Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia Tromboembolia Pulmonar Aguda Sérgio Saldanha Menna Barreto Fauldade de Medicina Universidade Federal do Rio Grande do Sul Sumário 1. Conceitos 8. 2. Epidemiologia Exames complementares 3. Patogenia 9. 4. Fisiopatologia 10. Exames de confirmação 5. Sintomas e sinais 11. Tratamento 6. Escores clínicos 12. Profilaxia 7. Apresentações clínicas 13. Gravidez Exames de exclusão Pré-requisito Vanderbroucke et al NEJM 2001; 344: 1527 Inibidor da via do FT Inibidor da fibrinólise trombino-ativável 1. Conceitos Tromboembolia venosa / TEV Doença tromboembólica venosa Tapson VF. New Engl J Med 2008; 358:1037 1. Conceitos Tromboembolia venosa – TEV TVP aguda SPF crônica TVP: trombose venosa profunda SPF: síndrome pós-flebítica TEP aguda TEP crônica HPTEC TEP: tromboembolia pulmonar HPTEC: hipertensão pulmonar tromboembílica crônica 2. Epidemiologia O impacto da TEP • Assintomática - incidental - sintomática - morte súbita • Alta letalidade imediata e mediata • Risco de recorrência imediata e mediata • Ausência de quadro clínico patognomônico • Não é de diagnóstico clínico • O diagnóstico exige comprovação por imagens • Pode não se chegar ao diagnóstico final • O tratamento interfere na homeostase da coagulação • A profilaxia é eficaz, mas não absoluta 2. Epidemiologia Incidência TEP USA 1970 - 1990 • 50 % dos óbitos com TEP não ocorreriam sem TEP • Incidência anual geral 60 – 100 casos / 100.000 • 25 - 35 anos 30 / 100.000 > 70 anos 300-500 / 100.000 5 milhões TVP 500 - 600 mil TEP 10% das TEP 50 [- 200 ] mil óbitos • sintomáticas são fatais TEP ocorrem em 1% de pacientes hospitalizados dentro de 1 hora do 1° sintomas • Mortalidade intra-hospitalar 6% - 15 % • Maior complicação pulmonar aguda hospitalar • 3ª causa de morte hospitalar • Risco de recorrência imediata e mediata Kearton C. Circulation 2003; 107; I-22 Sem tratamento 50% pacientes com TEV sintomática tem recorrêrncia em 3 meses Alpert JS et al. Prog Cardiovasc Dis 1994; 36: 417 • Prontuários médicos alta 2. Epidemiologia Incidência TEV por idades • 07 / 1985 – 12 / 1986 = 18 meses • Worcester Massachusets USA • 380.000 habitantes Incidência e idade Worcester ♂ > ♀ P < 0,005 Anderson FA et al. Arch Intern Med 1991; 151: 933 3. Patogenia Tríade Virchow Estase venosa Lesão da parede vascular Hipercoagulabilidade Virchow RLK. Cellular pathology as based upon physiological and pathohistology Rudolf Ludwig Karl Virchow Schivelbein, Pomerânia, Alemanha 1821-1902 7th American ed. NY: 1860: 236 3. Patogenia Estase venosa imobilização - pressão local - obstução insuficiência cardíaca congestiva - desidratação Lesão da parede vascular Trauma - inflamação (flebite) - trombose anterior Estados de hipercoagulabilidade • Resposta a trauma, cirurgia, gravidez • Câncer • Uso de estrógenos: contraceptivos, reposição hormonal (?) • Estados trombofílicos 3. Patogenia Estados trombofílicos • Defic. Antitrombina 1965 • Hiperhomocisteinemia 1969 • Defic. Proteína C 1981 • Defic. Proteína S 1984 • Fator V Leiden Leiden, Holanda 1993 • Fator VIII > 1500 UI/L 1995 • Mutação FII 20210A 1996 Martinelli I. Thromb Haemost 2001; 86: 395 Rosendaal FR. Lancet 1999; 353: 1167 3. Patogenia TEV • Propensão genética intrínseca à trombose + • Gatilho ambiental extrínseco Limiar trombótico Rosendaal FR. Lancet 1999; 353: 1167 4. História natural Kakkar VV et al. Natural history of postoperative deep-vein thrombosis Lancet 1969; 294: 230 - 3 125 125 I-fibrinogênio I-fibrinogênio 132 pac pós-operat sem tromboprofilaxia ++ flebografia flebografia 40 pac - 30 % TVP panturrilha 14 pac - 35 % lise espontânea em ≤ 72 h 26 pac - 65 % TVP persistiu > 72 h 17 pac - 65 % TVP permanenceu local 09 pac - 35 % [ 9/40= 22,5% ] TVP extensão proximal 04 ( 45 % ) TEP 4. História natural TVP panturrilha ~ 20% Extensão proximal ~ 50 % TEP TEP fatal Kakkar VV et al. Lancet 1969; 294: 230 4. História natural Bounameaux H & Perrier A In Colman RW et al. Hemostasis and thrombosis 2006 4. História natural TVP ± TEP • TVP 50 % TEP silenciosa • TEP 70 % TVP silenciosa Hull et al. Ann Intern Med 1983; 98: 891 ~ 90% TEP originam-se de TVP MM II Hull RG et al. Ann Intern Med 1983; 98: 891 TVP proximal sintomática TEP assintomática 50 % Moser KM et al. JAMA 1994; 271: 223 4. História natural Repercussões da TEP aguda • Carga embólica: nível e número de artérias obstruídas • Estado cardiopulmonar: reserva cardíaca e pulmonar • Resposta autonômica: liberação de mediadores humorais 4. História natural Anatomia patológica TEP • Oligoemia • Atelectasia congestiva edema hemorragia Robbins, 1999 Netter,1956 • Infarto pulmonar ≈ 10% • Derrrame pleural • Atelectasia em faixa Heitzman ER. 1973 Heitzman R. 1973 5. Fisiopatologia Fisiopatologia da TEP aguda TEP aguda obstrução pré-capilar Conseqüências circulatórias Leito vascular Resistência vascular Pressão artéria pulmonar Sobrecarga / Disfunção ventrículo direito 5. Fisiopatologia Fisiopatologia da TEP aguda Conseqüências respiratórias Espaço morto alveolar volume pulmonar Desuniformidade V/Q PaO2 Hiperventilação PaCO2 Resistência vias aéreas Complacência pulmonar 5. Fisiopatologia TEP aguda maciça Insuficiência ventricular direita aguda Redução do volume sistólico Redução do débito cardíaco Hipotensão Síncope Parada cardíaca Recuperação 6. Sintomas e sinais Manifestações clínicas Dispnéia ± desconforto torácico Súbitos ou evoluindo em dias ou poucas semanas Manifestações de TVP dor - calor - edema em MM II < 50% casos Dor torácica pleurítica ± hemoptise Mais frequentemente com infarto pulmonar Tosse – palpitações – tonturas – apreensão - febrícula podem constituir queixas Hipotensão arterial persistente < 90 mm Hg ou choque Taquipnéia > 20 rpm é a manifestação clínica mais freqüente Taquicardia > 100 bpm é muito comum Atrito pleural e crepitações localizadas e sibilos podem ser identificados, menos frequentemente 4. História natural Formas de TEP aguda • Pulmões sadios • Pneumopatias • Cardiopatias 7. Apresentações clínicas TEP aguda - apresentações clínicas sem doença cardíaca ou pulmonar n= 117 PIOPED • (Dispnéia +) Dor pleurítica hemoptise 65 % [ Q < 30 % ] • Dispnéia isolada 22 % [ Q 30 - 50 % ] • Colapso circulatório 8 % [ Q 50 % ] • Assintomática 5% Stein PD et al Chest 1991; 100: 598 7. Apresentações clínicas PIOPED I Maciça Não maciça Stein PD et al Chest 1991; 100: 598 7. Apresentações clínicas Wood KE. Chest 2002; 121: 877 8. Fatores clínicos de risco Fatores adquiridos • Mobilidade reduzida Repouso no leito Imobilização de membros • Gravidez e puerpério • Idade avançada • Contraceptivos orais • Câncer • Terapia de reposição hormonal • Doença clínica aguda • Quimioterapia • Grande cirurgia • Obesidade • Trauma • Sindrome antifosfolípide • Cateteres venosos centrais • Lesão medula espinhal • Policitemia vera 8. Fatores clínicos de risco Fatores hereditários de risco • Deficiência de antitrombina Fatores possíveis • Níveis elevados de lipoproteinas • Deficiência de proteína C • Deficiência de proteína S • Fator V Leiden • Resistência à proteina C ativada • Baixos níveis de inibidor do via do fator tissular • Níveis elevados de : hemocisteína, sem fator V Leiden fatores VIII, IX, e XI; fibrinogênio, • Mutação do gene da Protrombina • Desfibrinogenemia • Deficiência de plasminopgênio e inibidor da fibrinólise ativavel por trombina (TAFI) 8. Fatores clínicos de risco Estados trombofílicos TEV Controle • Fator VIII > 1500 UI/L 1995 25% 11 • Fator V Leiden 20 3-5 • Hiperhomocisteinemia 1969 10 5 • Mut FII 20210A 1996 6 2 • Def Proteína C 1981 3 • Def Proteína S 1984 1- 2 1993 • Def Antitrombina 1965 Martinelli I. Thromb Haemost 2001; 86: 395 1 0,2 - 0,3 ? 