Hiperglicemia Permissiva em recémnascidos de extremo baixo peso Permissive Hyperglycemia in Extremely Low Birth Weight Infants Hye Soo Yoo, So Yoon Ahn, Myung Sook Lee, Young Mi Han, Se In Sung, Yun Sil Chang, and Won Soon Park J Korean Med Sci 2013; 28: 450-460 Apresentação:Luisa Carolina Miranda Mendonça R3 neonatologia – HRAS/HMIB Coordenação: Fabiana de Alcântara Morais Altivo Paulo R. Margotto www.paulomargotto.com.br Brasília, 8 de maio de 2013 Consultem o artigo integral! Permissive hyperglycemia in extremely low birth weight infants. Yoo HS, Ahn SY, Lee MS, Han YM, Sung SI, Chang YS, Park WS. J Korean Med Sci. 2013 Mar;28(3):450-60 INTRODUÇÃO Hiperglicemia em recém-nascido (RN) de extremo baixo peso é a alteração mais comum do metabolismo da glicose A hiperglicemia tem sido associada à um aumento da morbimortalidade, incluindo hemorragia intraventricular e retinopatia da prematuridade, porém faltam estudos para determinar os melhores critérios diagnósticos e condutas Não há evidências que comprovem que a hiperglicemia isolada cause danos a esses RN de extremo baixo peso Embora a definição de hiperglicemia seja controversa, a maioria dos médicos acredita que glicemias menores que 200-216mg/dl não requerem intervenções. INTRODUÇÃO Possíveis efeitos da hiperglicemia são: diurese osmótica, desidratação, distúrbio hidroeletrolítico e dano cerebral associados a distúrbio osmolar Glicemias maiores que 360mg/dl podem causar distúrbios osmolares Tratamento precoce com insulina para controle da glicemia pode ser nocivo aos RN de extremo baixo peso É mais prático a observação das alterações clínicas induzidas pela hiperglicemia e hiperosmolaridade do que observar apenas um número isolado para a identificação da hiperglicemia INTRODUÇÃO A avaliação da hiperglicemia e hiperosmolaridade incluem diurese, glicosúria, eletrólitos e glicemia Estes dados associados podem proporcionar diretrizes mais corretas para o controle e tratamento da hiperglicemia do que medidas isoladas da glicemia Baseando-se no fato de que as alterações osmóticas se desenvolvem com glicemias maiores que 360mg/dl, a estratégia da hiperglicemia permissiva que tolera glicemias de até 300mg/dl, se não houver outros sintomas, tem sido aplicada aos PT extremos INTRODUÇÃO A hiperglicemia permissiva pode ajudar a evitar reduções na oferta de glicose/calorias aos RN pré-termos de extremo baixo peso e evitar tratamento precoce com insulina em RN com glicemias entre 201-299, sem alterações clínicas Neste estudo foi analisado retrospectivamente os RN de extremo baixo peso durante seus primeiros 14 dias de vida A hipótese é de que hiperglicemia permissiva de até 300mg/dl durante os primeiros 14 dias de vida, não é prejudicial à esses RN de extremo baixo peso e não causa danos nem a curto e nem a longo prazo Compararam-se pré-termos de extremo baixo peso com glicemias entre 201-299mg/dl durante os 14 primeiros dias, que não receberam tratamento com pré-termos de extremo baixo peso com glicemias normais (menor que 200mg/dl) e pré-termos de extremo baixo peso com glicemias acima de 300mg/dl que foram tratados INTRODUÇÃO Manejo da hiperglicemia neonatal Estratégia para o manuseio da hiperglicemia nos recém-nascidos de extremo baixo peso MATERIAIS E MÉTODOS Foram revisados retrospectivamente 260 prontuários de recém-nascidos com menos de 1000g ao nascer internados na UTIN do Samsung Medical Center entre 01/2004 e 12/2008 Em todos esses RN foram medidos glicemias capilares pelo