6 Jornal do Comércio | Porto Alegre, quinta-feira, 3 de Dezembro de 2015 ARTIGO Hey! Artigos podem ser enviados para [email protected]. Os textos para este espaço devem ter no máximo 2200 caracteres e estarão sujeitos à edição. ARQUIVO PESSOAL/JC O vendedor coach não apenas vende, ele questiona Muitos reclamam da crise, do governo, da situação mundial, do tempo, entre outras coisas. Esquecem, porém, de perguntar se realmente são fatos ou desculpas, se a culpa de tudo que está dando errado é nossa ou de terceiros. Tratando-se do comércio, o vendedor coach não vende, ele exerce o papel de questionar de modo inteligente o que o cliente precisa, ajudando-o a descobrir o melhor e o mais rápido caminho para alcançar seu objetivo de compra. Uma pergunta de coaching para quem acha que a situação está difícil é: o que você, e só você, pode fazer de diferente para mudar a situação atual? Respondendo a minha própria pergunta, percebo, como empresário, que quando estou desmotivado todos os meus funcionários também ficam, e naquele dia as vendas caem. Ou seja, os profissionais são reflexos dos seus líderes. Mas, qual a solução? Os vendedores e as equipes de atendimento das empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes, precisam de qualificação para inovar, fazer diferente. Durante o 14º Café com Networking, no dia 24 de novembro em Porto Alegre, apresentei sete leis, que já conhecemos, mas que no dia a dia esquecemos de praticá-las, para vender mais e fidelizar clientes. Discutimos a importância de ouvir com atenção o cliente e guardar todas as informações para desenvolver as argumentações no final da negociação; ser a diferença entre a sua empresa e os concorrentes; lutar para conquistar os seus objetivos, desconfiando das coisas fáceis; estar preparado para os problemas que podem JAQUES GRINBERG consultor, escritor, empresário e palestrante especializado em Coaching de Vendas BOM SABER aparecer; estudar e estar preparado para atender os clientes e encontrar meios de diferenciarmo-nos. Para quem quer mudar a situação atual e vender muito mais ainda este ano, é preciso parar de reclamar, sair da zona de conforto para inovar e administrar o seu tempo com profissionalismo. No horário de trabalho, trabalhe. Faça um planejamento diário para vender mais até na crise. Além disso, faça novos amigos (networking) e conheça técnicas e ferramentas do coaching de vendas. A Semana da Hospitalidade é um evento organizado pelos próprios alunos da Pucrs, como parte do programa da disciplina de Organização de Eventos do curso de Hotelaria. Nesta edição, foram 815 inscritos. dicas, sugestões, informações Lições dos hotéis para todo tipo de negócio MARCO QUINTANA/JC ROBERTA FOFONKA @rfofonka Foi lançado, no início de novembro, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), o Bureau de Negócios Turísticos, durante a 3ª edição da Semana da Hospitalidade da universidade. Criado dentro dos cursos de Tecnologia em Hotelaria e Gestão de Turismo para viabilizar negócios entre acadêmicos e mercado, o escritório abre espaço para que alunos, diplomados e professores elaborem, em conjunto, ações e projetos turísticos para a comunidade e governança. “Percebemos que diversos atores do mercado não estavam se relacionando. O que dificulta que o empreendedorismo se desenvolva”, diz o coordenador do curso de Hotelaria, Denis Bohnenberger. Segundo ele, o Bureau de Negócios Turísticos vem para preencher uma lacuna no setor quanto ao desenvolvimento de novas ideias e projetos de profissionais recém formados, que estão fora das grandes empresas. Pedimos para Bohnenberger nos contar quais lições a Hotelaria tem a oferecer Denis Bohnenberger é coordenador do curso de Hotelaria da Pucrs, em Porto Alegre para todo tipo de negócio. Ele garante: “hospitalidade é tudo.” Veja: »»Ele afirma que muitas relações passaram a ser informatizadas com a tecnologia, o que deixou mais prática a vida do cliente em muitas frentes, mas o afastou do contato com a empresa. »»“Nos bancos, todo mundo conhecia o operador de caixa, num primeiro momento. Com o caixa eletrônico, essa relação deixou de existir. E o que acontece com isso? Os bancos não conhecem mais o seu cliente. Eles estão querendo voltar a recebê-los, trazê-los de volta para perto”, ilustra. »»“Hoje, o grande desafio é levar uma pessoa até o seu estabelecimento.” E, não adianta só vencer este desafio. O cliente exige muito mais elementos complementares à experiência de frequentar um local. “Ele tem que ter acessibilidade, legibilidade, além de ser muito bem recebido”, sustenta. »»Outra lição é não menosprezar serviços que na verdade são importantíssimos para o ambiente da empresa. “Ainda temos a ideia de subvalorizar certos serviços. Por exemplo, a recepção. É uma função considerada menor, mas ela, simplesmente, pode abrir muitos negócios ou não. Quando tu chegas em um lugar, é a tua porta de entrada”, explica. »»E não esquecer de como o seu segmento impacta economicamente onde você opera. “A cadeia econômica do turismo, por exemplo, traz dinheiro de fora para dentro dos municípios, e faz com que ele gire internamente”, diz. »»“O que a Hotelaria traz de mais valioso é a hospitalidade. Isso traduz tudo.”