justiça MINAS GERAIS sábado, 1º DE março DE 2014 - 7 Comitê gestor discute implantação do Processo Judicial Eletrônico qForam realizados treinamentos com escrivães, assessores e dois servidores de cada vara cível da comarca da Capital O Comitê Gestor do Processo Judicial Eletrônico (PJe), do Tribunal de Justiça (TJMG), se reuniu na quinta-feira (27), para alinhamento das ações desenvolvidas ao cronograma de implantação do projeto. Para o desembargador Fernando Caldeira Brant, superintendente da diretoria de Informática do TJMG e presidente do comitê do PJe, o alinhamento é importante, uma vez que a implantação do programa nas varas cíveis do Fórum Lafayette impacta diretamente nas rotinas dos serventuários, magistrados e demais operadores do Direito. Segundo ele, “trata-se de mudanças no procedimento de trabalho, no modo de pensar o processo e no modo de lidar com este”. sentou contexto geral do projeto, ações que já foram desenvolvidas até o momento e as subdivisões das equipes de trabalho. A secretária salientou que o PJe já se encontra em funcionamento por dois anos no Fórum Regional do Barreiro, nos processos da classe de divórcio consensual. Posteriormente, a resolução nº 185 do Conselho Nacional de Justiça instituiu o Sistema Processo Judicial Eletrônico como o de processamento de informações e prática de atos processuais do Poder Judiciário. A partir daí, ele foi ampliado para as demais classes do Fórum do Barreiro e, em 17 de março, será expandido para os processos das classes de despejo das 35 varas cíveis de Belo Horizonte. Sistema é baseado em fluxos e funcionalidades que permitem troca de informações com outros órgãos TREINAMENTOS - Foram realizados treinamentos com todos os escrivães, assessores e dois servidores de cada vara cível da comarca de Belo Horizonte, além de treinamentos específicos para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público (MP) e Defensoria Pública (DP). Também constam do cronograma novos treinamentos. Foram propostas pelo desembargador Caldeira Brant reuniões periódicas para deliberações a respeito do projeto, com foco nos aspectos relacionados aos advogados e defensores públicos. Na ocasião do início do funcionamento do sistema serão disponibilizados espaços no Fórum Lafayette com computadores e servidores A secretária de Padronização da 1ª Instância, Suporte ao Planejamento e à Ação Correicional (Sepac), Maria Cecília Belo, apre- Marcelo Albert PJe será implantado nas varas cíveis de Belo Horizonte para suporte aos usuários do PJe. O diretor da área de Informática, Antônio Francisco Morais Rola, comentou que a participação de um grupo heterogêneo nas deliberações a respeito do projeto é de fundamental importância, diante de suas diversas vertentes, além dos desafios que deverão ser enfrentados pelo TJMG para a implantação de projeto de grande vulto. Ele também salientou que o sistema é baseado em fluxos e funcionalidades que permitem troca de informações com os outros órgãos. O advogado Bernardo Menicucci Grossi, representante da OAB/ MG no comitê gestor do projeto, ressaltou a importância da criação do grupo para manter o diálogo aberto entre as instituições e alcan- çar os melhores resultados. A defensora pública Maria Valéria Valle da Silveira disse que o processo eletrônico é o futuro dos processos judiciais e se trata de um caminho sem volta, por isso deve ser bem estruturado, com a participação de todas as instituições diretamente ligadas. COMPOSIÇÃO - Fazem parte o desembargador Fernando Caldeira Brant, superintendente da diretoria de Informática e presidente do comitê gestor; Flávia de Vasconcelos Lanari, juíza auxiliar da presidência; Wilson Benevides, juiz auxiliar da Corregedoria-Geral de Justiça; Vicente de Oliveira e Silva, juiz coordenador do sistema dos juizados especiais; Renato Cardoso, secretário Executi- vo de Planejamento e Qualidade na Gestão Institucional; Antônio Francisco Morais Rolla, diretor executivo de Informática; Maria Cecília Belo, secretária de Padronização da 1ª Instância, Suporte ao Planejamento e à Ação Correicional (Sepac); Dirce Bahiense, diretora executiva de suporte aos Juizados Especiais; Marcelo Junqueira, diretor executivo de Engenharia e Gestão Predial, André Borges Ribeiro, diretor executivo de Gestão da Informação Documental; Monica Sá, diretora executiva de Desenvolvimento de Pessoas; Kairo Cruz Moreira, representante do MP; Bernardo Grossi, representante da OAB; Maria Valéria Valle, representante da DP; e Marcelo Pádua Cavalcanti, representante da Procuradoria do Estado. Furto de veículo com cão de estimação gera indenização por dano moral A 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJMG) condenou o Hipermercado Baronesa, de Pouso Alegre, Sul de Minas, a indenizar por danos materiais e morais um cliente que teve o veículo furtado no estacionamento. O cliente vai receber R$ 9.200,00 referentes ao valor do bem e mais R$ 5 mil por danos morais, considerando que ficou sem seu cão de estimação, que se encontrava no automóvel. A condenação pelos danos morais se deu por maioria de votos. Segundo os autos, em 18 de dezembro de 2010, D.S. foi ao hipermercado para fazer compras, deixando seu veículo Monza no estacionamento fechado oferecido aos clientes. Ao retornar, vinte minutos depois, foi surpreendido com a ausência do automóvel, sendo que nele se encontrava seu cão da raça Poodle, que estava com a família há mais de dez anos. O cliente informa que procurou o responsável pela liberação de veículos do local, que lhe informou ter visto o Monza sair sem a apresentação do cartão de estacionamento. Ele lavrou boletim de ocorrência, que originou inquérito policial. RESSARCIMENTO - Ao ajuizar a ação, D.S. requereu o ressarcimento do prejuízo material e também indenização por danos morais, levando em conta, além do sentimento de impotência e frustração diante da perda do veículo, o afeto ao animal que tinha há tantos anos. O juiz Paulo Duarte Lopes Angélico, da 3ª Vara Cível de Pouso Alegre, condenou o hipermercado a indenizar D.S. em R$ 9.200, valor do veículo apurado por perito criminal, e em R$ 8 mil por danos morais. O hipermercado recorreu ao Tribunal de Justiça. O relator do recurso, desembargador Moacyr Lobato, manteve a indenização apenas por danos materiais, negando os morais. O desembargador Amorim Siqueira, revisor, entendeu devida a indenização por danos morais, mantendo a sentença. Assim, prevaleceu o voto médio do desembargador Pedro Bernardes, vogal, que entendeu que a indenização deveria ser reduzida para R$ 5 mil. Segundo Pedro Bernardes, “o animal que foi furtado juntamente com o veículo estava com o autor há mais de dez anos, sendo certo que, em muitos lares, o animal de estimação é como se fosse um ente da família, o que denota existência de dor e sofrimento com sua perda tão abrupta.” Contudo, considerando as peculiaridades do caso, o vogal entendeu que o valor estabelecido em primeiro grau deveria ser reduzido. Como não houve recurso, o processo foi baixado hoje à comarca de Pouso Alegre, de forma definitiva, para execução da decisão. Página preparada pelo Centro de Imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de Minas gerais