O Professor
Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC
www.sinpro-abc.org.br
Agosto - 2009, nº 328
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Gripe, suspensão de aulas e os
direitos dos professores
Sindicato dos Professores do ABC esclarece: em caso de reposição de aulas,
o professor deverá ser remunerado como hora extra.
P
or
determinação
do
Governo Estadual, todas as
escolas adiaram o retorno
às aulas para o segundo semestre,
como forma de reduzir o contágio
da nova gripe. Diante dessa situação,
o SINPRO ABC recebeu diversas
dúvidas da categoria, no que diz
respeito aos direitos, e esclarece que,
mesmo com a suspensão das aulas,
os profissionais têm assegurado o
pagamento normal do salário, sem
descontos.
Em nota oficial, publicada no
Diário Oficial (08/08/09), o Conselho
Estadual de Educação informou
que a reposição de aulas não será
necessária para cumprir os 200
dias letivos estabelecidos na LDB. A
Federação Estadual dos Professores,
Fepesp, destaca que "com a mudança
no início do semestre, as instituições
terão que refazer os calendários
escolares, mas poderão definir
um número menor de dias do que
previsto anteriormente. Na prática,
portanto, não haverá necessidade
de reposição de aulas aos sábados
ou no final do ano para repor as
primeiras semanas de agosto".
O SINPRO ABC reforça que,
em caso de reposição de aulas, o
professor deverá ser remunerado
como hora extra.
Seus direitos
Atenção, caso a escola descumpra
seus direitos, entre em contato com
o Sindicato. Ligue 4994-0700 e
converse com nossos diretores de
plantão.
O Professor
02
Gripe Suína:
Confiemos em nós!
Professor especialista explica origem, sintomas e cuidados com a gripe H1N1
A gripe, também chamada de influenza no Hemisfério Norte, é uma
doença de que se tem registros mais
precisos há pouco mais de um século. É causada por vírus, sendo o
tipo A um dos mais agressivos, por
sua vez, com subtipos de moléculas.
Então, a denominação daquele que
agora mais nos preocupa: o AH1N1.
É uma doença de início súbito,
com incubação de 3 a 7 dias após
contágio com alguém infectado, por
via respiratória e por outros meios
nem sempre percebidos. Os vírions
são criaturas mínimas que medem
poucos nanogramas e agridem as
células mucosas do aparelho respiratório, desde a nasal até os alvéolos
pulmonares, provocando as defesas
locais e gerais do organismo.
Febre, calafrios, coriza, tosse, dores musculares, cefaleia, mal estar
geral são os sintomas iniciais e, em
sequência, bronquites, asmas, otites
e, quando mais graves, pneumonias.
Estas são as complicações mais temíveis e certamente as responsáveis
por maiores índices de mortalidade.
Acontecem
predominantemente
naqueles que, pelas condições de
idade, crianças e idosos, ou por patologias associadas pré-existentes
têm reduzidas as suas competências
de defesa.
A humanidade está apta a conter
os vírus gripais produzindo sempre
anticorpos bloqueadores de seus vírions. Mesmo assim, estes têm uma
O Professor
notável capacidade de mudar habilidosamente sua própria composição
molecular iludindo nossas defesas e
provocando surtos mais graves de
moléstias, tanto em extensão geográfica e populacional quanto na
intensidade do quadro clínico. Este
confronto permanente entre os dois
ciclos biológicos, o dos vírus e o de
nossas defesas, permite uma alternativa de ataque e defesa permanente
que explica a sequência repetitiva de
surtos regulares e anuais do processo gripal que predomina no outono
e inverno.
A ruptura desse equilíbrio, por
modificação molecular do vírus ou
por cochilo de nossas defesas, provoca os surtos epidêmicos que aconteceram algumas vezes neste último
século. A mais grave de todas as epidemias gripais de que se tem notícia, uma pandemia, foi a de 1918/19
denominada espanhola, que levou
dois anos circulando o planeta e matou milhões de pessoas, num total
impossível de precisar. O vírus H1N1,
que a gerou, certamente alcançou
tamanha agressividade porque surpreendeu uma humanidade estressada pela 1ª Guerra Mundial que
exauriu as defesas dos europeus, os
primeiros a serem vitimados.
