ÁCIDOS GRAXOS CUTICULARES DE Solanum paniculatum L. (SOLANACEAE) Keylla Michelline Miranda da Silva1, Kiriaki Nurit-Silva2, Ionaldo José Lima Diniz Basílio2, Maria de Fátima Agra2, Roberta Sampaio Pinho3, Suzene Izídio da Silva3 & Antonio Fernando M. Oliveira1 1 Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Laboratório de Ecologia Aplicada e Fitoquímica. 2 Universidade Federal da Paraíba, Departamento de Ciências Farmacêuticas, Laboratório de Tecnologia Farmacêutica. 3 Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Botânica, Laboratório de Botânica Aplicada e Fitoquímica. [email protected] As ceras cuticulares compreendem estruturas alifáticas (alcanos, ésteres, cetonas, aldeídos, álcoois e ácidos graxos) e cíclicas (triterpenos e flavonóides), sendo exploradas tanto do ponto de vista ecológico como do quimiossistemático. As ceras cuticulares de Solanum paniculatum são pouco exploradas. O objetivo deste trabalho foi analisar o perfil dos ácidos graxos presentes na cera cuticular de S. paniculatum. As ceras cuticulares de S. paniculatum foram obtidas em duas extrações sucessivas com diclorometano por 30 segundos. A fração de ácidos graxos foi isolada por cromatografia em camada delgada preparativa e em seguida metilada com BF3. A identificação dos ácidos graxos foi realizada por cromatografia gasosa e os ácidos graxos comparados com os tempos de retenção de amostras autênticas (padrão Sulpeco). Os ácidos mirístico, palmítico, esteárico, oléico e linoléico foram identificados na cera cuticular de S. paniculatum, o primeiro em maior quantidade. Este perfil é bem distinto do padrão de ácidos graxos verificado na cera de diferentes variedades de S. tuberosum, onde há o predomínio de ácidos de cadeia longa (ácidos tetracosanóico e hexacosanóico). Mais estudos sobre a composição de ceras cuticulares de espécies de Solanum precisam ser realizados para a obtenção do padrão químico cuticular para o gênero. (CNPq) Palavras-chave: Ceras cuticulares, Solanum paniculatum, Ácidos graxos.