menos uma vez ao dia, durante os primeiros 14 dias de vida Os RN foram classificados de acordo com a maior glicemia medida e se houve necessidade de tratamento com redução de TIG (taxa de infusão de glicose) e/ou insulinoterapia MATERIAIS E MÉTODOS Grupo normoglicêmico (N): glicemia menor que 200mg/dl Grupo da hiperglicemia permissiva (P): glicemia entre 201-299mg/dl sem tratamento Grupo da hiperglicemia tratada (T): glicemia acima de 300mg/dl que receberam insulinoterapia MATERIAIS E MÉTODOS Taxa Hídrica: 60 a 130ml/kg/dia Infusão de glicose inicial foi de 68g/kg/dia com aumento de 1,5-2g/kg/dia até o máximo de 17-18g/kg/dia Aminoácidos a 10% e lipídios 20% na dose de 0,5g/kg/dia iniciados no 2º ou 3º dia, até o máximo de 3g/kg/dia No 1º dia de vida foi iniciado uma solução de glicose a 10-15% e modificada para Nutrição Parenteral Total (NPT) no 2º ou 3º dia MATERIAIS E MÉTODOS Glicosúria foi medida de 3 a 6 vezes/dia pelo “dipstick test” – traços, 1+, 2+, 3+ e 4+ correspondem aos níveis de glicose urinária de 100, 250, 500, 1000 e 2000mg/dl Diurese osmótica pode ser induzida por uma carga significativa de glicose urinária Na presença de glicosúria deve-se medir a glicemia antes de partir para a redução da oferta de glicose MATERIAIS E MÉTODOS Se o teste da glicosúria mostrar 3+ em duas ocasiões ou 4+ em uma, deve-se medir a glicemia Se › 300mg/dl – tratar Se entre 201-299 sem sintomas – observar Se entre 201-299 com sintomas – repetir teste da glicosúria MATERIAIS E MÉTODOS Foram analisadas as seguintes variáveis: Idade gestacional (IG), peso, sexo, Apgar, uso de corticoide pré-natal, Síndrome do desconforto respiratório (SDR), mortalidade após 28 dias, cirurgias e sepse nos primeiros 14 dias de vida Todos os RN receberam surfactante Dados nutricionais incluíram tanto NPT e nutrição enteral Diurese e variabilidade do peso BUN(blood ureic nitrogen*), Creatinina, Na+ e K+ foram dosados nos 7 e 14º dias Peso e velocidade de crescimento foram medidos nos 7, 14 e 28º dias *BUN x 2.14=uréia MATERIAIS E MÉTODOS Displasia broncopulmonar, hemorragia intraventricular, leucomalácia periventricular, enterocolite necrosante, retinopatia da prematuridade Foram analisados a longo prazo a presença de deficiência auditiva e paralisia cerebral MATERIAIS E MÉTODOS Análise Estatística SPSS 17 foi utilizado para todas as análises estatísticas Para variáveis contínuas com distribuições normais, foi utilizada ANOVA Variáveis nominais foram comparadas utilizando o teste do qui-quadrado Análises de regressão logística e linear multivariada para as variáveis independentes categóricas e contínuas, rspectivamente Para comparar correlações entre variáveis contínuas foi utilizada a análise de Spearman A coleta de dados e estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Samsung Medical Center, que concedeu a dispensa dos requisitos de consentimento informado para este estudo Incidência de hiperglicemia Diagrama mostrando a distribuição dos recém-nascidos de extremo baixo peso de acôrdo com o diagnóstico e tratamento durante os primeiros 14 dias de vida RESULTADOS Dados demográficos Dados demográficos Observem a menor idade gestacional nos grupos P e T, assim como peso o nascer e Apgar e maiores morbirmortalidades nos grupos P e T RESULTADOS Dados demográficos Odds ratios dos Dados demográficos ajustados para a idade gestacional e peso Observem que houve maior uso de antibióticos no grupo P e T em relação ao grupo N Grupo N: glicemia <200mg/dl (GRUPO