O momento atual da APS no Brasil Departamento de Atenção Básica Brasília, 09 de agosto de 2010 OS CICLOS DA EVOLUÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA ÀSAÚDE NO BRASIL • • • • • • 1ºCICLO: OS CENTROS DE SAÚDE-ESCOLA, ANOS 20 2ºCICLO: O MODELO DA FUNDAÇÃO SESP, ANOS 40 3ºCICLO: OS CENTROS DE SAÚDE ESTADUAIS, ANOS 60 4ºCICLO: O MODELO DA MEDICINA SIMPLIFICADA, ANOS 70 5ºCICLO: AS AÇÕES INTEGRADAS DE SAÚDE, ANOS 80 6ºCICLO: A MUNICIPALIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, INÍCIO DOS ANOS 90 • 7ºCICLO: O MODELO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE, SEGUNDA METADE DOS ANOS 90 FONTE: MENDES (2002) A MUDANÇA DA APS Transformação e regulação do sistema de atenção à saúde, buscando o acesso universal e a proteção social em saúde Atenção à saúde para toda a comunidade Resposta às necessidades e expectativas das pessoas em relação a um conjunto amplo de riscos e doenças Promoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis e mitigação dos danos sociais e ambientais sobre a saúde Equipes de saúde facilitando o acesso e o uso apropriado de tecnologias e medicamentos Participação institucionalizada da sociedade civil no diálogo político e nos mecanismos de accountability Sistemas pluralísticos de atenção à saúde operando num contexto globalizado Crescimento dos recursos da saúde rumo à cobertura universal Solidariedade global e aprendizagem conjunta APS como coordenadora de uma resposta ampla em todos os níveis de atenção APS não é tão barata e requer investimentos consideráveis, mas gera maior valor para o dinheiro investido que todas as outras alternativas Crescimento Saúde da Família Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde - BRASIL, SETEMBRO/2010 Nº ESF – 31.500 Nº MUNICÍPIOS - 5.296 Nº ACS – 243.022 Nº MUNICÍPIOS - 5.377 Nº ESB – 20.103 Nº MUNICÍPIOS – 4.811 ESF/ACS/SB ESF/ACS ACS SEM ESF, ACS E ESB FONTE: SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica SCNES – Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde Situação de Implantação de Núcleos de Apoio à Saúde da Família BRASIL, SETEMBRO/2010 Nº NASF 1 – 1.132 Nº MUNICÍPIOS - 688 Nº NASF 2 – 118 Nº MUNICÍPIOS - 118 FONTE: SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica SCNES – Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde NASF 1 NASF 2 Estados classificados em ordem decrescente segundo proporção da população coberta pela Estratégia Saúde da Família. Brasil, JUN 2010 ESTADO Distrito Federal Nº ESF COBERTURA 91 12,30% São Paulo 3.325 27,30% Rio de Janeiro 1.516 31,90% Rio Grande do Sul 1.189 35,20% Pará 902 40,70% Espírito Santo 548 50,30% Amazonas 527 51,40% 1.756 53,60% 253 56,20% 2.600 57,40% Acre 127 59,00% Mato Grosso do Sul 427 59,70% 1.113 60,60% Mato Grosso 568 63,10% Minas Gerais 4.124 66,50% Pernambuco 1.851 67,90% 92 67,30% Ceará 1.796 68,60% Santa Catarina 1.318 68,60% Alagoas 757 72,30% Amapá 149 74,70% Rio Grande do Norte 864 77,60% 1.810 81,40% Sergipe 565 86,40% Tocantins 381 87,10% Paraiba 1.259 95,40% Piauí 1.088 97,40% Paraná Rondonia Bahia Goias Roraima Maranhão Crescimento médio das ESF/ano, Brasil, 2003 a 2009 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 19068 21232 24562 26729 27324 29300 30328 2003-2004 2004-2005 2164 2005-2006 3330 2006-2007 2167 Média de Crescimento no número de ESF por ano até 2009 1877 Para chegar a 40.000 ESF 5 anos 2007-2008 595 2008-2009 1976 1028 nº ESF Evolução do número de equipes SF implantadas (novas), desativadas e saldo de expansão da Estratégia Saúde da Família. Brasil, 1998-2008 5500 5000 