Desde então, registramos alguns
surtos importantes, como a asiática de 1957, com origem na China,
também pandêmica, chegando a
acometer metade da população
mundial com estimativas de morte
em número de 70 mil. Mais recente
e também importante foi a aviária,
originada no sudeste asiático, em
2004. Embora tenha havido registros
pontuais de alguns casos em cidades americanas e europeias, sua gravidade e extensão ficou delimitada a
região de origem.
A atual chamada de suína, porque
originária de pontos da suinocultura
no sul do México, tem quadro clínico
já bem definido que não difere muito em tempo de duração e em manifestações clínicas daqueles próprios
de surtos gripais que registramos
anualmente no outono e inverno.
Seus índices de letalidade, não superiores a 0,5% de mortes, certamente
são iguais ou inferiores aos habituais
da gripe comum. Vez por outra, o noticiário nos informa correntemente
que os casos mortais têm acontecido predominantemente em pessoas
já problemáticas em seus sistemas
de defesas.
Outro enfoque que nos preocupa é a proveniência animal do atual
vírus em causa. Lembramos, porém,
que em 1967 houve um surto gripal
nos EUA também de origem suína
que ficou limitado à região de origem com um mínimo de letalidade.
Estes destaques somados às características que vêm apresentando o
atual surto, e porque não também a
competência com que foi habilmente delimitada a gripe aviária de 2004,
somam-se no sentido de confiarmos
em nossos recursos perante o atual
agressor. Lembramos também em
reforço otimista, que a gripe espanhola de 1918 matou milhões de
pessoas porque não dispúnhamos,
então, de antibióticos que tem um
enorme poder de combate às bactérias que provocam pneumonias em
associação aos vírus.
Na Faculdade de Medicina da
USP, o professor Ludgero da Cunha
Mota nos contava em aula, nos anos
49/50, ter autopsiado centenas de
mortos da epidemia de 1918 que
aqui grassou intensa e tragicamente.
Quase todos haviam sucumbido por
broncopneumonia, que, 20 anos depois teria tido brilhante solução ante
a penicilina de Alexander Flemming.
Nossos recursos hoje são incomparavelmente mais competentes do que
então. Temos vacinas, temos antigripais mais poderosos, temos antibióticos e uma tecnologia diagnóstica
e terapêutica cada dia mais competentes. E temos, também, uma cultura epidemiológica que nos permite
delimitar a extensão geográfica e
populacional dos surtos.
Vamos confiar!
Cassio Ravaglia, ex professor da
PUC de Sorocaba e da UEL, é doutor
e professor em Clínica Médica pela
FMUSP
EXPEDIENTE - Boletim Informativo do Sindicato dos Professores do ABC ı ISSN: 1673-8473
ı Diretoria Executiva: Aloísio Alves da Silva, Célia Regina Ferrari, Denise Filomena L. Marques, José Carlos Oliveira Costa, José Jorge Maggio e Paulo Roberto Yamaçake
ı Presidente: Aloísio Alves da Silva ı Diretores responsáveis: Denise Filomena L. Marques e Jorge G. de Oliveira Jr. ı Jornalista responsável: Mayra Monteiro (MTB. 47.135) ı Diagramação: Israel Barbosa e Mayra
Monteiro ıTiragem: 4000 exemplares ı Data de fechamento: 14/08/2009 ı Site: www.sinpro-abc.org.br ı E-mail: [email protected] ı Endereço: Rua Pirituba, 65 - B. Casa Branca - Santo André - SP CEP:
09015-540 ı Telefone: (11) 4994-0700
03
O Professor
Professores prestigiam e aprovam
3ª Jornada Pedagógica
Inclusão e desenvolvimento foram temas da palestra promovida pelo Sindicato dos Professores do
ABC, em julho. Os professores presentes aprovaram o evento
O SINPRO ABC comemora o
sucesso de mais uma atividade de
formação profissional realizada pela
entidade. A 3ª Jornada Pedagógica,
que ocorreu no dia 8 de julho, contou
com a presença de aproximadamente 170 professores.