normal) Grupo P: glicemia entre 201-299mg/dl (HIPERGLICEMIA PERMISSIVA) Grupo T: glicemia ≥300mg% (Grupo tratado) RESULTADOS Oferta calórica: Nutrição durante os primeiros 14 dias de vida. Ingesta de ,em (A) glicose total; em (B), aminoácidos; (C) Calórica em cada grupo. *P<00.5 vs N. †P<0.05 vs P Observem a menor ingesta de aminoácidos nos grupos P e T RESULTADOS Diurese, oferta hídrica e perda e ganho de peso Balanço hídrico durante os primeiros 14 dias de vida. Débito urinário (A); ingesta hídrica (B); perda de peso e recuperação (C). *P<00.5 vs N. †P<0.05 vs P RESULTADOS Sódio, potássio, BUN e creatinina Eletrólitos e função renal durante os primeiros 14 dias de vida; sódio sérico (A); potássio sérico (B);blood urea nitrogen (C); e creatinina sérica (D). *P<00.5 vs N. †P<0.05 vs P RESULTADOS Diurese/ glicemia/ glicosúria Correlação Spearman entre níveis de glicose sanguínea,débito urinário e dipstick test (glicosúria). urinário e glicemia (A); dipstick test e glicemia (B); (C) débito urinário e pico de dipstick test. *P<0.005 entre cada dipstick test RESULTADOS Velocidade de crescimento Velocidade de crescimento aos 7,14 e 28 dias de vida *P<00.5 vs N. †P<0.05 vs P Observem maior crescimento no grupo P aos 28 dias! RESULTADOS Resultados adversos Mortalidade e maiores morbidades por grupos No entanto..... A análise multivariada ajustada para a idade gestacional, peso ao nascer, doença da membrana hialina (RDS) e suporte ventilatório, grande cirurgia, uso de antibióticos em 14 dias, não mostrou diferenças significativas nos desfechos adversos entre os grupos Odds ratio ajustada para mortalidade e grandes morbidades RESULTADOS Resultados adversos a longo prazo Neurodesenvolvimento e escores de Bayley das crianças que saíram de alta Observamos menor escore de Bayley no grupo T DISCUSSÃO Não existe uma definição padrão de hiperglicemia para RN de extremos baixo peso, o que pode afetar a incidência Neste estudo, apenas 15% dos RN permaneceram normoglicêmicos (glicemia ≤ 200 mg/dL) durante os primeiros 14 dias de vida Hiperglicemia ocorreu em 80% dos recémnascidos de muito baixo peso, durante a primeira semana de vida, o que apoia a conclusão de que a hiperglicemia é a distúrbio da glicose mais comum nos recémnascidos de extremo baixo peso DISCUSSÃO Os tecidos dos prematuros são mais resistentes à insulina, comprovado pelo fato de que após o nascimento RN pré-termos possuem glicose plasmática e níveis de insulina maiores que dos RN a termo Além disso, os recém-nascidos prematuros produzem glicose continuamente, mesmo com elevado nível de glicose e de insulina Chacko et al* relataram que a gliconeogênese é um processo contínuo que não é afetado pela infusão de glicose ou concentrações de glicose e insulina nos RN de extremo baixo peso *Referência não citada (está trocada por outra!) Gluconeogenesis is not regulated by either glucose or insulin in extremely low birth weight infants receiving total parenteral nutrition. Chacko SK, Ordonez J, Sauer PJ, Sunehag AL. J Pediatr. 