SEMINARIO GÁS NATURAL RIO CAPITAL DA ENERGIA GÁS NATURAL NO BRASIL Symone Christine de Santana Araújo Diretora do Departamento de Gás Natural Ministério de Minas e Energia Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2012 SUMÁRIO Gás Natural no Brasil A Lei 11.909/2009 – A Lei do Gás O Plano de Expansão da Malha de Transporte – PEMAT Ações Estruturantes SUMÁRIO Gás Natural no Brasil A Lei 11.909/2009 – A Lei do Gás O Plano de Expansão da Malha de Transporte – PEMAT Ações Estruturantes OS PILARES DO MERCADO DE GÁS NATURAL Molécula Estabilidade Regulatória Demanda Infraestrutura GÁS NATURAL NO BRASIL BALANÇO E MERCADO DE GÁS NATURAL Reservas Provadas (2011): 459,4 bilhões m³ (16,2 tcf) Média 2011 Produção Nacional de GN: Queima e perda: CONSUMO DE GÁS NATURAL POR SETOR 65,9 MM m³/dia Média 2012** 68,8 MM m³/dia CONSUMO DE GÁS NATURAL Média Média Média Média POR SETOR 2009 2010 2011 2012** (em milhões de m³/dia) 2012** Média % Industrial* Automotivo Residencial Comercial 28,96 35,41 40,85 41,66 5,77 5,50 5,40 5,3 0,74 0,79 0,87 0,88 0,59 0,63 0,68 0,7 61,0 7,8 1,3 1,0 Geração de E. E.* 5,31 15,77 10,42 16,57 24,3 2,90 0,68 4,8 MM m³/dia 3,7 MM m³/dia 11,1 MM m³/dia 10,2 MM m³/dia 3,4 MM m³/dia 3,3 MM m³/dia 12,8 MM m³/dia 13,7 MM m³/dia Co-geração Outros 2,43 0,64 3,07 0,11 4,5 0,2 Oferta de Gás Nacional: 33,8 MM m³/dia 37,9 MM m³/dia TOTAL 44,44 61,69 61,40 68,29 100 Oferta de gás Importado da Bolívia*: 25,9 MM m³/dia 25,4 MM m³/dia Oferta de GNL importado: 1,6 MM m³/dia 5,0 MM m³/dia Total ofertado ao mercado: 61,4 MM m³/dia 68,3 MM m³/dia Re-injeção: Absorção em UPGNs: Consumo E&P-Transporte: *excluído consumo no transporte 3,01 0,17 * Inclui consumo direto do produtor ** Considerando os meses de janeiro a julho 4,5% 0,2% 24,3% Fonte: Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural , MME / SPG / DGN, 2012 1,0% 61,0% 1,3% 7,8% Industrial * Residencial Geração de Energia Elétrica * Automotivo Comercial Co-geração HISTÓRICO DA PARTICIPAÇÃO DO GÁS NATURAL NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 % 50,0 5,4 6,5 7,4 7,7 8,9 9,4 9,6 9,3 10,3 8,7 10,3 10,2 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Petróleo e Derivados 45,5 45,4 43,0 40,1 39,1 38,7 37,8 37,5 36,6 37,9 37,7 38,7 Gás Natural 5,4 6,5 7,4 7,7 8,9 9,4 9,6 9,3 10,3 8,7 10,3 10,2 Hidráulica e Eletricidade 15,7 13,6 14,0 14,6 14,4 14,8 14,8 14,9 14,0 15,2 14,1 14,7 Lenha e Carvão Vegetal 12,1 11,6 11,9 12,9 13,2 13,0 12,6 12,0 11,6 10,1 9,5 9,2 Derivados da Cana 10,9 11,8 12,8 13,4 13,5 13,8 14,6 15,9 17,0 18,2 17,7 16,1 Carvão Mineral e Coque 7,1 6,9 6,5 6,7 6,7 6,3 6,0 6,0 5,8 4,7 5,2 5,6 Urânio 0,9 2,0 1,9 1,8 1,5 1,2 1,6 1,4 1,5 1,4 1,4 1,5 Outras Renováveis 2,3 2,4 2,5 2,8 2,7 2,9 3,0 2,9 3,4 3,8 4,0 4,0 Fonte: MME - Resenha Energética Preliminar, 2011 e Boletim Mensal de Energia, fev/2012 EVOLUÇÃO DA OFERTA INTERNA DE ENERGIA % Fonte: Matriz Energética 2030 (MME, 2011) PREVISÃO DA OFERTA DE GÁS NATURAL PRODUÇÃO NACIONAL HISTÓRICO DA PRODUÇÃO NACIONAL 70.00 16.30 60.00 16.84 16.51 Milhões de m3/dia 50.00 17.19 16.56 40.00 30.00 41.97 20.00 46.33 41.35 49.08 52.87 10.00 0.00 Média 2008 Média 2009 Média 2010 Mar Terra Média 2011 Média 2012 QUEIMA DE GÁS NATURAL 80.00 70.00 60.00 62.84 59.16 DEFINIÇÃO (PORTARIA ANP 249/00) 68.76 65.93 57.91 Queimas de gás natural - significa o ato de queimar em flares um determinado volume de gás natural. 