Transmissão de Energia Elétrica A Grandes Distâncias Aplicação de Conversores VSC Transmissão em CA Segmentada A.Pedroso – out 08 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 1. Introdução 2. Fatores no Planejamento de Sistemas Elétricos 3. Realidade Nacional 4. Linhas de Transmissão Segmentadas 4. 1 Áreas Elétricas Assincronas 4. 2 Combinação de Linhas Segmentadas com Linhas com Suporte de Tensão 4. 3 Linhas de Transmissão de Projeto Não Convencional 4. 4 Linhas de Transmissão Controladas em Tensão 5. Estudo de Casos 2 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 1. INTRODUÇÃO Transmissão em CAAT a Longa Distância no País Itaipu (800 km, comp shunt e série) Norte - Sul (1400 km, 100% comp shunt, 50% comp série) Sudeste-Nordeste (1054 km, 100% comp shunt) Tucurui – Manaus (1457 km, …….) P.Velho – Araraquara (2250 km,….….) Transmissão em CCAT a Longa Distância no Mundo Cahora – Bassa (1500 km, 2000 MW) Ligação CCAT Estrutura Híbrida CC/CA China Sistema de Grande Porte Multi-Infeed ( processos em cascata / oscilações emec Interareas) 3 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS CAHORA BASSA 4 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS CHINA 5 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS Ref: EPRI SHOCK ABSORBERS 6 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS FATORES NO PLANEJAMENTO DE SISTEMAS ELÉTRICOS ECONÔMICO TÉCNICOS FINANCEIROS ECONÔMICO FINANCEIROS SOCIO AMBIENTAIS (políticos-etnicos) SOCIO AMBIENTAIS (políticos-etnicos) SOCIO AMBIENTAIS (políticos-etnicos) TÉCNICOS ECONÔMICO TÉCNICOS FINANCEIROS Não obstante o aumento dos requisitos: satisfação da demanda , confiabilidade e incertezas dos cenários de expansão 7 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS REALIDADE NACIONAL Os planos decenais elaborados pela EPE apontam para cenários de expansão com hidrelétricas a partir da exploração dos potenciais das bacias da Região Amazônica. Conclui-se assim pela necessidade de conceber uma Estratégia de Expansão da Malha com ênfase na integração deste potencial, capaz de gerar uma estrutura de transmissão otimizada no que tange: confiabilidade (limitação de propagação de processos em cascata); flexibilidade; atendimento às questões sócio ambientais (inserção regional). 8 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS REALIDADE NACIONAL (continuação) Marcha para o Oeste (migração) Centro – Oeste passa Sudeste e fica com a maior renda do País (PNAD – agronegócio em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul: R$ 1.139 /R$ 1.098) AMAZÔNIA abre nova fronteira (Aproveitamento do Xingu: acordo com a área ambiental , com garantia de atendimento à sustentabilidade de cada bacia UH Belo Monte 12 GW) Usinas do TAPAJÓS (Eletrobrás – CNEC: S.Luiz de Tapajós 6.3 GW) 9 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS REALIDADE NACIONAL (continuação) A aplicação da Estratégia em todos os empreendimentos futuros se opõe a um tratamento individualizado que resulta, muitas vezes, em custosas adaptações da Rede existente. O procedimento tem reflexos econômicos importantes pois sinaliza direções preferenciais de P&D de equipamentos para um mercado estimado em cerca de 160 GW. Alternativas de transmissão com linhas segmentadas, e dotadas de controle de tensão, atendem aos condicionamentos apontados para a transmissão a grandes distâncias no País. 10 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4. Linhas de Transmissão Segmentadas – Linhas de Transmissão em CA interconectadas por ligações assíncronas O objetivo é eliminar eventuais restrições / limitações de estabilidade eletromecânica entre os extremos gerador e recebedor. Com o emprego de conversores eletronicos de potência CA/CC e CC/CA, divide-se / corta-se a linha em secções . As secções de um lado do conversor operam de modo assíncrono em relação as secções do outro lado (modo assíncrono tem aqui o sentido de independência de frequência) Linha C Linha A Dispositivo Back-to-Back Linha D Linha B Linha E Venikov 1980 – “Subdivision of Power Systems as a mean for maintaining transient stability” – The subdivision of power systems into separate sections asynchronous to each other may be considered as a mean of preventing the