0,02 % Rosendaal FR. Lancet 1999; 353: 1167 8. Fatores clínicos de risco Fatores independentes de risco para TEV Olmsted County - Minnesota - USA 01 / 1979 - 12 / 1990 ... 15 anos Caso - controle 625 + 625 Cirurgia OR 21,7 ( 95% IC 9,4 - 49,9 ) Trauma 12,7 ( 4,1 - 39,7 ) Hospital / nursing 8,0 ( 4,5 - 14,2 ) Câncer 6,6 ( 2,1 - 20, 2 ) QT, cateter central ou MP 5,6 ( 1,6 - 19,6 ) TV superficial 4,3 ( 1,8 - 10,6 ) Paresia neurológica 3,0 ( 1,3 - 7,4 ) Heit JA et al Arch Intern Med 2000; 160: 809 8. Fatores clínicos de risco Triggering factors Intrinsic factors Importância dos fatores de risco: Estudo Sirius Risk factor OR History of VTE 15.60 (6.77-35.89) Venous insufficiency 4.45 (3.10-6.38) Chronic heart failure 2.93 (1.55-5.56) Obesity 2.39 (1.48-3.87) Pregnancy 11.41 (1.40-93.29) Deterioration of general condition 5.75 (2.20-15.01) Immobilization 5.61 (2.30-13.67) Long-distance travel 2.35 (1.45-3.80) Infectious disease 1.95 (1.31-2.92) 0 5 10 OR 25 (95% CI) 40 Samama MM. Arch Intern Med. 2000;160: 3415 8. Fatores clínicos de risco Cenários de TEP aguda • Pós - operatório • Paciente crônico confinado ao leito • Pós - parto • Paciente com câncer • Sala de trauma • Paciente em Q / cateterização • Serviço de emergência • ACO / TRH 9. Suspeita clinica Suspeita clínica • Pensar em TEP • Quadro clínico compatível • Identificação de fatores de risco • Exclusão de diagnóstico alternativo 9. Suspeita clinica Condições clínicas TEP aguda Sintomas torácicos agudos + TVP Sintomas torácicos agudos inexplicados Sintomas torácicos + síncope Síncope / Parada cardiorrespiratória 9. Suspeita clínica ICC súbita inexplicada Descompensação de pneumopatia crônica Choque cardiogênico sem IAM Taquiarritmias súbitas inexplicadas Dor pleurítica e hemoptise súbitas + arritmia crônica 9. Suspeita clínica Probabilidades clínicas de TEP PIOPED Baixa Probabilidade : < 20% …. de ser TEP Moderada Probabilidade: 20% - 79 % Alta Probabilidade : ≥ 80 % JAMA 1990; 263: 2753 9. Suspeita clínica Probabilidades pré-testes diagnósticos Escore de Wells • Sinais objetivos de TVP (edema, dor a palpação ) 3,0 • FC > 100 bpm 1,5 Probabilidade Baixa Moder • Imobilização ( > 3 dias - exceto ao banheiro ) ou cirurgia nas últimas 4 semanas 1,5 • TVP ou TEP prévias ( Dx objetivo ) 1,5 • Hemoptise 1,0 • Neoplasia ( ativa - Tx concluído < 6 meses ) 1,0 • TEP mais provável que Dx alternativo 3,0 Alta < 2,0 2,0 - 6,0 > 6,0 Improvável ≤ 4,0 Provável > 4,0 Wells PS et al. Ann Intern Med 1998; 129: 995 10. Diagnóstico O processos diagnóstico 1. Definição de probabilidade clínicas 2. Exames não-diagnósticos 3. Exames de exclusão 4. Exames de confirmação 10. Diagnóstico Não excluem nem confirmam o diagnóstico de TEP • Rx simples de tórax • Eletrocardiograma • Gasometria arterial • Dímeros-D Reforçam a suspeita clínica apontam para outro diagnóstico 10. Diagnóstico RX tórax em TEP aguda Normal 20 % Derrame pleural Atelectasias em faixa Elevação do diafragma uni / bilateral Imagem densa em cunha base pleural ... sobre diafragma Hampton’s hump 10. Diagnóstico art pulm + oligoemia focal S. Westermark • Dilatação hilar unilateral • Art pulm central