MULHERES NA MÍDIA É difícil falar em televisão, sem que o discurso percorra os dois lados da moeda, mostrando o bem e o mal, certo e errado, real e irreal misturam-se em uma mesma frase, em uma simples opinião do telespectador. Se, por um lado a televisão é considerada o principal canal informativo da sociedade, uma opção de lazer, algo que distraí e relaxa, por outro, ela é categórica, manipuladora de sensações, idéias e estilos. Com suas prioridades, tornando-se um vício que acomoda, choca e distorce a realidade. A não adequação das programações, às necessidades de um público feminino que está em pleno estado de ebulição, é um dos principais aspectos conflitantes da televisão atualmente. Está confirmado que conteúdos interessantes e gêneros apreciados, estão destinados a horários totalmente inadequados e expostos de formas desgastadas, enquanto que os espaços convenientes estão preenchidos por conteúdos repetitivos. Pesquisas comprovam que , mudanças sociais de porte, como a presença marcante da mulher no mercado de trabalho, e sua maior mobilidade diurna, estão alterando os hábitos de audiência do segmento feminino. Fazendo com que 51% das mulheres afirmem estar assistindo menos TV que há 3 anos. Será necessário, fazer uma análise sobre o enfoque dado pela mídia, quando a mulher é a notícia. Que sociedade as mulheres enquanto profissionais de comunicação, estão ajudando a construir? Estarão trabalhando por uma sociedade mais justa ou apenas construindo para uma esteriotipação cada vez mais acentuada? XUXA ANGÉLICA MARÍLIA GABRIELA REGINA CASÉ GLÓRIA MARIA HEBE CAMARGO ANA MARIA BRAGA RENATA CERIBELLI OLGA BONGIOVANNI FÁTIMA BERNARDES CARLA VILHENA SANDRA ANNENBERG ANA PAULA PADRÃO RENATA VASCONCELLOS Curso de Comunicação Social- UNICRUZ TV UNICRUZ 75% 7° Período 73% 5°Período 69% 4° Período 3° Período 2° Período 1° Período 0% 90% 63% 65% 55% 20% 40% 60% 80% 100% Mulheres Fátima Bernardes 1983 – Estagiária do Jornal “O Globo”; 1987 – RJ TV . 3ª Edição; 1989 – Jornal da Globo; 1992 – Olimpíadas de Barcelona; 1993 – Fantástico; 1996 - Jornal Hoje; Hoje – Jornal Nacional; Ana Paula Padrão 1986 – Rede Manchete; 1987 – Rede Globo; 1997 – Rede Globo Londres; 1998 – Copa do Mundo na França; Hoje é a toda - poderosa do Jornal da Globo; Olga Bongiovanni Jornalista e radialista; Apresentadora Dinâmica; Noticiário Sério, atual e interativo; Programa Dia Dia semanal com 3 horas e meia de duração; Quadro “Mães da Sé”; Glória Maria Mulher moderna do século XXI; Trabalhou como telefonista e durante 1 ano trabalhou de graça na globo antes de ser contratada; É bem resolvida; Humor afinadíssimo; Solteira, independente, bem-sucedida, bonita e feliz; Telenovelas Ao analisarmos as telenovelas, notamos que ela habita um mundo real do qual se alimenta e no qual atua, agindo como instrumento de construção da realidade, de manutenção e ordem social, contribuindo para a perpetuação de seus aspectos formados pelos atores sociais. Na telenovela, a configuração semântica das personagens femininas, bem como os demais procedimentos de estruturação da trama novelesca, indicam existência de determinados scripts designados ao feminino, significativamente distintos daqueles propostos ao masculino, principalmente no que se refere à sexualidade e ao poder. A premissa básica, por meio da qual a personagem feminina é decifrada enquanto objeto, faz com que as mulheres, nas tramas novelescas, sejam louvadas por serem portadoras de virtudes tais como obediência, discrição, humildade, modéstia, resignação, em oposição ao homem, sujeito por primazia, ao qual são atribuídos-positivamente-qualidades como ambição, força, orgulho, liderança e insubmissão. A tentativa, por parte da figura feminina, de suplantar a condição de objeto (personificada, na situação de anti-sujeito), assumindo o papel de sujeito da ação, o que a qualifica, como elemento de transgressão na dinâmica da narrativa, repercutindo, normalmente, num desfecho punitivo à personagem em questão. Vera Fischer - Antônia Afetuosa; Justa; Apaixonada; Marisa Orth – Van Van Consumista Compulsiva; Espalhafatosa; Estilo Único – Perua; Vera Holtz - Santana Alcoólatra; Giulia Gam – Heloisa Ciúme doentio; Helena Ranaldi - Raquel Violência Doméstica; Danielle Winits - Marisol Sonha com uma vida melhor; Apaixonada; Ambiciosa; Adriana Esteves - Lola Forte; Decidida; Independente; Giovanna Antonelli - Anita Guerreira; Forte; Ciumenta; Eliane Giardini - Caetana Exemplo de Esposa; Digna; Corajosa; Nívea Maria – D. Maria Amarga; Rígida; Infeliz; Seriado Mulheres Eva Wilma – Drª. Marta Drª. Chefe; Câncer; Batalhadora; Patrícia Pillar – Drª. Cris Inteligente; Competente; Forte e segura; Fernanda Montenegro 1950 – Início Teatro; Orgulho Nacional; 36 prêmios; Concorreu ao Oscar; Regina Casé Jeito autêntico e debochado; Informação com tom de piada; Filme – Eu, tu, eles; Um time de atrizes, apresentadoras, personagens e personalidades, mostram uma mulher de quem se tem orgulho. Bonita, sensual, com sucesso nos diferentes papéis, conseguindo integrar com maestria diferentes funções. Com preconceitos superados e com humildade