Profa. Dra. Ana Elizabete Silva de tamanho:verificar a replicação DNA G2 Estapas da Proliferação Celular: Estímulo mitogênico: ligação do fator de crescimento-receptor Ativação do receptor de fator de crescimento ativa proteínas transdutoras de sinal de tamanho: crescimento da célula antes da replicação G1 Ciclo celular normal e pontos de checagem: -os eventos do ciclo celular ocorrem em uma ordem fixa -Deve ativar enzimas no tempo correto e desativálas logo após o término do processo -deve assegurar que cada estágio do ciclo tenha terminado antes de iniciar o próximo Transmissão do sinal pelas proteínas de transdução de sinal para o núcleo Indução e ativação de fatores de transcrição iniciam trasncrição DNA Progressão G1-S divisão celular Caminhos da célula durante a divisão celular Controle do Ciclo Celular Ciclinas: varia de concentração de maneira cíclica durante o ciclo celular (↑ intérfase e ↓ mitose) → não possuem atividade enzimática por si. -função: ativar as Cdk Proteíno-quinases: ativadas ciclicamente → fosforilação → transferência de um grupo fosfato do ATP → aa na proteína alvo (treonina, serina) Ciclina A-Cdk2 Ciclina A Cdk4 Cdk2 Ciclina D Quinases dependentes de ciclinas: (Cdk) → são ativadas após Ciclina D-Cdk4 fosforilação pelas ciclinas → conduzem o ciclo celular pela fosforilação de proteínas alvo para progressão das células no ciclo celular Regulação das CDK pela degradação das ciclinas Controle do Ciclo Celular Proteínas Inibidoras de Cdk: -se algum estágio do ciclo celular for retardado o sistema controle atrasa a ativação do estágio seguinte → ação de proteínas que podem parar o ciclo celular nos pontos de checagem → inibidores de Cdk) bloqueiam a montagem ou atividade dos complexos de Ciclina-Cdk -famílias Cip/Kip: p21, p27 e p57 e INK4/ARF : p16 e p14 -Ponto de checagem G1: regulado pela proteína p53 → estimula a transcrição de um gene responsável por uma proteína inibidora de Cdk → p21 → liga-se ao complexo ciclina-Cdk de fase S → bloqueando sua ação Como a p53 bloqueia o Ciclo Celular Controle do Ciclo Celular Decisões no Ponto de Checagem G1: -Parar ou Continuar divisão: diferente da pausa em G1-S para acertos da célula como reparo -a célula pode progredir para completar um outro ciclo celular -pode parar temporariamente até atingir condições corretas -ou retirar-se do ciclo totalmente e entrar em G0 (dias , semanas ou anos): Ex.: células nervosas e músculo esquelético não sofrem divisão → entram em G0 → desaparecimento de Cdk e ciclinas -células hepáticas: sofrem divisão uma vez a cada 1-2 anos -células epiteliais do intestino: dividem-se mais de 2 vezes por dia -Após G1: avança ciclo celular rápido: 12-24horas Proliferação Celular: Fatores de Crescimento Proliferação Celular: controlada, cada célula sofre divisão apenas quando necessário → crescimento ou reposição Sinal químico estimulador → Fator de Crescimento Exemplos: PDGF: fator de crescimentos de plaquetas FGF: fator de crescimento de fibroblastos EGF: fator de crescimento epidérmico HGF: fator de crescimento de hepatócitos Ligam-se a receptores específicos da membrana celular → estimulam o crescimento e divisão celular Proliferação Celular Estimulada pelos Fatores de Crescimento Proliferação Celular Normal x Descontrolada (Oncogene) BASE MOLECULAR DO CÂNCER Base Genética do Câncer - Oncogenes Mutações gênicas - Genes supressores de tumor - Genes de reparo do DNA Câncer Desregulação do ciclo celular Proliferação celular descontrolada MUTAÇÕES GÊNICAS E CÂNCER A- Genes que controlam o ciclo celular e apoptose: Proto-oncogenes : ativação do ciclo celular proliferação celular Genes supressores: bloqueio do ciclo celular: perda de função proliferação celular B- Genes de reparo do DNA: mutações em genes celulares (oncogenes e genes supressores) INSTABILIDADE GENÔMICA CLASSES DE GENES ASSOCIADOS COM O CÂNCER Décadas 70-80: estudo citogenético em tumores sólidos identificação de cromossomos e