2011 Jun;158(6):891-6 Artigo integral! DISCUSSÃO Assim, devido à elevada resistência à insulina nos RN de extremo baixo peso, a infusão de insulina para manter um alvo glicêmico frequentemente resulta em hipoglicemia e tratamento precoce com insulina está associado com o aumento da mortalidade Com base no achado anterior, seria mais prático manter a glicemia em uma faixa mais permissiva priorizando a nutrição e ingesta calórica, que é um dos fatores mais importante no desenvolvimento neuronal Baseando-se no fato de que uma glicemia acima de 360 mg/dL é necessária para desenvolver uma alteração osmótica significativa, a estratégia da hiperglicemia permissiva em permitir glicemias até 300 mg/dL foi aplicada neste estudo DISCUSSÃO Dada a incerteza em relação ao limite superior de segurança da glicemia em em RN de extremo baixo peso, deve-se monitorizar certas alterações clínicas induzidas pela hiperglicemia, ao invés de valorizar apenas um valor numérico isolado, afim de tomar decisões sobre a insulinoterapia Os resultados adversos da hiperglicemia neonatal são ligados ao aumento da osmolaridade do sangue, como a diurese osmótica, desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos e o dano cerebral No presente estudo não foi observada diurese osmótica no grupo de hiperglicemia permissiva, o que está de acordo com dados da literatura DISCUSSÃO A incidência de complicações relacionadas com a hiperglicemia não foi diferente entre N eP Diurese nos primeiros 14 dias de vida não foi significativamente diferente entre P e N, e era ainda mais baixa em T nos dias 9 – 13 Não houve correlação significativa entre a glicemia e a diurese no dia 7 Embora a glicemia tenha sido correlacionada com o grau de glicosúria, este não foi significativamente correlacionado com a diurese no presente estudo DISCUSSÃO O grau de glicosúria não pode ser um marcador direto de diurese osmótica, pois a glicose é apenas um dos vários solutos excretados na urina Glicosúria de 2000 mg/dL ou 4+ adiciona apenas 160 mOsmol/kg a osmolaridade da urina, ao passo que a osmolaridade da urina normal é de 80-400mOsmol/kg Se a osmolaridade urinária não exceder a capacidade de concentração máxima tubular, não causaria uma diurese osmótica, porque os rins podem controlar a excreção de água e solutos de forma independente Os dados mostram que hiperglicemia permissiva até 300 mg/dL, sem tratamento com insulina não foi associada com alterações significativas da osmolaridade ou diurese osmótica em RN de extremo baixo peso DISCUSSÃO Neste estudo, a incidência de hiperglicemia mostrou dois picos: um pequeno pico no dia 3, e um segundo pico que se manteve do dia 7 a 11 Os achados de menor idade gestacional em T e menor peso de nascimento em T e P em relação à N sugerem que o primeiro pico se deve a imaturidade do metabolismo da glicose, que pode ser explicado por uma supressão inadequada da gliconeogênese, defeito de processamento pró-insulinico e resistência periférica à insulina O segundo pico hiperglicêmico foi significativamente associado com cirurgias e sepse, o que sugere que a secreção induzida pelo estresse de glicose, hormônios contra-reguladores e citocinas podem contribuir para a hiperglicemia DISCUSSÃO O volume da alimentação entérica nos dias 7 e 14 foi menor no grupo P e T em relação ao N, o que pode estar relacionado com a hipótese de que a alimentação entérica estimula a função pancreática e secreção de insulina O uso de corticóide pré-natal e RN PIG não foram associados com hiperglicemia neste estudo Hiperglicemia neonatal está associada com aumento da mortalidade e morbidade, incluindo hemorragia intraventricular e retinopatia da prematuridade Este estudo não mostrou diferenças significativas na mortalidade, morbidade ou resultados adversos no desenvolvimento neurológico entre PeN DISCUSSÃO Para avaliar com precisão o prognóstico a longo prazo da hiperglicemia, um estudo prospectivo seria necessário para descartar o viés