suficiente, decorrentes de uma segurança interior maior, provocando empatia especialmente por serem mulheres batalhadoras e atuantes, as quais ajudam no traçado das próprias identidades das telespectadoras. Programas de TV Em contra-partida, o lado negativo da imagem feminina refletida pela TV, parece ser muito mais enfático, preponderante, invasivo e degradante. O grande nó concentra-se no fato da mulher ser considerada objeto sexual, um objeto vulgar, despedaçado em partes específicas do corpo, à disposição das fantasias do público masculino,sem fala própria, sem opinião. Mulheres como Tiazinha, feiticeira, entre muitas outras que representam um modelo pouco conveniente para as meninas ,que por imitação, desfilam caras e bocas, posturas sensuais, sem se darem conta do seu significado implícito, onde um padrão de comportamento instala-se em seu repertório como algo banal, comum e normal. Comportamentos muitas vezes não tão normais assim, como por exemplo a troca contínua de casais, e aprendizagem dos trejeitos usados no processo de sedução de forma indiscriminada. Acredita-se que despir a mulher na mídia é o modo de fragilizá-la de maneira política,social e moral. As popozudas estão em todo canto. Precocemente está se fazendo na frente de todos o que antes era escondido. Agora pluralizou-se a experiência e sexual. Quando se fala em banalização do sexo, transformando-se em um traço de cultura brasileira, exportado e difundido enquanto modelo. Segundo a jornalista e antropóloga Aglair Bernardo, não é fácil inserir-se em uma sociedade onde a orgia faz parte de um estilo, como uma demanda social. Na versão moderna, o sexo não vem escondido atrás de metáforas, vem explícito. É uma experiência compartilhada, como se as pessoas tivessem transando coletivamente. A mulher é divulgada em toda a mídia de massa, como usável e descartável, fragmentada em partes específicas do corpo as quais parecem ter vida própria. Propaga-se o sexo pelo sexo, sem carinho, sem afeto. Deturpa-se a própria sexualidade, uma vez que a mulher pouco ou nada faria com um grande traseiro. Segundo pesquisas, a programação mais adequada às necessidades da mulher seriam os programas sob a ótica feminina e não apenas destinados às mulheres, uma vez que a programação atual é percebida como machista e distante do corre-corre diário do atual estilo feminino. Promover uma identificação maior junto às mulheres implica uma programação pensada, pautada,analisada, escolhida e diagramada sob o enfoque feminino, o qual estipula como necessário que: forneça informação contextualizada,rápida, clara e objetiva;siga a estética do belo segundo a percepção da mulher; apresente um conteúdo diversificado de forma a objetivar a melhor performance feminina em todos os papéis que ela desempenha.. Utilize modelos, exemplos que expressem valores, sentimentos e comportamentos que atendam suas necessidades e as de sua família, ajudando a reduzir sua carga de trabalho, especialmente quanto à educação dos filhos; não precisar decodificar e retrabalhar conceitos errôneos ou distorcidos apresentados na TV, já seria de grande ajuda. Pesquisas comprovam que, a percepção das mulheres levam-nas a considerarem a programação da televisão apenas regular,sendo que as repetições são tremendas.Frases inteiras são repetidas, evidenciando assim, o caráter descartável do conteúdo, deixando uma real sensação de perda de tempo. Dois aspectos reforçam esta impressão de inadequação: O primeiro aspecto, refere-se à não existência de programas femininos com produções mais elaboradas a maioria deles, presos a sofás e processos discursivos intermináveis- que transformam os programas femininos em programas chatos e pobres. A mídia não percebe que as atuais donas-de-casa e mães, pertencem à geração dos vídeo-clipes, possuem uma sofisticação visual elevada, requerendo outro tipo de programa, mais rápido, multidisciplinar e interativo, permitindo o debate dos diferentes pontos de vista. O segundo ponto muito mais preocupante, refere-se ao fato da televisão não ajudar as mães na educação de seus filhos. Longe do lar ou já dormindo, as mulheres sabem que seus filhos estão com a televisão ligada. Para elas, o ideal seria ter certeza de que seus filhos estão assistindo programas que se não formam juízos de valores adequados, ao menos não os deturpam. Em raríssimas imagens da mulher retratada na TV, alguns traços de personalidade projetados enaltecem sua imagem. Uma das principais características associada à imagem positiva, refere-se ao fato de ser batalhadora, persistente, bem sucedida, amada, respeitada . Outra característica favorável passada pela TV é a inteligência, em geral fornecida pelas âncoras dos telejornais e por artistas de renome. Universidade De Cruz Alta Sociologia Da Comunicação- Profª Márcia Campos Comunicação Social-jornalismo Turma “A” Tema: MULHERES NA MÍDIA Acadêmicos : Sub-tema: Mulheres na área de comunicação social Fabiane Gomes Rocheli Dickel Sub-tema: Personalidades e Personagens das telenovelas Diego Borges Miralvo Mastella Sub-tema: Mulheres questionam as programações de TV Alexandra Alcântara Luiza Thomas