Novembro/2007 - Nº 310 Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC E-mail: [email protected] Professores do ABC elegem diretoria com 92,6% dos votos Processo eleitoral foi realizado entre os dias 22 e 27 de outubro e contou com a participação massiva da categoria Com 92,9% dos votos válidos, a Chapa Um - Unidade e Luta, composta por parte da atual diretoria do Sindicato dos Professores do ABC (filiado à CUT), foi eleita pelos educadores da região, e estará à frente da entidade nos próximos quatro anos. Mais de 1.800 profissionais da educação da rede privada do Grande ABC (da educação infantil ao nível superior) participaram da eleição. Na nova diretoria estarão ao lado do atual presidente do SINPRO ABC, professor Aloísio Alves da Silva (Colégio Avanço), os professores Carlos Ayrton Sodré(Sesi), Célia Regina Ferrari (Pró Saber), Denise Filomena L. Marques (IESA), Edélcio Plenas Gomes (Objetivo e Singular), Edilene Arjoni Moda (Objetivo), Elias José B. da Silva (Sesi), Eloísa Moreira (Fundunesp), Emerson Meira da Silva (Sesi), Hélio Sales Rios (Metodista), Jorge Gonçalves O. Jr. (Objetivo), José Carlos O. Costa (Fundação Sto André e Arbos SCS), José Jorge Maggio (Singular e Arbos SCS), José Oliveira dos Santos (Clóvis Bevilacqua), Maria Aparecida de Donato (São José SBC), Maria Lúcia M. da Silva (Pueri Domus SCS), Murilo Andrade Valle (Fundação Sto André), Nelson Bertarello (Senai, UniABC e Imes), Nelson Valverde Dias (UniABC), Paulo Cardoso de Souza (Avanço), Paulo R. Yamaçake (Sesi), Paulo Ostroski (SINPRO ABC) e Pier Vicentino Bertucci (UniABC). Para a diretoria eleita, “a categoria valorizou o trabalho da atual gestão e depositou a confiança em cada um de seus representantes”. Como compromisso firmado, os dirigentes assumiram a responsabilidade de continuar a luta pela defesa dos direitos adquiridos e por novas conquistas, em respeito a cada professor que acredita na construção de uma política sindical ética e democrática. A nova diretoria tomará posse em dezembro e cumprirá mandato até 2011. Fotos: Israel Barbosa Diretores que compõem a nova diretoria À esquerda, professora vota na eleição do SINPRO ABC. Ao lado, comissão apura os votos Professor: Fique atento aos seus direitos! O final do ano letivo se aproxima, mas você, professor, precisa estar atendo aos benefícios a que tem direito. Confira: 13º salário As escolas devem realizar o pagamento da primeira parcela do 13º salário, até dia 30 de novembro. O crédito da segunda parte deverá ser feito até 20 de dezembro. PLR Conforme noticiamos no boletim passado, número 309, a data para o pagamento de 18% de Participação nos Lucros e Resultados foi 15 de outubro. A escola que não pagou a PLR terá que acrescer 1,5% aos salários, retroativamente a março/2007. Dispensa no final do ano letivo Todo professor que se desligar da escola, seja por sua iniciativa ou demissão sem justa causa, até o dia que antecede o início do recesso escolar tem direito a receber indenização correspondente até o dia 18 de janeiro de 2008, conforme estabelece a Convenção Coletiva: Desligamento motivado por dispensa sem justa causa: Ao professor demitido a partir de 16 de outubro de 2007, independentemente do tempo de serviço na escola, será garantido valor correspondente à remuneração devida até o dia 18 de janeiro de 2008. Nos termos do parágrafo 7º, da cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho, esta indenização, desde que não inferior a 30 (trinta) dias, presta-se à prévia comunicação exigida pelo artigo 487 da Consolidação das Leis do Trabalho. Como tal, não é devido o pagamento acumulativo de aviso prévio e da referida indenização. Desligamento por iniciativa do professor: Independentemente do tempo de serviço na escola, e tendo trabalhado até o encerramento das atividades letivas de 2007, o professor que comunicar a sua demissão no final do ano letivo, até o dia que antecede o início do recesso escolar, será dispensado do cumprimento do aviso prévio e deverá receber indenização correspondente à sua remuneração até o dia 18 de janeiro de 2008. Caso haja algum problema, procure o Sindicato para garantir seu direito. Ligue 4994-0700 ou escreva para [email protected] O Professor Festa do Dia dos professores reúne mais de 1.400 pessoas Jantar brega, promovido pelo SINPRO ABC, foi marcado pela animação e confraternização dos sócios e outros convidados. Confira as fotos do evento, realizado dia 20 de outubro, no Restaurante Florestal Fotos: Israel Barbosa e Mayra Monteiro Mais fotos no site do SINPRO ABC (www.sinpro-abc.org.br) DIREITO Saiba mais sobre a licença-maternidade de 6 meses Ampliação de quatro para seis meses de licença ainda não está em vigor Foi aprovada pela Comissão de Constituição de Justiça, no dia 8 de novembro, a prorrogação da licença-maternidade de quatro para seis meses. Mesmo com a aprovação pela CCJ, a PEC (proposta de emenda à Constituição), da deputada Ângela Portela (PT-RR), ainda não está em vigor, uma vez que, ainda, é necessária a criação de uma comissão especial para analisar o tema, antes de ir a Plenário. A proposta passará por dois turnos, com 308 votos em cada. A autora do projeto ressalta que as mulheres têm direito de cumprir o que recomenda a Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde, que é a amamentação exclusiva até o sexto mês de vida do bebê. Para ela, “é incoerente o prazo de quatro meses, visto que o próprio Governo faz campanhas ostensivas de estímulo ao aleitamento materno, mínimo, de seis meses”. Os gastos com a ampliação do benefício serão discutidos pela comissão especial, em