violation of stability…… 11 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.1 Aplicação da Transmissão Segmentada na Expansão da Malha Principal no País Formação de Ilhas Assíncronas (estrutura em áreas) Conceito tradicional de Área 12 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.2 Linhas de Transmissão Segmentadas dotadas de Suporte de Tensão conversor HVDC VSC B2B (segmentação) CER STATCON (controle de tensão) Atributos da transmissão segmentada com suporte de tensão: CONTROLABILIDADE DE TENSÃO E DE POTÊNCIA MÁXIMA DISTÂNCIA DE TRANSMISSÃO = Máx comprimento dos segmentos ? (LOADABILITY – St. Clair) 13 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.2.1 Limitação do Carregamento das LTs em CA -St. Clair, H.P.-Practical Concepts in Capability and Performance of Transmission Lines (1953) – concept of “line loadability” in terms of surge impedance loading SIL (habilidade da LT com dado comprimento, e operando com um dado carregamento, satisfazer um conjunto de especificações). -Curva fornece uma estimativa do grau de carregamento em relação a sua potência natural, para um dado comprimento, avaliação esta baseada na satisfação de critérios e hipóteses apropiadas, relacionadas com: -limitação de natureza térmica; -limitação da queda de tensão; -limitação de estabilidade eletromecânica (margem de estabilidade) TRANSMISSÃO A LONGA DISTÂNCILINHAS EM CA INTERLIGADAS POR DISPOSITIVOS B2B 14 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS EXEMPLO LT com 480 km Carregamento de 100% da P natural LT com 960 km Carregamento de 56% da P natural Fator Limitante: Estabilidade Eletromecânica Sobretensões 15 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS APLICAÇÃO A TRANSMISSÃO DO MADEIRA ? LTs com Suporte de Tensão (SVC) P.VELHO | 0 COXIPÓ (CUIABÁ) | 1250 ARARAQUARA | 2250 km Estação Conversora HVDC VSC B2B 16 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS S.ANTONIO 4 Jauru Rondonópolis Gerador 5m 2100 MW Samuel Guaporé SISTEMA MATO GROSSO 6 JIPARANÁ 5 7 VILHENA 8 JAURU 21 COXIPÓ RET 22 COXIPÓ INV Gerador 3m 1100 MW SISTEMA SUDESTE -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -95 -700/+700 -700/+700 B2B VSC 2655 MW -700/+700 500 kV 230 kV 345 kV 138 kV 17 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 18 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 19 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS INTERLIGAÇÃO Norte-SE/CO N NE FNS RSE SE/CO Itaipu GER IPU RSE FNS (MW) S 5600 5400 1600 20 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS INTERLIGAÇÃO Norte-SE/CO Segmentada Estudo de Caso GER IPU RSE FNS N (MW) NE FNS RSE 1. SE/CO Itaipu VSC B2B GER IPU RSE FNS (MW) S 5600 5400 3000 21 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 22 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS LIGAÇÃO TRANSANDINA (4860 km) 23 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.3 LINHAS DE POTÊNCIA NATURAL ELEVADA Para fixar idéias considere a LT empregada nos trabalhos (Portela e outros-XIX SNPTEE) LNC500: Tensão: 500 kV (tensão nominal, 550 kV tensão mx em permanência) Impedância Característica: 146.6 Potência Característica: 1632 MW Parâmetros (60 Hz): R = 0.0126 / km XL = 0.1913 / km L = 0.507439 10-3 H / km BC = 8.901168 10-6 S / km C = 23.611 10-9 F / km (“line charging ‘em 500kV = 2.2252 Mvar / km) Nos nossos estudos as LT são consideradas como idealmente transpostas, seus parâmetros independentes de freqüência; a depêndencia com relação ao solo também não é levada em conta. Estas aproximações são pertinentes em estudos à freqüência fundamental. Em alguns momentos buscando examinar os impactos dos diferentes modos / tipos de compensação – série, paralela (shunt) –numa ampla gama de freqüências , estas simplificações são mantidas, com prejuízo da precisão dos resultados, sem contudo invalidar os aspectos qualitativos do desempenho elétrico. 