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 -500 -1000 -1500 1.000 ESF novas / ano 1998 1999 2000 2001 2002 Desabilitadas Fonte: CNES 2003 ano 2004 Novas 2005 Saldo 2006 2007 2008 EVOLUÇÃO DA COBERTURA (%) DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA 1998 A 2009 60.0 50.0 % DE COBERTURA 40.0 38.1 35.7 30.0 31.8 27.1 24.9 22.3 26.8 20.0 18.2 10.0 5.2 0.0 4.3 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 > 100 mil hab > 500 mil hab > 1 milhão hab Capitais Crescimento médio das ESF/ano, municípios acima de 100 mil habitantes, Brasil, 2003 a 2009 12000 10000 8886 9726 9270 9946 10276 7898 8000 7142 6072 6000 4000 2000 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Número de ESF implantadas 2003-2004 2004-2005 1070 2005-2006 756 2006-2007 988 Média de Crescimento no número de ESF por ano até 2009 646 2007-2008 384 2008-2009 456 220 Número e Percentual de Estabelecimentos (UBS) com e sem Saúde da Família. Brasil – fevereiro/2010 Estado AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Número de Estabelecimentos de AB Sem ESF % 112 48,1% 241 26,9% 255 39,2% 155 70,5% 1576 39,1% 506 24,5% 104 60,8% 459 51,7% 414 31,4% 617 29,2% 1905 36,2% 188 34,7% 370 40,2% 971 56,3% 362 22,5% 721 29,4% 462 34,9% 1240 49,9% 900 44,3% 395 34,6% 182 49,1% 102 59,6% 1511 58,9% 619 36,2% 264 40,6% 2549 55,8% 69 19,7% 17249 40,6% Com ESF 121 656 395 65 2456 1556 67 429 906 1494 3356 354 550 755 1247 1731 860 1243 1131 747 189 69 1053 1093 386 2019 281 25209 % 51,9% 73,1% 60,8% 29,5% 60,9% 75,5% 39,2% 48,3% 68,6% 70,8% 63,8% 65,3% 59,8% 43,7% 77,5% 70,6% 65,1% 50,1% 55,7% 65,4% 50,9% 40,4% 41,1% 63,8% 59,4% 44,2% 80,3% 59,4% Total 233 897 650 220 4032 2062 171 888 1320 2111 5261 542 920 1726 1609 2452 1322 2483 2031 1142 371 171 2564 1712 650 4568 350 42458 Financiamento Saúde da Família Evolução dos Recursos da Atenção Básica - Fixo e Variável BRASIL – 2000 a 2009 FONTE: Fundo Nacional de Saúde / SE / MS. Financiamento Estadual UF AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO Possui Incentivo Estadual SIM SIM NÃO SIM SIM SIM Não se aplica NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM SIM SIM Fonte legislação legislação legislação legislação legislação Situação atual do financiamento Em execução Em execução em processo de negociação Em execução Em execução Em execução legislação em processo de negociação Em execução legislação legislação legislação Em execução Em execução Em execução legislação legislação em processo de negociação Em execução Em execução legislação legislação legislação legislação legislação legislação Em execução aprovado na CIB, não implantado Em execução Em execução Em execução Em execução Em execução Evolução dos Recursos Investidos - MAC e PAB Fixo e Variável - Brasil - 1998 a 2009 R$ 30,000,000,000.00 R$ 25,000,000,000.00 Valor ($) R$ 20,000,000,000.00 MAC R$ 15,000,000,000.00 PAB Fixo e Variável R$ 10,000,000,000.00 R$ 5,000,000,000.00 R$ 0.00 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 ANO 2005 2006 2007 2008 2009 Renda Per Capita MAC x PAB nos estados, exceto estados da Amazônia Legal (2009) 200.00 191.47 189.24 174.93 180.00 164.23 160.00 154.14 148.57 146.99 143.83 140.00 162.33 161.11 157.20 139.00 135.69 149.03 147.68 147.03 134.56 132.80 120.00 Per Cap - PAB 100.00 83.23 Per Cap. - MAC 82.65 80.00 70.54 65.98 54.47 60.00 57.17 45.80 47.19 51.12 68.51 57.51 55.91 51.74 44.70 40.00 34.99 31.93 30.00 22.74 20.00 AL BA CE DF ES GO MG MS PB PE PI PR RJ RN RS SC SE SP Renda Per Capita MAC x PAB nos estados da Amazônia Legal (2009) R$ 200.00 181.48 R$ 180.00 