Classificação da Informação e Gestão dos Riscos [email protected] 1 Administração: Gestão (Aurélio) Pela Administração: Administrador – administra e organiza a realidade atual (nível tático) Gestor – planeja e cria negócios e processos (nível estratégico). Gerenciamento: Dirigir (Aurélio) Pela Administração: Diretor, Gestor (nível estratégico) Gerente (nível tático) É desejável que todos sejam gestores de suas atividades! 2 Tipos de Gestor Reativo: que reage Ativo: que age Proativo: que antecipa, muda o curso Contemplativo: que medita Os administradores hábeis na leitura da vida organizacional têm a capacidade de permanecer abertos e flexíveis, substituindo julgamentos consolidados e pré-estabelecidos por uma visão mais abrangente da situação. 3 “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia.” William Edwards Deming, 1900 - 1993 (professor americano de gestão da qualidade) 4 Gestão de Riscos “O maior risco é crer que não há riscos”. “Uma corrente é tão segura quanto seu elo mais fraco”. 5 Definições Segurança: estado, qualidade ou condição de seguro. Condição daquele(ilo) em que se pode confiar. Certeza, firmeza, convicção [Aurélio]. Um sistema é seguro se ele se comporta da forma que você espera que ele o faça. Segurança Corporativa resume-se a uma série de soluções técnicas para problemas não técnicos. É um mecanismo que providencia meios para reduzir as vulnerabilidades existentes. 6 Gestão de Riscos Escopo Segurança envolve (contexto): Tecnologia, Processos Pessoas e Aspectos Jurídicos. Segurança envolve: Segurança Financeira; Segurança Patrimonial; Segurança de produtos, processos, projetos e Informações. 7 Importância da Segurança Princípio básico: Não existe sistema totalmente seguro! • Quanto vale um ativo para uma instituição? • Sem um ativo uma instituição sobreviver? Por quanto tempo? pode • O que exatamente precisa ser protegido? 8 Objetivos da Segurança da Informação (Propriedades da Informação) Confidencialidade Autenticação Não repúdio Integridade Disponibilidade Legalidade 9 Ameaças Naturais Involuntárias Voluntárias 10 Riscos envolvendo Informações • De forma geral, os mesmos riscos presentes em um ambiente de grandes computadores também existem em ambientes de microcomputadores ou redes. • Nem todos os riscos relacionados com o processamento de informações surgiram com o advento dos computadores; entretanto, estes contribuíram sobremaneira para o seu agravamento. 11 Exemplos de Riscos – Obscuridade das Informações Devido ao fato de não serem “vistas” diretamente, tais informações são de controle mais difícil e podem ser facilmente roubadas ou fraudadas. – Falta de Controle – Retenção Como as informações em papel (que só desaparecem quando o papel é destruído) as informações armazenadas em meios magnéticos podem ser roubadas ou fraudadas se não forem destruídas a contento. – Introdução de Erros “O lixo que entra é o lixo que sai”. Na realidade, o lixo que sai é maior, pois os computadores têm o poder de multiplicação. 12 Principais Riscos Operacionais 1. Risco de liquidação. Refere-se a problemas no sistema de pagamentos. Ele ocorre quando uma das partes não recebe seu direito no vencimento da operação/transação. 2. Risco humano. É associado à tomada de decisão no processo, suas principais causas são: a) Autoconfiança excessiva; b) Estresse; c) Ingenuidade; d) Carência Afetiva... 3. Risco de controle interno inadequado ou insuficiente. Decorre da falta de consistência e adequação dos sistemas de controle interno e dos sistemas de processamento e informações. A controladoria procura avaliar esse tipo de risco. 13 Riscos Operacionais 4. Risco inadequado para gestão dos negócios. Fatores geradores destes riscos são processos inadequados de: alçadas e limites da área de tecnologia para alteração de programas; • suporte tecnológico para novos negócios; • atualização do parque tecnológico para garantir a entrega dos produtos e serviços da instituição; • testes nos sistemas internos, tanto em ambiente de desenvolvimento, quanto de homologação; • relacionamento entre tecnologia e área de negócios; dentre outros. 5. Risco sistêmico. Decorre de problemas que uma ou mais instituições passam a enfrentar e que podem afetar negativamente o próprio sistema em que elas transacionam por transmitir dificuldades a outras instituições. A atuação das autoridades reguladoras procura evitar esse tipo de risco para o sistema. 6. Risco de Fraude. Relativo ao inadequado registro contábil. A governança corporativa e sua 14 adequada utilização minimizam consideravelmente esse risco. Riscos Operacionais 7. Risco legal. Decorre de questionamentos jurídicos referentes às transações da instituição, que podem gerar perdas ou contingências não-previstas quando da realização da transação. Como: • Falta ou insuficiência de definição legal quando da realização da transação – risco contratual; • Perdas em processos judiciais – análise e defesa inadequadas; • Perdas com alteração na regulamentação quando da realização da transação – risco de regulamentação. 