V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil EDUCAÇÃO INLUSIVA E PRÁTICAS EDUCATIVAS: O ENSINO DE LIBRAS PARA OUVINTES Ilda Maria Santos Tavares (IFS)1 Tereza Simone Santos de Carvalho (UFS)2 INTRODUÇÃO Segundo Quadros (1997), a preocupação com o desenvolvimento da linguagem esteve presente ao longo da história da educação dos sujeitos surdos no Brasil a ponto de, nas propostas pedagógicas, se perder de vista o processo educacional integral da criança surda. Esse fato se relaciona, de forma direta, à questão do processo de aquisição da linguagem ser traduzido por línguas oral-auditivas, aliado à crença de que o homem desenvolve a linguagem apenas através de métodos de oralização. A partir da década de 60, do século passado, os estudos sobre linguagem tiveram grande avanço e William Stokoe, linguista americano que iniciou os estudos sobre a Língua de Sinais Americana (ASL), provou serem a língua de sinais, línguas naturais. Esse trabalho, se constituiu em um marco que impulsionou a realização de outras pesquisas, as quais passaram a ser publicadas, apresentando novas perspectivas acerca das línguas de sinais. Esses estudos culminaram com seu reconhecimento linguístico nas investigações da teoria da Gramática com Chomsky pois, para ele a faculdade da linguagem, em seu estado inicial, é considerada uniforme no que se refere a espécie humana, posto que é inato. As mudanças vão ocorrendo ao longo da vida, a partir da exposição da criança ao ambiente linguístico. (VIOTTI, 2007 A Língua Brasileira de Sinais (Libras) se constitui de fato em uma língua pois possui, 1 Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS); Especialista em Fundamentos da Prática Pedagógica pela UFS; Pedagoga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS), Campus Aracaju; Líder do Núcleo de Pesquisa em Educação Profissional, Técnica e Tecnológica do IFS; Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Estado de Sergipe” da UFS; E-mail: [email protected] 2 Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS); Professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Núcleo de Educação, Campus Itabaiana; Especialista em Educação Tecnológica pelo Centro Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (CEFET-MG); Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Estado de Sergipe” da UFS. E-mail: [email protected] 1 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil como as línguas orais, todos os níveis linguísticos, possibilitando aos seus usuários a expressão de ideias, tanto complexas quanto sutis e/ou abstratas; também permiti a discussão de assuntos de quaisquer áreas do conhecimento humano, tais como política, literatura, trabalho, filosofia, esporte. É utilizada também com função estética para fazer poesias, histórias, teatro, humor. (FELIPE, 2006). A Libras é dotada de uma gramática, conforme diversos estudos sobre a mesma (conferir FELIPE, QUADROS, FERREIRA-BRITO) e possui os níveis linguístico, fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático. Convém também esclarecer que as línguas de sinais não são universais, como também não o são as línguas orais, tendo cada uma delas sua própria estrutura gramatical. As línguas de sinais são diferentes umas das outras e independem das línguas oral-auditivas utilizadas em seus países. Assim, como toda língua de sinais, a Libras é uma língua de modalidade espaçovisual ou gestual-visual, pois, segundo Quadros (1997), utiliza o canal visual e o espaço e não o canal oral-auditivo, como nas línguas orais. Ainda em seus estudos Ferreira-Brito (1993) apresenta a diferença entre as modalidades oral-auditiva e espaço-visual, ratificando que as línguas de sinais articulam-se espacialmente e são percebidas visualmente. Felipe, por sua vez, ressalta que a língua de sinais, tem uma dinamicidade, aumentando o seu vocabulário com a introdução de novos sinais pelas comunidades surdas, pautadas nas mudanças culturais e tecnológicas. Como afirmou Stokoe em seus estudos a língua de sinais é natural, posto que, como as línguas orais surgiram de forma espontânea, a partir da interação entre pessoas e expressam qualquer conceito, do concreto ao abstrato. Nesse