DESAFIOS DA GESTÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA PERSPECTIVA DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS Brasília, 09 de novembro de 2010 “Um sistema de saúde, por melhor que seja é apenas um dos ingredientes que determina se nossa vida será longa ou curta, saudável ou doente, cheia de realizações ou vazia e sem esperança”. Roy J. Romanow Mas ... este ingrediente faz diferença! AS POLITICAS PÚBLICAS condicionam OS DETERMINANTES SOCIAIS DA SAUDE Inclusão social Condições de emprego Moradia ... Educação Alimentação Renda e distribuição da renda SISTEMA DE SAÚDE Por que a APS é importante? Sistemas de Saúde baseados em APS produzem: Melhores desfechos em saúde Menores custos Maior eqüidade Maior satisfação dos usuários Mesmo em países com grandes desigualdades sociais! Starfield B. Lancet, 1994 Objetivos da APS Proporcionar equilíbrio entre as duas principais metas de um Sistema Nacional de Saúde: • Melhorar a saúde da população • Proporcionar eqüidade na distribuição de recursos Starfield B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia, 2002 Atributos da Atenção Primária à Saúde Atenção Primária à Saúde (APS) Atributos Essenciais Acesso 1º Contato Atributos Derivados Orientação Familiar Longitudinalidade Orientação Comunitária Coordenação Integralidade Competência Cultural Starfield B. JECH, 2001. O Papel da Saúde da Família A Saúde da Família é a estratégia prioritária para a organização da Atenção Primária no SUS, que deve: •Atuar no território, equipes pró-ativas; •Desenvolver ações planejadas e programadas com base no diagnóstico situacional; •Foco na família e comunidade; •Integração com instituições e organizações sociais; •Ser espaço de construção de cidadania. APS no Brasil A APS é uma das mais importantes iniciativas do SUS, com peculiaridades que a distinguem no cenário internacional, juntamente com: – Gestão tripartite - Controle social – Descentralização - Território – Equipe Multiprofissional - ACS OS CICLOS DA EVOLUÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO BRASIL • • • • • • 1ºCICLO: OS CENTROS DE SAÚDE-ESCOLA, ANOS 20 2ºCICLO: O MODELO DA FUNDAÇÃO SESP, ANOS 40 3ºCICLO: OS CENTROS DE SAÚDE ESTADUAIS, ANOS 60 4ºCICLO: O MODELO DA MEDICINA SIMPLIFICADA, ANOS 70 5ºCICLO: AS AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE, ANOS 80 6ºCICLO: A MUNICIPALIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, INÍCIO DOS ANOS 90 • 7ºCICLO: O MODELO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE, SEGUNDA METADE DOS ANOS 90 FONTE: MENDES (2002) O PRINCIPAL PROBLEMA DO SUS: A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DE TRIPLA CARGA DE DOENÇAS, COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS, E UM SISTEMA FRAGMENTADO DE SAÚDE, VOLTADO PARA AS CONDIÇÕES AGUDAS. FONTE: MENDES (2009) A MUDANÇA DA APS Transformação e regulação do sistema de atenção à saúde, buscando o acesso universal e a proteção social em saúde Atenção à saúde para toda a comunidade Resposta às necessidades e expectativas das pessoas em relação a um conjunto amplo de riscos e doenças Promoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis e mitigação dos danos sociais e ambientais sobre a saúde Equipes de saúde facilitando o acesso e o uso apropriado de tecnologias e medicamentos Participação institucionalizada da sociedade civil no diálogo político e nos mecanismos de accountability Sistemas pluralísticos de atenção à saúde operando num contexto globalizado Crescimento dos recursos da saúde rumo à cobertura universal Solidariedade global e aprendizagem conjunta APS como coordenadora de uma resposta ampla em todos os níveis de atenção APS não é tão barata e requer investimentos consideráveis, mas gera maior valor para o dinheiro investido que todas as outras alternativas APS • Utiliza tecnologias intensivas, de cognição • Agrega baixo valor econômico • Não agrega grupos de interesses mais organizados e posicionados na arena das políticas de saúde • Tem menor visibilidade – material e simbólica Fonte: Rawaf, 2007, Mendes, 2009 Desafios para a Próxima Década: Radicalização da APS Como radicalizar na busca dos elementos essenciais da APS? Pierre Fatumbi Verger UM NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • O FORTALECIMENTO DA APS NOS ÓRGÃOS GESTORES DO SUS • O ADENSAMENTO TECNOLÓGICO A IMPLANTAÇÃO DE DIRETRIZES CLÍNICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS A MELHORIA DA INFRA-ESTRUTUTURA FÍSICA DE PRÉDIOS E EQUIPAMENTOS A IMPLANTAÇÃO DE EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS A EXPANSÃO DA TELESSAÚDE • A INSERÇÃO DA APS COMO CENTRO DE COMUNICAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO COM BASE NA POPULAÇÃO PLANEJAMENTO , PROGRAMAÇÃO E REGULAÇÃO DE TODA REDE FONTE: MENDES (2009) • O ADENSAMENTO TECNOLÓGICO A IMPLANTAÇÃO DE DIRETRIZES CLÍNICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS Cadernos de Atenção Primária FONTE: MENDES (2009) O NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • A MELHORIA DA INFRA-ESTRUTUTURA FÍSICA DE PRÉDIOS E EQUIPAMENTOS PT 2226 e PAC II Total : 1.289 + 8.694 UBS UM NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • O TRABALHO EM EQUIPE • atendimento compartilhado e interdisciplinar, com troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiência para todos os profissionais envolvidos: • estudo e discussão de casos e situações • projetos terapêuticos, orientações e atendimento conjunto • Matriciamento: NASF • PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE, COM BASE NOS PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA, EM TEMPO PROTEGIDO • O INCREMENTO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA • A EXPANSÃO DA TELESSAÚDE Número de Equipes com acesso: 8.500 • A COMUNICAÇÃO – COMPETÊNCIA CULTURAL AVALIAÇÃO DA PRESENÇA E EXTENSÃO DOS ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA REDE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CURITIBA, NO ANO DE 2008. Escore Médios P- valor Escore Alto (≥ 6,6) % Utrad ESF Utrad ESF P- valor Acessibilidade 4,7 5,1 0,0018 26 (8,7) 35 (18,4) 0,0014 Longitudinalidade 6,2 6,7 < 0,0001 121 (40,3) 106 (55,8) < 0,0008 Coordenação 6,9 7,0 0,5301 191 (63,7) 127 (66,8) 0,4730 Integralidade Serv. disponíveis 7,1 7,9 < 0,0001 217 (72,3) 171 (90,0) <0,0001 Integralidade Serv. prestados 5,9 8,3 <0,0001 143 (47,7) 172 (90,5) <0,0001 FINANCIAMENTO e CRESCIMENTO “Crescimento dos recursos de saúde rumo à cobertura universal” “Atenção Primária à Saúde não é barata e requer investimentos consideráveis, mas gera maior valor para o recurso investido do que todas as outras alternativas” “Sistema pluralístico de atenção à saúde operado num contexto globalizado (Relatório OMS, 2008) O NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: “agora mais do que nunca” O INCREMENTO QUANTITATIVO DA SF: • A CONSOLIDAÇÃO EM REGIÕES E POPULAÇÕES POBRES • A EXPANSÃO PARA REGIÕES INTEGRADAS ECONOMICAMENTE: GRANDES E MÉDIAS CIDADES • A EXPANSÃO PARA POPULAÇÕES ECONOMICAMENTE INTEGRADAS: SETORES DE CLASSE MÉDIA Financiamento PAB-FIXO: R$ 18,00/Habitante/Ano PAB-VARIÁVEL: ESF: R$ 6.400,00/mês a R$ 9.600,00/mês SB: R$ 2.000,00 a R$ 2.600,00 (+ 50%) ACS: R$ 651,00 (13 meses) Valores diferenciados nos municípios com baixo IDH (< 0,7), com assentamentos, quilombolas e população indígena FINANCIAMENTO EQUIPE TRADICIONAL X EQUIPE SF Projeção dos valores dos repasses federais anuais para uma população de 2.400 hab, segundo modelo de organização da Atenção Básica. Brasil, fev/2009 Pab fixo + ESF I + 6 ACS + ESB II Pab fixo + ESF I + 6 ACS + ESB I Pab fixo + ESF I + 6 ACS Pab fixo + ESF II + 6 ACS + ESB II Pab fixo + ESF II + 6 ACS + ESB I Pab fixo + ESF II + 6 ACS PAB fixo (modelo tradicional) 0 50 100 150 R$ 1.000,00 200 250 Evolução dos Recursos Financeiros da Atençã Básica BRASIL - 2000 - 2009 10000 9000 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 fixo variavel 2000 1,562 651.9 2001 1,744 898.9 2002 1,766 1,270 2003 1,902 1,662 2004 2,134 2,191 2005 2,335 2,679 2006 2,470 3,248 2007 2,976 4,064 FONTE: FUNDO NACIONAL DE SAÚDE SE / MS 2008 3,050 4,540 2009 3,357 5,647 Incremento médio anual das transferências federais para financiamento da Atenção Básica. Brasil, 1998-2002 e 2003 a 2009 900 R$ 838 milhões/ano 800 R$ 1.000.000,00 700 600 500 R$462 milhões/ano 400 300 200 100 0 1998-2002 2003-2009 período Financiamento Estadual UF AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Possui Incentivo Estadual SIM SIM NÃO SIM SIM SIM Não se aplica NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM SIM SIM Fonte legislação legislação legislação legislação legislação Situação atual do financiamento Em execução Em execução em processo de negociação Em execução Em execução Em execução legislação em processo de negociação Em execução legislação legislação legislação Em execução Em execução Em execução legislação legislação em processo de negociação Em execução Em execução legislação legislação legislação legislação legislação legislação Em execução aprovado na CIB, não implantado Em execução Em execução Em execução Em execução Em execução Evolução dos Recursos Investidos - MAC e PAB Fixo e Variável - Brasil - 1998 a 2009 R$ 30,000,000,000.00 R$ 25,000,000,000.00 Valor ($) R$ 20,000,000,000.00 MAC R$ 15,000,000,000.00 PAB Fixo e Variável R$ 10,000,000,000.00 R$ 5,000,000,000.00 R$ 0.00 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 ANO 2005 2006 2007 2008 2009 Economia gerada pela Atenção Primária 30% das internações hospitalares poderiam ser evitadas pela atenção primária, representando: • 21% do gasto público hospitalar • 15% do gasto público total em saúde (2002) • Custo médio desses tratamentos: em ambiente hospitalar US$ 374 em unidades básicas de saúde - US$ 17 (Banco Mundial, 2004) Estimativa de custos adicionais (em cinco anos) às contas do SUS pela manutenção do desequilíbrio entre: atenção hospitalar e especializada x atenção primária : - custos financeiros: + US$ 34 bilhões (conta do sistema de saúde) - custos econômicos: + US$ 38 bilhões (perda em produtividade) Total : +10% do PIB (2003) (Banco Mundial, 2005) Aumento do Incentivo PAB variável – ACS Competência Agosto 2010 Valor: R$ 714,00 13/ano Impacto: R$ 200 milhões O desafio da Saúde da Família orientada às necessidades da população “Saúde da Família orientada às necessidades da população” “Atenção à saúde para toda a comunidade” “Equipes de Saúde facilitando o acesso e o uso apropriado de tecnologias e medicamentos” “Resposta às necessidades e expectativas das pessoas em relação a um conjunto amplo de riscos e doenças” “Promoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis e mitigação dos danos sociais e ambientais sobre a saúde” (Relatório OMS, 2008) Foco do Cuidado Pessoa! Desafios da Gestão em Saúde na Atenção Primária • • • • • Ordenadora da Rede Integralidade das ações Trabalho em equipe Qualidade e resolubilidade das práticas Revalorização da atuação profissional Desafios da Gestão em Saúde na Atenção Primária • “APS como coordenadora de uma resposta ampla em todos os níveis de atenção” • “ Regulação do Sistema de Atenção à Saúde buscando o acesso universal e a proteção social em saúde” • “Participação institucionalizada da sociedade civil no diálogo político e nos mecanismos de “accountability” (Relatório OMS, 2008) Entre os problemas mais freqüentes, alguns são de grande complexidade, exigindo intervenções sobre indivíduos, famílias, grupos sociais, que demandam elementos cognitivo-tecnológicos de diferentes disciplinas – sociologia, antropologia, psicologia, educação... Atribuições da APS na Rede de Serviços de Saúde como fonte regular da atenção • Regras e mecanismos de adscrição e registro da população • Sistemas de Informação para o registro • Estratégias e mecanismos de integração da APS com outros pontos da rede • Mecanismos de interação e comunicação entre profissionais na rede • A trajetória do usuário na rede de serviços • A identificação das listas de espera • A resolutividade da APS • Estratégias para melhorar a qualidade clínica A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE RT 1 RT 2 RT 3 RT n PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS SISTEMAS DE APOIO SISTEMAS LOGÍSTICOS TRANSPORTE EM SAÚDE ACESSO REGULADO PRONTUÁRIO CLÍNICO CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO DO USUÁRIO APOIO DIAGNÓSTICO ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA INFORMAÇÃO EM SAÚDE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE FONTE: MENDES (2009) Gestão do Trabalho • Formação • Processo de Trabalho • Vínculos de Trabalho • Educação Permanente Gráfico com distribuição da MFC por região Pró-Residência - Edital 7/2009 Distribuição de Vagas na Área de Atenção Básica por Região (N= 272) 9% 8% 25% 38% 20% Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Evolução Vagas de Residência MFC – Disponíveis e ocupadas Brasil, 1983 - 2010 2000 1500 1000 500 0 1983 2001 2010 Total de Vagas Disponibilizadas Total de Residentes Dados UNA SUS • Número total de Profissionais Especializados: 35.028 ( 2008/09) • Investimento Executado: R$151.500.000,00 Dados TELESSAÚDE • Número de Equipes com acesso: • Investimento Executado: R$ 13.406.581,00 8.500 Dados Pet Saúde • Número Total de Projetos : 461 Grupos • Número de Estudantes envolvidos: 13.830 • Número de Profissionais de Saúde envolvidos: 2.766 • • • • Investimento total 2009 R$ 29.586.126,21 (Realizado) 2010 R$ 59.076.796,08 (Previsto) 2011 R$ 68.044.133,00 (Previsto) SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS – ESTUDO AMOSTRAL 2008 2001 5,5 % equipes sem médico 4,3% equipes sem enfermeiro 2008 7,3% equipes sem médico 0,5% equipes sem enfermeiro Percentual de Equipe Saúde da Família cujos profissionais tem contrato de trabalho precário e número total de equipes, por região, Brasil, 2001 e 2008 Médicos 2001 UF Enfermeiros 2008 2001 2008 % ESF Total % ESF Total % ESF Total % ESF Total Centro-Oeste 80,7% 1089 58,4% 255 76,3% 1102 52,4% 267 Nordeste 90,0% 4913 60,1% 732 87,3% 5053 49,5% 787 Norte 78,2% 930 63,7% 399 74,5% 964 59,3% 440 Sudeste 62,0% 3529 51,7% 325 59,7% 3571 46,1% 353 Sul 51,6% 1798 29,3% 263 45,8% 1802 16,0% 268 74.6 12259 55.1 1974 71.4 12492 47.1 2115 Brasil A Remuneração do Trabalho na ESF Regimes de Vínculos na ESF Gestão do Trabalho • Aumento na contratação sob formas protegidas • Contratação direta em mais de 90% dos municípios, 9,3% operados por entidades privadas • Contratos desprotegidos: 49,9% médicos (71% contratação temporária), 35,6% dos dentistas, 32,8% das enfermeiras e 16% dos ACS • Em 2001, flexibilidade era a justificativa(54%) • Em 2009, dificuldades para realizar concurso público e o não preenchimento das vagas Percentual de Equipe Saúde da Família cujo tempo de permanência do profissional na equipe é menor que 1 ano e número total de equipes, por região, Brasil, 2001 e 2008 Médico 2001 UF Enfermeiro 2008 2001 Auxiliar de enfermagem 2008 2001 2008 % ESF Total % ESF Total % ESF Total % ESF Total % ESF Total % ESF Total Centro-Oeste 80,6% 1144 36,4% 269 75,9% 1117 36,4% 269 63,3% 1172 4,9% 266 Nordeste 79,4% 3833 28,6% 539 59,2% 3968 26,4% 539 47,5% 4028 1,9% 530 Norte 75,8% 931 30,9% 447 61,7% 958 31,3% 447 44,4% 973 3,2% 436 Sudeste 75,0% 3460 31,9% 357 66,9% 3471 26,1% 357 54,9% 3654 6,6% 350 Sul 73,2% 1833 32,9% 268 71,1% 1829 31,7% 268 58,4% 1892 1,2% 261 Brasil 76.9 11201 31.1 2133 65.4 11343 29.4 2133 52.9 11719 3.1 2095 Avaliação Normativa do Programa Saúde da Família no Brasil, 2008 A presença do mesmo médico na equipe por mais tempo associou-se à redução de internações, com uma amplitude inter-quartílica de 21 a 40 meses (-11/10.000 em mulheres por ano) DESAFIO DA COMUNIDADE VALORIZAÇÃO SOCIAL DA APS/SF Educação, informação, comunicação - autonomia Empoderamento Mobilização,participação SATISFAÇÃO DO USUÁRIO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (Cunha, 2008) : Tem médico de referência e o conhece pelo nome: 70 - 81% Confia na competência e interesse pelo seu problema: 71 - 83% Mudaria de médico ou de CS: Não: 78,0 - 88% MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE - SAÚDE INFANTIL (Harzheim, 2006) Crianças vinculadas à ESF apresentavam maior chance de receberem Alta Qualidade de APS que as vinculadas às UBS tradicionais APS de alta qualidade (Alto Escore Geral e Essencial) está associada a maior satisfação e melhor saúde percebida pelo cuidador. SATISFAÇÃO DO USUÁRIO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO” (Elias, 2006) “A opinião dos usuários é comparativamente mais favorável ao PSF em todos os estratos de exclusão” ESTADO DE SÃO PAULO (Ibañez, 2006) “Na comparação entre PSF e UBS o Índice de Atenção Básica, aferido por meio dos usuários é mais elevado nas Unidades PSF do que nas UBS tradicionais”. 41 MUNICÍPIOS DE GRANDE PORTE DO SUL E NORDESTE (Facchini, 2006) “Cerca de 80% das entrevistadas que realizaram o pré-natal na UBS da área de abrangência expressaram opinião positiva sobre o programa. Essa opinião foi significativamente melhor no PSF do que no modelo tradicional nas duas regiões” A atenção primária capaz de conduzir a comunidade na definição das necessidades e direitos incorporando o conceito de empoderamento e capital social Os cidadãos satisfeitos com os serviços que recebem defenderão o modelo público e aprovarão o financiamento necessário para sua manutenção O Cotidiano das Equipes SF ... esse é o desafio de fazer SAÚDE! E de fazer O SUS dar certo! MUITO OBRIGADA! Elisabeth S. Wartchow E-mail: [email protected]