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O LÍDER INSPIRADOR: REFLEXÕES SOBRE AS NOVAS
TENDÊNCIAS DE LIDERANÇA
Ensaio
Síntese da Monografia apresentada ao Programa de Pós-graduação em Psicologia
Organizacional e Gestão de Pessoas da Universidade Ibirapuera, como parte das exigências
para a obtenção do título de Especialista em Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoas.
2011.
Fernanda Gomes de Souza Lustosa
RESUMO
Atualmente o tema motivação vem sendo muito explanado por diversos pesquisadores, visto
que o funcionário está sendo cada vez mais entendido como parte integrante de uma
organização e seu papel individual tem recebido uma importância diferenciada, deixando de
ser apontado apenas como uma peça do processo produtivo. Nesse contexto, o papel do líder
também evoluiu no sentido que deixou de ser visto apenas como o temido chefe e passa a
possuir uma função de facilitador das relações de trabalho, tornando-se com isso um gestor de
pessoas mais completo. Para melhor compreensão a respeito da motivação, é preciso entender
e avaliar a pressão existente em cargos de gerência e em relação ao clima motivacional,
principalmente no que se refere à motivação dos liderados. Dessa forma, há a necessidade de
pensar no líder como um indivíduo que também tem suas expectativas, seus sonhos,
problemas, e que também precisa de apoio. Pretendo esboçar adiante os aspectos que
legitimam a necessidade de pensarmos nos aspectos motivacionais do líder, que traz com a
sua função a responsabilidade de motivar seus liderados, tendo em vista que, um líder que não
está motivado dificilmente motivará alguém. Um assunto amplo, por se tratar de seres
humanos completamente diferentes, mas que possuem essencialmente, o desejo de satisfazerse, de crescer, de ser respeitado, elogiado e reconhecido.
Palavras-chave: Motivação, Liderança, Gestão de Pessoas.
RENOVA Revista Brasileira de Ciência, Conhecimento e Inovação. São Paulo: v. 2, n.4, novembro 2012. ISSN 2317-6504
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PRINCIPAIS ESTILOS DE LIDERANÇA
Em minha tentativa de descrever o conceito de liderança na atualidade, pude me
deparar com diferentes estilos de liderança. Os líderes podem ter diferentes personalidades,
diferentes níveis de formação e diferentes motivos para liderar. A seguir, busquei esboçar
alguns dos estilos de liderança mais citados por estudiosos para conceituar então, como um
líder pode trabalhar de maneira a inspirar sua equipe.
LIDERANÇA AUTOCRÁTICA
De acordo com Las Casas (1998) ainda que as empresas estejam mais abertas às
mudanças atuais do cenário empresarial, é comum encontrarmos líderes que desempenham o
papel autocrático, que tem como suas principais características a imposição de sua colocação,
o trabalho voltado a interesses próprios, o simples comando e controle das equipes, dirigindo
de perto as tarefas dos demais e apoiando-se na obrigação da obediência de seus
colaboradores. Por essas características, este estilo de liderança também é conhecido como
liderança autoritária ou diretiva.
Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas, determinando as
providências e as técnicas para a execução de modo imprevisível para o grupo. Desempenha
seu papel de gerenciar enfatizando sua competência de dar as ordens, desenvolvendo para isso
regulamentos rígidos, apresentando quase que exclusivamente a desconfiança e a coerção em
seus liderados. Além da tarefa que cada um deve executar, pode determinar ainda qual o seu
companheiro de trabalho, e comumente exerce uma postura dominadora e pessoal nos elogios
e nas críticas ao trabalho de cada membro.
LIDERANÇA TRANSACIONAL
Este estilo de liderança assemelha-se muito a liderança autocrática e tem origem com a
idéia de que os membros da equipe concordam em obedecer completamente ao líder. A
transação constitui a idéia do pagamento aos membros da equipe em troca de esforço e
obediência, assim o líder tem o direito de punir os membros da equipe se o trabalho realizado
não corresponder aos padrões pré-determinados.