contexto, Sacks (1960, p. 62) afirma que “as Línguas de Sinais existiram desde que existe a língua oral humana, e sempre que existirem surdos reunidos por mais de duas gerações em comunidades.” Para Ramos (2008) as Línguas de Sinais passaram a ser aceitas como manifestação cultural legítima, em todo o mundo, levando, assim, as políticas públicas dos diversos países a contemplarem através de seus dispositivos legais essa língua, viabilizando o seu reconhecimento. Desse modo, a Língua Brasileira de Sinais é ou deve ser a língua materna dos Surdos do Brasil - a exceção da língua de sinais Urubu-Kaapor, utilizada por uma comunidade indígena de surdos, localizada no estado do Maranhão - e esse reconhecimento 2 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil oficial da Libras como meio de comunicação e expressão das Comunidades Surdas brasileira só ocorreu no ano de 2002, com a promulgação da Lei 10.436, que foi regulamentada através do Decreto 5.626/2005. É nesse contexto, onde se apregoa a educação de qualidade para todos, que leva em consideração o movimento ou processo da educação inclusiva, desencadeado, de forma significativa, a partir da Declaração de Jomtien3, em 1990, e da Declaração de Salamanca4, em 1994, que as escolas passaram a receber as pessoas com deficiência, dentre elas os sujeitos surdos, os quais têm uma língua própria, a qual deve ser respeitada e aceita nesse ambiente, cujo predomínio é de ouvintes. Nesse sentido muitas pessoas, de modo especial, os envolvidos no ambiente educacional e/ou que se relacionam com pessoas surdas, têm acorrido a cursos que lhe possibilitem o uso da língua de sinais, não só para cumprir um dispositivo legal mas, também, para ter as condições de se comunicar de forma adequada, partilhar conhecimentos e experiências, base para que haja a efetiva inclusão desses sujeitos, tanto na escola quanto na sociedade de maneira geral. Assim esse trabalho busca apresentar as abordagens5 para o ensino de segunda língua refletindo sobre a forma como tem se desenvolvido o ensino da Língua Brasileira de Sinais para as pessoa ouvintes. 2. ENSINO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS PARA SUJEITOS OUVINTES: MOTIVAÇÕES E ABORDAGENS DE ENSINO DE SEGUNDA LÍNGUA 3 Declaração de Jomtien- Declaração Mundial de Educação para Todos e Diretrizes de Ação para o Encontro de Necessidades Básicas de Aprendizagem, realizada em Jomtien, Tailândia, no ano de 1990 - alerta para a necessidade de se estabelecer um enfoque abrangente de educação que se traduz pela universalização do acesso à educação, melhoria da qualidade e a promoção da equidade. 4 Declaração de Salamanca - Conferência mundial sobre necessidades educativas especiais: acesso e qualidade, realizada em Salamanca, Espanha, em 1994 - trata sobre os princípios, a política e as práticas na área das necessidades educativas especiais, proclama o direito fundamental que toda criança tem à educação, na perspectiva da inclusão e ainda que as escolas regulares, seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêm uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional. (Declaração de Salamanca, 1994, p.2). Além disso essa Declaração demanda que os governos aprimorem seus sistemas educacionais, a fim de incluir todas as crianças, a despeito de diferenças ou dificuldades individuais que apresentem, bem como que assegurem aos professores programas de treinamento, tanto no período de formação quanto em serviço, incluindo provisão de educação especial dentro das escolas inclusivas.. 5 Neste trabalho o termo metodologia ou abordagem designa a forma como o ensino de língua estrangeira (LE) ou segunda língua (L2) vem se processando ao longo dos anos. 3 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O interesse do indivíduo para aprender uma língua distinta da sua está alicerçado em uma série de motivos, dentre os quais destacam-se os sociais, os econômicas, os comerciais, os militares, os educacionais. Segundo Gómez (2000) existem três fatores motivacionais para aprender uma língua: o interesse, a relevância, que engloba as necessidades pessoais e/ou instrumentais e por fim a expectativa. No que se refere ao estudo da