155.27 R$ 160.00 R$ 140.00 137.58 133.27 126.85 117.85 116.55 R$ 120.00 115.02 105.33 Per Cap. - PAB R$ 100.00 R$ 84.97 R$ 78.88 R$ 77.11 R$ 76.60 R$ 80.00 R$ 68.90 R$ 64.07 R$ 61.83 R$ 60.00 R$ 60.57 R$ 49.29 R$ 40.00 R$ 20.00 R$ 0.00 AC AM AP MA MT PA RO RR TO Per Cap. - MAC Economia gerada pela Atenção Primária 30% das internações hospitalares poderiam ser evitadas pela atenção primária, representando: • 21% do gasto público hospitalar • 15% do gasto público total em saúde (2002) • Custo médio desses tratamentos: em ambiente hospitalar US$ 374 em unidades básicas de saúde - US$ 17 (Banco Mundial, 2004) Estimativa de custos adicionais (em cinco anos) às contas do SUS pela manutenção do desequilíbrio entre: atenção hospitalar e especializada x atenção primária : - custos financeiros: + US$ 34 bilhões (conta do sistema de saúde) - custos econômicos: + US$ 38 bilhões (perda em produtividade) Total : +10% do PIB (2003) (Banco Mundial, 2005) Resultados Saúde da Família PNAD 2008: Percentuais da procura por tipos de serviços de saúde – 1998 / 2003 / 2008 Materno-infantil • O impacto é mais significativo em municípios com maior cobertura pela ESF e com menor IDH • Ampliou cobertura vacinal e de pré-natal, reduziu mortalidade infantil e a desnutrição proteico-calórica • Redução expressiva do nº de gestantes sem pré-natal • Em municípios com baixo IDH a redução da gravidez na adolescência foi 2,5 vezes maior nos municipios com alta cobertura de SF Proporção de nascidos vivos de mães adolescentes segundo o estrato de cobertura da SF. Brasil, 1998-2008 30.00 25.00 20.00 15.00 1998 1999 2000 2001 < 20% 2002 20-50% 2003 50-70% 2004 >=70% 2005 Brasil 2006 2007 2008 ESF – Porta de entrada do Sistema de Saúde Avaliação dos profissionais quanto ao atendimento da demanda espontânea pela Estratégia Saúde da Família, Belo Horizonte (MG), 2008 Concorda muito/ concorda A população resiste às ações das equipes de saúde da família O PSF atende apenas com agendamento prévio A USF cumpre na prática as funções de pronto atendimento A população apresenta uma forte demanda por atendimento médico, pressionando a ESF para o atendimento da demanda espontânea Médico Enfermeiro Auxiliar de Enfermagem ACS % % % % 16,7 20 47,2 62,9 1,4 1,3 5,6 28,8 70,8 64 73 83,5 93,1 89,3 5,6 - Fonte: Adaptado de Nupes/Daps/Ensp/Fiocruz – Pesquisa Saúde da Família quatro estudos de caso, 2008 Número total e percentual de equipes de saúde da família segundo a realização de tratamento clínico de situações selecionadas, por unidade da federação, Brasil, 2008. Vômit Corte em Crise Crise de Crise Desidrataç os pele com Crise de convul asma ou hipertensi ão indicação de hipoglicemi siva broncoesp va asmo sutura a Numero de ESF Febre CentroOeste 97,1 69,4 86,4 92,7 85,8 87,5 58,2 79,3 269 Nordeste 97,3 54,1 82,7 94,3 84,4 88,1 40,7 72,5 792 Norte 96,2 53,6 76,0 91,3 80,4 86,3 55,0 63,1 447 Sudeste 96,3 68,1 79,8 94,0 83,3 85,6 36,3 80,1 357 Sul 97,9 82,3 90,0 97,6 85,9 94,1 62,0 85,5 268 Brasil 97,0 63,2 82,6 94,3 84,1 88,0 44,6 76,3 2133 Equidade como resultado a ser avaliado Novos grupos de exposição ao BF * Fez consulta de pré-natal? Crosstabulation Novos grupos de exposição ao BF BF "Verdadeiro" Não BF elegível Não BF intermediário Não BF não EL "verdadeiro" Total Fez consulta de pré-natal? Não Sim 22 949 2,3% 97,7% 27 871 3,0% 97,0% 31 1904 1,6% 98,4% 14 1059 1,3% 98,7% 94 4783 1,9% 98,1% Total 971 100,0% 898 100,0% 1935 100,0% 1073 100,0% 4877 100,0% Crosstab Qualidade como resultado a ser avaliado P<0,001 Grupos de exposição ao BF BF NBF elegível NBF não