MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA ATA DA SESSÃO SOLENE DO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA DE 05.01.2011 POSSE DO CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Aos 05 (cinco) dias do mês de janeiro do ano de dois mil e onze, às 14 horas, no Auditório “Tilene Almeida de Morais”, no Edifício “Campos Salles”, sede do Ministério Público do Estado de São Paulo, sito na rua Riachuelo nº 115, nesta Capital, sob a presidência do Doutor FERNANDO GRELLA VIEIRA, Procurador-Geral de Justiça, reuniram-se 31 (trinta e um) Procuradores de Justiça, integrantes do Colegiado, cujos nomes constam no Livro de Presenças do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, para a Sessão Solene de Posse do Corregedor-Geral do Ministério Público. O Presidente declarou instalada a Sessão, sendo a mesa composta pelas seguintes autoridades: Doutor FERNANDO GRELLA VIEIRA, Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Doutor JOSÉ DE ARRUDA SILVEIRA FILHO, Procurador de Justiça e Secretário do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, Doutor JOSÉ RICARDO PEIRÃO RODRIGUES, Decano do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, Doutor ANTONIO CARLOS DA PONTE, Procurador de Justiça, Conselheiro e Secretário do Conselho Superior do Ministério Público, Doutor NELSON GONZAGA DE OLIVEIRA, Procurador de Justiça e Corregedor-Geral do Ministério Público, Doutor ANTONIO DE PÁDUA BERTONE PEREIRA, Procurador de Justiça e ex-Corregedor-Geral do Ministério Público, Doutor WASHINGTON EPAMINONDAS MEDEIROS BARRA, Procurador de Justiça e Presidente da Associação Paulista do Ministério Público, Doutor ARNALDO HOSSEPIAN SALLES LIMA JÚNIOR, Procurador de Justiça e 1 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA Secretário-Adjunto da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Estado de São Paulo. A seguir o Secretário- Executivo do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, Doutor JOSÉ DE ARRUDA SILVEIRA FILHO leu o Termo de Posse do Corregedor-Geral do Ministério Público, lavrado às folhas 40 do respectivo Livro de Posse, colhendo-se em seguida as assinaturas do Secretário, do Procurador-Geral de Justiça e do Corregedor-Geral do Ministério Público. Assumindo a Tribuna, assim se pronunciou o CorregedorGeral do Ministério Público: “Que estas palavras sejam iniciadas com os meus mais sinceros agradecimentos a todos os pares que depositaram na minha pessoa o voto e a confiança de que teria o talento mínimo indispensável para a condução da Corregedoria-Geral do Ministério Público no biênio que se inicia. De modo particular, no âmbito deste Nobre Colegiado, agradeço comovido o apoio de tantos colegas e amigos e, da mesma forma, aos que tiveram o juízo de não votar, escolhendo outra opção ou o voto no Dr. Paulo Afonso Garrido de Paula, brilhante Procurador de Justiça, uma das maiores reservas de nossa Instituição e nacionalmente reconhecido como um dos profissionais mais destacados em sua área de atuação. A ele, aliás, os meus mais efusivos cumprimentos e o reconhecimento de que não poderia ter tido adversário mais leal e ético durante a campanha e no dia da realização do pleito, em que nos dedicamos, lado a lado, a angustiante e interminável "boca de urna". A todos, porém, meus eleitores ou não, faço um especial apelo: não deixem de me ajudar a carregar este pesado fardo que é estar à frente da CGMP. É certo que dividirei o encargo com os valorosos ombros dos Promotores e Promotoras de Justiça: Drs. Adriana Borghi Fernandes Monteiro, Maria Amélia Nardy Pereira, Patrícia Moraes Aude, Haroldo César Bianchi, José Reinaldo Guimarães Carneiro, Lauro Luiz Gomes Ribeiro, Marcus Vinicius Monteiro 2 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA dos Santos, Orides Boiati, Roberto Barbosa Alves e Roberto Teixeira Pinto Porto. A tarefa, entretanto, tão difícil quanto espinhosa, tenho certeza, não poderá ser realizada sem o indispensável concurso dos demais integrantes do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça. E, de fato, o exercício do cargo é efetivamente grave, pois significa cortar a própria carne. O Corregedor é um Procurador de Justiça dividido entre o homem e a função que exerce. Integra a Instituição por muitos anos. É colega e muitas vezes amigo. Conhece o que deve conhecer, mas não raras vezes, sabe muito mais o que dos autos consta. Como lembrou JOAQUIM FALCÃO, Ex-Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça, por ocasião da posse da Ministra ELIANA CALMON, no cargo de Corregedora-Geral daquela Casa, "A tendência da Corporação é lhe cobrar, se não fidelidade, pelo menos compreensão. Se não ação, pelo menos discrição. Se não severidade, pelo menos abrandamentos. Em vez de investigações, negociações. Mas a própria função só se justifica se for além dessas intrapressões corporativas, humanamente compreensíveis, mas institucionalmente inadequadas. O interesse público não é a soma dos interesses das