Modelo de Gestão Saúde da Família Canela, 10 de novembro de 2010 Índice da Apresentação I- A Situação da Bahia em 2007 II- Em Busca de Alternativas III- O que é uma Fundação Estatal IV- Pra Quê a FESF-SUS V- A Construção Singular da FESF-SUS VI- Governança da FESF-SUS VII – Mas a FESF-SUS é uma boa alternativa para os Trabalhadores? VIII – Desafios I – A Situação da Bahia em 2007 Uma Situação Ruim para o Usuário! • Bahia foi o último Estado a Implantar a ESF e tem a mais Baixa Cobertura do Nordeste • Indicadores muito ruins de Acompanhamento de DM, HAS, Saúde Materno-Infantil, Número de Consultas na AB, etc. • A População tem pouco Acesso e a Resolutividade é muito Baixa A Situação hoje é Ruim para o Usuário! • Há um Mercado Predatório entre os Municípios com Alta Rotatividade dos Profissionais e Instabilidade das Equipes • Quebra dos Vínculos e da Longitudinalidade do Cuidado – O que daria Qualidade à AB • O Tratamento é muitas vezes a Ambulância que lota os Hospitais • Insatisfação e Inadequada Situação de Saúde da População Distribuição dos municípios segundo tempo médio de permanência dos médicos no PSF % acumulado Tempo médio n % Até 6 meses 31 14,5 De 7 a 11 meses 16 7,5 22,0 1 ano 54 25,2 47,2 De 13 a 23 meses 10 4,7 51,9 2 anos 50 23,4 75,2 3 anos 19 8,9 84,1 4 anos 14 6,5 90,7 4 1,9 92,5 11 5,1 97,7 5 2,3 100,0 Mais de 4 anos Não há rotatividade Não-resposta Total 214 100,0 Fonte: Pesquisa Saúde da Família no Estado da Bahia – 2008 – EPSM/ NESCON/FM/UFMG Quadro de 2007 da Rede Hospitalar • Uma Rede Grande e Centralizada • Sucateada, Obsoleta, Pouquíssimo Eficiente e Cara • Baixa Qualidade, e População Pouco Acesso à • Deslegitimação dos Hospitais Públicos junto à População • Projeto de Terceirização implementado pelos Governos Carlistas (sem sucesso...) Ruim para o Usuário e para oTrabalhador... • Não garantia Previdenciários dos Direitos Trabalhistas e • Instabilidade das Equipes e desestímulo • Insegurança quanto ao Futuro e sem Perspectiva de Carreira • Pouco investimento em Educação • Desníveis Brutais de Remuneração • Mínimo de Jornada, Responsabilização e Resultados • Saúde da Família é uma falta de Opção Formas de vínculo segundo profissões de nível superior que atuam na ESF Médico Estatutário CLT Protegido Precário 13 05 18 82 Dentista Enfermeiro 15 08 23 77 Fonte: Pesquisa Saúde da Família no Estado da Bahia – 2009 – EPSM/ NESCON/FM/UFMG 17 12 29 71 Ruim para o Usuário e ruim para Trabalhador... • Grau de Precarização: • Apenas para 1/3 se recolhe o INSS para a aposentadoria • Menos de 1/4 dos Trabalhadores recebem o 13° salário • Menos de 1/5 têm Licença Remunerada • Maior Insegurança para as Mulheres Ruim para o Usuário e ruim para Trabalhador... • Nos Hospitais: • Hospitais Públicos sob Gestão Direta (60%) Apenas 50% dos Trabalhadores Estatutários • O outros 50% são ou Contratos Temporários ou Terceirizados • Nos Hospitais Públicos Terceirizados • Quadro Estatutário Residual ou Inexistente Ruim para o Usuário, Trabalhador e o Gestor... • Precária Infra-Estrutura, falta de Equipamentos e Informatização inexistente: a maioria dos Municípios são pobres e não têm escala para comprar barato • A maioria não consegue Desenvolver processos de Educação Permanente para o Trabalhadores • Grandes Dificuldades no Quadro de Gestão • Frágil Articulação e Integração da Rede de Saúde Regional Ruim para o Usuário, Trabalhador e Gestor... • Concorrência Predatória entre os Municípios da Região: Inflaciona o Mercado e coloca em Risco a Sustentabilidade financeira da ESF • A Moda da Carga Horária é de 24 horas