proeminente • Dilatação art pulm desc direita • Interrupção abrupta de vaso central 10. Diagnóstico 10. Diagnóstico Resolução 10. Diagnóstico Gasometria arterial A-a O2 > 20 mm Hg > 80% PaO2 < 80 mmHg > 70 - 80 % PIOPED hipoxemia @ extensão embolia e doença de base PaCO2 usualmente reduzida pode estar aumentada Dalen Chest 2002; 122: 1440 Stein PD et al. Chest 1995; 107: 139 10. Diagnóstico ECG achados sugestivos Taquicardia sinusal S1 Q3 T3 • Fibrilação atrial de início recente • Inversão T V1 - V4 • Depressão ST em D3 • Sobrecarga VD / QRS > 90º • Bloqueio agudo de ramo direito 10. Diagnóstico TEP aguda com cor pulmonale agudo S1 Q3 T3 ± ST2 S>R Inversão de T Dubin D, 1978 10. Diagnóstico Dímeros-D Goldhaber SZ. NEJM 1998; 339: 93 10. Diagnóstico Exclusão de TEP aguda Baixa probabilidade clínica Dímeros D normais* ou Qualquer probabilidade clínica Cintilografia perfusional normal * Elisa ou teste de alta sensibilidade 10. Diagnóstico Cintilografia pulmonar perfusional 99mTc- MAA Post Lat dir Obl post dir Lat esq Exclui TEP Obl post esq Ant 10. Diagnóstico Exames de confirmação • Cintigrafia perfusional de AP + AP clínica • AngioTCH (+) • IRM (+) • Ecocardiograma TE (+) • US MM II (+) + AP clínica de TEP 10. Diagnóstico Cintilografia Perfusão Desuniformidade ventilação – perfusão Ventilação mantida em área de defeito perfusional Ventilação 10. Diagnóstico Angiotomografia computadorizada do tórax - ATC Helicoidal 10. Diagnóstico J Throm Hemost 2005; 3: 7 10. Diagnóstico Arteriografia pulmonar por cateter 10. Diagnóstico Diagnóstico de TEP Recomendações para exames de imagens Pacientes com clínica de TVP Duplex Pacientes sem clínica de TVP Pacientes com clínica TVP com duplex negativo + Pulmões normais Q ± V/Q Pacientes com pneumopatia grave / extensa ATCH Pacientes com suspeição alta + V/Q não diagnóstico ATCH Suspeita alta e ATCH (-) arteriografia por cateter Alta probabilidade clínica mas testes não-invasivos negativos e arteriografia pulmonar por cateter negativa • Aceitar que não houve TEP • Estabelecer programa de viligilância, sem tratar • Anticoagular por 3 meses, em ausência de contra-indicações BTS. Thorax 2003; 58: 470 10. Diagnóstico TEP aguda marcadores de gravidade Ecocardiograma Doppler VD/VE > 0,6 > 0,9 > 1,0 Hipocinesia de parede livre, movimentação paradoxal do septo Hipertensão pulmonar Frémont B et al. Chest 2008; 133: 358 Peptídio natriurético do tipo B / BNP ... NT pro-BNP Secreção pelo miócito em resposta a estresse de cisalhamento / sobrecarga de VD Kucher N et al. Circulation 2003; 107: 2545 Troponinas I e T Liberadas pelo miócito com resultado de microinfartos devido a sobrecarga de VD Konstantinides N et al. Circulation 2002; 1060:1263 Beccattini C et al. Circulation 2007; 116: 427 11. Tratamento Tratamento TEP aguda • Prevenção primária medidas profiláticas • Prevenção secundária anticoagulação • Tratamento primário trombólise 11. Tratamento Manejo da TEP aguda Suspeita clínica intermediária / alta Heparina Dx objetivo 11. Tratamento Tratamento da TEP aguda Suspeita de TEV Heparina Confirmação de TEV AVK: antagonistas da vitamina K AVK 11. Tratamento Anticoagulantes pentassacarídicos 1ª geração HNF 2ª geração HBPM 3 ª geração pentassacarídios sintéticos Weitz J. NEJM 1997; 337: 688 11. Tratamento Tratamento imediato Heparinas TEP estável HBPM / kg SC ± ataque HNF 5.000 UI IV TEP Moderada / instável HNF 5.000 - 10.000 IV ou 80 UI / kg HNF 18 UI / kg / hora 1.000 - 2.000 UI / h BTS Guidelines. Thorax 2003; 58: 470 Chest 2004; 128 (Suppl.) ... aTTP em 6 h aTTP 1,5 - 2,5 controle Goldhaber SZ. Lancet 2004; 363: 1295 