regiões cromossômicas diferentes alterações •Perda: deleção monossomia •Ganho: duplicação, amplificação trissomia, poliploidia •Relocação: translocação inversão inserção t(9;22): LMC t(8;14): Linfoma de Burkitt t(11;22): sarcoma de Ewing t(3;8): adenoma pleomorfo CULTURA CELULAR E BANDA G LESÕES RETARDAM PROGRESSÃO DO CICLO CELULAR Reparo do DNA Bloqueio do Danos DNA ciclo celular (Checkpoint) Proteína ATM Apoptose Identifica lesão no DNA Sinal p/ p53 → Ativar Genes Reparo DNA Esquema geral para mecanismos de oncogênese: -pela ativação de proto-oncogene, -mutação ou perda de genes supressores tumorais, -ativação de genes anti-apoptóticos ou perda de genes pró-apoptóticos O QUE SÃO ONCOGENES? Proto-oncogene: genes promotores do crescimento e diferenciação celulares contraparte normal de um oncogene (sem mutação). Mutação Dominante Ganho de função Oncogene: genes mutados cuja expressão alterada estimula a proliferação celular de forma anormal. Quais são as funções dos produtos dos oncogenes? componentes da maquinaria que coordenam o ciclo celular: estimulam a proliferação celular: •fatores de crescimento •receptores •transdutores de sinais •fatores de transcrição Oncogenes frequentemente alteram a função das vias dos fatores de crescimento Fatores de crescimento: super produção crescimento continuado. Ex.: TGF-a, PDGF, HGF, FGF Receptores: mutação ou amplificação de genes que codificam receptores aumenta a sinalização. Ex.: ErbB-1,2, c-MET Transdução de sinal: mutações em genes que codificam mensageiros secundários. Ex.: Ras, Raf, ABL induz ativação constitutiva e promove o crescimento. Fatores de transcrição : mutação induz ativação constante de genes imediatos e crescimento celular. Ex.: Jun, Fos, c-MYC COMO OS ONCOGENES TORNAM-SE ATIVADOS E CAUSAM CÂNCER EM CÉLULAS HUMANAS? •Mutação de Ponto: proteína estrutural e funcionalmente aberrante •Aberrações Cromossômicas (Rearranjos Cromossômicos): proteína quimérica ou expressão elevada •Amplificação Gênica: super expressão de proteína estruturalmente normal •Inserção de DNA viral: inserção de oncogenes-virais MUTAÇÃO DE PONTO: ONCOGENE H-RAS •Mutação do aminoácido 12: glicina valina (câncer bexiga, mama, cólon) •Causa mudança na conformação da proteína ras que não pode converter GTP GDP, que permanece ativado induzindo a proliferação celular progressão para o câncer Ras inativa Ras ativa GTP GDP x Oncoproteína bloqueada: sinal permanece ligado – ativa continuamente a quinase seguinte MODELO DE AÇÃO DO GENE RAS REARRANJOS CROMOSSÔMICOS • Espressão desregulada de proto-oncogenes Translocação cromossômica: Leucemia mielóide crônica: t(9;22)(q34;q11) proteína quimérica (truncada) abl/bcr atividade de quinase aumentada REARRANJOS CROMOSSÔMICOS Linfoma de Burkitt: t(8;14): gene c-myc é ativado expressado em níveis elevados contribue para o câncer AMPLIFICAÇÃO Aumento do número de cópias (dezenas-centenas de vezes) de oncogenes (erros de replicação do DNA): c-Myc, Her-2/Neu, CCND1 Double minutes (DM): DNA circular extracromossômico Regiões Homogeneamente Coradas (HSR): intracromossômico GENES SUPRESSORES DE TUMOR •Regulam negativamente o crescimento celular e desenvolvimento do tumor: quando mutados ou deletados o controle do ciclo celular é perdido. Padrão Recessivo Perda de Função •Experimentos com fusão celular: células normais x células tumorais células tumorais híbridas voltam ao estado normal. Funções Bioquímicas dos Genes Supressores de Tumor Produção de moléculas de superfície: proteínas transmembranas transmissão de sinais negativos inibição por contato: DCC (inibição por contato) Moléculas que regulam a transdução de sinais: enzimas que impedem a fosforilação das proteínas da membrana relacionadas com a emissão de sinais para o núcleo: NF1 (inativa ras) Moléculas que regulam a transcrição nuclear: p53 e RB RETINOBLASTOMA – RB – 13q14 •Primeiro gene supressor de tumor descoberto tumor de retina •Atuam recessivamente: ambas as