TEP NA GESTAÇÃO profilaxia - diagnóstico - tratamento Jaquelina Sonoe Ota Arakaki UNIFESP TEP – GESTAÇÃO & PUERPÉRIO FISIOPATOLOGIA Hipercoagulabilidade Progesterona Até 4 – 6 semanas pós-parto complacência venosa Útero fluxo venoso nas veias pélvicas e VCI TEP GRAVIDEZ – FATO OU MITO? 268.525 partos (EUA)* TEV 0,06% 1 TEV:2000 gestações 33% mortalidade materna (Reino Unido 97-99) *Gherman RB et al. Obstet Gynecol 1999 TEP – GESTAÇÃO e PUERPÉRIO Estudo de coorte 30 anos (1966-1995) Olmsted County, Minnesota Resultados 50080 nascimentos 100 casos TVP ou TEP TEP – RR: 4.29 (95%IC, 3.49-5.22;p<0,001) Pós-parto > gestação Helt JA et al. Ann Intern Med 2005; 143:697-706 TEP e GESTAÇÃO Fev 2005 – Ago 2006 1,3/10000 gestações IC 95% 1,1-1,5 70% fator risco associado Multíparas (OR 4,03) IMC≥30kg/m2 (OR 2,65) Knight M on behalf of UKOSS. BJOG 2008;115: 453-61 Multiple Environmental Genetic Assessment Study Março 1999 – Setembro 2004 285 pacientes: 857 controles Risco TEV 5x (OR 4.6; 95%IC 2,7-7,8) – gestação 60x (OR 60.1; 95%IC 26,5-135,9) – puerpério 52x (OR 52.2;95%IC 12,4-219,5) – Fator V Leiden 31x (OR30.7;95%IC 4,6-203,6) – mutação protrombina 20210A Pomp ER, JTH 2008;6(4):632-637 PROFILAXIA NA GESTAÇÃO PROFILAXIA NA GESTAÇÃO PRÉ-PARTO HBPM vs HNF HNF + AAS vs AAS PÓS-PARTO HNF vs HIDROXIETIL-AMIDO HNF ou HBPM vs PLACEBO HNF vs HBPM TOTAL : 649 mulheres Gates S. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2004. PROFILAXIA NA GESTAÇÃO Def. anti trombina III Prótese cardíaca Síndrome antifosfolípide+TEV prévio TEV prévio Def.proteína C ou S Síndrome antifosfolípide sem TEV Heparina SC ajustada TTPA 1,5-2x (0,2-0,4 UI/ml) Warfarina no pós-parto Heparina SC ajustada 7500-10000UI 2x/dia ( 0.1-0.2 UI/ml) Warfarina pós-parto 6 sem. Toglia MR N Engl J Med 1996;335(2):108-114 Dahlman TC Am J Obstet Gynecol 1989;161:420-5 DIAGNÓSTICO NA GESTAÇÃO RISCOS vs ACURÁCIA DIAGNÓSTICO TEP - GESTAÇÃO PROBABILIDADE CLÍNICA EXAMES LABORATORIAIS EXAMES DE IMAGEM DIAGNÓSTICO TEP??? PROBABILIDADE CLÍNICA BAIXA MODERADA/ALTA D-DÍMERO ANGIO TC >500 NEGATIVO <500 POSITIVO TEP – PROPABILIDADE CLÍNICA DISPNÉIA com ou sem - DOR TORÁCICA OU HEMOPTISE (+) (A) ausência de outra causa (B) presença de fator de risco maior (A) + (B) : alta probabilidade clínica (A) ou (B) : intermediária probabilidade clínica nem (A) nem (B) : baixa probabilidade clínica BTS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dispnéia (73%) Dor pleurítica (66%) Tosse (37%) Hemoptise (13%) Dor pleurítica + hemoptise (65%) Dispnéia isolada (22%) Choque: 8% PIOPED MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dispnéia (73%) Dor pleurítica (66%) Tosse (37%) Hemoptise (13%) Gestante 70% Dor pleurítica + hemoptise (65%) Dispnéia isolada (22%) Choque: 8% PIOPED DÍMERO- D PROBABILIDADE