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Nesse contexto, os membros da equipe pouco podem fazer para melhorar a satisfação
com o emprego sob este tipo de liderança. O líder pode dar algum controle aos membros da
equipe em relação a salários e recompensas, utilizando para isso, incentivos que encorajem
padrões ainda mais elevados ou uma maior produtividade. Um líder transacional pode ainda
exercer a gestão por exceção, na qual, ao invés de recompensar o trabalho bem feito, tende a
tomar ações corretivas se os padrões exigidos não estiverem sendo cumpridos.
A liderança transacional está mais relacionada a uma forma de gestão e não a um
estilo de liderança puro, já que é dada mais ênfase a tarefas em curto prazo, e possui grandes
limitações em termos de conhecimento ou de trabalho criativo. Mesmo assim, tende a ser um
estilo comum a muitas organizações.
LIDERANÇA DEMOCRÁTICA OU PARTICIPATIVA
Os líderes que exercem esse estilo de liderança estão muito mais propícios ao sucesso
do que os que se posicionam em outros estilos, pois é esse que possui mais comumente o
apoio dos colaboradores e da organização, por trabalhar em busca do interesse de todos,
utilizando-se da persuasão (e não da coerção), e disposição para orientar, educar e motivar a
equipe. Partindo dessas competências, sua autoridade não necessita de imposição, pois
acontece de forma natural, baseada na cooperação voluntária e na disciplina que é produzida
solidariamente, pois as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido
pelo líder, ou seja, o próprio grupo de colaboradores esboça as providências que devem ser
tomadas para atingir o objetivo e solicita aconselhamento técnico ao líder quando necessário,
passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher em comum acordo.
A divisão das tarefas fica ao critério do próprio grupo e cada membro pode escolher os
seus próprios companheiros de trabalho, visto que o líder procura atuar como um membro
normal do grupo, sendo objetivo e limitando-se aos fatos nas suas críticas e elogios. Possui a
capacidade de equilibrar o que é de fato sua obrigação (de sua função) e o que pode ser
compartilhado e pensado em equipe, transferindo confiança aos colaboradores, sendo assim,
não deixa de consultar as pessoas em determinadas situações, mesmo assim, a decisão final é
dele.
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LIDERANÇA VOLTADA PARA A PESSOA
Dentre as lideranças com perfil democrático, podemos destacar essa que, como o
próprio termo já enfatiza, volta seu olhar para a pessoa, e aborda em seu estilo de trabalho os
princípios básicos de inter-relações, que têm a ver com o bom senso, o respeito, a capacidade
de ouvir e de ajudar as pessoas a instituir uma relação de trabalho em conjunto e não
isoladamente. Partindo desses pressupostos, pretende-se assim estabelecer uma ligação entre a
auto-estima de uma pessoa e a auto-estima e as metas da organização, uma relação crítica,
mas que é o ponto fundamental para fazer com que os colaboradores produzam com o nível
de qualidade que a organização espera, criando dessa forma um ambiente de trabalho em que
a administração competente confia em seus funcionários.
LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL
Uma pessoa com este estilo de liderança é um verdadeiro líder que inspira a equipe
com uma visão partilhada do futuro. Os líderes transformacionais são muito visíveis e passam
muito tempo a comunicar, não liderando necessariamente a partir da linha da frente, uma vez
que tendem a delegar responsabilidades entre as equipes.
Os líderes (ou gestores) transacionais certificam-se de que o trabalho de rotina seja
feito da forma que foi passado, enquanto que os líderes de transformação procuram iniciativas
que acrescentem valor, e é este estilo de liderança sem dúvida, o mais adequado às
organizações dinâmicas e competitivas.
Como a participação demora o seu tempo, este estilo pode fazer com que os processos
se desenrolem mais lentamente do que quando se recorre a uma abordagem autocrata, mas o
resultado tende a ser melhor. Pode ser mais adequado quando o trabalho de equipe é essencial
e quando a qualidade é mais importante do que a velocidade do mercado ou da produtividade.