cópias devem ser perdidas para a perda da função celular • Teoria de Knudson: “Dois Eventos de Mutação” • primeiro alelo herdado com mutação (1o. Evento) • alelo normal perdido ou mutado na infância (2o. Evento) células da retina •Perda de Heterozigose (LOH): perda do alelo (frequentemente por deleção ou monossomia) •RB: controla a entrada do ciclo celular regula o ponto de restrição G1 S Ação do produto do gene RB1: Hipótese de dois Eventos Mutacionais Tumor maligno de retina Incidência: 1:20.000 Retinoblastoma bilateral •Hereditário (40%) •Mutação da linhagem germinativa •Início precoce Retinoblastoma unilateral •Esporádico (60%) •Mutação somática •Início tardio GENE TP53 – GUARDIÃO DO GENOMA •TP53 : (17p13) segundo principal gene supressor de tumor descoberto •Mutado em ~ 50 % dos tumores humanos Mutagênese aumentada: quando a célula perde TP53 ela também perde o controle do ciclo celular que é necessário para reparo do DNA lesado aumento de células com mutações Perda da apoptose: importante ativador da morte celular programada muitas células falham em entrar em apoptose em resposta a lesões no DNA. p53 E ESTABILIDADE GENÔMICA REPARO DO DNA p53p53 Ativação da transcrição lesão do DNA Bloqueio em G1 célula normal APOPTOSE PAPEL DO TP53 E INTEGRIDADE DO GENOMA Atuação da p53 no ciclo celular mutação herdada do TP53 : Síndrome de Li-Fraumeni (sarcomas, osteossarcomas, tumores de mama, cérebro, córtex adrenal e leucemia). CÂNCER HEREDITÁRIO CAUSADO POR MUTAÇÕES EM GENES SUPRESSORES Polipose adenomatosa do cólon (FAP): APC (5q21) Câncer hereditário cólon não-poliposo (HNPCC): MSH2, MLH1 (2p16, 3p21) Câncer de mama e ovário: BRCA1 (17q21) Câncer de mama de início precoce: BRCA2 (13q12) Síndrome de Li-Fraumeni: TP53 (17p13) Retinoblastoma: RB1 (13q14) Ataxia telangiectasia: ATM (11q22) Tumor de Wilms: tumor renal – WT1 (11p13) •Mutação da linhagem germinativa •5-10% tumores sólidos •Tumores múltiplos e bilaterais •Início precoce CÂNCER DE MAMA • 20% mulheres até 50 anos e ~10% até 80 anos •Prevalência (EUA): 180.000 casos novos/ano e 46.000 óbitos/ano •5-10% - forma hereditária da doença •Início precoce (pré-menopausa) e bilateral •Associado a risco elevado de câncer de ovário • metade: mutações em BRCA1 (17q21) e BRCA2 (13q12-13) •BRCA1 e BRCA2 –proteínas nucleares • abundantes na fase S do ciclo celular: reparo de quebras duplas (reparo recombinacional) • BRCA1 ou BRCA2 defeituosos – desenvolvimento de câncer de mama ou ovário O Câncer desenvolve por evolução clonal •Desenvolve de uma única célula alterada (cerca de 10 ou mais mutações → seleção) •Iniciação: alteração genética de uma célula (mutação) vantagem de crescimento ou sobrevivência •Promoção do tumor: agentes como hormônios ou trauma, ou mudanças que aumentam a evolução clonal, estimulam o crescimento celular. • Evolução Clonal: base para o desenvolvimento do câncer (anos). Evolução continuada de mais células malignas que crescem ou sobrevivem melhor desenvolvimento e progressão tumoral. •Progressão tumoral: desenvolvimento do câncer requer pequenos múltiplos passos (mutação e seleção). Cada passo confere a célula uma vantagem adicional de sobrevivência ou crescimento (necessidade reduzida para fatores de crescimento ou resistência a apoptose) Câncer de Cólon desenvolve por progressão de múltiplos passos •Iniciação: pode ser causada por carcinógenos da dieta (nitrosaminas) mutação de APC •células iniciadas vantagem proIiferativa: uma via de fator de crescimento pode ser constantemente ligada por mutação no gene KRas células crescem sobre as vizinhas (hiperplasia adenoma) APC K-Ras •Mutações adicionais seleção de células com vantagem proliferativa e de sobrevivência: inativação do gene TP53 permite uma taxa mais rápida de mutagênese (adenoma inicial adenoma tardio) •Outra mutação converte adenoma em carcinoma: mutação na produção de proteases invasão de outros tecidos. Ex. -18 (DCC), -17 e outros cromossomos TP53, DCC