Surto de Klebsiella pneumoniae relacionada à mão de um profissional de saúde persistentemente colonizada Icaro Boszczowski Hospital Geral de Itapecerica da Serra SP SECONCI 2006 ENDÊMICO X EPIDÊMICO EPIDEMIOLOGIA IRAS EM UTI neonatais nos EUA • No período de 1986 a 1994 -Gram-positivos >60% -Gram-negativos 18%. Gaynes RP Pediatrics 01 Sep 1996;98(3pt):357-61. • National Institute of Child Health - 1991 a 1993 Sepse tardia em MBP -Gram-positivos 75% -Gram-negativos 18%. Stoll BJ. J Pediatr 1996. 129:63-71. Estudo transversal 1999-Gram-positivos 46,1% -Gram-negativos 32,4%. J Pediat r2001;139:821-7. • Estudo prospectivo de 1996-2001-Gram-positivos 33,5% -Gram-negativos 43% PIDJ, 2002;839-42 Distribuição de patógenos associados com sepse tardia(> 3 dias). NICHD Neonatal Research Network. Maio 1991 a Dezembro 1993 Agente N % Staphylococcus – coagulase negativos 1288 55 Staphylococcus aureus 209 9 Outros 216 9 Enterobacter 102 4 E coli 101 4 Klebsiella 85 4 Pseudomonas 53 2 Outros 82 4 Fungos 219 9 Total 2355 100 DISTRIBUIÇÃO DE PATÓGENOS EM UTIN • Estudo transversal - 29 UTIN • 02 dias de avaliação – 1580 pacientes Distribuição de patógenos associados a IRAS Pediatric Prevention Network - Point Prevalence Survey 1999 Agente N % Gram-positivos 54 46,2 Gram-negativos 37 32 Pediatr Infect Dis 2005;24:766-773 Prevalência de infecção por bacilos gram-negativos em uma UTIN ao longo de 17 anos 1986-1991 1992-1997 1998-2002 Cocos Grampositivos 75,6% 64,7% 64% Bacilos Gramnegativos 12,6% 20% 24% Cordero L et al. AJIC 2003 32(4) 189-95 IRAS EM UTI neonatais no Brasil Proporção de agentes isolados de líquidos estéreis de 07 unidades neonatais de 3 cidades brasileiras Staphylococcus coagulasenegativo 22,9% Staphylococcus aureus 13,6% Enterobacter sp. 14,6% Klebsiella sp. 10% E. coli 4,6% Pseudomonas sp. 2,6% ICHE 2004;25(9):772-7 • UTIN de Hospital Unversitário - Klebsiella pneumoniae 20% AJIC 2002 30(1). • UTIN de Hospital Privado – Bacilos Gramnegativos – 26,7% AJIC 2001 29(2). Distribuição dos agentes de infecção hospitalar por classe, na UTI Neonatal no período de 2002 a 2004. Hospital Geral de Itapecerica da Serra - SP. gram negativos 45% gram positivos 48% Candida 7% Distribuição de agentes de infecção hospitalar na UTI Neonatal no período de 2002 a 2004. Hospital Geral de Itapecerica da Serra - SP. gram positivos Klebsiella sp 9% Enterobacter sp Candida E. coli 7% 5% Pseudomonas 4% Outros gram negativos 4% 0% 48% 23% 10% 20% 30% 40% 50% Bactérias Gram-negativas endêmicas em UTIN PRECOCE X TARDIA A E. coli é o agente Gram-negativo mais comum em infecções precoces (<5 dias de vida) e são de origem materna. Klebsiella sp., Enterobacter sp e Pseudomonas sp. são os mais prevalentes nas infecções tardias(>5 dias) e relacionadas à assistência hospitalar. EPIDEMIOLOGIA Surtos de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde por bactérias Gramnegativas en Unidade de Terapia Intensiva Neonatal 2000-2005 Pseudomonas aeruginosa 5 (21,7%) Klebsiella sp 4 (17,3%) Enterobacter sp 4 (17,3%) Serratia sp 3 (13%) Ralstonia picketti 2 (8,6%) Chryseobacterium meningosepticum 2 (8,6%) Acinetobacter baumannii 1 (4,3%) Stenothrophomonas maltophilia 1 (4,3%) Burkholderia cepacia 1 (4,3%) Total 23 (100%) Bombas de ordenha de leite humano Klebsiella pneumoniae Banho-maria B. cepacia Acinetobacter baumannii Pseudomonas sp. Gel de USG Klebsiella pneumoniae Água potável Pseudomonas spp L. pneumophila C. parvum Pia Gram-negativos Mãos de profissionais de saúde persistentemente colonizadas Pseudomonas aeruginosa Acinetobacter spp Klebsiella pneumoniae Unhas artificiais Pseudomonas aeruginosa Klebsiella pneumoniae Surto de Klebsiella pneumoniae produtora de ESBL em UTI Neonatal – Hospital Geral de Itapecerica da Serra 1999 • 3 casos de ICS por K. Pneumoniae e 1 caso de ITU • Medidas gerais de controle e vigilância de colonizados foram adotadas PIDJ 2005 24(7) 648-50 MEDIDAS ADOTADAS • Culturas semanais de vigilância; • Isolamento de contato dos pacientes colonizados por Klebiella pneumoniae ESBL; • Treinamentos das equipes assistenciais: higienização de mãos, cuidados com cateteres e ventilação mecânica; Casos novos de colonização por K. pneumoniae produtora de ESBL identificados por vigilância ativa na UTIN HGIS SECONCI OSS PFGE Qual a contribuição do estudo desse surto? As descrições de surtos causados por BGN, quando têm fonte comum envolvida estão mais relacionadas à contaminação ambiental. O profissional de saúde como fonte comum de surto está mais comumente relacionado a surtos de Staphylococcus. Mãos de profissionais de saúde com lesão crônica deve chamar a atenção dos controladores de infecção para a possibilidade de fonte comum durante a ocorrência de um surto e também para a prevenção. Dermatites provavelmente levam a menor adesão da higienização de mãos e está relacionada a surtos de S aureus, C diversus, Acinetobacter calcoaceticus e Pseudomonas auruginosa. Há outro relato de mãos de profissional de saúde com onicomicose sendo fonte de surto de Pseudomonas aeruginosa Medidas Preventivas Recomendar unhas curtas para toda a equipe de UTIN; Tratar lesões crônicas como dermatite e onicomicose; Evitar utilização de unhas artificiais. Obrigado! [email protected]