até 120 dias, conforme explicou a relatora da PEC, deputada Maria do Rosário (PT-RS). Paralelamente, a Câmara vai analisar outro projeto similar, que foi aprovado pelo Senado, em outubro, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que concede desconto no imposto de renda à empresa que concordar com o aumento de dois meses de licença-maternidade. Outra diferença é que o projeto da senadora prevê adesão opcional tanto para a empresa quanto para a trabalhadora. A licença-maternidade foi criada no Brasil pela Constituição de 1934, com duração de 84 dias. A ampliação para 120 dias ocorreu com a Constituição de 1988. Atualmente, as mulheres têm a opção de tirar a licença até 28 dias, anteriores ao parto, e esses dias são incluídos no total de 120. Com informações da Agência Câmara EXPEDIENTE O Professor - Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC - ISSN: 1673-8473 Diretoria Executiva: Aloísio Alves da Silva, Célia Regina Ferrari, Denise Filomena L. Marques, José Carlos Oliveira Costa, José Jorge Maggio, Paulo Cardoso de Souza, Paulo Ostroski e Paulo Roberto Yamaçake • Presidente: Aloísio Alves da Silva • Diretora de Imprensa: Denise Filomena L. Marques • Jornalista responsável: Mayra Monteiro (MTB. 47.135) • Diagramação: Israel Barbosa e Mayra Monteiro • Tiragem: 4000 exemplares • Data de fechamento: 21/11/2007 • Site: www.sinpro-abc.org.br • E-mail: [email protected] Rua Pirituba, 65 - B. Casa Branca - Santo André - SP Cep: 09015-540 - Fone: (11)4994-0700 FSA Professores e alunos traçam novas estratégias para destituir reitor Paralisação foi suspensa, mas estado de greve é mantido Em assembléia realizada no início do mês de novembro, alunos e professores da Fundação Santo André decidiram suspender, temporariamente, a greve, mas não deram por encerrada a batalha para exonerar o reitor Odair Bermelho do cargo. “O movimento está em curso e tem forte adesão dos professores e alunos”, conta um professor da instituição, em entrevista ao SINPRO ABC. “Estamos em estado de prontidão máxima, realizando assembléias freqüentemente e, a qualquer momento, podemos retornar à greve”, completa o docente. “O recuo é temporário para que possamos investigar as falcatruas do reitor e também criar novas estratégias para continuar nossa luta pela saída de Bermelho”, explica o estudante José Dalmo Duarte, representante de frente no Conselho Diretor. No dia 21 de novembro, nova assembléia reavaliou o que foi conquistado no período de manifestações e tanto professores como os alunos traçaram os novos caminhos a serem seguidos para derrubar o reitor e os comissionados que o apóiam. No dia 1º de novembro, o Conselho Diretor não tirou o Odair do cargo, mesmo com oito votos pela saída do reitor, contra quatro pela permanência e três abstenções. Para a destituição, eram necessários dez votos, ou dois terços do eleitorado. Questionados sobre o encerramento das paralisações ou outros protestos, o professor e o estudante foram objetivos: “Só paramos quando tirarmos Odair Bermelho da reitoria”. “Provaremos por A+B que todas as denúncias feitas por nós são verdadeiras e, para isso, aguardamos um retorno da própria reitoria com os nomes das pessoas com quem poderemos negociar”, detalha o professor. “Temos subgrupos divididos para investigar e estudar as irregularidades cometidas por Bermelho, mas, até o momento não recebemos nenhuma relação. Além disso, outras promessas foram feitas pela reitoria, entretanto, não foram cumpridas”, completa. Próximos passos Conforme dito anteriormente, no dia 21 foi realizado um balanço geral. “Vamos tirar, sim, o Odair Bermelho. Se não for no Fórum João Mendes, será por meio da Comissão”, finaliza o professor da Fundação. Acompanhe em nossas publicações todos os desdobramentos sobre esse assunto. 20 de novembro: Dia da Consciência Negra Refletir sobre a história de luta do povo negro é uma das principais propostas para a data No ano de 2003, o Dia da Consciência Negra passou a fazer integrar o calendário escolar e, segundo o Ministério da Educação, todas as escolas de Educação Básica, particulares e públicas do país, devem discutir e ensinar aos alunos conteúdos ligados à cultura e à história afro-brasileiras. A obrigatoriedade do tema deu-se com a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 (artigos 26-A e 79-B). Por que dia 20 de novembro? Em 20 de novembro de 1695, Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi torturado e decapitado em uma emboscada, na Serra Dois Irmãos, em Pernambuco. Zumbi liderou uma resistência contra a escravidão, que gerou a destruição do Quilombo. O negro no Brasil Recente pesquisa realizada pelo Dieese* (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que, mesmo com o histórico de luta pela igualdade racial, a posição do negro do país ainda é desfavorável se comparada à do não-negro. No quesito educação, “é grande a concentração de negros nas faixas de menor escolaridade – do analfabeto até o ensino médio incompleto -, realidade que se inverte nos níveis mais elevados de instrução (médio completo a superior completo)”. Com a dificuldade nos estudos, a ascensão profissional também fica prejudicada. Na região metropolitana do Estado de São Paulo, o número de negros que cursa nível superior chega a ser cinco vezes menor do que a população não-negra. *Pesquisa do DIEESE: Escolaridade e Trabalho - desafios para a população negra nos mercados de trabalho metropolitanos Expediente no SINPRO ABC no final do ano Em virtude das festas de fim de ano, o SINPRO ABC entrará em recesso no dia 24/12/07 e retornará às atividades em 07/01/08.