induzido pela perda do follow-up O tratamento com insulina tem sido defendido por garantir uma maior tolerância de calorias parenterais adicionais e promover o crescimento Porém um estudo37 verificou que o anabolismo proteico em resposta a hiperinsulinemia euglicemica não ocorreu nos RN de extremo baixo peso DISCUSSÃO Neste estudo foi administrada insulina para tratar glicemias ≥ 300 mg/dL, naqueles sem melhora com a diminuição da taxa de infusão de glicose. No entanto, a glicose e ingesta calórica nos dias 2, 4 e 7 foram significativamente menores no grupo T do que em P ou N, sugerindo que a hiperglicemia desempenha um papel importante na limitação da ingesta calórica, mesmo com o tratamento com insulina O grupo T, que recebeu a insulina, apresentou hipoglicemia (glicemia <40 mg / dL) em 4% dos pacientes Neste estudo 38% dos RN de extremo baixo peso com glicemia entre 201 e 299 mg/dL, sem tratamento com insulina, não apresentaram resultados adversos, incluindo diurese osmótica DISCUSSÃO Parece haver poucos benefícios clínicos no uso precoce e rotineiro de insulinoterapia em RN de extremo baixo peso Resultados sugerem que o tratamento desnecessário com insulina poderia ser evitado com uma melhor definição de hiperglicemia Hiperglicemia permissiva de até 300 mg/dL, sem tratamento com insulina, durante os primeiros 14 dias de vida, não está associada com a ocorrência de diurese osmótica ou aumento da mortalidade ou morbidade, sugerindo que ela não seja prejudicial aos PT extremos ABSTRACT REFERÊNCIAS EM FORMA DE LINKS 1. 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Hiperglicemia e morbimortalidade nos recém-nascidos prematuros extremos Autor(es): Kao LS et al; LM Soghier e LP Brion (Editorial). Apresentação: Alexandra Barreto, Ruiter Arantes, Gustavo Gomes e Paulo R. Margotto Os níveis glicêmicos maiores que 180mg/dl foram mais significativos que os menores que 120mg/dl quando relacionados ao desenvolvimento de Eenterocolite Necrosante (OR:7,40 e IC95%:1,52 a 36,1); RN que desenvolveram Enterocolite Necrosante com hiperglicemia persistente na primeira semana tiveram níveis elevados de mortalidade (OR:13,1 e IC95%:1,2 a 143); HIPERGLICEMIA E RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Hiperglicemia, insulina e lenta velocidade de crescimento podem aumentar o risco de retinopatia da prematuridade Autor(es): JW Kaempf, AJ Kaempf, Y Wu, M Stawarz et al. Apresentação: Marília Menezes, Otávia Araújo, Rafael Cavalcante, Paulo R. Margotto Revisão gráfica retrospectiva de 372 crianças nascidas com IG < 30 semanas demonstrou que a média mais alta de glicemia, o número e a severidade dos episódios de hiperglicemia e insulina exógena usada nos primeiros 29 dias de vida são todos preditivos de um aumento no risco de retinopatia da prematuridade (ROP) moderada e severa A análise de regressão multivariada ajustada aos principais fatores de risco confundidores para retinopatia da prematuridade, como idade gestacional, sexo, peso de nascimento, restrição de crescimento e marcadores de doença pulmonar, indicam que glicemia capilar elevada e uso de insulina estão significativamente associados a retinopatia da prematuridade (ROP) Controle glicêmico rigoroso com insulina em bebês prematuros hiperglicêmicos: um estudo controlado aleatório Alsweiler JM et al. Apresentação:Rodrigo Coelho Moreira, Fabiana Márcia de Alcântara Morais, Paulo R. Margotto A terapia com insulina tem se tornado comum nas Unidades Neonatais com muito poucos