LIDERANÇA CARISMÁTICA
O estilo de liderança carismática pode ser facilmente confundido com um estilo
transformacional, tendo em vista que ambos os líderes procuram proporcionar grandes doses
de entusiasmo para a equipe, sendo eles muito participativos em relação à motivação dos
mesmos. No entanto, um líder carismático pode tender a acreditar mais em si próprio do que
na equipe, e isto pode criar o risco de que um projeto, ou até mesmo uma organização inteira,
fique desestruturada caso o líder saia da organização. Se o líder sair aos olhos dos
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colaboradores o fracasso será questão de tempo, visto que estes acreditam que o sucesso está
associado à presença do líder carismático. A liderança carismática acarreta uma grande
responsabilidade e requer um compromisso em longo prazo por parte do líder.
LIDERANÇA LIVRE - LAISSEZ FAIRE
A característica dominante desse estilo é, de acordo com La Casa (1998), o
pensamento coletivo, no qual o grupo tem mais liberdade na execução dos seus projetos,
indicando possivelmente uma equipe madura, autodirigida e que não necessita de supervisão
constante, ou seja, o próprio grupo torna-se responsável por fixar os interesses, objetivos e o
grau de obediência ao líder.
Essa forma de liderança é, por vezes, confundida como desorganização grupal e a falta
de preparação do líder passa a ser colocada em xeque, visto que a gerencia preserva o não
envolvimento direto nas tomadas de decisões, trabalhando o princípio da liberdade,
procurando manter seus colaboradores motivados através da autonomia. Por um lado, esse
estilo pode alavancar grandes projetos visando uma atmosfera saudável de trabalho, mas por
outro, pode ser indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e
erros sem corrigi-los.
O LÍDER INSPIRADOR
Para explanarmos melhor o conceito de um líder inspirador, deve-se ter a consciência
do conceito abordado anteriormente – o conceito de motivação. Já sabemos que a motivação
está ligada a um motivo que desencadeia a ação de alguém, e que, motivos, cada um tem os
seus. Chiavenato (1999) diz que a motivação é um aspecto cognitivo, ou seja, aquilo que as
pessoas sabem sobre si mesmas e sobre o ambiente em que vivem, bem como seus valores
pessoais e necessidades, e que o motivo é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de
determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a um comportamento específico. Dito isso,
pode-se inferir de forma consciente a importância do tema em um contexto organizacional.
Resta-nos agora compreender o que o líder tem a ver com a motivação. Um líder deve
sim motivar, é obrigação de sua função fazer aflorar em sua equipe os motivos que eles têm
para agir. As pessoas não são iguais, tem motivos diferentes, e por essa razão manter um
funcionário motivado passa a ser uma missão diária da organização e do líder em questão, e
para que essa liderança seja eficaz resultará de vários fatores. Manter o empregado motivado e
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vestindo a camisa da empresa requer conhecimentos diferenciados de um líder, como fazer o
que fala, ser educado, gentil, empático, entre outras qualidades que o diferenciam de um
gerente.
A maior habilidade de qualquer grande líder é saber despertar a motivação que existe
dentro das pessoas. Muitas pessoas acreditam que o dinheiro é o aspecto mais motivador em
um emprego; outras, que só um ambiente criativo, que possibilite o crescimento da carreira,
pode motivar alguém. Mas a realidade é que a junção de vários fatores é necessária que haja
uma motivação verdadeiramente plena das pessoas em seus ambientes de trabalho. Porém,
sem avançar nessas questões, procuramos entender como o líder pode, independente de outros
fatores, impulsionar em sua equipe um espírito mais participativo.
O verdadeiro líder está além das discussões; ele pode ter aprendido com Maslow e a
teoria hierarquia das necessidades ou com Herzberg a teoria dos Dois Fatores, mas ele sabe
que as pessoas têm um sentimento que se sobressai a todos os outros - o desejo de ser
sinceramente reconhecido. E ele usa esse desejo, não de maneira egoísta, não manipulando os
funcionários para seus próprios interesses, pois assim não seria um líder e sim mais um
controlador que se aproveita do conhecimento dos sentimentos alheios para seu próprio bem
e, no final, os funcionários descobririam com quem estão trabalhando e a situação no
ambiente de trabalho seria insustentável. O líder usa esse desejo para o bem do próprio
indivíduo, para buscar no íntimo de cada membro de sua equipe a motivação necessária à
realização eficaz e eficiente dos trabalhos necessários.
