Integralidade e Cuidado na Saúde Alexandre Franca Barreto - UNIVASF DIAGRAMA: MODELO SISTÊMICO DE INTERGRALIDADE Estrelas e Cosmos Ação Integral Natureza e Terra Comunhão Regras Plantas e Animais Valores Pensamentos Aprendizagens Relacionamentos Sentimentos Adulto Adolescente Pessoas Ego Menino/a Self Bebê-Mãe Criança Amor e prazer Criatividade Imaginação Família Divertimento ludismo Romance Comunidade Aventura Realidade Nação e Mundo Responsabilidade Ação Fragmentada Universo ANATOMIA PSICOSSOMÁTICA (BIOENERGÉTICA E ORGONOMIA) Corporização da energia Resistência entre segmentos União, Separação, Purificação e Centro das Emoções Segmento Ocular Segmento Oral Incorporação e Expressão Segmento Torácico Pulsação, Amor e Identidade Segmento Cervical Segmento diafragmático Resistência Natural Segmento Pélvico Fundamento, sexualidade, criação Segmento Abdominal Couraça é um conceito reicheano para as defesas energéticas psicossomáticas que se expressam em áreas musculares como tentativa de lidar com as demandas do mundo externo e interno Chakras são centros energéticos do corpo que atuam na saúde física, mental, emocional e espiritual Diagrama Energético Corporal Mente-Psique Idéia Percepção Corporal Sentimento Divergência de Excitação = Estado de Dualidade Fluxo de Excitação = Estado de Unidade Essência da Energia Corporal INCIDÊNCIA MICROPOLÍTICA Práticas Psi Sentidos da Integralidade (Mattos, R.A.) “atendimento integral, com prioridade em ações preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais”(C.F. art.198) – Princípio do SUS Referencia a “boa prática” profissional – responder ao sofrimento humano com recursos/técnicas que permitam redução de riscos além de dar suporte ao sofrimento atual (adjetivo de atitude profissional/marca de práticas)”reconhecer além das demandas explícitas” Modo de organizar o processo de trabalho nos serviços de saúde (universalidade e níveis de atenção e assistência) Políticas Especiais – políticas especificamente desenhadas para dar resposta a um determinado problema de saúde/aos problemas saúde que atingem um determinado segmento populacional (ex. PAISM- resposta a maneira reducionista como se procedia com o sofrimento das mulheres). Suporte governamental ao elenco de ações contempladas numa política especial (PNAIDS) Integralidade implica uma recusa ao reducionismo, uma recusa a objetivação dos sujeitos e talvez uma afirmação para o diálogo. Integralidade na gestão do cuidado (Gomes, M.C.P.A. e Pinheiro, R.) Integralidade como “ação resultante da interação democrática entre atores no cotidiano de suas práticas na oferta do cuidado de saúde, nos diferentes níveis” PSF como estratégia política de atenção a saúde centrada na integralidade da família Integralidade em ato – através de práticas que valorizam o cuidado e respeitam o sujeito a ser atendido em suas demandas e necessidades Estratégias de práticas integrais: acolhimento e vínculo Acolhimento: atenção; consideração; abrigo; receber; atender; dar crédito a; dar ouvidos a; admitir; aceitar; tomar em consideração; oferecer refúgio; proteção ou conforto; levar em consideração; etc. Vínculo: tudo que ata; liga; ligação moral; relação; estabelece um relacionamento. “criar vínculo implica ter relações tão próximas e tão claras, que nos sensibilizamos com todo o sofrimento daquele outro, sentindo-se responsável pela vida e morte do paciente, possibilitando uma intervenção nem burocrática e nem impessoal” Merhy Integralidade, Cuidado e Dádiva (Pinheiro, R e Guizardi, F.L.) Relações de poder antagônica as práticas de integralidade e cuidado Integralidade remete antes à noção de cuidado do que intervenção: requer aceitação do outro-sujeito; do encontro desejante; estar em relação Dádiva: “quando objetos de valor passam de mão em mão, o que importa verdadeiramente é a relação que se estabelece entre as pessoas, o objeto da troca é a criação de vínculos de amizade ou surgimento de rivalidades e obrigações”Caillé e Graeber “...ato pelo qual o homem se revela para o homem e pelo homem... O estabelecimento da diferença e a descoberta da similitude...”Haesler Critica à produtividade do SUS –Bem x produto Novas Práticas que possibilitam transformações de sentido, comportamento e qualidade de vida (grupos, atividades físicas, hábitos alimentares, atividades que integram o lazer, conversas, “práticas alternativas”(tai-chi-chuan, yoga, meditação e psicoterapia) Modelo biomédico e o desamparo frente ao sofrimento. Movimento social para reconhecimento de outras terapêuticas Concepções ampliadas de saúde e as Práticas Integrativas e Complementares na atenção básica (PNPIC) Fábula-Mito do Cuidado Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma idéia inspirada. Tomou um pouco do barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava o que havia feito, apareceu Júpiter. Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado. Quando, porém, Cuidado quis dar nome à criatura que havia moldado, Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse imposto o seu nome. Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela conferir o seu nome á criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da Terra. Originou-se então uma discussão generalizada. De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu justa: ‘Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da morte dessa criatura. Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o seu corpo quando essa criatura morrer. Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro, moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver. E uma vez que entre vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada HOMEM, isto é, feita de húmus, que significa fértil”. Extraído do livro Saber Cuidar, de Leornardo Boff ALGUMAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARPES, F. Sistema Muscular: Aspectos biomecânicos In:www.ufsm.br/gepec/musculos.pdf DEVI,Shri Mataji Nirmala. Os chakras e o sistema sutil, 1998. In: www.sahajayoga.org.br/chakras.html GOMES, Márcia Constância Pinto Aderne; PINHEIRO, Roseni. Acolhimento e vínculo: práticas de integralidade na gestão do cuidado em saúde em grandes centros urbanos. 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