ainda ressaltar que o feedback deve ser empregado a cada oportunidade, preferencialmente, logo após a execução do comportamento. Isso exige uma postura de acompanhamento freqüente. De nada valem programas de feedback altamente estruturados que ocorrem semestralmente ou anualmente. Isso é ainda pior se estiverem atrelados aos processos de avaliação de desempenho quantitativa da empresa, pois a tendência é que os receptores “lutem” para conquistarem notas cada vez mais altas e não necessariamente reflitam sobre seus comportamentos passados e os impactos que estes causam no futuro. Finalmente, ao dar feedback, é importante que o receptor termine com um plano de ação para o caso de se deparar novamente com situação semelhante. E o mais importante é que este plano de ação seja definido pelo próprio receptor, sendo que o emissor do feedback o inspira a pensar em alternativas criativas para obter sucesso da próxima vez. Caso contrário, o feedback não tem valor algum! As empresas precisam se atentar, urgentemente, para a qualidade e quantidade dos seus feedbacks, pois os mesmos são as ferramentas mais poderosas para mudanças de comportamento e desenvolvimento de seus profissionais. Cabe aos líderes quebrarem a cultura paternalista que permeia as ações voltadas para a prática do feedback, uma vez que este, quando bem aplicado, promove resultados extraordinários! Por que não experimentar? www.crescimentum.com.br | Av. Moema, 170 cj 102 - São Paulo - Tel. (11) 5051-0500 | Av. São Paulo, 172 - s.1606 Maringá - PR - Tel. (44) 3025-4276 Analú Ruggio [email protected] Consultora de desenvolvimento pessoal e profissional, é especialista em treinamentos comportamentais nas áreas de Liderança, Comunicação, Negociação, Relacionamento Interpessoal e Coaching. Atua como Coach na Crescimentum Coaching For Performane. Possui Certificação Internacional em Coaching pela Lambent do Brasil e também da Arte do Coaching. Practitioner e Trainer em Programação Neurolíngüística. Formada em Psicologia com especialização em Psicologia Organizacional pela Universidade FUMEC-BH/MG. Possui experiência em implantação do departamento de Recursos Humanos em empresas, sendo responsável pelo gerenciamento dos trabalhos do setor e alinhamento estratégico da gestão de pessoas com as metas da organização. Já atuou em consultorias de RH realizando serviço de Recrutamento & Seleção, Headhunting, Outplacement, Avaliação de Competências e Desempenho, Pesquisas de Clima Organizacional, Treinamentos In Company e Outdoors, Planejamento de Cargos e Salários. www.crescimentum.com.br | Av. Moema, 170 cj 102 - São Paulo - Tel. (11) 5051-0500 | Av. São Paulo, 172 - s.1606 Maringá - PR - Tel. (44) 3025-4276