Existem muitas teorias sobre motivação, mas a maioria delas chegou a um consenso de
que a motivação é algo intrínseco, e que não pode ser dado por alguém; o que se pode, é criar
um ambiente que facilite a exteriorização da motivação inerente ao indivíduo. E a melhor
maneira de facilitar essa exteriorização é através do reconhecimento. Mas o reconhecimento
do líder não é só parabenizar pelo bom trabalho e ponto final; é muito mais que isso; esse
reconhecimento está ligado a uma demonstração verdadeira de agradecimento, às vezes verbal
e pública, às vezes com a foto na parede como funcionário do mês, mas deve sempre estar
acompanhada de novas responsabilidades, maior autonomia e, consequentemente, maior
gratificação salarial.
O que motiva é o que atinge o indivíduo no que lhe é mais valioso - o reconhecimento
de seus pares e de seus superiores, e o reconhecimento verdadeiro, não são somente palavras,
mesmo que sejam ditas em público, na reunião anual da empresa. De nada adianta o
funcionário escutar elogios constantes de seu chefe, se ele olha para o lado e vê o colega, que
nunca é elogiado, ganhando mais ou em um cargo mais importante. O verdadeiro líder é
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coerente em suas palavras e atitudes, portanto, quando ele elogia um funcionário por um
serviço bem feito, o elogio é sincero e o líder enxerga neste funcionário suas reais
capacidades. Quando o funcionário estiver pronto, o verdadeiro líder vai confirmar suas
palavras através de aumento salarial ou promoções, fazendo com que o empregado sinta que
realmente é valorizado.
O líder inspirador oferece mais que um emprego com tarefas e metas a serem
cumpridas; ele oferece causas às pessoas; razão para ali permanecerem. Para tanto, procura
criar um ambiente de motivação profunda, deixando claro o significado que está além da
tarefa ou do trabalho das pessoas que o cercam, que vai muito além de metas e objetivos para
serem cumpridos, e contribui para ajudar as pessoas que os cercam a entenderem melhor os
momentos que atravessam, estimulando-as a sentirem-se parte da organização. Esses líderes
oferecem às pessoas aquilo que mais desejam - uma bandeira, uma razão para suas vidas,
acreditando que as pessoas estão dispostas a oferecer o melhor de si e até mesmo a fazer
sacrifícios, desde que conheçam a causa, o porquê, a razão de ser do seu cotidiano.
Outra característica de um líder competente é a capacidade de formar outros líderes, e
não apenas seguidores, expondo a sua equipe que não está à frente de um grupo de pessoas
que deve segui-lo para ser recompensados. Esse líder deve ressaltar que está em torno de
pessoas capazes de exercerem a liderança quando necessário, e para isso, cria mecanismos,
atitudes e postura que estimulem o desenvolvimento do líder que existe em cada um de sua
equipe. Os líderes eficazes são aqueles capazes de idealizar e implantar formas de
organização que permitem o surgimento da liderança nos que o cercam.
A preocupação das organizações com a motivação dos seus colaboradores é grande,
mas não simplesmente porque ela se preocupa com o bem-estar deles, mas principalmente
porque a motivação é um fator que influencia diretamente a produtividade e,
conseqüentemente o lucro. E para que isso seja possível, está o papel do líder, seja ele um
gerente, um supervisor, um coordenador, enfim, seja qual for o cargo de liderança que ele
ocupar. Ele tem a responsabilidade de manter a motivação dos liderados, e ainda assim,
manter-se motivado, visto que o gerente que não possui a capacidade de se auto-motivar, não
tem a menor chance de ser capaz de motivar os outros. As pessoas só podem motivar quando
estão motivadas, assim conseguem verdadeiramente expressar o seu valor, e esta é a árdua
tarefa do gestor - motivar e manter-se motivado.