dados para apoiar a sua efeitos colaterais potencialmente prejudiciais Este estudo constatou que manter o controle glicêmico rigoroso com insulina em prematuros hiperglicêmicos resultou em um maior ganho de peso e crescimento do PC. Porém, com um crescimento linear menor, sugerindo uma aumento da massa gorda e não da magra. Aumento da incidência de hipoglicemia potencialmente prejudicial:mais hipoglicemia neonatal induzida por insulina pode ser mais prejudicial que a hipoglicemia secundária a baixa disponibilidade do substrato, porque a insulina também afeta o metabolismo da gordura e proteína, impedindo produção alternativa combustíveis cerebrais. Com base nesses dados os autores relatam que a infusão de insulina pode não ser um tratamento seguro e eficaz. USO DE INSULINA PRECOCE AUMENTA A MORTALIDADE! Insulina precoce nos recém-nascidos de muito baixo peso Autor(es): Beardsall K, Vanhaesebrouck S, Ogilvy-Stuart AL et al. Apresentação: Marília Aires Early insulin therapy in very-low-birth-weight infants. ARTIGO INTEGRAL Beardsall K et al. N Engl J Med. 2008 Oct 30;359(18):1873-84. ◦ Diferença significante na mortalidade nos primeiros 28 dias de vida, mesmo corrigidos fatores de confusão (peso de nascimento e idade gestacional): (P = 0.04); maior no grupo tratado precocemente com insulina (11.9% x 5,75%). Então, como evitar e tratar a HIPERGLICEMIA nos prétermos extremos? AMINOÁCIDOS NA PRIMEIRA PRESCRIÇÃO! No intuito inicial de fornecer calorias e nitrogênio para prevenir o catabolismo e balanço de nitrogênio positivo, iniciar aminoácidos (AA) na primeira prescrição (1,5g/kg). Estes RN apresentam uma perda protéica de 0,5-1g/Kg/dia, causando significante retardo do crescimento e outras morbidades, importantes como a hiperglicemia que resulta de uma diminuição da secreção de insulina em resposta à queda da concentração plasmática de aminoácidos responsáveis pela estimulação da insulina. Outra forma de entender como a administração precoce de AA previne a hiperglicemia! Apesar da grande síntese protéica nesta idade, a adequação do AA excede ao gasto para a síntese protéica e este excesso de AA é oxidado produzindo energia e esta oxidação é documentada pela identificação da uréia no metabolismo destes fetos. Quando o cordão umbilical é ligado ao nascer, há um corte abrupto de oferta de AA a esta criança e isto leva a um estado que a literatura chama de inanição. Este estado de inanição neste RN prematuro provoca uma produção exagerada de glicose. Por muitos anos, a hiperglicemia foi interpretada como intolerância destes RN a infusões de glicose. Em 2002, Sunehag AL e Haymond MW documentaram cientificamente que não havia um aumento de tolerância à glicose e sim a não necessidade da produção exagerada de glicose, pois não havia inanição quando se acrescentava precocemente AA ao esquema de nutrição parenteral do nosso RN pré-termo extremo. Boher, 2007 USO DE AMINOÁCIDOS:NA PRIMEIRA PRESCRIÇÃO HIPERGLICEMIA (Boher, 2007; Sunehag, 2002, Kaempf, 2010) Metabolismo fetal:Aminoácido (AA) grama fetal>AA grama materno -fonte energética -síntese proteica (3,8g/kg/dia:700-1000g Nascimento -corte abrupto da oferta de aminoácidos da produção insulina hiperglicemia (risco de ROP/ECN) INANIÇÃO produção exógena de glicose (intolerância a glicose?) -sem produção exógena de glicose Com o AA -melhora a hiperglicemia iatrogência do prematuro Distúrbios metabólicos do recém-nascido Autor(es): Paulo R Margotto , Albaneyde F Formiga HIPERGLICEMIA TRATAMENTO