24 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.3 LINHAS DE POTÊNCIA NATURAL ELEVADA (continuação) km 1 288902 s LC Velocidade de propagação: v ( 0.963 c ) Comprimento elétrico (60 Hz): X L BC 1.3049 10 3 rad km (0.0747658 graus ) km ângulo de transmissão SIL x x (km) (graus) 401.253 30 802.506 60 1203.76 90 1605.01 120 2407.52 180 Parâmetros de LTs em 500 kV - Comparação Característica LNC LC (Ref:Kundur pg 209) Zc Pc R XL “line charging” 146.6 1632 MW 0.0126 /km 0.1913 /km 2.2252 Mvar/km 1.3049 10-3 rad/km 350 1000 MW 0.028 /km 0.325 /km 1.30 Mvar /km 1.30 10-3 rad/km 25 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.4 LINHAS CONTROLADAS EM TENSÃO 4.4.1 Aplicação de Compensação Estática Versão atual dos sonhados “voltage supported systems’, nos quais as linhas de transmissão de grande comprimento seriam dotadas de SE intermediárias – estações de chaveamento -, que possibilitariam a instalação de compensadores síncronos (CS), com o objetivo de suportar a tensão ao longo da linha, melhorando a estabilidade. Na implementação atual os compensadores síncronos são substituídos por reatores controlados (CER) ou compensadores estáticos (STATCON). 26 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS barra #1 “VOLTAGE SUPPORTED SYSTEMS” barra # 2………….. CS #1 CS #2……… Transmissão com suporte de tensão ( Ref: Crary, Venikov ) barra #1 barra # 2………….. CER #2………… CER #1……… Transmissão com controle de tensão ( Ref: Gyugi, Edris, Hammad, Reichert ) 27 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.4.2 Efeito do Controle de Tensão na Linha sobre a Estabilidade do PE Unifilar simplificado 28 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.4.3 Efeito do Controle de Tensão na Linha sobre a Estabilidade do PE Relações básicas E1E 2 P sen x12 x12 x1 x 2 x1x 2 B 1 V (E1x 2 ) 2 (E 2 x1 ) 2 2E1E 2 x1x 2 cos x12 29 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.4.4 Efeito do Controle de Tensão na Linha sobre a Estabilidade do PE Componentes do Torque Sincronizante dP P P x12 d x12 2 E1E 2 dP P x1 x 2 K cos 2 d x12 0 V x12 0 30 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 150 Curva Potência-Ângulo Potencia transf MW Curva Potencia- Angulo 4000 3000 2000 1000 deltaG 50 100 150 200 -1000 -2000 -3000 31 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS “Transient Stability as affected by transmission voltage control” ΔP K1 Δδ Δω _ ΔPm+ 377/s 1/2Hs _ K4 K2 ΔV + ΔB ΔX12 GCER -X1 X2 + + outros sinais ΔX12 K3 32 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 4.5 Conversores Configurados para Operação em Back–to–Back HVDC CSI – “Current Source Inverters” CCC – “Capacitor Current Converter” VSC– “Voltage Source Converter” HVDC Light-ABB e HVDC Plus-Siemens 33 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS VSC Transmission- CIGRE WG B4.37 (2001) (Ref: Electra , April 2005) -VSC advantages over LCC No commutation failures, can operate at very small SCR, and can energize passive and dead grid (blackstart capability); Non minimum DC current; Q can be controlled at both ends independently, and independent P control, within the rating of the equipament (cost of the ancillary services); Harmonic filtering at HF; Footprint considerably smaller (25%-40%) than that of the LCC HVDC; Can operate w/o intercom between VSC SEs 34 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS VSC Transmission- CIGRE WG B4.37 (2001) (Ref: Electra , April 2005) -VSC disadvantages over LCC Higher power losses (2% over 0.8% in LCCs); Practical experiences with ovh lines: Needs SC detection schemes. -Conclusions of the Report The report did not identify any technical barriers to VSC at power levels. 35 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS Tipos de Conversores VSC (ref: ABB-www.abb.com/cables dez 2007) Dados de Estação Conversora B2B-VSC Potência – 500 MW HVDC Light® + / - 150 kV (Mod 6) Dimensões da SE incluindo transformadores e equipamento de refrigeração – 50 x 120 metros Custo: US$ 120 milhões por conversor (out 2007) (Válvulas conversoras %, transformadores 20%, proteçãoe controle 10%, obras civís e montagem 20%, outros equipamentos elétricos 20%) 36 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS APLICAÇÃO A TRANSMISSÃO DO MADEIRA LTs com Suporte de Tensão (SVC) P.VELHO | 0 COXIPÓ (CUIABÁ) | 1250 ARARAQUARA | 2250 km Estação Conversora HVDC VSC B2B E1Vconversor P s e n conversor x12 x12 x1 x 2 x1x 2 BCER 37 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS FIM 38 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 39 LINHAS DE TRANSMISSÃO EM CA SEGMENTADAS 40