A psicanalista Maria Eugênia
Toledo, palestrante da Jornada, levou
aos docentes a discussão sobre as
diferenças, as dificuldades e o papel
da escola e da família no processo de
inclusão. Um dos pontos destacados
pela profissional está relacionado à
importância do convívio em grupo
para um aluno com necessidades
educativas especiais. Para ela, essa
relação proporciona ao estudante
especial o desenvolvimento de
ferramentas fundamentais para a
vida na sociedade, como repertório
linguístico e outras noções da vida
em grupo.
O relato das experiências
aproximou o tema com a realidade
dos professores, que aprovaram a 3ª
Jornada.
Avaliação
Os profissionais responderam
ao questionário desenvolvido pelo
SINPRO ABC e o resultado comprovou
a satisfação da categoria. Entre as
opções "boa", "regular" e "ruim",
89% dos docentes considerou boa
a Jornada. Além das alternativas
dadas, os participantes escreveram à
parte que o evento foi considerado
ótimo, maravilhoso ou sensacional,
o que totalizou 11%.
Os docentes que desejam sugerir
temas para futuros debates, podem
escrever para imprensa@sinpro-abc.
org.br.
Campanha Salarial 2010:
Professor, participe
Maria Eugênia Toledo, palestrante da 3ª Jornada Pedagógica, aborda o tema
"Heterogeneidade e (in)disciplina na escola: intervenções pedagógicas e
educacionais diante do (im)possível na educação"
Lei antifumo: a legislação permitirá demissão
de trabalhador que a desrespeitar
Mobilização da categoria garantiu aumento real em 2009
Israel Barbosa
Assembleia dos professores
da rede Sesi/Senai, em
fevereiro de 2009
O Sindicato dos Professores do ABC
convoca a categoria para planejar e
contribuir com a Campanha Salarial
2010.
Escreva para sinpro@sinpro-abc.
org.br ou acesse www.sinpro-abc.
org.br dizendo quais expectativas e
reivindicações para o próximo ano.
Lembre-se que o sucesso
da campanha não depende
exclusivamente do Sindicato, mas,
também, de sua participação nas
Israel Barbosa
assembleias e reuniões.
2009
A Campanha Salarial 2009 trouxe
resultados positivos para os segmentos representados pelo SINPRO ABC.
Na rede Sesi/Senai, os professores
conquistaram aumento de 8,5% e os
docentes da Educação Básica e Nível
Superior obtiveram 7,4%.
Professor, não deixe de participar.
Nova lei proíbe o consumo de cigarro e qualquer tipo de
produto fumígeno em locais fechados de uso coletivo
Desde o dia 7 de agosto é
proibido, por lei, fumar em lugares
fechados de uso coletivo, como,
por exemplo, local de trabalho,
estudo, cultura, culto religioso,
lazer, esporte, alimentação,
entretenimento, hotéis, bancos,
supermercados,
repartições
públicas, áreas comuns de
condomínios, táxis, entre outros.
No ambiente de trabalho, o
empregado que desrespeitar
a lei poderá ter descontado do
salário o valor referente à multa,
que varia de R$ 790 a R$ 1.585,
ou até mesmo ser demitido por
justa causa. Caso a empresa não
proíba o fumo, também poderá
ser autuada.
No caso das escolas, o
docente não poderá fumar
em lugares abertos em que os
alunos tenham acesso.
Para mais informações sobre
a Lei Antifumo, acesse www.
leiantifumo.sp.gov.br.
Caso
tenha interesse em parar de
fumar, entre em contato com
o Centro de Referência Saúde
do Trabalhador de Santo André
(4438-6063 / 4992-4926), das 7h
às 17h, ou ligue para o Centro
de Referência de Tabaco, em São
Paulo (3329-4455).
Para
denunciar
o
descumprimento da lei, ligue
0800-771-3541.