Libras por pessoas ouvintes sobressaem-se os motivos sociais e educacionais, a partir de necessidades pessoais e instrumentais, a exemplo de familiares (ouvintes) de sujeitos surdos e profissionais da área de educação que possuem a expectativa de contribuir para a melhor inserção do sujeito surdo na sociedade, inclusive na escola, a partir do domínio da língua desses sujeitos. Essa necessidade e interesse em aprender a Libras também está consubstanciada em dispositivos legais emanados das políticas públicas do estado brasileiro, de modo especial nas Leis 10.098/2000 e 10.436/2002, Decreto 5.626/2005 que regulamenta a Lei 10.436 e o art. 18 da Lei 10.098 de 2000 e a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008. A Lei 10.098/2000, mais conhecida como Lei da acessibilidade dispõe em seu artigo 18. Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação. (grifo nosso)6 Já a Lei 10.436/2002 reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais, utilizada por comunidades de pessoas surdas do Brasil, e outros recursos de expressão a ela associados e determina a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, do ensino da Língua Brasileira de Sinais7. 6 Nesta Lei também foi determinado que caberia ao poder público, bem como às Segundo Sassaki, 2003, o termo portador de deficiência prevaleceu de 1988 até 1993. 7 Art. 4º O Sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino de Língua Brasileira de Sinais – Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais – 4 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil empresas concessionárias de serviço público, garantir “(...) formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil”. (Art. 2º). Por sua vez, o Decreto 5.626/2005 – que regulamenta a Lei 10.436 e o art. 18 da Lei 10.098 de 2000 - trata da inclusão da Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores, para o exercício do magistério em nível médio e superior e nos cursos de Fonoaudiologia, estabelece prazos e percentuais para inclusão da Libras como disciplina curricular, define perfis para o exercício da docência da disciplina Libras, do instrutor de Libras e do professor ouvinte-bilingue Libras-Língua Portuguesa. No que se refere a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, verifica-se que ela assegura a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino. Diante do exposto, constata-se que o arcabouço legal impulsiona também os sujeitos ouvintes a quererem se apropriar dessa nova língua, que é usada por sujeitos do mesmo país. É nesse bojo que se apresenta outra questão a ser refletida, qual seja: a Libras deve ser concebida pelo sujeito ouvinte brasileiro como língua estrangeira ou como segunda língua? Para (LACERDA et al, 2004) língua estrangeira é aquela que o sujeito aprende mas não está exposto cotidianamente a ambientes socioculturais que a envolvam, enquanto a segunda língua é aquela que o sujeito aprende e faz uso intensamente por estar exposto a esses ambientes socioculturais. Nesse sentido entender-se-á que a Libras pode ser designada como uma segunda língua para nós ouvintes brasileiros. Porém deve-se salientar que as metodologias e /ou abordagens para o ensino tanto da língua estrangeira, quanto de segunda língua são as mesmas. Segundo Shütz (2007, p. 2), PCNs, conform a legislação vigente. 5 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil desde o século 18 até meados do século 20 ( e até hoje na maioria das escolas de ensino médio) a metodologia predominante foi sempre tradução e gramática. (…) Teve sempre como objetivo principal explicar a estruturação gramatical da língua e acumular conhecimento a respeito dela e de seu vocabulário, com a finalidade principal de se estudar sua literatura e traduzir Assim, o Método da Gramática e Tradução é a abordagem tradicional e surgiu com o interesse pelas culturas grega e latina na época do renascimento, sendo historicamente a primeira das metodologia para o ensino de línguas. Tendo o objetivo acima proposto permitia o acesso a textos literários, possibilitando também o domínio da gramática normativa. Se privilegiava a memorização das regras e dos exemplos, as atividades giravam em torno