ABORDAGENS
CONTEMPORÂNEAS DA
FIRMA
Bibliografia de referência
Textos 10 e 11
Teorias da Firma – uma proposta de
classificação
Neoclássica
Teorias da Firma
Enfoque da Organização
Industrial
Evolucionistas ou
Neo-Schumpeterianas
Teorias Neoclássicas
 A abordagem da microeconomia tradicional (final do sec.
XIX a meados do sec. XX)
 Desenvolvimentos recentes no campo ortodoxo: Teoria dos
Jogos (anos 60/70 em diante); Teoria dos Recursos
(Resource-based) (anos 80 em diante)
Teorias baseadas no enfoque da Organização
Industrial
 Teoria Institucionalista (final dos anos 30 )
 Teorias Comportamentalistas e Gerencialistas (anos 50)
Teorias Neo-Schumpeterianas (final dos anos 70)
 Teoria Evolucionista: inspiração original é Schumpeter
• Difundida por: G. Dosi; R. Nelson; S. Winter; C. Freeman,
entre outros
 Abordagens dos recursos estratégicos (i.e.; capacitações
tecnológicas)
Teorias Neo-Institucionalistas (Anos 80)
 Teoria dos Custos de Transação
 Abordagens das capacitações organizacionais (síntese
evolucionistas/neo-institucionalistas)
Teorias da firma e paradigmas técnicosprodutivos: o que está em discussão?
• É possível estabelecer alguma conexão entre a
existência de paradigmas técnico-produtivos
dominantes em cada período histórico e a
evolução do pensamento econômico em termos de
teoria da firma ?
• O quadro, a seguir, reflete a aceitação desta
hipótese.
Paradigma fordista - Firma Unidivisional
Paradigma produção flexível - Firma Multidivisional
Empresa X
(estrutura Unidivisonal)
Diretoria/
Presidência
Dept. de Produção
Gerência 4
Depto. P& D
Gerência 1
Dept. Financeiro
Gerência 2
Depto. Vendas
Gerência 3
Paradigma Fordista - Firma Unidivisional
Paradigma Produção Flexível - Firma Multidivisional
Empresa X
(estrutura Muldivisional)
Divisão 1
Depto. P& D
Depto. Financeiro
Depto. Vendas
Dept. de Produção
Diretoria/
Presidência
Divisão 2
Depto. P& D
Depto. Financeiro
Depto. Vendas
Dept. de Produção
Divisão 2
Depto. P& D
Depto. Financeiro
Depto. Vendas
Dept. de Produção
Divisão 2
Depto. P& D
Depto. Financeiro
Depto. Vendas
Dept. de Produção
TEORIA DOS CUSTOS DE
TRANSAÇÃO
• LEITURA DE REFERÊNCIA
• Textos 13 e 14
TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE
DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO
• O ponto de partida da TCT:
• A consideração de que os custos da empresa não se
resumem a custos de produção: existem também os custos
de transação.
• Definição de Custos de Transação:
• São os custos que os agentes enfrentam toda vez que
recorrem ao mercado para adquirir equipamentos, insumos
ou serviços;
• Ou ainda: são os custos de negociar, redigir e garantir o
cumprimento de um contrato.
TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE
DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO
•
Exemplos de Custos de Transação:
Custos devidos a problemas de adaptação
- Quando a transação não se processa da maneira planejada.
Ex: o caso do fornecimento de insumos e componentes
que fogem aos padrões de qualidade ou aos prazos de
entrega requeridos, determinando paralisações ou
alterações no ritmo de produção, fabricação de produtos
defeituosos, etc.
TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE
DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO
• Custos de montar e manter
gerenciamento das transações
estruturas
ao
• - Quando a empresa necessita mobilizar recursos humanos
e materiais exclusivamente para controlar ou administrar
determinadas estruturas de gerenciamento.
Ex: os bancos necessitam criar uma estrutura de
fiscalização e controle do serviço de abastecimento dos
caixas automáticos feito por empresas terceirizadas.
TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE
DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO
• Custos requeridos para criar garantias de que não
existirão intenções oportunistas
• Ex: pagamento de taxas nos casos de franchising ou outros
investimentos associados à implementação de códigos de
confiança.
Como esta teoria explica a existência de
Custos de Transação?
Fatores que podem originar custos de transação
Racionalidade Limitada
Comportamento Oportunista
Especificidade dos Ativos
Como esta teoria explica a existência de
Custos de Transação?
• Racionalidade limitada  Assimetria de informação
• Significa que os agentes agem racionalmente, mas se
defrontam com limitações na hora de acessar ou processar
as informações.
• Os resultados das decisões e ações dos agentes dependem
de eventos futuros, mas, no limite, estes não podem ser
antecipados de maneira probabilística  incerteza radical.
• Um ambiente de incerteza dá mais espaço a atitudes
oportunistas, aumenta a necessidade de relações mais
contratuais, portanto, eleva os custos de transação.
Como esta teoria explica a existência de
Custos de Transação?
• Comportamento oportunista
• Significa que os agentes econômicos agem motivados
pelo auto-interesse e oportunismo: o oportunismo implica
que as partes podem agir aeticamente, descumprindo
contratos e, por conseguinte, impondo perdas à (s) sua (s)
contraparte (s) na transação.
• Para prevenir perdas devido ao oportunismo, os agentes
econômicos procuram estabelecer relações contratuais:
quanto maior a necessidade de relações contratuais maior o
custo de transação associado.
Como esta teoria explica a existência de
Custos de Transação?
• Especificidade dos ativos
• Ativos específicos são ativos que não são reempregáveis
sem que tal implique em alguma perda de valor.
• A condição de especificidade do ativo ocorre na situação
em que é reduzido o número de produtores capazes de
ofertar e de demandantes interessados em adquirir o ativo
em questão.
Quanto maior o grau de especificidade do ativo, maiores serão os riscos e
problemas de adaptação, logo, maiores os custos de transação.
Exemplos de fontes de especificidade de
ativos:
• - Especificações técnicas ou de design podem limitar a
possibilidade de aplicações alternativas para o ativo; Ex:
equipamentos industriais sob encomenda.
• - Recursos humanos empregados em atividades de P&D;
cujos conhecimentos e habilidades não podem ser
facilmente transferíveis ou copiados.
• - Especificidade de localização: explicada pela condição de
imobilidade física dos ativos, no sentido de que uma vez
estabelecida a sua localização no espaço, substituí-la
implica em elevado custo de transação. Ex: usina
hidroelétrica – central geradora de energia.
TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE DOS
CUSTOS DE TRANSAÇÃO
•
A pergunta central da TCT
• Dada a necessidade da empresa de dispor de equipamentos,
insumos, etc, qual a melhor maneira de adquirí-los?
• Via transação de compra no mercado;
• Via internalização da produção desses fatores na própria
empresa;
• A resposta:
• Depende da avaliação da empresa quanto à magnitude dos
custos de transação incorridos ao optar por uma ou outra
dessas alternativas de estruturas de governança: mercado
versus hierarquia.
TEORIA DA FIRMA – O ENFOQUE
DOS CUSTOS DE TRANSAÇÃO
A resposta:
• Depende da avaliação da empresa quanto à magnitude dos
custos de transação incorridos ao optar por uma ou outra
dessas duas alternativas de estruturas de governança:
mercado versus versus hierarquia.
• A hipótese básica da teoria:
• A existência de custos de transação relativamente mais
elevados em transações realizadas no mercado determina a
substituição desta estrutura de governança pela estrutura
hierárquica da empresa como método de economizar
custos de transação.
Aplicando a Teoria dos Custos de Transação
• Integração Vertical o modelo de Oliver Williamnson
•  Integração Vertical: Atuação de uma empresa em
mais de um estágio do processo produtivo. No limite:
uma mesma empresa faz desde o processamento da
matéria-prima até o acabamento final do produto.
