Metodologia do treinamento de musculação Introdução • Posicionamento da ACMS (2002). – Modelo de progressão para o treinamento resistido. • Revisto em alguns aspectos por Carpinelli et al (2004). – Com base em estudos que foram ignorados pelo ACMS. – Interpretações de modelos metodológicos de estudos citados pelo ACMS. – Informações de estudos mais recentes Introdução • Discute as vias utilizadas na academias, confrontando com a literatura corrente. – – – – – – Adaptação Aquecimento Número de séries Número de repetiçoes x carga Velocidade de execução. Intervalos • Entre as séries • Entre as sessões – Abordagens tensional e metabólica Adaptação • Procedimento preparatório e preventivo – Embora o tecido muscular possa suportar cargas elevadas, tendões e ligamentos demoram mais tempo para adaptarem-se às cargas de treinamento. – Aprendizado do exercício deve ser a ênfase. – Carga utilizada • Cargas baixas evitam lesões tendinosas e ligamentares, mas não adaptam fibras tipo II. N í v e l d e r e c r u t a m e n t o 70 60 50 IIb 40 30 IIb 20 10 IIa I 20 40 60 % max 80 100 Aquecimento • Essencial para qualquer atividade física – Previne lesão e melhora rendimento. – Aumenta viscosidade. – Aumenta produção de líquido sinovial. • Questão do alongamento – Benefícios do aquecimento independem do alongamento. – Alongamento pode diminuir a força e até aumentar microlesões. – Quando alongar? Ou não alongar? Número de séries • Três a seis séries são as mais utilizadas • Iniciantes se beneficiam com 01 ou 02 séries. • ACMS sugere 3 – 6 sets para as avançados. – Aumentaria expressão de hormônios. – Não confirmado por outros estudos. – Treinos mais volumosos devem ser periodizados. • Permite maiores estímulos de treinamento • Evitam fadiga crônica. • Ostrowski et al (1997), mostrou que protocolo com baixo, moderado ou alto volume produziu respostas semelhantes. – Massa corporal, ganho e perda de força, potência e hipertrofia. – Moss et al. Effecto of maximal effortstrengt training whit different loads on dynamic strength , cross-seccional area, load power and load velocity relatioships • Autores mostraram que treinamento mais leve foi mais efetivo que com altas cargas. Número de repetições x carga • Usados para determinar a qualidade física treinada. • 1 RM e número de rep. que podem ser realizadas varia com a massa muscular (Hoeger et al,1990). – Mais repetições para grandes massas musculares. – Com 90% da CM se podia fazer mais de 20 rep. • Deixa de ser hipertrofia para gerar endurance. – Também houve variação entre treinados e não treinados • 22 contra 12 rep. à 80% da CM na pressão de pernas. Número de repetições x carga Carga – Percentual de carga máxima • Procedimento antigo • Embora matematicamente lógico, de difícil administração e efeito prático questinável. – Repetições máximas • Modo mais fácil. • Independe de avaliação para prescrição – Até 6 RM melhora força e potência. – 6 a 12 provoca hipertrofia mais saliente. – 20 RM ou mais têm efeito na endurance. Características dos programas Carga Series Intervalo Detalhes > 6 RM 4–10 > 2 min 90–100% CM (primários) No início da sessão Potência 1 a 5;>10 RM 4 – 10 1- 3 > 2 min. No início da sessão; Mais velocidade que força. Hipertrofia 6-12 RM 80-90% CM 3 < 1,5 min Variedade; isolamento; mm. enfaizados no início; ação excêntrica imp. RML 12 – 20 RM 40-60% CM 2–3 2-3 (> 20rep) 30-60” (12-19 rep.) Escolha, padrão e tipo de ação mm. de acordo com esporte / atividade Força 80-90% CM 1–3 (asssitênci) Velocidade de execução • Pouco considerada entre profissionais e pratiantes. • Maioria usa 2 segundos para uma reptição completa. • Velocidades mais lentas aumentam o tempo sob tensão e podem gerar mais danos musculares e outras respostam indutoras de hipertrofia. – 1010; 2020; 4020 • Fase excêntrica com o dobro da concêntrica justifica-se pela maior força e maior dano muscular nesta fase. • Velocidade de execução interfere decisivamente nas repetiçoes máximas. Intervalos • Entre as séries – Influencia na ressíntese de ATP, concentracão de lactato e hormônios. – Lactato aumenta com duração do trabalho, não aumentando nas cargas pesadas apenas. – Intervalos curtos devem ser introduzidos lentamente • Maior fadiga e ansiedade. • Treinos com altas cargas exigem boa recuperação da PC. – Treinos com intervalos de apenas 30 segundos tem sido sugeridos • Até mesmo sem intervalos. Intervalos • Entre as sessões – Depende da capacidade de recuperção individual. – 48 horas é o tempo tradicionalmente determinado. – Indivíduos iniciados podem aumentar a frequência semanal • 4 dias seguidos são mais efetivos que 3 alternados (Hunter, 1985). • Atletas de elite podem precisar de 5 dias – Alguns treinam 7 dias seguidos. » Periodização é a ferramenta para o suporte a esta prática. – Nestas relações, importante considerar cada mm isoladamente. Abordagens tensional x metabólica • Treinamento tradicional tem abordagem metabólica. – Gerar dano muscular para induzir hipertrofia. – Mas dano muscular não é único fator. • E nem sempre pode ocorrer. – Outros fatores como atividade hormonal, hipóxia, óxido nítrico, acúmulo de metabótitos também induzem hipertrofia. • Resulta daí a abordagem metabólica. • Treino tensional – Cargas elevadas e número de repetiçoes suficiente para gerar dano muscular. • Treino metabólico – Cargas mais baixas, com intervalos mais curtos • Visa promover estresse por hipóxia ou acúmulo de metabólitos.