50.00 40.00 Perdas de gás natural - significa o ato de ventilar no meio ambiente um determinado volume de gás natural. 30.00 20.00 9.38 5.97 10.00 6.64 4.81 3.70 Média 2011 Média 2012 0.00 Média 2008 Fonte: ANP, 2012 Média 2009 Média 2010 PRODUÇÃO NACIONAL QUEIMA E PERDA MOTIVOS DE QUEIMA E PERDA Segurança Emergência Limitação operacional Contaminação Manutenção programada Economicidade Obra em andamento Teste de poço Ventilação em tanques Baixa produção 18.0% 16.0% 14.0% 12.0% 10.0% 8.0% 6.0% 4.0% 2.0% 0.0% Fonte: ANP, 2012 OFERTA DE GÁS NATURAL 70.00 MMm3/d (média anual) 60.00 50.00 40.00 30.00 20.00 10.00 0.00 2005 2006 2007 Oferta de gás nacional ao mercado 2008 2009 Importação Gasoduto 2010 2011 2012 Gás Natural Liquefeito - GNL * * Os valores de importação de GNL correspondem aos volumes regaseificados DEMANDA DE GÁS NATURAL CONSUMO DE GÁS NATURAL POR SETOR 70.00 60.00 Milhões de m3/dia 50.00 40.00 30.00 20.00 10.00 0.00 Média 2008 Industrial * Média 2009 Geração de Energia Elétrica * Média 2010 Automotivo Residencial Média 2011 Comercial Média 2012 Co-geração Outros (inclui GNC) OFERTA DE GÁS NATURAL PDE 2021 (preliminar) Malha Integrada (exclui Região Norte) BALANÇO DE GÁS NATURAL PDE 2021 (preliminar) Malha Integrada (exclui Região Norte) INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE DE GÁS NATURAL E PROJETOS DE GNL INVESTIMENTOS EM GASODUTOS (1) (R$ bilhões) Até 2010 2011 - 2014 Após 2014 20,069 4,483 0,21 (1) Investimentos inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC Plantas de Regaseificação de GNL Capacidade (MM m³/d) Ceará Rio de Janeiro (*) 7,0 14,0 + 6 Bahia (**) 14,0 TOTAL 41,0 Investimentos – R$ 4,1 bilhoes Gasodutos Existentes – Antes de 2007 Gasodutos Existentes – Construídos entre 2007 a 2012 (1) Investimentos inseridos no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC Plantas de Regaseificação de GNL - Instaladas Plantas de Regaseificação de GNL – Em implantação (*) Capacidade atual de 14 MMm³/dia, com previsão de expansão para 20 MMm³/dia em Dez/2012 (**) Previsão de conclusão do empreendimento para Dez/2013 Fonte: MME / SPG / DGN, out/12 EVOLUÇÃO DA MALHA DE GASODUTOS SITUAÇÃO EM 1999 3.705 km de gasodutos Gasodutos em construção Gasodutos Terminal de GNL Fonte: ANP e Petrobras Fonte: ANP e Petrobras EVOLUÇÃO DA MALHA DE GASODUTOS SITUAÇÃO EM 2012 9.489 km de gasodutos Gasodutos em construção Gasodutos Terminal de GNL Fonte: ANP e Petrobras Fonte: ANP e Petrobras SUMÁRIO Gás Natural no Brasil A Lei 11.909/2009 – A Lei do Gás O Plano de Expansão da Malha de Transporte – PEMAT Acoes Estruturantes CONDIÇÕES DE CONTORNO União Estados Importação Transporte citygate Distribuição Produção Lei do Gás Exploração Fonte da imagem: ABEGAS ESTRUTURA DE GOVERNANÇA NÍVEL ESTRATÉGICO • CNPE – Conselho Nacional de Política Energética • Diretrizes para a política energética nacional NÍVEL DE FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS E PLANEJAMENTO • MME – Ministério de Minas e Energia • Formulação de políticas públicas na esfera de competência federal • Planejamento Energético (PDE, PNE e Matriz Energética) • Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário do País (em destaque o papel da Empresa de Pesquisa Energética – EPE) • Poder Concedente Estadual • Formulação de políticas públicas na esfera de competência estadual NÍVEL DE REGULAÇÃO • ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis • Implementação e fiscalização das atividades na esfera federal • Agências Reguladoras Estaduais • Implementação e fiscalização das atividades sob a jurisdição estadual LEI 11.909, de 4 de marco de 2009 Atração de investimentos em E&P e em infraestrutura de transporte Sancionada em 5 de março de 2009 Fruto de amplo debate entre diversos agentes do setor, além dos Poderes Executivo e Legislativo Base para uma nova fase de expansão do mercado brasileiro de gás natural Trata das especificidades da indústria do gás natural A LEI 11.909/2009 – A LEI DO GAS FUNDAMENTOS DA LEI DO GÁS Fortalecimento do papel do MME como formulador de políticas, garantindo planejamento adequado para o setor Fortalecimento do papel da ANP como órgão regulador, garantindo estabilidade aos investidores Respeito ao § 2º do art. 25 da CF/88, que trata da competência dos Estados sobre os serviços locais de gás canalizado Preservação dos contratos já assinados e das autorizações já concedidas INOVAÇÕES TRAZIDAS PELA LEI Introdução do regime de concessão para novos gasodutos Período de Exclusividade para os carregadores iniciais (definido pelo MME) Regulamentação do acesso à infraestrutura de transporte Introdução dos conceitos de autoprodutor, autoimportador e consumidor livre O MME ATUA NA QUALIDADE DE PODER CONCEDENTE Planejamento: Proposição de novos gasodutos ou de ampliação de gasodutos existentes em sintonia com o planejamento energético ou por provocação SUMÁRIO Gás Natural no Brasil A Lei 11.909/2009 – A Lei do Gás O Plano de Expansão da Malha de Transporte – PEMAT Acoes Estruturantes OS ESTUDOS DE EXPANSÃO DA MALHA E O PROCESSO DE OUTORGA DOS NOVOS DUTOS Proposição das construções e ampliações Estudos de Expansão para publicação do PEMAT Estudos de expansão para as informações básicas do Gasoduto de Referência Redimensiona mento do Gasoduto de Referência Realização da Chamada Pública e fixação da Tarifa Máxima Cálculo da RAM para o processo licitatório Realização do Processo Licitatório No PEMAT estarão todas as construções e ampliações previstas em um horizonte de 10 anos contatos a partir de sua publicação. OS ESTUDOS DE EXPANSÃO DA MALHA E O PEMAT Decreto 7.382/2010 - Art. 6º § 1o Para proposição dos gasodutos a serem construídos ou ampliados , o Ministério de Minas e Energia deverá elaborar o Plano Decenal de Expansão da Malha de Transporte Dutoviário do País, preferencialmente revisto anualmente, com base em estudos desenvolvidos pela Empresa de Pesquisa Energética - EPE Estudos de expansão da malha Plano de Expansão da Malha - PEMAT Os estudos de expansão da malha de transporte dutoviário de gás natural serão realizados a partir de informação fornecidas por agentes da indústria de gás natural SEM INFORMAÇÃO NÃO HÁ PLANEJAMENTO O RESULTADO DOS ESTUDOS SERÁ TÃO BOM QUANTO AS INFORMAÇÕES O SUBSIDIARAM ETAPAS DOS ESTUDOS DE EXPANSÃO DA MALHA Levantamento das informações de demanda e oferta de gás natura junto ao mercado Estudos de mercados e pontos notáveis de consumo Estudos de oferta VALIDAÇÃO DAS INFORMAÇÕES Avaliação