da elaboração e da resolução de listas de exercícios, nas quais se cobrava aplicação das regras gramaticais, ditados e tradução e versão. Partia-se da regra para o exemplo, se ensinava a segunda língua pela primeira. No que se refere a relação professor-aluno Cestaro ( s/d, p. 4) assim coloca A relação professor/aluno era vertical, ou seja, ele representava a autoridade no grupo/classe, pois detinha o saber. Pouca iniciativa era atribuída ao aluno; a interação professor/aluno era praticamente inexiste. O controle da aprendizagem era, geralmente, rígido e não era permitido errar. Portanto, do exposto, depreende-se que as características principais do Método Gramática e Tradução são as seguintes: a língua materna é a base para se ministrar as aulas, sendo a língua-alvo (segunda língua ou a língua estrangeira) pouco utilizada; os textos trabalhados servem exclusivamente para realizar análises gramatical, não havendo a preocupação com os assuntos ali abordados; busca-se o domínio da terminologia gramatical e das regras do idioma, inclusive contemplando-se as exceções; é desnecessário que o professor saiba falar a língua-alvo, visto que não se dá ênfase a pronúncia. Desse modo, conforme Norris apud Bohnn e Vandersen (1998), a ênfase era dada à palavra escrita, enquanto que as habilidades de audição e de fala eram praticamente ignoradas. No entanto, com o passar do tempo, esse método não mais respondia aos enseios e necessidades da sociedade e foi introduzido o Método Direto de ensino de línguas. 6 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil O Método Direto, segundo Contin (s/d, p. 1) se baseou na forma naturalista de aprendizagem de línguas – o método natural de aprender L.E seria o mesmo da L.M8, onde a língua alvo é estabelecida de imediato no início do curso, a L.M totalmente excluída – caracterizando assim ação indutiva da compreensão das regras gramaticais. No Método Direto o objetivo do ensino de línguas estrangeiras passou a ser o da comunicação, se constituindo, em seu núcleo central, o oposto ao Método Gramática e Tradução. O uso de diálogos situacionais e pequenos trechos de leitura são o ponto de partida para exercícios orais e escritos. Assim é usada pela primeira vez no ensino de línguas estrangeiras a integração das quatro habilidades: ouvir, falar, ler e escrever. O aluno é primeiro exposto aos “fatos” da língua para mais tarde chegar a sua sistematização. O exercício oral deve preceder o escrito. (…). O uso de diálogos sobre assuntos da vida diária tem por objetivo tornar viva a língua usada na sala de aula. (…). (CONTIN, s/d, p. 1) Assim, passou-se a dar ênfase ao aspecto oral e a considerar no ensino de língua estrangeira os aspectos cultural e social da língua-alvo. Excluía-se a língua materna do ambiente da aprendizagem e se privilegiava o uso de gravuras, fotos, gestos, simulação e outros recursos que viabilizassem, de forma mais fácil a compreensão, sem que se precisasse recorrer a tradução. Isto era feito para que o aprendiz “pensasse diretamente na língua alvo”. As atividades realizadas pelos alunos iam da compreensão de textos à substituições, correção fonética e conversação. Essa última atividade se baseava em perguntas e respostas, que seguiam o modelo proposto pelo professor. O papel do professor continuava sendo central. Ele dirigia todas as ações no processo e o aluno não possuía autonomia, sendo praticamente inexistente a conversa, a troca entre os aprendizes, a não ser nos jogos de pergunta e respostas propostos pelo professor. 8 L.M – língua materna. 7 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Dentre as principais características destacam-se o uso de ilustrações e de outros recursos para esclarecer o significado do que está sendo ensinado; o ensino da gramática ocorre de forma indutiva e a utilização das suas regras surgem da experiência com a utilização da língua-alvo; não se admite a utilização da língua materna; as lições são introduzidas a partir de diálogos e breves anedotas; os textos trabalhados não são analisados gramaticalmente; e o professor não precisa falar a língua materna do aluno. O Método Direto entrou em declínio pois não se adequava ao contexto