semanais (3 dias 8h ou 4 dias 6h) • Saem perdendo os Municípios mais Pobres e de mais difícil Acesso • Situação Absolutamente Irregular em grande parte dos Municípios Mostra de Iniquidade Município IDH Receita anual per capta Encruzilhada 0,60 R$ 409,19 Madre de Deus 0,74 R$ 7.211,51 % Orçamento 11% 0,56% Situação cheia de Irregularidades e Insustentável • Ministério Público - Irregularidade Trabalhistas (contratos temporários e não garantia de direitos) • Auditorias - Não recolhimeto de Impostos • Tribuanal de Contas e MP - Remuneração acima do Teto • Tribinal de Contas - Limite da Lei de Responsabilidade Fiscal • Auditorias - Descumprimento da Carga Horária Nos Hospitais: a terceirização como Mantra... • Dificuldade de Modernizar, Contratar e Incorporar Tecnologia – Terceirização • Lentidão e Alto Custo das Compras - Terceirização • Lentidão na Realização de Concurso, Lei de Responsabilidade Fiscal e Plano de Carreira Inadequado, Infinidade de “acordos de trabalho” – Terceirização • Teto Remuneratório – Terceirização • Falta de Resultados e Insatisfação - Terceirzação II - Em Busca de Alternativas: Públicas, Efetivas e Democráticas Em Busca de uma Alternativa que: • Seja Pública e Participativa • Estável e dê Segurança ao Trabalhador, Gestor e Usuário • Assegure todos os Direitos Trabalhistas, Carreira e Mobilidade entre os Municípios da Bahia • Desenvolva a Estratégia de Saúde da Família de modo Interfederado e reduzindo as Desigualdades • Garanta Educação Permanente e Qualificação da Gestão da Atenção Básica • Colabore na Tecnologia e Qualifique a Atenção à Saúde Em Busca de uma Alternativa • Não é possível fazer carreira Municipal em 90% dos Municípios O Teto Remuneratório (salário do prefeito) normalmente não é suficiente para atrair o médico Os profissionais não querem viver 30, 35 anos em municípios que aceitam trabalhar apenas um período de tempo • Não é possível fazer uma carreira na Administração - Direta Estadual – Custos e Centralização no Estado Em Busca de uma Alternativa • Sem Saída o Gestor Municipal se expõe ao risco da irregularidade e segue sem resultados • Outras vezes Contrata por Pessoa Jurídica, OS, OSCIP ou Empresa e segue ou com situação irregular, com os mesmos resultados e muitas vezes pagando os custos da Taxa de lucro/administração • Alternativa inicial estudada: Consórcios Públicos • Mas a Fundação Estatal se mostrou mais adequada Em Busca de uma Alternativa • Foi aprovado novo PCCV e há um esfroço de ReEstruturação da Adm Direta e Indireta • Mas, em três situações concretas o Modelo AD é uma alternativa inferior aos que seguem: • Saúde da Família: Consórcio Público x FESF-SUS • Produção e Pesquisa de Medicamentos: Empresa Estatal x BahiaFarma • Autarquia x FE Hospitalar Consórcio e Fundação Estatal • • Orçamento e Autonomia Financeira: • Con.: Contrato de Rateio, Lei Orçamentária do Município e Contabilidade do setor Público • FE: Contrato de Gestão, Pagamento de Pessoa Jurídica e Contabilidade das Empresas Estatais Compras e Licitações: • Con: Segue as mesmas regras da Adm Direta • FE: Regime Especial de Compras e Licitações Consórcio e Fundação Estatal • • Gestão de Pessoal (Regime CLT em Ambos) • Con: Estrutura definida no Procolo de Intenções • FE: Autonomia na Gestão de Pessoal: • Carreira Própria, Agilidade e Autonomia na Especificação de Concurso, Emprego, Gratificação, Acordo Coletivo de Trabalho, etc. Governança: • Con: Assembléia dos Municípios e Prefeito Presidente • FE: Conselho Curador como Esfera Pública de Participação + Diretoria Executiva Vantagens Fundação Estatal • Mais