corporações de magistrados ou não, O interesse público fundamental é impedir que o todo, a nação, seu patrimônio e sua Justiça, seja apropriado pela parte, a corporação". E é este incondicionado compromisso com o interesse público que assumo perante os meus pares, redondamente enganando-se aqueles que ousassem poder imaginar hipótese diversa. De outra parte, a responsabilidade pelo exercício do cargo se apresenta ainda maior, na medida em que venho a suceder o estimado e antigo colega, um dos amigos que, por ter precocemente perdido meu único irmão, unilateralmente o adotei como tal: o Doutor ANTONIO DE PÁDUA BERTONE PEREIRA, um dos primeiros Promotores de Justiça que conheci na carreira. A ele dedico todo o 3 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA meu respeito e o reconhecimento pelo magnífico trabalho desenvolvido pelos dois últimos biênios, modestamente mitigado no documento recentemente enviado a todos nós, Integrantes deste Egrégio Colegiado, em escusada prestação de contas de sua gestão. Neste particular, como Sua Excelência já afirmou neste mesmo Plenário, o reconhecido sucesso de sua gestão há de ser partilhado com os Promotores e Promotoras de Justiça que integraram a sua Assessoria, Drs. Camila Mansur Magalhães da Silveira, Denise de Oliveira Nascimento, Gilberto Nonaka, João Antonio dos Santos Rodrigues, José Cláudio de Melo Costa, Mario Augusto Vicente Malaquias, Paulo Penteado Teixeira Junior, Renato Fernando Cassemiro, Roberto Fleury de Souza Bertagni e Orides Boaiti, amigos e amigas que tive a preocupação de pessoalmente manifestar o mesmo reconhecimento da dedicação e qualidade dos serviços prestados, dizendo a cada um deles que aquela era a palavra de alguém que, por ter ocupado nos últimos três anos funções junto ao CSMP e a este Órgão Especial, podia testemunhar o quanto tão bem todos tinham desempenhado as suas atribuições. Tais indispensáveis elogios foram por mim renovados e estendidos aos servidores lotados na CGMP na minha primeira reunião de trabalho. Já caminhando para o encerramento, permitam-me voltar ao texto citado no discurso de posse de nossa gestão, onde fiz aquela comparação entre a vida e uma viagem de trem, pois cada vez mais estou convencido de que nossa vida é realmente uma viagem, repleta de alegria e surpresas agradáveis com certos embarques e tristeza e amargura com alguns desembarques, lembrando um pequeno trecho que fala: "Muitas pessoas viajam no trem e quando desocupam seus assentos ninguém percebe. Há outros, porém, que circulam de vagão em vagão, prontos para ajudar os necessitados. Estes, quando descem, deixam saudades. É surpreendente que alguns 4 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso, obrigando-nos a fazer uma viagem deles separados. Isso não nos deve impedir de, mesmo com alguma dificuldade, atravessarmos vagões e chegar até eles. O difícil é aceitar que não podemos sentar ao lado deles apenas pelo fato de outras pessoas estarem ocupando este lugar". Insisto neste texto somente para lembrar que, desde o dia 1º de janeiro eu e o meu irmão Antonio Bertone apenas trocamos de lugar. Só não literalmente porque, em razão de um pequeníssimo espaço da lista de antiguidade ele não integra o rol dos vinte mais antigos da Carreira, o que significa que lastimavelmente seremos privados de sua preciosa companhia neste Colegiado. De qualquer forma eu e o Doutor Bertone apenas trocamos de assentos, na certeza de que o vagão continua o mesmo e de que é único o nosso destino. Pela Graça de Deus! Ao encerrar peço permissão para cometer pequena indiscrição e revelar aos presentes uma preocupação comum a todos os meus hoje Assessores, por ocasião da formulação do convite para a vinda para a CGMP, na média, Promotores de Justiça que contam com mais de 20 anos de carreira. Além do cativante entusiasmo demonstrado por cada um deles, todos, sem exceção, em determinado momento, com maior ou menor intensidade, demonstraram preocupação em não me decepcionar. Da mesma forma e com a mesma humildade, fazendo coro aos meus Assessores, mais uma vez agradeço aos meus pares pela confiança em mim depositada e igualmente afirmo: ‘Espero não decepcioná-los’. Muito obrigado pela atenção”. Após calorosas palmas dos presentes, o Procurador-Geral de Justiça comunicou a todos a futura ocorrência de solenidade de Posse Solene–Festiva do Corregedor-Geral do Ministério Público, a ser oficialmente anunciada. Nada mais havendo a ser tratado, a presente Sessão foi encerrada pelo Presidente. Para constar, eu, JOSÉ DE ARRUDA SILVEIRA FILHO, Procurador de 5 MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA Justiça e Secretário do Colégio de Procuradores de Justiça, lavrei esta ata que segue assinada por mim, pelo Procurador-Geral de Justiça pelos Presidentes das Comissões permanentes e pelo Decano. JOSÉ DE ARRUDA SILVEIRA FILHO Secretário do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça FERNANDO GRELLA VIEIRA Procurador-Geral de Justiça 6