escolar, apesar de seu sucesso nas escolas de língua, e também porque não se possuía, em número suficiente, professores com proficiência na língua-alvo. Depois desse momento, surge, durante a segunda guerra mundial o Método Audiolingual, cujo objetivo precípuo era preparar os militares americanos para falarem fluentemente, em pouco espaço de tempo, várias línguas estrangeiras. Nesse novo método, segundo Contin (s/d , p.2 ) A base teórica utilizada foi a estruturalista, onde a gramática era considerada a espinha dorsal desse processo de aquisição de L.E. (…) Surge também o laboratório de línguas, pois a pronúncia e a fluência eram as habilidades fundamentais desse processo, uma vez que o foco era na expressão oral. O objetivo dos diálogos era contextualizado em estruturas padrões (Saussure) e utilizados em diferentes contextos, através de repetição e memorização. Os princípios básicos desta abordagem eram que a língua é fala e não escrita, bem como que a língua é um conjunto de hábitos que podem ser adquiridos através de processo mecânico de estímulo e resposta, cujos fundamentos são os da psicologia behaviorista e da linguística distribucional; também se apregoava que dever-se-ia ensinar a língua e não sobre ela, assim como que se aprende a língua pela prática e não através de explicações gramaticais. No Método Audiolingual, as principais características são o empenho em evitar que o aluno cometa erros e as respostas corretas devem ser automaticamente reforçadas positivamente, pois acredita-se que a língua é aprendida através da formação de hábitos do tipo estímulo-resposta-reforço; ênfase na pronúncia; a sequência da aprendizagem da segunda língua deve se dar primeiro ouvindo, num segundo momento deve-se falar e por fim escrever 8 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil na língua-alvo; escassez na explicação gramatical, sendo esta apreendida indutivamente; há um controle no vocabulário, o qual é limitado; a língua materna do aluno pode ser utilizada, mas de forma controlada; predominam o uso de fitas gravadas, dos laboratórios e de material visual; se utiliza muito a comparação entre a língua materna e a língua-alvo. Também foram feitas várias críticas a esse método, de modo especial no que se referia aos resultados práticos, visto que faltavam recursos materiais nos ambientes de aprendizagem; o aluno tinha dificuldades em utilizar as habilidades de comunicação adquiridas em outros ambientes. Com a decadência do Método Audiolingual, surge nos anos 70, da década passada, a Abordagem Funcional e Comunicativa, levando em consideração a teoria de Chomsky, que apresenta a linguagem como um processo comunicativo e não como formação de hábitos. Na Abordagem Funcional e Comunicativa, privilegia-se a produção dos alunos na língua-alvo, sem que haja uma correção sistemática; leva-se o aluno a descobrir as regras de funcionamento da língua-alvo, por meio da reflexão e da elaboração de hipóteses, exigindo dele uma participação efetiva no processo de aprendizagem; deixa-se de lado os exercícios formais e repetitivos para dar lugar aos exercícios de comunicação simulada ou real, incentivando-se a interação entre os aprendizes. As estratégias mais utilizadas passam a ser o trabalho em grupo, as dramatizações, a leitura silenciosa. A concepção do erro na utilização da língua é de que é um processo natural, onde o aluno tem a possibilidade de testar as hipóteses que levanta sobre a língua-alvo, conforme Germain (1993), citado por Cestaro (s/d, p.11) Widdowson foi um dos precursores dessa corrente, sociolinguistas como Labov, Hymes e linguistas aplicados como Brufit, Keith Johnson trabalharam para a construção teórica que seria a base da abordagem funcional e comunicativa do ensino e aprendizagem de línguas. Essa concepção de abordagem tinha dois pontos de base: a) a competência comunicativa era o objetivo nesse processo; b) desenvolver procedimentos de ensino englobando as quatro habilidades que reconhece a interdependência da linguagem e comunicação. Ressalte-se que nessa abordagem não há ordem de prioridade ou preferência na 9 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil apresentação das