Sistema de Barreira Estéril e rastreamento para processos de esterilização Artigos: 38,77 a 85 Maria Águida Cassola Outubro 2013 Art. 38 As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente. Art. 77 O CME e a empresa processadora devem utilizar embalagens que garantam a manutenção da esterilidade do conteúdo, bem como a sua transferência sob técnica asséptica. Art. 78 As embalagens utilizadas para a esterilização de produtos para saúde devem estar regularizadas junto à Anvisa, para uso especifico em esterilização. Art. 79 Não é permitido o uso de embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha, papel jornal e lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo envelope de plástico transparente não destinadas ao uso em equipamentos de esterilização. Art. 80 A selagem de embalagens tipo envelope deve ser feita por termoseladora ou conforme orientação do fabricante. Art. 81 Não é permitido o uso de caixas metálicas sem furos para esterilização de produtos para saúde. Art. 82 O CME que utiliza embalagem de tecido de algodão, deve possuir um plano contendo critérios de aquisição e substituição do arsenal de embalagem de tecido mantendo os registros desta movimentação. Parágrafo único. Não é permitido o uso de embalagens de tecido de algodão reparadas com remendos ou cerzidas e sempre que for evidenciada a presença de perfurações, rasgos, desgaste do tecido ou comprometimento da função de barreira, a embalagem deve ter sua utilização suspensa. Art. 83 É obrigatória a identificação nas embalagens dos produtos para saúde submetidos à esterilização por meio de rótulos ou etiquetas. Art. 84 O rótulo dos produtos para saúde processados deve ser capaz de se manter legível e afixado nas embalagens durante a esterilização, transporte, armazenamento, distribuição e até o momento do uso. Art. 85 O rótulo de identificação da embalagem deve conter: I - nome do produto; II - número do lote; III - data da esterilização; IV - data limite de uso; V - método de esterilização; VI - nome do responsável pelo preparo. EMBALAGEM SISTEMA DE BARREIRA ESTÉRIL (SBE) Direitodeconsumirwordpress.com Requerimentos Anvisa ◦ ◦ ◦ ◦ ◦ Nome comercial produto Instruções Uso Especificações Técnicas, Dimensões, Volumes Foto do produto Rótulo ( contendo lote, validade - na menor unidade de venda) ◦ Estudo de Estabilidade para det. prazo de validade ◦ Documentação fabricante e importador Legislação: ◦ ◦ ◦ ◦ ISO 11607 (Partes 1 e 2) EN 868 ( Partes 1 a 5) ABNT 14990 ISO 16775 -Guias de Uso de Normas (em desenvolvimento) Principais pontos de esclarecimento: ◦ 4.1.1 – Quality System - The activities described within and subsequent clauses of this International Standard shal be carried out within a formal quality system. Note: It´s not necessary to obtain third party certification of the quality system to fullfil the requirements of this International Standard. ◦ 4.1.2 – Sampling – The sampling plans used for selection and testing of packaging materials shall be chosen by agreement between involved parts. ◦ 4.1.3.5 – The following material properties shall be evaluated with appropriate test methods agreed by producer and manufacturer: Microbial barrier Toxicological attributes Physical and chemical properties Compatiblity with Sterilization process Compatibility with forming and sealing process Shelf life limitations for presterilzation and poststerilzation storage (Part 2 – Validation requirements for forming, sealing and assembly processes) Principais pontos de esclarecimento: ◦ 4.1.8 .Responsibilities ◦ 4.1.8.1 It shall be the responsibility of manufacturer to ensure that the final package is validated in accordance with this International Standard ◦ 4.1.8.2 The responsibility for conducting compliance qualification tests on materials shall rest to the producer ◦ 4.1.8.3. The responsability for conducting performance qualification tests shall rest with the manufacturer. Definições: Producer – fabricante material da embalagem Manufacturer – relacionado à esterilização do produto IQ Equipamento FAbricante OQ Testes de Selagem Fabricante e Usuário PQ Rotina pós esterilização