8. Risco reputacional ou de imagem. Decorre da veiculação de informações que afetam negativamente a imagem da instituição, colocando em risco a manutenção de cliente e a realização de transações com os mesmos. A área de marketing se encarrega de avaliar esse tipo de risco. Medidas para afastar esse risco: • pesquisa periódica com clientes, autoridades e concorrentes para saber como está a aceitação da marca da instituição; • análise de notícias divulgadas na mídia sobre a instituição; • gerenciamento do relacionamento com autoridades reguladoras; • foco no atendimento às reclamações de clientes, inibindo-as na 15 origem. Uma previsão é uma afirmativa ou inferência sobre o futuro, usualmente baseada em informação histórica. 16 Planejamento, predição e previsão Planejamento: processo lógico que descreve as atividades necessárias para ir do ponto no qual estamos até o objetivo definido. Predição: processo para determinação de um acontecimento futuro baseado em dados completamente subjetivos e sem uma metodologia de trabalho clara. Previsão: processo metodológico para determinação de dados futuros baseados em modelos estatísticos, matemáticos ou econométricos ou ainda em modelos subjetivos apoiados em metodologia de trabalho clara e previamente definida. 17 Definição de Risco Aurélio 1. Perigo ou possibilidade de perigo. 2. Situação em que há probabilidades mais ou menos previsíveis de perda ou ganho como, p. ex., num jogo de azar, ou numa decisão de investimento. 3. Em contratos de seguros, evento que acarreta o pagamento da indenização: a apólice cobre o risco de incêndio. 4. Possibilidade de perda ou de responsabilidade pelo dano. 18 Risco de Projeto (PMBOK 2000 ISO 10.006) • Evento ou condição incerta que, se ocorrer, tem um efeito positivo ou negativo sobre o objetivo do projeto. – Ameaças aos objetivos do projeto – Oportunidades de melhorias desses objetivos • Um risco tem uma causa e, se o risco ocorrer, uma conseqüência. 19 Tipos de Riscos de Projeto • Riscos conhecidos – Identificados e analisados – Pode-se planejar como lidar com esses riscos • Riscos desconhecidos – Só podem ser gerenciados através de planos de contingência gerais, baseados em experiência prévia 20 Gerenciamento de Riscos • Processo sistemático para identificar, analisar e responder a riscos de projeto. – Maximizar a probabilidade e conseqüências de eventos positivos – Minimizar a probabilidade e conseqüências de eventos adversos aos objetivos do projeto. • Aplica-se também a outras áreas. • Envolve aspectos subjetivos em graus variados. A subjetividade irá variar em função do grau de familiaridade que o avaliador tiver em relação mecanismo de avaliação. 21 Incerteza • Um dos principais fatores de risco. • Associada à falta de informação. • Fase de planejamento - informação disponível varia de 40 a 80% da informação necessária para decisão. • Nível de incerteza varia ao longo do projeto. • Exemplos: impasses tecnológicos; tecnologia disponível; interfaces internas do projeto... 22 23 Processo Análise / Decisão 1. Pró-ativamente identificar oportunidades de decisão 2. Definir o problema 3. Identificar alternativas 4. Desenvolver o modelo decisório Brainstorming, Análise SWOT (strenghs, weakness, opportunities and threats – forças, fraquezas, oportunidades e ameaças). Entenda o problema: veja as causas e não os sintomas. Avalie os modos de ataque e deixe os ajustes finos para depois. Identifique as chances dos eventos, os relacionamentos, a seqüência. É aconselhável iniciar pela árvore de decisão. A etapa final da análise de risco é a geração do plano de segurança da organização. Não existe padrão. Deve ser montado em função da organização para a qual se aplique. Porém, existem preocupações básicas. 24 Gerência de Riscos Planejamento da Gerencia dos Riscos Análise Qualitativa dos Riscos Planejamento de Respostas aos Riscos Identificação dos Riscos Análise Quantitativa dos Riscos Controle e Monitoração dos Riscos 25 Gerência dos Riscos Planejamento da Gerência dos Riscos Objetivo: Decidir como abordar e planejar a gerência de risco no projeto. • Plano de Gerência dos Riscos: Descreve como a identificação, a análise qualitativa e quantitativa, o planejamento das respostas, a monitoração e o controle do risco será estruturado e realizado durante o ciclo de vida do projeto. 26 Gerência dos Riscos Planejamento da Gerência dos Riscos • Plano de Gerência dos Riscos: Descreve como a identificação, a análise qualitativa e quantitativa, o planejamento das respostas, a monitoração e o controle do risco será estruturado e realizado durante o ciclo de vida do projeto. 