O uso precoce de aminoácidos, já no primeiro dia de vida Glicemia > 150 mg%, reduzir TIG (taxa de infusão de glicose) Glicemia > 200 mg%, reduzir TIG mais rapidamente a 2 mg/kg/min. Glicemia > 250 mg% persistente: Infusão contínua de insulina: 0,05 – 0,1 U/kg/h (controlar glicemia cada 1 a 2 horas) –{10 UI/kg em 100 ml SF 0,9% e infundir 1 ml/h da solução = 0,1 UI/kg/hora} –{5 UI/kg em 100 ml SF 0,9% e infundir 1 ml/h da solução = 0,05 UI/kg/h} Acompanhar rigorosamente a glicemia e o potássio sérico (risco de hipocalemia). O uso da insulina permite a manutenção da ingesta calórica, enquanto o tratamento com apenas a redução da oferta de glicose, associa-se com deprivação calórica prolongada. Suspender terapêuticas, se não essenciais, como aminofilina ou fototerapia e berço de calor radiante (estes exigem maior quantidade de líquidos contendo glicose). E quanto à HIPOGLICEMIA ? Como definimos? Existem controvérsias a respeito dos limites de euglicemia. Atualmente, mais importante que definir um nível crítico, é manter os valores da glicose mais elevados (glicose sangüínea > 50 mg%, que equivale a uma glicemia plasmática de 60mg%) garantindo um nível seguro para prevenir possível comprometimento do SNC (a hipoglicemia está associada com aumento do fluxo sanguíneo cerebral em 2 a 3 vezes). Margotto, Formiga, 2013 HIPOGLICEMIA E LESÃO CEREBRAL Hipoglicemia neonatal e lesão cerebral occipital Autor(es): Peter M. Filan;Terrie E. Inder;Tergus J. Cameron;Michael J. Apresentação: Fabiana Márcia de Alcântara Morais A lesão em região occipital associado a hipoglicemia tem como consequências a longo prazo a instabilidade,epilepsia e diminuição da visão. A etiologia é desconhecida,no entanto o hiperinsulinismo transitório pode ser um fator de risco independente. Descrição de 4 casos de hipoglicemia,que levaram a lesão cerebral principalmente em região occipital. O que foi descrito nestes casos, já havia sido demonstrado previamente. No entanto,esta amostra foi pequena, e cada RN teve períodos prolongados e repetidos de hipoglicemia. 3 dos 4 casos tiveram diagnóstico definitivo de transtorno de hiperinsulinismo. LESÃO CEREBRAL E HIPOGLICEMIA NEONATAL Traill Z, Squier M, Anslow P.Related Articles, Links Brain imaging in neonatal hypoglycaemia. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 1998 Sep;79(2):F1457. (ARTIGO INTEGRAL!) Segundo Traill e cl é possível diferenciar a lesão cerebral associada com hipoglicemia neonatal da lesão cerebral associada com a isquemia hipóxica cerebral por meio de estudo de imagens. Na hipoglicemia ocorre um predomínio do envolvimento occipital sugerindo que a lesão cerebral hipoglicêmica não é o resultado de isquemia cerebral causada pelas convulsões secundárias. Na lesão por isquemia hipóxica, o envolvimento predominante são as áreas “watershed” (divisor das águas) parassagitais, envolvendo as regiões frontal e parieto-occipital. Consulte os 2 casos relatados pelos autores de lesão cerebral por hipoglicemia neonatal severa e prolongada com convulsões. HIPOGLICEMIA RESISTENTE Se for uma hipoglicemia resistente, procure causas, como a interrupção do acesso venoso, verificar se está em um ambiente neutro, tratar a acidose, a sepse; avalie a possibilidade do uso de hidrocortisona (aumenta a glicemia por indução de enzimas gliconeogênicas por 2-3 dias; não havendo resposta temos a opção do uso do glucagon (mobiliza glicogênio hepático), e também do diazóxido (suprime a produção de insulina), MAS JAMAIS