habilidades (ouvir, falar, ler, escrever e compreender) nem restrições maiores quanto ao uso da língua materna. Estas (as habilidades) devem ser trabalhadas de forma integrada, mas dependendo dos objetivos poderá haver concentração em uma delas, sem nenhum problema, visto que a aprendizagem é centrada no aluno, não só em termos de conteúdo, mas também de técnicas usadas em sala de aula. Quanto ao papel do professor passa a ser de orientador, de facilitador do processo de ensino-aprendizagem, sendo considerado de suma importância o aspecto afetivo demostrado pelo interesse nos desejos e expectativas dos alunos, bem como no encorajamento à participação e no acolhimento das sugestões por eles propostos. Não possui um ponto de saída e de chegada específicos. Escolher direções para o aprendizado da língua torna-se parte do próprio currículo e envolve negociação interdependente entre os alunos e o professor durante todo o processo de aprendizagem. As características principais da Abordagem Funcional e Comunicativa são: a contextualização e a competência comunicativa, pois aprender uma língua é a prender a se comunicar; participação ativa do aluno no processo de aprendizagem através de dramatizações, trabalhos em grupo, sugestões etc.; os diálogos não são memorizados; considera-se a tradução como elemento facilitador da compreensão de expressões e vocabulário; o professor passa a ter o papel de motivador. As metodologias ora apresentadas serviram de lastro teórico para empreendermos a análise sobre o processo de ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais à pessoas ouvintes, a qual passaremos a expor a seguir. 3. SOBRE A PESQUISA Os sujeitos da presente pesquisa são profissionais da educação (diretores, professores, pedagogos, secretários, coordenadores), que estavam estudando a Libras, em cursos de iniciação, no período de outubro de 2010 a junho de 2011. Também foram utilizadas como instrumento de análise as apostilhas trabalhadas nesses cursos. Assim foram entrevistados 60% dos partícipes, de cada um dos cursos investigados, o que significou uma 10 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil amostra composta por 30 pessoas e três apostilhas, sendo uma de cada curso investigado. A partir da análise das três apostilhas utilizadas em cursos para o ensino da Libras a ouvintes, inicialmente verifica-se que na sua formatação há semelhança de conteúdos entre elas, demonstrando uma sinergia entre os instrutores que as utilizam. Na primeira parte, os conteúdos giram em torno da identidade surda e língua de sinais; o alfabeto manual e os números cardinais são apresentados; sistema de transcrição para libras; números cardinais; comparação entre a Libras e a Língua Portuguesa, sendo dado exemplos em Libras e em Língua Portuguesa, com o mesmo teor. Destaca-se que apenas em uma das apostilhas analisadas se verificou a introdução à gramática da Libras onde se enfatizam os parâmetros dessa língua (configuração das mãos, ponto de articulação e movimento, orientação/direcionalidade, expressão facial e/ou corporal), bem como exercício contendo o alfabeto manual e os sinais soletrados. Na segunda parte da apostilha, independente da quantidade de páginas da qual é composta, são apresentados sinais que vão de saudações e cumprimentos a características das roupas; pronomes,verbos, advérbio, os animais, os meios de comunicação, os dias da semana, objetos, cores, profissões, cargos e funções, componentes da família etc. Esses sinais são apresentados em forma de desenhos, os quais são seguidos de exercícios, composto de frases simples e/ou por alguns diálogos. Essa é a formatação da apostilhas analisadas. No que se refere aos sujeitos que compuseram a amostra da pesquisa, responderam a uma entrevista composta por sete perguntas estruturadas que poderiam se desdobrar, a depender da resposta que era dada. As perguntas tinham o objetivo de detectar os motivos que levaram essas pessoas a aprender a Libras, se eles possuíam a noção de que a Libras é considerada uma segunda língua para os brasileiros ouvintes; se possuíam conhecimento a respeito da cultura surda e se este conhecimento tinha sido adquirido no próprio curso ou