O Professor
04
Congresso da CUT Nacional escolhe
nova diretoria executiva
SINPRO ABC participa do 10º Congresso da CUT e elege Julio Turra,
sócio-fundador do Sindicato, para a Diretoria Executiva da Central
Mais de 2,5 mil delegados, entre
eles diretores do SINPRO ABC,
participaram do 10º Congresso da
Central Única dos Trabalhadores, de
3 a 7 de agosto, em São Paulo.
O evento foi marcado pela escolha
da diretoria Executiva Nacional da
CUT, que ficará à frente da entidade
nos próximos 3 anos (2009/2012).
Arthur Henrique, trabalhador da
Companhia Paulista de Força e Luz,
foi reeleito presidente da Central.
Julio Turra, sócio fundador do
SINPRO ABC, segue como membro
da diretoria, representando os
professores na maior central sindical
do país.
A boa administração da gestão
anterior culminou em uma eleição
com chapa única. "É importante
esta unidade para que estejamos
sempre preparados para enfrentar os
desafios da conjuntura", comemorou
Arthur Henrique, durante a posse.
Eleito vice-presidente, José Lopes
Feijóo, ex-presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC, discursou
e frizou: "A luta não continua. A luta
é contínua".
Próximos passos
A diretoria da CUT reafirmou que
continuará a luta pela defesa, manutenção e ampliação dos direitos
trabalhistas. Entre algumas das bandeiras estão a redução da jornada de
trabalho sem redução salarial, valorização do salário mínimo e fim do
fator previdenciário.
Confira os membros eleitos:
Executiva
Presidente
Artur Henrique - Urbanitário SP
Vice-Presidente
José Lopez Feijóo - Metalúrgico SP
Secretário-geral
Quintino Severo - Metalúrgico RS
Secretário de Adm. e Finanças
Vagner Freitas - Bancário SP
Secretária de Comunicação
Dino Parizotti
Rosane Bertotti - Rural SC
Secretário de Rel. Internacionais
João Antonio Felicio - Educação SP
Secretária de Relações do Trabalho
Denise Motta Dau - Seguridade
Social SP
Secretário de Formação
José Celestino (Tino) - Educação MG
Secretário de Organização e
Política Sindical
Jacy Afonso de Melo - Bancário DF
Secretária da Mulher Trabalhadora
Rosane da Silva - Vestuário RS
Secretário de Políticas Sociais
Expedito Solaney - Bancário PE
Secretário da Saúde do
Trabalhador
Manoel Messias - Comunicação PE
Secretária da Juventude
Rosana Sousa de Deus - Químico SP
Secretária de Meio Ambiente
Carmen Helena Foro - Rural PA
Secretária de Combate ao Racismo
Maria Julia Nogueira - Seguridade
Social MA
Diretores Executivos
Julio Turra - Educação SP (SINPRO
ABC)
Elisângela dos Santos Araújo - Rural
BA
Adeilson Ribeiro Telles - Educação RJ
Rogério Pantoja - Urbanitário AP
Dary Beck Filho - Químico RS
Junéia Martins Batista - Municipais
SP
Valeir Ertle - Comércio e Serviços SC
Ap. Donizeti da Silva - Químico SP
Jasseir Alves Fernandes - Rural ES
Antonio Lisboa Amâncio do Vale Educação DF
Pedro Armengol - Administração
Pública DF
Shakespeare Martins de Jesus Metalúrgico MG
Posse da nova diretoria da CUT Nacional marca 10º Congresso
O SINPRO ABC parabeniza todos os profissionais da
educação que, além de professores, desempenham
outras funções. Parabéns a todos e lembrem-se: quem é
professor, é SINPRO ABC!
Julho
2- Bombeiro
12 – Engenheiro Florestal
13 – Engenheiro de Saneamento
14 – Propagandista de Laboratório
25 · Dia do Escritor
28 · Dia do Agricultor
Agosto
11 · Dia do Advogado
13 · Dia do Economista
14. Dia do Cardiologista
19 · Dia do Artista de Teatro
22 . Dia do Supervisor Escolar
24 · Dia dos Artistas
27 · Dia do Psicólogo
28 · Dia dos Bancários
31 · Dia da Nutricionista
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