Usuário Características de projeto e fabricação do equipamento Habilidade de controlar e monitorar parâmetros críticos de processo ( P, T , V) Segurança Lista de partes e peças Alarmes ou outros sistemas que demonstrem falhas do sistema Especificações de Calibração escritas pelo Fabricante Agenda de limpeza e manutenção preventiva Mecanismos de controle que “ avisam “ falhas de processo. Treinamento de usuários documentado Conexão com softwares de documentação ou controle devem ser validados. Ex. Simulação de entrada de dados corretos e incorretos ou queda de energia para detectar confiabilidade e rastreabilidade de dados. Verificar documentação enviada pelo fabricante. Montar um plano de calibração anual ou de acordo com especificação do fabricante. Art. 38 As leitoras de indicadores biológicos e as seladoras térmicas devem ser calibradas, no mínimo, anualmente. Sensor Temperatura (calibrar temperatura de selagem) DMS (calibrar pressão de selagem) Tacômetro (calibrar velocidade de selagem) Peeling test (VISUAL) ◦ Deve ser feita por um inspetor com acuidade visual normal ◦ Delaminação permitida até 10 mm ◦ Caso haja desvios, os mesmos devem ser corrigidos Deve-se verificar também: ◦ ◦ ◦ ◦ Presença de material estranho Dimensão ( 30 mm da borda e do artigo médico) Integridade da selagem ( seal check ou similar) Presença de umidade ou manchas Propriedades de Qualidade Selagem: ◦ Continuidade da Selagem para uma largura pré-definida ( min 6 mm de acordo com ABNT 14990 – 7 e EN 868-5) ◦ Nenhuma abertura ◦ Sem vincos ou dobras ◦ Sem delaminação ou separação do material Indicadores de Selagem ◦ Determinação Parâmetros da selagem Set a seladora nas temperaturas mínimas e máximas indicadas pelo fabricante da embalagem e sele-as sem o uso de seal check. Checar se a selagem está intacta com teste visual e seal check Definir a temperatura de selagem ( média entre mínima e máxima). Nesse caso é de 188 graus C. Resultado Seal Check Visualização Normal Falhas Seal Check Área multiline Seal Check OK Visual OK Visual OK Seladora Não Validável T= 130 Graus C Seladora Validável T= 125 Graus C Força tensil para cada processo de esterilização ◦ ◦ ◦ ◦ 5 a 10 amostras por processo Resultado: > 1,5 N/15 mm – EN 868-5 Análise de desvios e ações corretivas Análise anual ou em revalidações Parâmetros críticos devem ser monitorados e documentados rotineiramente Vários métodos- Força Tensil ou Explosão e Ruptura (EN 868-5- annex D ou ASTM F 88) EN 868-5 Annex D G R A U C I R Ú R G I C O Embalagens não seláveis Validação baseada em IQ/OQ/PQ ( quando existe um equipamento) Verificação baseada em: ◦ 4.1.3.5 – The following material properties shall be evaluated with appropriate test methods agreed by producer and manufacturer: Microbial barrier Toxicological attributes Physical and chemical properties Compatiblity with Sterilization process Compatibility with forming and sealing process Shelf life limitations for presterilzation and poststerilzation storage (Part 2 – Validation requirements for forming, sealing and assembly processes) Embalagem Rígida Embalagem Flexível Estudo da Universidade de Tubingen ( Alemanha) encontrou mais de 30% de falhas em embalagens Auto-selantes. Área de Produção SBE Sistemas inteligentes- Definição parâmetros Identificação Impressão Rastreabilidade Lista de variáveis que podem afetar o status do processo validado: ◦ ◦ ◦ ◦ Mudanças na matéria prima Nova peça instalada no equipamento Mudança do local de instalação Mudança nos parâmetros do processo de esterilização ◦ Tendência negativa na qualidade ou indicadores de processo ISO 11607- 1 e 2 - Packaging for terminally sterilized devices ABNT NBR 14990 – Sistemas e materiais de embalagem para esterilização Zentral Sterilisation – Guideline for the Validation of the Sealing Process According to EN ISO 11607-2 – A. Carter (German Society for Sterilization Supply, DGSV) – Vol 16, 2008. Validação do Processo de Selagem em Embalagens de Produtos Reprocessados na Central de Esterilização – Maria Águida Cassola - Revista Sobecc – Ano 17 Número 2, Abr/Jun 2012 OBRIGADA! [email protected] 11 9 9798 1024