em outro ambiente; como estava acontecendo o processo de aprendizagem dessa língua e as maiores dificuldades que estavam sentindo no curso; também foram questionados sobre o tipo de interação que ocorria entre os partícipes do curso durante as aulas e estes e o instrutor. Dos dados coletados verifica-se que 100% dos entrevistados afirmam que seu interesse em estudar a Libras se dá em virtude de necessidades instrumentais, pois apesar de apenas 10% estar trabalhando com sujeitos surdos, alguns alegam que em virtude da 11 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil legislação isso poderá ocorrer a qualquer tempo e não querem ser pegos despreparados, conforme trechos abaixo transcritos, extraídos das entrevistas “Eu não trabalho com nenhum surdo, mas como eu leciono, isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde e eu não quero ser o fator impeditivo de sucesso desses meninos, por não saber me comunicar com eles.” (Entrevistado 20) “Graças a Deus ainda não chegou alunos surdos na minha escola, mas sei que isso vai acontecer e quero estar preparado, pois se não tiver o interprete, o que será de nós?” (Entrevistado 5) Ao serem questionados sobre a consciência de estar aprendendo a língua de sinais que é de pessoas nativas do seu próprio país, o que se configura como estudar uma segunda língua alegaram (100%) não ter pensado sobre isso. Quanto a pergunta referente ao conhecimento que possuíam a respeito da cultura surda houve uma concordância no que se refere a não terem trabalhado essas questões no curso de libras, mas nos intervalos sempre conversavam com o professor sobre questões relativas à sua cultura, sua forma de ver o mundo. No entanto 6 respondentes, ou seja 20% dos entrevistados, afirmaram já ter lido algum livro que abordava, entre outros temas, a cultura surda. No que se refere ao processo de aprendizagem da Libras constata-se que 90% dos sujeitos alvo da pesquisa consideram a Libras uma língua difícil, onde é preciso ter muita coordenação motora, atenção, memória. Na fala de um dos entrevistados “a língua exige que estejamos com todos os sentidos de prontidão. Se piscarmos os olhos perdemos alguma coisa importante” (Entrevistado 8). Questionados sobre a forma como a Libras é ensinada todos os sujeitos pesquisados afirmaram que sempre nas aulas são apresentados sinais pelo professor (instrutor) os quais deve ser imitado, depois os alunos são chamados a reproduzir um a um o que foi ensinado. Só se deve tirar dúvidas com o professor e do início ao fim da aula não se deve falar em Português, somente em Libras, conforme orientação do próprio professor. Para se fazer entender, quando os aprendizes estão com dúvida, o professor escreve no quadro ou 12 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil representa o que está dizendo através de desenhos. Dentre as dificuldades mais citadas para a aprendizagem da Libras estão: não poder se comunicar na língua materna, ou seja no Português, pois o Professor é surdo; conseguir posicionar as mãos no local e posições corretas, fazer as expressões corretas; memorizar os sinais. Por fim, os entrevistados responderam sobre o tipo de interação que ocorria entre os partícipes do curso durante as aulas e estes e o instrutor, ao que foi respondido que eles se relacionavam de forma direta, aluno-aluno, nos momentos dos diálogos previstos nas apostilhas e/ou nas brincadeiras propostas pelo professor, cujo objetivo principal era reforçar os sinais trabalhados; e com o professor através das perguntas, para retirar as dúvidas que possuíam. Somente antes do início ou ao término da aula era que eles conversavam sobre outros assuntos. Diante das respostas apresentadas pelos sujeitos da pesquisa vimos que nos cursos de Libras analisados há o predomínio do Método Direto, caracterizado pela ênfase na aprendizagem dos sinais, o que denota a forma mecânica e pouco contextualizada do ensino, a gramática tem um caráter secundário; o professor é o centro do processo, não havendo, praticamente, a troca de conhecimentos entre os aprendizes, com exceção dos jogos e diálogos propostos pelo professor; para dirimir dúvidas ou reforçar o ensino da língua são utilizados desenhos e ilustrações; não se admite a utilização da língua materna; os textos trabalhados não são analisados gramaticalmente; e o professor não precisa falar a língua materna do aluno. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Língua Brasileira de Sinais, institucionalizada através da Lei 10.436/2002 e do Decreto 5.626/2005, vem se tornando alvo de interesse por parte de sujeitos ouvintes, da sociedade como um todo e, de modo particular, por parte dos que fazem a instituição escolar, independente dos cargos e/ou funções que ali exercem. Essas pessoas buscam a aprendizagem da Libras para conseguir se comunicar com as pessoas surdas, as quais, nos últimos anos, têm buscado o seu espaço na sociedade como sujeitos de direitos e deveres. 13 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil Nesse diapasão, vem se disseminando os cursos de Libras para ouvintes onde, geralmente, uma pessoa surda assume o papel de instrutor. Estes cursos têm se constituído em espaços de aprendizagem e disseminação dessa língua, mas ainda falta muito para que a comunicação entre ouvintes e surdos do nosso país possa ocorrer de forma efetiva. Se verifica a necessidade de implementar métodos mais eficazes de aprendizagem de segunda língua, onde professor e aluno possam se relacionar de forma mais aberta e haja a valorização das culturas ali compartilhadas. Outro aspecto que não pode ser deixado de lado é a utilização contextualizada da gramática, visto que é necessária para a compreensão de determinada língua, seja ela de qual modalidade for. Deve-se também ter em mente que as vivências e trocas de experiências são fatores imprescindíveis para a compreensão real de uma língua. Logicamente acreditamos que apenas um método não dará conta da complexidade que é o ensino e a aprendizagem de uma língua, mas há de se considerar os objetivos e expectativas dos aprendizes para se formatar processos de ensino que viabilizem o alcance do objetivo traçado. Sabemos e acreditamos que para que haja uma inserção efetiva das pessoas surdas na sociedade faz-se necessário que abracemos a Libras como segunda língua. Esse trabalho não está esgotado em si mesmo nem nas breves reflexões aqui trazidas, apenas se coloca como mais um olhar acerca das questões na área da surdez e da inclusão, bem como se constitui em elemento de análise e de fomento aos estudos na área, que ainda carece de muitas e necessárias investigações. REFERÊNCIAS BOHN,H. e VANDERSEN, P. Tópicos de linguística aplicada. Florianópolis: UFSC, 1988. BRASIL. Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília. Disponível em: <https://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2000/L10098.htm>. Acesso em: 20jun.2011. 14 ANAIS DO V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES GEPIADDE/UFS/ITABAIANA ISSN 2176-7033 V FÓRUM IDENTIDADES E ALTERIDADES I CONGRESSO NACIONAL EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE 08 a 10 de setembro de 2011 UFS – Itabaiana/SE, Brasil ________. Lei 10436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a língua Brasileira de Sinais Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília: Disponível em: <https://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.htm>. Acesso em: 20jun.2011. ________. Decreto nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília. Disponível em: <https://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/decreto/2005/D5626.htm>. Acesso em: 20jun.2011. BRITO, Lucinda Ferreira. Integração social e educação de surdos. Rio de Janeiro: Babel, 1993. CESTARO, Selma Alas Martins. O Ensino de Língua Estrangeira:história e metodologia. Disponível em <http://www.hottopos.com.br/videtur6/selma.htm>. Acesso em: 11abr.2011. CONTIM, Adriana. O percurso dos métodos no processo de ensinar e aprender línguas estrangeiras. Disponível em <http://www.prolingua.com.br> Acesso em: 07abr.2011. DECLARAÇÃO de Salamanca. Sobre os princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Espanha: Salamanca, 1994. FELIPE, Tanya Amara. O processos de formação de palavras na Libras. Temática Digital. Campinas, v. 7, n. 2, p. 200-217, jun., 2006. 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