• Exemplo: extração de minério de ferro  transporte
do minério  fundição  produção de ferro
guza  produção de chapa de aço  manufatura
de laminado de aço  produtos semi-acabados 
produto final/ comercialização.
Aplicando a Teoria dos Custos de Transação
• Integração Horizontal  não enfatizada pelo modelo
de Oliver Williamnson
•  Integração horizontal: fusão entre duas ou mais
empresas que operam no mesmo estágio do processo
produtivo e utilizam matérias-primas similares,
produzindo ou não o mesmo produto.
• Exemplo: empresas montadoras de componentes para a
indústria automobilística.
Definindo a fronteira da firma
• Integração Vertical
e tamanho eficiente da empresa
C3-0
C1-0
C2-0
R
D-O
S1
S2
S3
D-B
C1B
C2B
C3B
Definindo a fronteira da firma
•
•
•
•
•
•
•
Integração Vertical e tamanho eficiente da empresa
Onde:
R = matérias-primas
S = estágios distintos da produção
C = componentes
D = distribuição
Linha cheia =
produção e/ou
distribuição
internalizadas pela empresa.
• Linha pontilhada = produção e/ou distribuição
realizadas através do mercado.
•
Definindo a fronteira da firma
• Integração Vertical e tamanho eficiente da
empresa
• Hipótese:
• Supõe-se que devido a especificidade de ativo,
os estágios de produção S1 A S3 caracterizam
um “núcleo tecnológico fundamental, de modo
que a empresa optará por internalizar as
atividades produtivas correspondentes a esses
estágios.
Definindo a fronteira da firma
• Integração Vertical e tamanho eficiente da
empresa
• Conclusão:
• A definição da fronteira eficiente da empresa é
dada pela linha vermelha: inclui as atividades
do núcleo tecnológico fundamental mais
aquelas
consideradas como sendo mais
eficientemente realizadas internamente do que
abastecidas pelo mercado.
Teoria dos Custos de Transação – uma
síntese
• A teoria dos custos de transação enfoca a firma enquanto
uma estrutura de governança (uma organização) alternativa
ao mercado, para efeito
de economizar custos de
transação.
• A teoria afirma que a magnitude dos custos de transação é
variável conforme as características da transação e do
ambiente competitivo. A magnitude desses custos é
explicada pela teoria em função de três fatores: Incerteza,
Oportunismo e Especificidade dos Ativos.
Teoria dos Custos de Transação – uma
síntese
 
A incerteza tem o efeito de ampliar as lacunas que um
contrato não pode cobrir, o que significa dizer que ela
aumenta o espaço para comportamentos oportunistas,
portanto, afeta positivamente os custos de transação.
 
O oportunismo é favorecido pelo ambiente de
incerteza. Mas se a transação for efetuada com elevada
frequência, é provável que os agentes econômicos evitem
agir de forma oportunista, impondo perdas aos seus
parceiros, pelo temor de represálias ou perdas de futuras na
relação de troca.
 
O grau de especificidade dos ativos afeta
positivamente os custos de transação, uma vez que tal
situação potencializa a possibilidade de perda associada a
uma ação oportunista por parte do outro agente.
Teoria dos Custos de Transação – uma
síntese
• A teoria dos custos de transação afirma que o critério
básico considerado na decisão entre comprar insumos no
mercado ou produzí-los internamente (na empresa) é a
comparação entre a magnitude dos custos de transação
associados a cada uma dessas alternativas: optar-se-á pela
estrutura de governança representada pela empresa, quando
esta mostrar-se mais eficiente que a coordenação do
mercado, no que tange ao objetivo de economizar custos
de transação.
• Esta teoria da firma encontra-se em franca expansão, sendo
muito aplicada nos estudos sobre integração vertical e nas
questões envolvendo direitos de propriedade e/ou
contratos de exclusividade.
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TEORIA DA FIRMA