27 Gerência dos Riscos Identificação dos Riscos Objetivo: Determinar o riscos prováveis do projeto e documentar as características de cada um. 28 Gerência dos Riscos Análise Qualitativa dos Riscos Objetivo: Avaliar o impacto e probabilidade dos riscos identificados. Este processo prioriza riscos de acordo com seu efeito potencial nos objetivos do projeto. 29 Exemplo: classificação de impactos de riscos Avaliação do Impacto de um Risco nos Objetivos do Projeto Objetivo Muito Baixo .05 Baixo .1 Moderado .2 Alto .4 Muito Alto .8 Custo Aumento de custo insignificante Aumento de custo <5% Aumento de custo 5-10% Aumento de custo 1020% Aumento de custo > 20% Prazo Aumento de prazo insignificante Aumento de prazo <5% Aumento de prazo 5-10% Aumento de prazo 1020% Aumento de prazo > 20% Escopo Diminuição do escopo quase que imperceptível Áreas de menor importância do escopo são afetadas Áreas de maior importância do escopo são afetadas Redução do escopo inaceitável para o Cliente Término do projeto é efetivamente inútil Qualidade Diminuição da qualidade é quase que imperceptível Apenas aplicações muito exigentes são afetadas Redução da qualidade requer aprovação do Cliente Redução da qualidade inaceitável para o Cliente Término do projeto é efetivamente inútil 30 Gerência dos Riscos Análise Quantitativa dos Riscos Objetivo: Analisar numericamente a probabilidade e o impacto de cada risco e sua conseqüência nos objetivos do Projeto, bem como a extensão do risco global do projeto. 31 Matriz Probabilidade versus Impacto Escore para um Risco Específico Probabilidade Escore = P X I 0,9 0,05 0,09 0,18 0,36 0,7 0,04 0,07 0,14 0,28 0,5 0,03 0,05 0,10 0,20 0,3 0,02 0,03 0,06 0,12 0,1 0,01 0,01 0,02 0,04 0,05 0,10 0,20 0,40 Impacto em um objetivo 0,72 0,56 0,40 0,24 0,08 0,80 Combina probabilidade e impacto para determinar o risco: baixo, moderado ou alto. 32 Gerência dos Riscos Planejamento de Respostas aos Riscos Objetivo: Desenvolver opções e determinar ações para ampliar oportunidades e reduzir ameaças aos objetivos do projeto. RISCO= Vulnerabilidade x Ameaça x Impacto. Medidas de segurança 33 Respostas aos Riscos: Estratégias Prevenção. Evitar o risco, mudar o plano do projeto para eliminar o risco. • • Reduzir escopo; Adicionar recursos ou prazo. Transferência. Passar as conseqüências e a responsabilidade de de um risco para um terceiro. • • • Não elimina o risco; Mais efetivo na exposição ao risco financeiro; Seguros, bônus, fianças, garantias. Mitigação. Reduzir as conseqüências e/ou probabilidade de um evento de risco adverso para uma tolerância aceitável, pró-ativamente. • • Custo proporcional à probabilidade e conseqüência; Realizar testes mais completos; adotar processos menos complexos; adicionar recursos ou prazo. Aceitação. Não mudar o plano do projeto para lidar com o risco. • • • Plano de Contingência (ativa); A equipe lida com os riscos caso eles aconteçam (passiva); Estabelecer uma margem de reserva de contingência, incluindo aspectos de prazo, dinheiro ou recursos (habitual). 34 Respostas aos Riscos: Conceitos • Riscos Residuais. Aqueles que permanecem após as respostas de fuga, transferência ou mitigação. • Riscos Secundários. Surgem como resultado da implementação de uma resposta a um risco. • Acordos Contratuais. Responsabilidades das partes. • Entradas para outros processos. Tempo, custos, recursos, etc... 35 Gerência dos Riscos Controle e Monitoração dos Riscos Objetivos: Manter rastreabilidade dos riscos identificados, monitorar riscos residuais e identificar novos riscos, assegurar a execução dos planos de risco e avaliar a efetividade na redução dos riscos. 36 Gerência dos Riscos Controle e Monitoração dos Riscos Deve responder: • As respostas aos riscos estão sendo implementadas como planejadas? • As ações de resposta aos riscos são adequadas? • Ocorreu ou surgiu risco que não foi identificado previamente? 37 Dicas para Análise de Riscos em Projetos 1. Abordagem A empresa deve decidir quais abordagens podem ser utilizadas e qual metodologia é mais adequada para determinada situação ou projeto. A metodologia é que descreve as características de risco as quais o projeto está sujeito. 2. Informações A base para a correta identificação dos riscos está nas informações dos projetos, obtidos por meio de três fontes: visão dos recursos do projeto, visão dos clientes e documentação de avanço do projeto. 3. Probabilidades e impactos Identificados os riscos, impactos e probabilidades de ocorrência do risco devem ser analisados, orientando o plano de ação. 4. Continuidade Embora não ocorram como processos isolados, as diferentes partes de uma empresa possuem impactos e ameaças diferentes diante de cada risco. O monitoramento deve ser contínuo para se chegar a uma situação ideal de gestão de riscos. 38