e-Business Os negócios estão mudando rapidamente e essas mudanças serão cada vez, mais rápidas e intensas. No centro destas mudanças está a Internet. No futuro, não muito distante, além de computadores, o uso cada vez mais comum de dispositivos digitais de acesso à Internet (pagers, celulares e televisores) possibilitarão que a rede esteja presente rotineiramente no dia a dia das pessoas e dos negócios. Conhecer e usar este novo mundo é essencial para a sobrevivência de qualquer organização. Aquelas que terão sucesso serão as que souberem utilizar as ferramentas digitais para reinventar sua maneira de operar e fazer negócios, O que consideramos por Internet Não é apenas um conjunto de tecnologia? É um estímulo, um catalisador para mudanças e uma nova cultura onde toda a economia, de alguma maneira, será afetada É indiscutível que a Internet está se disseminando por toda a sociedade, em uma velocidade nunca vista antes. A Internet estará de tal modo associada a nossa atividade diária, como o jornal, telefone e a TV, mas com um grande diferencial: interatividade. Os primeiros sinais deste ponto de inflexão já aparecem. Temos apenas que reconhecê-los. No Brasil, o site do Bradesco tem mais movimentos que qualquer outra de suas agências físicas. Na mídia, por exemplo, praticamente todos os jornais já têm sua versão na Web e embora muitos ainda sejam conservadores em seus sites, disponibilizando apenas versões on-line de textos impressos, começam a apresentar maior interatividade. Uma nova mídia, diferente das atuais, começa a dar os primeiros passos de vida. As mudanças que começam a aparecer no cenário de negócios ainda são superficiais, se comparadas com as que virão em poucos anos. Mas já demonstram um novo paradigma. Os mercados começam a se transformar radicalmente no eixo do poder: do vendedor para o consumidor. Os produtos caminham para comoditização, com as diferenciações sendo deslocadas para qualidade e conveniência dos serviços. Ao invés do consumidor procurar ofertas, ele faz as ofertas: os sites de leilões virtuais devem ser vistos como os primeiros sinais das mudanças na relação comprador-vendedor e não apenas como curiosidades. Quantas organizações têm hoje sua estrutura organizacional voltada para o cenário de e-Business? Algumas já vendem pela Internet, mas entregam pelo paradigma dos anos 70 ("Não sabemos dizer o horário exato. Espere em casa, no horário comercial, pela entrega da mercadoria."). Nos próximos anos, o cenário em que as empresas nasceram e cresceram, estará em ebulição. Os modelos organizacionais hierárquicos com suas estruturas verticalizadas, a cultura de produto e não de serviços, o uso meramente estático e superficial da tecnologia da informação e a quase ignorância com relação a Internet estarão em xeque. Como agir? Sermos rápidos o suficiente, para nos anteciparmos as mudanças. Neste caso, teremos condições de sermos líderes no novo paradigma; Não sermos rápido o suficiente e apenas agirmos quando as mudanças já se consolidaram. É um cenário onde estaremos no máximo lutando para sobreviver; Ignorarmos as mudanças, pois "elas não nos afetarão". - Dificilmente a empresa terá condições de sobrevivência. A decisão é clara e, não será mais se vamos ou não entrar na Internet e nem quando, mas sim a que ritmo e intensidade isso será feito. Empresas Consumidores B to C B to B B to G B to C : Vendas no Internet, TV interativa e vendas por telefone, etc... Empresas Governo B to G : comércio para obtenção pública B to B : Internet, Intranet, Extranet O que é B2B É a sigla utilizada para representar os negócios realizados entre empresas por meio de transações digitais. O cenário de e-business vai deslocar o centro das atenções das empresas com relação à Internet. Enquanto o sucesso na Web no ano de 1999 foi das empresas voltadas ao comércio eletrônico dirigido ao consumidor (B2C ou Business to Consumer), Como Amazon.com e sites de leilão virtual, o foco vai se deslocar agora para o B2B (Business to Business). Mas chegar ao B2B significa mudar a mentalidade, organização, processos e tecnologia das empresas. B2B ou B2C Ainda é discutido se a iniciativa Internet de uma empresa deverá ser voltada para B2B (Businessto-Business) ou B2C (Business-to-Consumer). Mas será que as empresas podem ser classificadas de maneira tão óbvia assim? Na prática, salvo exceções, as empresas atuam em relações mais complexas, que podemos chamar de B2M (Business-to-Many) – Muitos Negócios. Exemplos Um fabricante de alimentos vende à atacadistas