da infraestrutura existente e da necessidade de expansões , com o propósito de atender aos mercados identificados Avaliação das alternativas para cada uma das oportunidades identificadas ETAPA ATUAL PEMAT: PRÓXIMOS PASSOS Novembro/2012 Dezembro/2012 Apresentação dos resultados preliminares Apresentação e discussão com os agentes dos resultados ao MME 1º Trimestre/2013 Publicação do 1º PEMAT DESAFIOS: OFERTA DE GÁS A previsão do cenário futuro de oferta traz desafios devido a: • Liberdade de escolha que tem o produtor quanto a ofertar ou não o gás ao mercado (opção de verticalizar-se), ou a quem vender o gás • Incertezas intrínsecas à atividade de exploração e produção de hidrocarbonetos • Incertezas sobre o volume de gás natural do Pré-Sal, e sobre quantidade de gás que será reinjetado para a produção de óleo • Definições/confirmação dos potenciais em bacias terrestres tais como a Bacia do São Francisco (não convencional), Bacia do Parnaíba (convencional e não convencional) e Bacia do Paraná (não convencional) • Baixo conhecimento das reservas de recursos não convencionais (shale gas, CBM, ) No balanço de oferta e demanda de gás natural do PDE 2021 não há excedentes estruturais disponíveis SUMÁRIO Gás Natural no Brasil A Lei 11.909/2009 – A Lei do Gás O Plano de Expansão da Malha de Transporte – PEMAT Ações Estruturantes AVANÇOS RECENTES NA INDUSTRIA DO GÁS NATURAL NO BRASIL • 2005 – 2011 : Expansão da Malha de Gasodutos de Transporte • 2007: PLANGAS • 2009: Instalação dos terminas de GNL (Ceará e Rio de Janeiro) • 2009: Aprovação da Lei do Gás no Congresso Nacional • 2010: Publicação do Decreto de regulamentação da Lei do Gás • 2012: Plano de Expansão da Malha – PEMAT (em elaboracao) AÇÕES ESTRUTURANTES A implementação da Lei do Gás A elaboração do PEMAT Formulação de uma política restritiva para a queima de gás Estudos e Iniciativas para ampliar a Oferta de Gás Natural ESTUDOS E INICIATIVAS PARA AMPLIAR A OFERTA DE GAS NATURAL • Formulação de uma política restritiva para a Queima de Gás • Publicação do Zoneamento Nacional dos Recursos de Óleo e Gás • Estudos para o aproveitamento de gás metano associado aos depósitos de carvão - produção de gás natural por métodos não convencionais (CBM/ECBM), cuja indústria nacional ainda é incipiente • Estudos acerca do potencial para gas não convencional na bacias sedimentares brasileiras • Intensificação das atividades de Pesquisa Exploratória pela ANP • Identificacao de Instrumentos Legais e Regulatorios CONSIDERAÇÕES FINAIS O cenário apresentado no PDE demonstra que a relação oferta e demanda está equilibrada Eventuais alterações no preço do gás não devem ser significativas, salvo se houver forte crescimento da oferta – a redução de preços será uma consequência natural As especificidades dos arranjo constitucional nacional requerem coordenação e cooperação entre os Entes Federativos O Ministério de Minas e Energia está trabalhando em ações estruturantes que permitam a concretização do ciclo virtuoso para a indústria do gás natural no Brasil O processo de construção de um planejamento crível permitirá a identificação das oportunidades e necessidades de expansão malha de transporte e é requisito essencial ao desenvolvimento da indústria de gás natural no Brasil OBRIGADA [email protected]