É realmente complicado, por mais que o líder seja bom, ele também tem seus motivos,
suas aspirações, e algumas situações nas quais ele se sente insatisfeito com seu trabalho, ou
até mesmo problemas na sua vida pessoal, que podem resultar em desmotivação e trazer sérias
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conseqüências para a organização. Manter a motivação é uma virtude, enquanto se vê algum
sentido naquilo que se está fazendo.
O líder motivado e motivador é fundamental na organização. Seu papel é de extrema
importância e sua função é estratégica, para que os objetivos organizacionais sejam atingidos.
Assumir um cargo de liderança, não é tarefa fácil, pois exige muita competência e muita
dedicação, visto que as pressões por resultados são grandes, e para atingir esse resultado,
depende-se das pessoas da equipe. A expressão líder desmotivado é pouco conhecida, mas
existe e cabe a gestão de pessoas, transpor mais essa barreira organizacional. Liderança é uma
capacidade, que nasce com a pessoa, ou que é desenvolvida por ela, dependendo da sua
necessidade. É uma habilidade muito procurada pelas empresas, porém, o que se espera delas,
é ser praticamente um super-herói, o que é um erro, porque o líder se trata de um ser humano,
que tem a responsabilidade de conduzir outros seres humanos.
CONCLUSÃO
Durante muito tempo, pouco se ouvia falar em liderança na esfera organizacional e o
termo era empregado mais comumente à chefia, hierarquia, subordinação, ou até mesmo
poder. Atualmente, o foco no ser humano tem mudado o conceito de liderança, antes muito
confundido com chefia e tem recebido uma atenção especial. A Gestão de Pessoas vem
buscando espaço nas organizações, mudando o rumo da administração e passando a valorizar
as pessoas que trabalham nela. Exercer a liderança não é para qualquer um, pois exige, entre
outras coisas, uma enorme integridade pessoal, integridade esta que tem seus custos –
demanda uma grande valorização do espaço onde está inserido; um grande grau de
comprometimento e de vontade de fazer diferente. É por isso que chefes são comuns, líderes
são raros, e é por isso que existem muitas empresas de sucesso, mas pouca gente feliz lá
dentro.
Transformar gerentes em líderes de pessoas requer, antes de qualquer iniciativa
pontual de treinamento ou mesmo de aperfeiçoamento de processos seletivos, que a empresa
avalie seus pressupostos com relação à gestão de pessoas. É fundamental que a empresa
busque entender o que significa de fato liderar pessoas para que a intenção de formar líderes
não represente apenas um à iniciativa que não terá futuro.
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A empresa deve incorporar conceitos de liderança transformadora e educadora entre
seus valores, nos quais as práticas e políticas devem derivar de princípios enraizados à cultura
organizacional. Para tanto, o grande desafio das organizações é substituir a área de recursos
humanos pela gestão de pessoas, separando inclusive o departamento pessoal. Muitas
empresas têm um departamento pessoal disfarçado de recursos humanos. Assim, o
funcionário continua sendo apenas um número e uma despesa na folha de pagamento. O
termo liderança não deveria ser sinônimo de pagamento mais elevado, mais poder ou uma sala
suntuosa, e retratar a liderança como uma exceção para alguns poucos; ao contrário disso, ela
deve ser reconhecida como a expectativa de cada um, independentemente de sua posição. Sua
cultura organizacional deve dar apoio de forma consistente a esse papel de líder.
Já um dos grandes desafios de um líder é o de servir como uma referência para os seus
liderados, visto que sua atitude perante eles, influencia no comportamento da equipe. Possuir
liderança é ter a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasmadamente
visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. Para que o líder
consiga fazer um bom trabalho, ele deve possuir a capacidade de motivar sua equipe. E para
tanto, não adianta apenas ele se esforçar, as pessoas da equipe também precisam se envolver
para que os objetivos organizacionais sejam alcançados, tendo em vista que a boa liderança
requer também boa equipe.
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