Autonomia e Agilidade • Regras das Empresas Estatais para Gestão Financeira e Contabil, Pessoal e Licitações • Lei é simples e genérica e pode deixar para definir ações, organização e metodologia no Estatuto que pode ser mudado mais facilmente • Esfera Pública de Participação com Poder Real de Decisão • Municípios podem aderir e contratar serviços específicos sem necesariamente precisar de aprovação na Câmara • Possibilidade de Receber Recursos da União • Não conta para a LRF Vantagens Consórcios • Pode permitir a adesão a qualquer momento conforme decisão de sua Assembléia • Pode ampliar finalidades para além do previsto no Protocolo de Intenções contanto que faça a retificação nas Câmaras novamente • Maior segurança jurídica e menos resistência III - O QUE É uma Fundação Estatal? Uma Fundação Estatal é... • Um Novo Modelo de Gestão acompanhado de uma base Jurídico-Institucional que torna-o possível • Inspirada na Combinação dos Autarquias com as Empressa Estatais Modelos das • Uma Instituição Estatal, 100% Pública, Decentralizada e Especializada, exclusiva para a Prestação de Serviços Sociais, sem fins lucrativos, com gestão Contábil, gestão de Pessoal e Regime de Licitações das Empresas Estatais O que não é uma Fundação Estatal? • Não é uma Terceirização: • Administração Indireta (como as Universidades) • Não é Privatização: • Propriedade e Gestão Pública • Finalidade e Direção Pública • Não Atua no Mercado em busca de Lucro • São Trabalhadores do Setor Público • Não é Precarização: • Concurso Público, CLT, Garantia de Todos Direitos Trabalhistas e Previdenciários A FESF faz o SUS avançar porque permite: • Construir uma Governança mais ampla e estável com Participação da Sociedade, apropriada para Políticas Públicas de Estado (SUS) • Integrar a Atuação dos Entes desenvolvendo a Gestão Compartilhada (SUS) • Profissionalizar a Gestão e compor um Corpo de Profissionais Qualificado e Estável • Desenvolver Carreira Moderna e Ágil adequada às Necessidades da Atenção Primária da Bahia A FESF-SUS nos Permitiu: • Desenvolver uam Gestão com Base em Metas e Resultaos •Transparência permitindo a Fiscalização, Avaliação e Acompanhemento Público • Avançar na Substituição de um Mercado Predatório por um Mercado de Trabalho Público Planejado, Regulado e sem Fins Lucrativos Características Importantes das Fundações Estatais – Relação com LRF • Não é Vinculada ao Orçamento • Presta Serviços ao Setor Público num Mercado exclusivamente Público • Tem que ter Custo Competitivo, oferecer Qualidade e alcançar Resultados para ter Receita • É obrigada a ter resposabilidade com os gastos, dentre eles o de pessoal pois, se perde eficiência, deixa de ter custos competitivos • Mais transparente ao Controle Público: Contrato de Gestão por Metas e Resultados Singularidades da FESF-SUS! • A FESF-SUS é a 1° FE Co-Instituída por vários Entes Públicos: é Interfederada - Intermunicipal! • Uma Instância Inter-municipal criando um novo modo de Relação Reguladora e Gestão Compartilhada entre os Municípios • Governança envolvendo diversos Sujeitos Sociais • Conselho Representativo das Forças Sociais do SUS e Diretoria Profissionalizada com Mandato • Menos afetada pelas Mudanças Eleitorais IV - Pra quê a FESFSUS? Pra quê a FESF-SUS! Art. 2º. A FUNDAÇÃO tem o fim exclusivo de, no âmbito do Sistema Único de Saúde do Estado, desenvolver ações e serviços de atenção à saúde, em especial a estratégia de saúde da família, de acordo com as políticas de saúde dos municípios instituidores e as políticas de saúde da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia e do Ministério da Saúde. Pra quê a FESF-SUS! I- Interiorizar, Expandir e Desenvolver a Estratégia de Saúde da Família em toda a Bahia II- Carreira, Valorização e Desenvolvimento do Trabalhador e Qualificação do Trabalho • Ação Interfederada Constituindo Público que Determina: um Sistema • Concurso, Distribuição, Mobilização, Avaliação e Remuneração dos Trabalhadores da Saúde da Família da Bahia Pra Quê a FESF-SUS III- Desenvolver a Educação Permanente: • Ação Cooperada para Promover um amplo Investimento em Pós-Graduação e um abrangente Processo de Educação Permanente para Trabalhadores e Gestores • Tele-Saúde, 2° Opinião Formativa, Consultoria Clínica à Distância Pra Quê a FESF-SUS IV- Desenvolver, Mordenizar e Informatizar a Gestão Municipal Sistemas de Monitoramento e Avaliação da Qualidade Informatização das Unidades Programas de Qualificação da Gestão V- Mais Agilidade, Economicidade e Escala nas Compras e Contratações Pra quê a FESF-SUS VI- Equidade e Qualidade no SUS Bahia • Com Recursos do Governo promove Lógicas de Equidade Estadual • Controlar os Custos Apoiar os Municípios mais Pobres através de Subsídios • Fazer chegar aos Municípios mais Distantes o que não chegaria ou chegaria a altos custos • Progamas Específicas Especiais para Populações Vantagens para o Município • Regulação do Mercado de Trabalho no sentido do seu Des-Inflacionamento e Estabilização • Provimento, sem falta, de Profissionais de Qualidade e sem a atual Rotatividade • Sistema de Equidade com mais Co-Financiamento • Carreira que Estimula o Trabalhador e Qualificação do Processo de Trabalho com maiores resultados • Novas Ferramentas de Gestão de Qualidade e Resultados • Possibilidade de compras em Escala baixando custos IV - A Construção Singular da FESF-SUS A Construção da FESF-SUS 2007... Formulação e Debate da Proposta desde início do Governo • • Muita Resistência, mas que foi sendo vencida pelo esclarecimento, debate e credibilidade • 2007 Aprovação no Conselho Estadual de Saúde e Conferência Estadual de Saúde: FE como uma das Modalidades de Gestão do SUS-BA • 2007 Comissão Paritária do CES que aprovou as Leis A Construção da FESF-SUS A Assembléia Legislativa aprovou Lei Complementar disciplinando as Fundaçãoes statais na Bahia • • Não é Necessário (A Constituição recepciona o Decreto Lei 200 (pacífico no Supremo) Aprovação de Lei Autorizativa • • Assembléia Legislativa – BahiaFarma • Câmara de Vereadores 110 - FESF-SUS Construção da FESF-SUS • 2008 - 240 Prefeitos Assinaram o Protocolo de Adesão mas só 110 Municípios Aprovaram as Leis Autorizativas (maior movimento legislativo Municipal da Bahia) • Comissão de Constituição da FESF • Envio de Documentação ao Ministério Público • 04 de maio de 2009 - 69 Entregaram toda a Documentação no Prazo e figuram na Escritura Pública • 18 de Agosto de 2009 - CNPJ Geoportal: Municípos que Aderiram à FESF Construção da FESF-SUS De 2008 a 2010 Aprovação de Programas na CIB para dar respakdo e apoio aos Municípios: • • Recurso da CER para Programa de Instituição da FESF-SUS • Programa de Desenvolvimento Interfederado da Estratégia de Saúde da Família • 2009 Criação da FESF-SUS, Constituição dos Conselhos e Eleição da Diretoria Executiva • 2009 Diálogo: Ministério Público, TCM, eTCE Construção da FESF-SUS • 1° Etapa de celebração dos Contratos de Gestão com os Município: 69 Municípios • 2° Etapa Novembro: Expectativa de + 133 Municípios (Total de 200) • Aprovação do Contrato de Programa pela Procuradoria Geral do Estado e Governo • Consulta Pública e Aprovação do Plano de Emprego Carreira e Salários • Realização do Concurso Público Contrato de Gestão • Nele temos as Obrigações, Ações, Metas e Resultados com os quais cada um se compromete • Contém todos os Valores, Custos, Quantitativo dos Serviços além dos Subsídios da Política de Equidade • É acompanhado pelos Conselhos da FESF-SUS, Tribunais de Contas dos Municípios e Conselho Municipal de Saúde dos Municípios • O Contrato de Gestão é Celebrado individualmente entre cada Município e a FESF-SUS Construção da FESF 2010 • Aprovação do Contrato de Programa (CP) pela Procuradoria Geral do Estado da Bahia • Assinatura do CP pelo Governo da Bahia e todos os Municípios integrantes da FESF-SUS • O CP é celebrado Conjuntamente por: todos os Municípios que Participam da FESF-SUS, Governo do Estado e pela própria FESF-SUS Contrato de Programa (CP) • Nele estão claras as Obrigações, Ações e Metas de Cada Um e do Conjunto dos Entes que integram a Gestão Compartilhada • Além do Conselho Curador há uma Comissão Técnica de Acompanhamento do CP • É o instrumento que dá mais estabilidade e sustentabilidade Legal ao “Sistema”: • Dando segurança a Gestores, Trabalhadores e Usuários Concurso Público EMPREGO Médicos Geral Médicos de Família Dentista Enfermeiro Sanitarista GERAL INSCRITOS REALIZARAM AS PROVAS 1.748 1.284 1.315 983 3.569 17.299 1.009 37.920 2.741 11.941 687 22.405 VI- Governança da FESF-SUS Conselho Curador Órgão Deliberativo Superior da FESF-SUS c/ mandato de 3a 4 - Secretários eleitos pelo Conselho Interfederativo 1 - Secretário eleito pelo COSEMS 4 - Representantes do Governo (sendo 2 da SESAB) 2 - Representantes do Conselho Estadual de Saúde (dentre a rep. de trabalhadores e/ou usuários) 2 - Representantes dos Trabalhadores Concursados 1 - Representante das Universidades Públicas Conselho Interfederativo Órgão Supervisor Superior da FESF-SUS Participam: - os Secretários de Saúde de todos os Municípios Instituidores e/ou Participantes da FESF-SUS - os Representantes Titulares e Suplentes da SESAB no Conselho Curador Presidente e Vice-Presidente, eleitos em Assembléia, têm mandato de 2 anos Conselho Fiscal Órgão de Fiscalização Administrativa e Contábil da FESFSUS - 3 Membros Titulares e 3 Suplentes (mandato de 3a) - São eleitos pelo Conselho Interfederativo Avaliam dois balanços anuais: - um em Novembro relativo ao 1° semestre do ano corrente - um em Abril relativo ao ano anterior VII É uma excelente alternativa para os Gestores e Usuários, mas os Trabalhadores vão querer ser funcionários da FESFSUS? Pesquisas Realizada com os Gestores em 2008 e com os Trabalhadores em 2009 O que é mais Importante para o Trabalhador? – responderam os Gestores FATOR % Remuneração 82% Boas Condições de Trabalho 40% Existência de Vínculo Trabalhista 37% Disponibilidade de Instrumentos e Equipamentos Necessários aos Trabalhos 33% Oferta de Capacitação 28% Disponibilidade de Exames 23% Possibilidade de Referenciamento 23% O que é mais Importante para o Trabalhador? – responderam os Trabalhadores FATORES % Benefícios e Direitos Trabalhistas 69% Educação Permanente 66% Disponibilidade de Instrumentos e Equipamentos Necessários aos Trabalhos 65% Existência de Vínculo Trabalhista 62% Carreira com Mobilidade 62% Remuneração 61% Educação de Qualidade para os Filhos 55% O Que faz o Profissional desistir do Emprego? Resposta Única dos Trabalhadores FATOR % Interferência Política 20% Instabilidade no Emprego 18% Infra-Estrutura Inadequada 15% Atraso no Pagamento 15% Rotatividade e Equipe Incompleta 13% A Necessidade de uma Carreira para a Saúde da Família Uma Carreira para Saúde da Família precisa: • Garantir todos os Direitos para o Trabalhador • Víncular ela a uma Instituição, dando Segurança e Perspectiva de Planejar a sua vida, sua formação, seus ganhos, progredindo em uma Carreira, co regras claras, até à Aposentadoria • Mobilidade, sem demissão, entre os Municípios com regras claras, públicas e isonômicas • Participação e Gestão Democrática Uma Carreira para Saúde da Família precisa: • Estimular e Promover o Desenvolvimento Profissional • Estimular e Promover a Permanente Qualificação do Trabalho • Formação e Educação Permanente • Desenvolver uma Cultura que prima pela, Inovação, Qualidade, Avaliação Permanente do Processo de Trabalho, Responsabilidade com os Resultados em Saúde e Solidariedade Institucional O Plano de Emprego Carreira e Salários da FESF-SUS Progressões • Progressão por Antiguidade (2a) (até 30%) • Progressão por Mérito (2a) • Avaliação de Desenvolvimento (até 56%) • Progressão por Titulação (2a) (até 20%) Portanto, além da Correção pela Inflação há ganho de mais de 100% no Salário Inicial. Remuneração na FESF-SUS Remuneração dos Trabalhadores • Remuneração Fixa e Variável • Remuneração Fixa • Salário Base • Progressões • Incorporações Remuneração dos Trabalhadores • Remuneração Variável • Ligadas à Produção, Modelo de Atenção e Qualidade • Gratificação por Produção e Qualidade • Prêmio por Resultados (Inovação e Qualidade) • Adicional por tempo de Fixação Remuneração dos Trabalhadores • Remuneração Variável • Ligadas à Interiorização • Adicional de Localização • Adicional por Situações Especiais de Exercício Profissional • Adicional por tempo de Fixação Remuneração dos Trabalhadores • Remuneração Variável • Ligadas à Ampliação da Atuação do Profissional • Gratificação por Atividade de Formação e Qualificação • Gratificação por Função Estratégica de Gestão Regra e Sistema de Mobilização Construção com os Trabalhadores Resultado Númerico compossto por parâmetros Iniciais para a Construção da Proposta -Tempo de Atuação + Índice de Desenvolvimento Socio Econômico Sanitário do Município - Fator relacionado a Avaliações - Fator Relacionado a Progressão na Carreira Sistema Público e Transparente que Disponibiliza Vagas para os Candidatos Trabalhador Educando e Educador • Ofertas de Educação Permanente: • Processo de Informação Inicial • Especialização em Saúde da Família para todos os Profissionais • Segunda Opinião Formativa e Tele-Saúde • Convite à condição de Educador e Produtor de Conhecimento: • Produção e Sistematização de Tecnologias • Tutorias (Graduação e Pós) • Consultor de Tele Saúde Com relação aos Médicos: qual é o Perfil desses profissionais? TEMPO DE FORMAÇÃO Distribuição dos médicos por tempo de formação, Bahia, maio de 2010 Não preencheram 6.5% 31 a 35 anos 4.1% 26 a 30 anos 8.1% 21 a 25 anos 4.1% 16 a 20 anos 12.2% 11 a 15 anos 17.1% 6 a 10 anos 19.5% 3 a 5 anos 19.5% 1 a 2 anos 6.5% < de 1 ano 2.4% 0.0% 5.0% 10.0% 15.0% 20.0% 25.0% Distribuição dos médicos ingressantes na Fundação Estatal Saúde da Família segundo experiência anterior na Atenção Básica, Bahia, 2010 Saúde da Família. 5% Atenção Básica sem Saúde da Família. 6% 2% 23% Gestão da Atenção Básica/ Saúde da Família. 64% Nunca trabalhou na Atenção Básica Não respondeu/não se aplica Distribuição dos médicos ingressantes na Fundação Estatal Saúde da Família segundo forma de contratação anterior na Atenção Básica, Bahia, 2010 Vínculo Público Temporário 30% 21% Prestação de Serviço/Cooperativa CLT 7% 42% Outros, não respondeu ou não se aplica MÉDICOS e PÓS-GRADUAÇÃO Distribuição dos médicos portadores de pós-graduação, Bahia, maio de 2010 0.8 0.7 69.9% 0.6 0.5 0.4 0.3 28.5% 0.2 0.1 1.6% 0 Possuem pós graduação Não possuem pós graduação Não preenchido Especialidades médicas Distribuição das especialidades médicas, maio de 2010 Saúde da Família 21% Saúde Pública/ Saúde Coletiva 39% Clínica médica 12% Pediatria 7% 10% 11% Gineco-obstetrícia INTERESSE EM TUTORIA Interesse do médico em tutoria e elaboração de material didático, Bahia, maio de 2010 80 70 68.29 65,04 60 50 Atuar como tutor/educador 40 30.08 31,7 Fazer pesquisa, escrever artigos, protocolos 30 20 10 1.62 3.25 0 SIM em % NAO em % Nao preenchido Distribuição dos médicos segundo impressão sobre a Fundação Estatal Saúde da Família, Bahia, 2010 10% 8% 5% 13% 64% É um instituição que propõe uma Saúde da Família com mais qualidade para trabalhador e usuário Propõe uma carreira que dá mais segurança ao profissional Pode transformar a Saúde da Família na Bahia Não tenho informação suficiente para emitir opinião Não respondeu Distribuição dos médicos ingressantes na Fundação Estatal Saúde da Família segundo motivo mais citado para escolha em trabalhar na FESF, Bahia, 2010 pela garantia de direitos trabalhistas 85 desejo em fazer carreira na saúde da família 79 por oferecer uma carreira estável 68 por causa das ofertas de educação permanente pela possibilidade de fazer uma Saúde da Família de melhor qualidade 47 38 porque é um bom emprego pela possibilidade de mobilidade entre municípios da Bahia por causa do salário 24 20 18 Trabalhadores e pretensão de residir no seu local de atuação 100 95 90 80 85 75 70 60 Sim 50 Não 40 30 Não Preenchido 35 32 20 24 10 3 0 Médicos 7 Enfermeiros 9 Dentistas Em Síntese: qual o Perfil desses Médicos • Mais de 50% atuam entre 3 e 15 anos na SF • 64% já trabalhavam na SF • 70% tem Pós-Graduação sendo que metade destes em SF e SP e 28% em Especialidades Raízes • 65% a 70% querem ser Tutores e fazerem nova Formação na Saúde da Família • 85% buscam, segurança, carreira e qualidade e entendem que a FESF lhes oferece isso • 85% querem continuar morando no local de trabalho E como está sendo na Prática? Recepção no município Acolhimento no município 12% 12% 29% Muito bem acolhido Bem acolhido Mais ou menos 47% Fui “desacolhido” Relação com equipe Integração com os demais membros da Equipe de Saúde da Família 0% 6% 12% BOA REGULAR RUIM 82% PÉSSIMO Trabalhador FESF-SUS e gestão municipal Relação com a Gestão Municipal 6% 0% 12% BOA REGULAR RUIM PÉSSIMO 82% Primeiros dias de trabalho 0% Insatisfeito 18% Pouco satisfeito 47% Satisfeito 35% Muito satisfeito 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% Em Síntese: • 86% Consideraram que foram muito bem Acolhidos nos Municípios • 82% Desenvolveram uma Boa Relação com Equipe. Ruim só 6% • Exatamente os mesmos números com relação à Gestão Municipal • 35% estão muito satisfeitos e 45 Satisfeitos nesses primeiros dias de trabalho VI – Desafios Desafios I • Necessidade de Grande Mudança Cultural na Saúde da Família • Para Mudar o Modelo de Atenção não basta a Mudança de Modelo de Gestão e das Relações de Trabalho • Desafios do Mercado de Trabalho Médico na Bahia e no Brasil Desafios II • Desafio da Gestão Compartilhada e da Construção de uma Instituição Republicana • Concurso X Nomeação • Regras de Carreira e Mobilidade X Decisão sem Justificativa de mudança, dispensa e pagamento • Desafio do Sub-Financiamento da Saúde da Família • Recurso da CER é o que garante a existência da FESF (inadimplência de 50%) Desafios III • Sustentabilidade da FESF-SUS • Legalmente e Economicamente Viável • Bom Custo-Benefício • Qualidade e Impacto nas Condições de Saúde da População • Defesa dos Trabalhadores, Controle Social e Aprovação Popular • Atuação do Ministério Público Desafios IV • É Necessário um bom Apoio Técnico • Uma Rede de Cooperação entre as FE • Muito apoio Político (Governo e Atores Sociais) • A reserva de um Recurso a mais para a Implantação e para o Funcionamento (aumenta o gasto e reduz o custo) • Gestão Profissionalizada e com muita Qualidade (erros na FE são bem piores que na Adm. Direta) “O Desafio é grande, os riscos de se experimentar o novo também, mas ainda mais danosa é a situação atual que agride a nossa população. É necessário ter ousadia, pois, o que não nos será perdoado é a passividade, a inércia ou a vacilação frente a problemas tão essenciais num momento de tanta esperança do povo baiano”. Jorge Solla março de 2007, em reunião do Colegiado da SES-BA Obrigado Hêider Pinto Diretor Geral da FESF-SUS Anexo: Comparação: Organizações Sociais e Fundações Estatais Quadro Comparativo I Propriedade Relação com a Administração Pública FUNDAÇÃO ESTATAL EMPRESA ESTATAL ORGANIZAÇÃO SOCIAL 100% Pública maioria Pública Privada Administração Pública Indireta Administração Pública Indireta - Estado Descentralizado - Estado Descentralizado Não é Administração Pública Instituição O Poder Público contrata um grupo Privado Pelo Poder Público podendo ter Pelo Poder Público sob gestão instituído pela livre a participação minoritária do Poder Público iniciativa para fazer a posterior de agentes privados administração dos Serviços Lógica e Finalidade Prestação de Serviços Públicos Produção de bens econômicos Atividade de prestação de ao Estado e produção de através da exploração de serviço público pago pelo valores de uso para a população atividade econômica com Estado sem finalidade de lucro finalidade de lucro Direção Pública Pública podendo haver a participação de acionistas privados Privada, negociada com o Público através de contrato de gestão Quadro Comparativo II Supervisão e Direção do Órgão Responsável Quadro de Direção FUNDAÇÃO ESTATAL EMPRESA ESTATAL ORGANIZAÇÃO SOCIAL do conjunto das Atividades do conjunto das Atividades Só através do Contrato de Gestão Nomeados Pelo Estado e Concursados Quadro próprio do setor Privado que assumiu o contrato podendo ter indicações públicas Publica Estatal Administrada pelo Setor Privado prestando contas ao Público mediante contrato de gestão Nomeados Pelo Estado e Concursados Pública Estatal, com Participação da Sociedade Civil, prestando Gestão e Tomada de contas ao órgão Público Decisões Supervisor através de sistema de metas e resultados Caráter Universal dos Serviços e Segmentação de Clientela 100% SUS: é vedada a segmentação de clientela Não se aplica: venda no mercado de bens econômicos A segmentação de clientela com cobrança de serviços é muitas vezes praticada Personalidade Jurídica Regulada pelo Código CivilDireito Privado Regulada pelo Código Civil- Direito Privado Regulada pelo Código Civil- Direito Privado Quadro Comparativo III FUNDAÇÃO ESTATAL EMPRESA ESTATAL ORGANIZAÇÃO SOCIAL Licitações e Contratos Lei 8.666 regulamento próprio Lei 8.666 regulamento Regulamento próprio próprio Imunidade Tributária Em casos específicos Não tem Tem Seus Trabalhadores são Empregados Públicos Sim Sim Apenas os cedidos os demais não Regime de Emprego CLT no setor público Financiamento Contrato Estatal de Serviços ou de Gestão Orçamento Investimento Contrato de Gestão Lei de Responsabilidade Fiscal Não Observa Não Observa Não Observa CLT no setor público CTL no setor privado