Piazza, Goldhaber. Circulation 2006; 114: e42 11. Tratamento Após confirmação da TEP • Iniciar anticoagulante oral • Associar heparina + cumarínico 5 dias • Descontinuar heparina quando - Heparina 5 dias - INR 2,0 / 2 dias consecutivos BTS Guidelines. Thorax 2003; 58: 470 Goldhaber SZ. Lancet 2004; 363: 1295 Piazza, Goldhaber. Circulation 2006; 114: e42 Chest 2004; 128 (Suppl.) Tapson VF, NEJM 2008; 358:1037-52 Cumarínicos AVK Warfarin 5 - 10 / 2,5 - 7,5 meia-vida ~ 40 horas MarevanCoumadin 5 mg 1 - 2,5 - 5 mg Femprocumoma 9 - 12 - 15 / 0,75 - 6 meia-vida ~ 6 dias Marcoumar3 mg Meias - vidas Fatores de coagulação • Fator VII ... 6 h Anticoagulantes endógenos • Fator IX ... 24 h Proteína S ... 30 h • Fator X ... 36 h • Trombina... 50 h • Protrombina ... Proteína C ... 8 h 72- 96 h 11. Tratamento Blann AD et al. BMJ 2003; 326: 153 Riscos de recorrências em TEP 1ª fase: período de tratamento com AVK Recorrências 0,7 / 100 pessoas - ano 2ª fase: 6 - 12 meses após descontinuar AVK recorrência de 5% - 7% - 10 % indiferente da duração da fase 1ª fase 3ª fase: anos subseqüentes Incidência anual de 1% - 2 % Büller, PrinsNEJM 2003; 349: 702 Duração anticoagulação Gravidez 6 sem - 3 meses após o parto 1º evento FR reversível < 60 a 3 - 6 meses > 60 a 1º evento idiopático 6 - 12 meses 6 - 12 meses 1º evento FR irreversível 6 - 12 meses TEP recorrente 12 meses - sempre 11. Tratamento TEP aguda Estratificação de risco Sem alto risco Anticoagulação isolada Heparina ou HBPM ou fondaparinux Com alto risco Considerar fibrinólise ou embolectomia Heparina Warfarin RNI 2 – 3 ... 6 meses Suspender anticoagulação se TEP causada por trauma ou cirurgia Se TEP idiopática, anticoagulação contínua Piazza & Goldhaber Circulation 2006; 114: e42 - e47 12. Profilaxia Tromboprofilaxia primária Medidas Físicas • Deambulação precoce • Elevação membros inferiores • Meias elásticas compressão graduada / MECG • Compressão pneumática intermitente / CPI 12. Profilaxia MECG Velocidade de fluxo na veia femoral 36% CPI Velocidade de fluxo na veia femoral > 200 % 12. Profilaxia Tromboprofilaxia primária farmacológica • HNF 5.000 U SC q 12 ou 8 h • HBPM peso-ajustada q 24 h • Warfarin INR 1,5 – 2,0 • Enoxaparina • Dalteparina Risco alto 12. Profilaxia HBPM q 24 h Warfarin INR 1.5 - 2 - 3 HNF 5.000 SC q 8h MECG CPI Risco moderado HNF 5.000 U SC q 12 e / ou MECG e / ou CPI Risco baixo Deambulação precoce Filtro de veia cava inferior 12. Profilaxia • Impossibilidade ou falência de anticoagulação • Gravidade quadro clínico • Cirurgia 13. Gravidez TEP na gravidez Diagnóstico • Preferência para ultrassonografia • Métodos de imagens com contraste com radiação e podem ser usados com cautelas específicas Tratamento • Cumarínicos passam a placenta e podem ser teratogênicos. Não usar, principalmente no 1° trimestre • HNF SC ou HBPM em doses terapêuticas durante a gravidez. • No puerpério passar para cumarínuicos Profilaxia semelhante 11. Tratamento Trombolíticos / Fibrinolíticos Blann A et al. BMJ 2002; 325: 762 11. Tratamento ... Indicações mais apropriadas para o uso de trombolíticos TEP maciça + hipotensão + ausência de contra-indicações 11. Tratamento Fármacos trombolíticos •Ativador do plasmonogênio tecidual recombinante ( Rt-PA / Alteplase) • Estreptoquinase EV contínua 100 mg 2 h 250.000 UI ataque + 100.000 UI / h 24 - 72 h IV 1.500.000 UI 2 h heparina cumarínicos 11. Tratamento Procedimentos invasivos • Cateter trombólise local embolectomia por sucção fragmentação e dispersão pulverização mecânica angioplastia por balão • Cirurgia embolectomia [ TEP aguda ] tromboendoarterectomia [ TEP crônica ]