CLÍNICA ALTA NÃO REALIZAR INTERMEDIÁRIA SIMPLIRED Epecificidade 19-29% Valor preditivo negativo 94% BAIXA VIDAS/MDA NEGATIVO QQ MÉTODO NEGATIVO EXCLUI TEP EXCLUI TEP D-DÍMERO n=108 Idade : 16-42 anos Francalani I et al.Thromb Res 1995; 78(5):399-405 Most risk Má formação : > 100 a 200mGy QI : > 100mGy Retardo mental/microencefalia: > 1000mGy Leucemia/cancer : > 10 mGy (RR 1,4) Less Least RX tórax Média (mGy) <0,01 Máxima (mGy) <0,01 RX abdome 1,4 4,2 TC tórax 0,06 0,96 TC cérebro <0,005 <0,005 TC abdome 8 49 Cintilografia 0,9 0,9 CINTILOGRAFIA PULMONAR CINTILOGRAFIA - GRAVIDEZ Exposição feto V/Q - 0,2-0,3 mGy a 0,9mGy Dose segura : RX+V/Q+arteriografia < 50 mGy < 5 mGy Maioria dos centros utiliza dose reduzida do radioisótopo Orientar hidratação : eliminar radioisótopo da bexiga DIAGNÓSTICO TEP – PIOPED II RESULTADOS – PIOPED II CT v deve ser incorporada na investigação de TEP Pode ser utilizada como único método para Excluir TEP em baixa probabilidade clínica Confirmar TEP em alta probabilidade Nos demais casos devem utilizar outros métodos auxiliares N Engl J Med 2006; 354 (22):2317-2327 ANGIO TC - GRAVIDEZ Circulação hiperdinâmica Volume plasmático Acurácia??? ANGIO TC - GRAVIDEZ Radiação Dose média fetal 0,06mGy (segura) Maior risco neoplasia mama na gestante? Contraste Risco baixo de choque anafilático mãe/feto Ausência efeito mutagênico em animais Atravessa a placenta Avaliar função tireoidiana na 1ª.semana RNM - GRAVIDEZ Segurança Não definida Gadolíneo Atravessa a placenta Efeitos adversos não relatados DIAGNÓTICO TEP - GRAVIDEZ RADIOGRAMA TÓRAX ECO ANORMAL DPOC?ASMA? NORMAL US DOPPLER MMII POSITIVO NEGATIVO CINTILOGRAFIA Q NORMAL INCONCLUSIVO US SERIADO ANGIO TC POSITIVO Scarsbrook AF et al Clinical Radiology 2006;61,1:12 DIAGNÓSTICO TEP - GRAVIDEZ RADIOGRAMA TÓRAX ECO ANORMAL DPOC?ASMA? OUTRA CAUSA INCONCLUSIVO US DOPPLER POSITIVO NEGATIVO – ANGIO TC NORMAL INCONCLUSIVO US DOPPLER SERIADO POSITIVO Scarsbrook AF et al Clinical Radiology 2006;61,1:12 TRATAMENTO MORTALIDADE MATERNA RISCO SANGRAMENTO FETAL TERATOGÊNIA TRATAMENTO HNF SC, cada 12 hs TTPA 2x normal ou fator anti-Xa 0,35 – 0,7 U/ml Após ajuste: controle semanal HBPM Dose adequada ao peso ou fator anti X-a (4 hs após a injeção) 1 a 1,2 U/ml Ou nível de pico 1,2 U/ml com manutenção acima de 0,5U/ml ACCP, 2004 TRATAMENTO Até 13°semana : HNF ou HBPM Até metade 3° trimestre : warfarina Até o parto : HNF ou HBPM ACCP, 2004 2 semanas antes do parto : HNF Evitar punção peridural (até 24hs antes da última dose) Reiniciar heparina 6hs após parto normal 12hs após cesárea TRATAMENTO PÓS-PARTO Heparina ou anticoagulante oral Manter por pelo menos 6 semanas Total de anticoagulação: mínimo 3 meses TEP NA GESTAÇÃO PROFILAXIA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO