Procuradores recorrem à Justiça para bloquear obras de terminal do grupo EBX Os procuradores da República Eduardo Santos e Carmen Sant'anna, do município de Campos dos Goytacazes (RJ), entraram com uma ação na Justiça Federal solicitando a declaração de ilegalidade da construção do complexo portuário de Açu pela empresa LLX Açu Operações Portuárias, do grupo EBX , do empresário Eike Batista. A ação, com pedido de liminar, foi distribuída para a 1ª Vara Federal de Campos e pede a imediata paralisação das obras. Entre outros argumentos, os procuradores sustentam que a lei 8.630/93, que regulamenta os portos brasileiros, é inconstitucional. O procurador Santos, um dos autores da ação, disse que, ao criar a figura da "instalação portuária de uso privativo", a lei passa por cima do preceito constitucional que diz ser a exploração portuária uma exclusividade da União, diretamente ou por delegação. O procurador ressaltou que já existe em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a Lei dos Portos, mas disse que um juiz de primeira instância pode declarar essa inconstitucionalidade se lhe for apresentado um caso concreto. Santos disse que foi pedida a paralisação da obra porque se o Ministério Público obtiver ganho de causa quando o complexo já estiver construído será impossível reverter os fatos. Os procuradores argumentam também que há ilegalidades ambientais no projeto e que desapropriações podem estar ocorrendo em benefício de um projeto privado, o que seria ilegal. Fonte: O Valor Em, 18-08-09.