1 http://www.blogdocallcenter.com Quanto mais conteúdo melhor Nos últimos dois anos, a maior parcela de vagas abertas pelas empresas foi para candidatos qualificados —as mulheres têm se beneficiado mais das novas oportunidades Vanessa Vieira ([email protected]) A decisão de investir na formação foi responsável por uma virada na carreira de Juliana Sztrajtman, de 34 anos, hoje gerente de mercado da Johnson & Johnson. Formada em comunicação, Juliana decidiu que queria seguir carreira na indústria de bens de consumo. A saída foi cursar um MBA que complementasse sua formação em assuntos como finanças, estratégia e administração. A aposta deu certo. Antes mesmo de concluir o curso na escola de negócios Kellogg, nos Estados Unidos, ela foi recrutada para trabalhar na Johnson & Johnson do Brasil. "Quando concluí o programa retornei ao mercado num posto superior aos que tive antes", diz. O investimento em educação também teve impacto na carreira de Patricia Apollonio, de 35 anos, gerente de marketing da Softtek Brasil. Ela percebeu a oportunidade de crescimento na companhia de TI quando foi convidada para o posto de coordenadora de marketing para a América do Sul e Caribe. Sua missão era replicar as boas práticas do Brasil nas unidades da Argentina, da Colômbia, da Venezuela e do Caribe. Patricia decidiu estudar espanhol e começou a fazer um curso de gestão de empresas. Pouco antes de se formar, foi promovida a gerente de marketing. Patricia aPollonio, da softtek, 35 anos: retorno aos estudos rendeu Posterior Promoção À Gerente Essas duas histórias mostram o quanto algumas companhias estão valorizando o investimento na capacitação. De modo geral, as oportunidades no mercado brasileiro têm surgido para os profissionais com maior nível de instrução. Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que de 2009 a 2010 o maior número de vagas abertas foi para profissionais com diploma universitário e de Ensino Médio. Nesse período, a oferta de vagas para candidatos graduados numa universidade cresceu 8%, enquanto a oferta para profissionais com Ensino Médio O Blog do Call Center não se responsabiliza pelos Artigos assinados e permite a reprodução dos mesmos, desde que mantida a integridade dos textos, mencionando o autor, fonte e a origem da cópia através do Blog do Call Center em http://www.blogdocallcenter.com 2 http://www.blogdocallcenter.com completo aumentou 12%. As vagas para analfabetos e pessoas com até o 5o ano do Ensino Fundamental foram reduzidas em mais de 2% no mesmo período. Hoje, os funcionários de nível médio representam 42% dos empregos formais no Brasil, seguidos pelos de nível superior, que correspondem a 17%. Os analfabetos representam apenas 0,5% dos trabalhadores com carteira assinada. Os dados do MTE também deixam claro que o número de anos de estudo tem impacto direto no valor do salário que a pessoa receberá. Segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais de 2010, a remuneração média de quem conclui o Ensino Superior corresponde ao triplo do valor pago aos trabalhadores formais que têm apenas o Ensino Médio, e a quase o quádruplo dos rendimentos de quem parou no 5o ano do Ensino Fundamental. O cenário é especialmente favorável às mulheres, mais qualificadas do que os homens. Em 2002, 9% das brasileiras e 8% dos homens tinham um diploma de nível superior. De lá para cá, a participação feminina nas universidades cresceu quase 60%. Hoje, 15% delas têm a graduação, ante 12% deles. Um levantamento do site de empregos Catho Online com 164 000 trabalhadores em 20 000 empresas mostra que, quando o assunto é pós- graduação, as mulheres também levam vantagem. Do total de entrevistados, 20% das mulheres eram pós-graduadas, ante 17% dos homens. "O mercado precisa de profissionais qualificados que não estavam sendo devidamente absorvidos e valorizados. As mulheres têm aproveitado melhor esse momento", diz a economista Regina Madalozzo, professora do Insper, instituto de administração e economia, de São Paulo. Esse cenário positivo para a mão de obra feminina vem sendo captado pelas pesquisas de emprego. De lá para cá, a participação feminina nas universidades cresceu quase 60%. Hoje, 15% delas têm a graduação, ante 12% deles. Um levantamento do site de empregos Catho Online com 164 000 trabalhadores em 20 000 empresas mostra que, quando o assunto é pós- graduação, as mulheres também levam vantagem. Do total de entrevistados, 20% O Blog do Call Center não se responsabiliza pelos Artigos assinados e permite a reprodução dos mesmos, desde que mantida a integridade dos textos, mencionando o autor, fonte e a origem da cópia através do Blog do Call Center em http://www.blogdocallcenter.com 3 http://www.blogdocallcenter.com das mulheres eram pós-graduadas, ante 17% dos homens. "O mercado precisa de profissionais qualificados que não estavam sendo devidamente absorvidos e valorizados. As mulheres têm aproveitado melhor esse momento", diz a economista Regina Madalozzo, professora do Insper, instituto de administração e economia, de São Paulo. Esse cenário positivo para a mão de obra feminina vem sendo captado pelas pesquisas de emprego. Juliana Sztrajtman, 34 anoS, da johnSon & johnSon: formação em negócioS e emprego novo De 2009 a 2010 houve um crescimento de 7% no nível de emprego para as mulheres. Uma elevação superior à registrada para os homens, que ficou em 6%. Os salários pagos às mulheres também têm aumentado num ritmo mais acelerado do que o dos salários dos homens. No período de 2003 a 2010, o rendimento médio das mulheres teve crescimento real de 22%, ante 21% para os homens, segundo dados do MTE. Entretanto, as estatísticas mostram que é justamente entre a população mais qualificada que ocorre a maior diferença de salário entre homens e mulheres. Em 2009, as mulheres com 12 anos ou mais de estudo recebiam, em média, 58% do rendimento dos homens com o mesmo nível de escolaridade. Infelizmente, esta realidade ainda deve levar algum tempo para mudar, afirmam os analistas de mercado. http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/mercado-educacaoquanto-mais-conteudo-melhor-648046.shtml Fonte e créditos: Você SA O Blog do Call Center não se responsabiliza pelos Artigos assinados e permite a reprodução dos mesmos, desde que mantida a integridade dos textos, mencionando o autor, fonte e a origem da cópia através do Blog do Call Center em http://www.blogdocallcenter.com