e às redes de supermercados, mas buscam também manter um marketing direto com consumidores. Uma empresa de transporte aéreo tem programas de relacionamentos corporativos com empresas/clientes, com agências de viagens e com o cliente final, o passageiro. Quem é o Cliente Quando mantemos relacionamentos tanto com empresas, como com consumidores finais, a situação torna-se um pouco mais complicada. Voltemos ao fabricante de alimentos. O consumidor final quer comprar o produto pelo menor preço possível. O atacadista e o varejista querem a maior margem possível de lucro. Como conciliar estas diferentes necessidades nos sites? Com certeza o relacionamento B2B não pode ser feito da mesma maneira que o voltado ao consumidor final, o B2C. No B2B o relacionamento exige muitas vezes, para maior eficiência da cadeia produtiva, troca de informações estratégicas, que não podem estar sendo disponibilizadas livremente. Por outro lado, um site voltado a B2C demanda um comportamento bem diferente, uma vez que o seu público tem interesses diferentes. O que fazer ? Para então conciliar estas diferentes iniciativas na Web, uma sugestão é organizar o site por classe de cliente, com acessos restritos por mecanismos de segurança e processos de login. Outra alternativa é construir um site voltado para B2C e uma extranet protegida para as relações B2M. Ou seja, dois sites diferentes, com diferentes níveis de informações. B2B ONLINE TOTALIZA R$ 195,2 BILHÕES EM 2004 NO BRASIL O que representa a soma dos volumes de transações entre empresa e nos mercados eletrônicos, atingiu, em 2004, R$ 195,2 bilhões – valor 30% maior do que o movimentado no ano passado, sendo que o B2B Companies, praticado via portais proprietários das empresas, alcançou R$ 148,9 bilhões, enquanto o B2B realizado nos E-Marketplaces independentes atingiu R$ 46,3 bilhões, no mesmo período. O que é um e-marketplace? Num e-marketplace, várias empresas acedem a uma plataforma comum para concretizar negócios. Em alguns emarketplaces, as empresas conseguem localizar novos clientes ou fornecedores. Noutros, têm a possibilidade de otimizar o processo de encomenda entre compradores e vendedores. Pode utilizar um e-marketplace para promover a sua empresa e identificar novos parceiros comerciais. Os e-marketplaces podem eliminar as barreiras de tempo e espaço, uma vez que é possível realizar negócios 24 horas por dia, 7 dias na semana. Podem ainda proporcionar às empresas uma informação do mercado mais ampla, desde que estejam ativos um número razoável de compradores e vendedores. Enquanto comprador ou vendedor, a utilização de e-marketplaces nos negócios internacionais pode proporcionar uma ou várias das seguintes vantagens: 1. Recolher informação de Mercado: obter informação setorial na área de cobertura geográfica do emarketplace. Pode localizar novos concorrentes e clientes potenciais. 2. Promover os seus produtos: pode registra-se e darse a conhecer a potenciais clientes e distribuidores e ser assim constatado para pedidos de preços. Efetuar transações de uma forma eficaz: grandes compradores, com o objetivo de realizar transações eficazes, podem gerir, no e-marketplace, as suas compras a muitos vendedores. Podem ser visualizadas particularidades dos produtos, tais como a disponibilidade, preço, estoques, tempos de entrega e condições de pagamento. É freqüente que os fornecedores tenham que ser convidados para poderem utilizar a plataforma eletrônica, por forma a chegarem a outros compradores. 1. Localizar novos fornecedores: As empresas podem obter informação sobre inúmeros potenciais clientes e negociar de uma forma eficaz. Alguns e-marketplaces dispõem deste serviço, facilitando a tarefa de localizar, avaliar e negociar novos contratos. 2. Panorama Anual do B2B Online: Desde que começou a ser analisado o índice de B2BOL® vem apresentando uma tendência de crescimento a cada trimestre avaliado. O crescimento mais acentuado nesse segundo semestre de 2004 se deve, especialmente, ao bom desempenho macro-econômico do país e à natural retomada de planos de investimentos e projetos, o que, naturalmente, aquece transações (compras e vendas), inclusive no canal digital. O aumento das exportações também tem, ainda que modestamente, influenciado positivamente no índice. Além disso, o crescimento do índice foi impulsionado pela maior inclusão digital das pequenas e médias empresas, que vêm, finalmente, adotando uma visão mais inovadora dos negócios e percebendo as vantagens (principalmente em termos de redução de custos, acesso e rapidez de negociação) que o comércio online lhes oferece; esta tendência é refletida, principalmente, no crescimento (+137%, frente a 2003) do B2B E-Marketplaces. Não obstante este forte crescimento, porém, quando comparadas com os países mais digitalizados, as operações B2B Online no Brasil ainda apresentam resultados tímidos, perante a pujança da economia offline. Isso porque as cadeias de valor setoriais no país possuem, em sua maioria, empresas de médio, pequeno e micro portes, que ainda estão, em sua grande maioria, fora das transações online. Na análise do histórico trimestral podemos observar como o B2B Companies, após uma queda no terceiro trimestre do ano (R$ 34,7 bilhões), teve uma recuperação no quarto trimestre que levou os valores transacionados perto do recorde do segundo trimestre alcançando um valor de R$ 41,6 bilhões. O setor petrolífero se confirma como dominante neste mercado, mesmo apresentando uma queda no terceiro trimestre. Ainda sim foi o setor com a melhor performance em base anual. O setor automobilístico, por sua vez, manteve uma progressão constate, que acompanhou a evolução do índice em base anual. Mas o principal motivo de crescimento do índice B2B Companies pode ser identificado, principalmente, no crescimento das vendas de bens de consumo e Serviços de TI. Em relação ao ano passado, podemos evidenciar um espetacular crescimento nas vendas dos E-Marketplaces (o crescimento foi de 137%). As vendas nos E-markeplaces independentes, principalmente focados em materiais não produtivos (como informática, escritório, etc...) e em sobras de estoques e revendas, continuaram na linha de crescimento, chegando a um total, em 2004, de R$ 46,3 bi, frente aos R$ 19,5 bi do ano passado. Em conclusão, as trocas de bens e serviços entre empresas por meio eletrônico vêm demonstrando um crescimento contínuo, com taxas influenciadas por fatores conjunturais – como a questão do petróleo ou o aquecimento econômico, mas também se mantido em rota de crescimento sustentável, que prevemos continuar ao longo de 2005 e 2006 na ordem média de 36% ao ano. Principais Vantagens do uso do B2B pelas empresas Ampliação dos canais de vendas; Aumento da competitividade das empresas; Redução de custos em todos os processos realizados com auxílio da Internet; Disponibilidade de operação 24 horas; Rapidez na realização dos processos; Redução da incidência de erro nos processos; Agilização da integração com fornecedores; Redução de circulação física de documentos Diminuição do ciclo de compras. Existem sites que apresentam, de um lado, as empresas compradoras, e, de outro, os fornecedores. Quanto mais empresas aderirem a este sistema, maiores os seus benefícios. Com esse sistema, há grande pressão sobre a cadeia de suprimentos, criando-se oportunidades para a redução significativa de custos, e ampliando-se o leque de possíveis compradores e supridores. A tendência, assim, é a diminuição da dependência em relação a determinados fornecedores. Com o B2B, reduzem-se: As visitas; As trocas de documentos; Os intermediários. A automatização do processo envolve as mais diversas fases, como: Processo de seleção; Processo de aprovação das compras; Negociação de preço; Negociação do prazo; e Preenchimento de pedidos. Outras vantagens das compras, utilizando o B2B, referem-se à: Otimização do processo; Redução de estoques; A informação fica mais disponível; O cliente pode acompanhar em que etapa da produção está o seu pedido; e As equipes de vendas podem atuar como consultoras dos clientes. Cabe ressaltar que, com o B2B, praticamente não há mudança, em termos de programação logística, enquanto o que se altera é o processo de compra, já que a parte física sofre poucas alterações. O B2C, por sua vez, representa um novo enfoque, em termos de logística. No quadro 1, a seguir, são apresentadas algumas diferenças entre o B2C e o B2B. O uso do B2B no Brasil – Potencial de Negócios O uso do B2B no Brasil – Setores A utilização corporativa da Internet revestese, atualmente, de importância estratégica para a competitividade das empresas, não se podendo considerá-la como ligada somente à chamada “nova economia”. As empresas pertencentes à denominada “velha economia” também são afetadas pela Web, e devem caminhar em busca da utilização das vantagens da rede. A nível global, o avanço do comércio eletrônico entre empresas afeta diretamente o desempenho dos mais diversos setores econômicos, e pode ampliar, ainda mais, o desequilíbrio entre os países.