SUSPENDE A NUTRIÇÃO PARENTERAL OU DIMINUIR A OFERTA DE AMINOÁCIDOS (não conhecemos evidência de que diminuir aminoácido com o objetivo, teoricamente falando de produzir inanição, seja uma boa prática para tratar hipoglicemia!). Considerar maior oferta de lipídios nesta situação ( cuidado com muita glicose endovenosa: risco de produzir mais CO2 e piorar o sistema ventilatório). Com menor aporte proteico vamos ter mais displasia broncopulmonar (doença inflamatória que leva a proteólise, segundo colocou para todos nós agora em Belo Horizonte o Dr. Wiliam Ray).OS RN entre 24 semanas e 30 Margotto, PR semanas precisam de 3,6 a 4,8g/kg/de proteina! Hipoglicemia Neonatal Autor(es): William Ray (EUA) (2004) Se clínica, 200mg/kg de glicose (2 ml/kg de glicose a 10%) e manter infusão endovenosa continua de glicose (8mg/kg//min). Se a hipoglicemia persistir baixo 24-36 horas, usar o corticosteróide (hidrocortisona na dose de 5-15mg/Kg/dia ou prednisona: 2mg/Kg/dia) Este diminui a utilização de glicose e aumenta a gluconeogênese. Quanto ao glucagon: estimula a glicogenólise. Não recomendo, pois a glicose sobe muito rapidamente com aumento da produção de insulina e o problema não se resolve. Se a hipoglicemia persistir por 3-4 dias, usar o diazóxido. Este inibe o canal de potássio e a ativação da secreção de insulina pelas células beta pancreáticas. Se não responder, agregar somatostatina de ação prolongada. Finalmente, se houver um diagnóstico de hiperinsulinismo persistente, fazer pacreatectomia parcial ou total. RN em hipoglicemia persistente, passar para a nutrição parenteral. Comecei a palestra falando que a hipoglicemia nos confunde muito e é um problema desde 1937. Gostaria de encorajar a todos vocês a usar valores de glicemia mais altos para que não tenhamos mais que falar de hipoglicemia. Distúrbios metabólicos do recém-nascido Autor(es): Paulo R Margotto , Albaneyde F Formiga Como conduzimos a hipoglicemia HIPOGLICEMIA SINTOMÁTICA AGUDA Push somente na presença de clínica, principalmente apnéia, convulsão: 200 mg/kg de Glicose em 1 minuto, que é igual a 2 ml de Glicose a 10% diluído em água destilada; manutenção: com Glicose a 10%, na velocidade de 5 a 8 mg/Kg/min: 0,05 a 0,08 X peso (kg) X 1440 = quantidade de ml de glicose a 10% que deverá correr em 24 horas. HIPOGLICEMIA ASSINTOMÁTICA Perfusão venosa com Glicose, na velocidade de 4-8 mg/kg/min (RN prematuro: 4-6mg/Kg/min Importante: no tratamento da Hipoglicemia: reduzir os gastos energéticos (tratar a septicemia, corrigir a acidose, propiciar ambiente térmico neutro). Se a glicemia persistir menor que 50 mg%, 6 horas após, introduzir Hidrocortisona (aumenta a glicemia por indução das enzimas gliconeogênicas), na dose de 10mg/kg/dia – 12/12 horas, EV, durante 2 a 3 dias ou Prednisona: 2 mg/kg/dia – VO, podendo ser suspenso abruptamente. Não havendo resposta, Glucagon (aumenta a glicemia por mobilizar glicogênio hepático): ataque: 0,2 mg/kg - EV ou IM (máximo: 1 mg) e manutenção: 2 a 10 mcg/kg/h. O uso do glucagon pode fazer com que a glicose suba muito rapidamente, com aumento da produção de insulina e o problema não se resolve. Há risco de hiponatremia e trombocitopenia. Se persistir a hipoglicemia: Diazóxido: 10 – 15mg/kg/dia – VO – 8/8 horas (suprime a secreção pancreática de insulina): indicado nos casos de hiperinsulinismo grave, como adenoma de pâncreas. OBRIGADO! Dra. Luisa C. Miranda Mendonça, Dra, Érika Ibiapina, Dra. Fabiana Alcântara Morais Altivo, Dr. Paulo R. Margotto