elegível Total Na consulta pré-natal as mamas foram examinadas? Não Sim 531 540 49,6% 50,4% 754 826 47,7% 52,3% 725 1510 32,4% 67,6% 2010 2876 41,1% 58,9% Total 1071 100,0% 1580 100,0% 2235 100,0% 4886 100,0% P=0,000 O exame das mamas no PN é 1,34 vezes menor no grupo mais pobre beneficiário do BF, do que no grupo mais rico Novos grupos de exposição ao BF * Durante pré-natal fez ultra-sonografia? Crosstabulation Novos grupos de exposição ao BF Durante pré-natal fez ultra-sonografia? Não Sim 64 885 6,7% 93,3% 49 822 5,6% 94,4% 29 1875 1,5% 98,5% 1 1058 ,1% 99,9% 143 4640 3,0% 97,0% BF "Verdadeiro" Não BF elegível Não BF intermediário Não BF não EL "verdadeiro" Total P=0,000 20/09/09 Total 949 100,0% 871 100,0% 1904 100,0% 1059 100,0% 4783 100,0% Quantos exames de ultra-som fez? Valid Missing 1 2 3 4 5 6 7 8 Total -4 -2 99 Total Total Frequency 736 1211 1109 779 402 228 118 264 4847 25 1425 100 1550 6397 Percent 11,5 18,9 17,3 12,2 6,3 3,6 1,8 4,1 75,8 ,4 22,3 1,6 24,2 100,0 Valid Percent 15,2 25,0 22,9 16,1 8,3 4,7 2,4 5,4 100,0 Cumulative Percent 15,2 40,2 63,0 79,1 87,4 92,1 94,6 100,0 P=0,000 Report Quantos exames de ultra-som fez? Novos grupos de Mean exposição ao BF BF "Verdadeiro" 2,41 Não BF elegível 2,73 Não BF intermediário 3,26 Não BF não EL 4,51 "verdadeiro" Total 3,28 20/09/09 N 880 813 1843 Std. Deviation 1,460 1,543 1,769 1023 1,912 4559 1,861 Taxas de internações por condições sensíveis (ICSAP) e não sensíveis (Não-ICSAP) à atenção primária, segundo regiões (Brasil. 1999-2007) Redução 24% Resultados nos Municípios Saúde Infantil- Escores de APS em relação ao tipo serviço de saúde (ESF X UBS) Atributos APS ESF UBS p 8,3 ± 0,9 7,3 ± 0,9 <0,001 Or. Comunitária (1-4) 7,0 ± 1,8 2,0 ± 1,3 <0,001 Or. Familiar (1-4) 4,3 ± 1,6 3,7 ± 1,6 0,03 Escore Geral de APS(8-32) 6,5 ± 1,1 5,5 ± 0,9 <0,001 52,0% 27,2% <0,001 Integralidade – Servs. Básicos (1-4) % Crianças com Alto Escore Geral de APS Harzheim, 2006 Comparação entre Cobertura de Atenção Primária e Taxas de Internação Hospitalares em grandes cidades no Brasil em 2009 - Fonte DATASUS 100,00 90,00 86,7 80,00 77,3 71,5 70,00 65,19 53,57 54,93 55,01 50,00 49,49 52,09 42,88 46,23 42,82 41,88 34,53 32,6 30,00 O RT PO 52,8 47,71 43,07 42,75 40,00 RE G E AL 67,73 61,73 60,00 20,00 78,90 27,20 22,27 CU BA I T RI UM L B AU N E CR IC IÚ M A E IF C RE CH AP Ó EC O SÃ SÉ O J TAXA INTERNAÇÃO HOSP/HAB*1000 I AÍ J TA BH R TÓ I V IA R O L F COB ESF (% POP) O N IA S LI O P JU A AC R A Percentual dos Gastos aplicados em Saúde em Municipios SC 2009 Fonte SIOPS 35 31,83 30 25,54 25 20,55 20,13 18,58 20 17,29 16,1 15 10 5 0 Joinville Criciúma Chapecó Blumenau Florianópolis Lages São José Comparativo entre Florianópolis / Municípios / Estados e Região Sul Internações Hospitalares 1999 - 2009 Fonte - DATASUS / MS 7,0% 6,5% 6,0% 5,8% 5,5% 5,3% 5,0% 4,9% 4,6% 4,5% 4,0% 3,6% 3,5% 3,0% 2,5% 1999 2000 Florianópolis 2001 2002 2003 Total Outros Gfpolis 2004 Joinville 2005 2006 Santa Catarina 2007 2008 Região Sul 2009 Coeficiente de Mortalidade Infantil em Municipios de SC 2009 Fonte - Datasus 17,39 18 15,5 16 12,55 11,9 10,81 10,44 12 9,76 10 9,45 9 8 6 4 2 Florianópolis Joinville São José Criciúma Chapecó Blumenau Tubarão Santa Catarina 0 Lages òbitos/nascidos vivos * 1000 14 AVALIAÇÃO DA PRESENÇA E EXTENSÃO DOS ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA REDE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE CURITIBA, NO ANO DE 2008. Escore Médios P- valor Escore Alto (≥ 6,6) % Utrad ESF Utrad ESF P- valor Acessibilidade 4,7 5,1 0,0018 26 (8,7) 35 (18,4) 0,0014 Longitudinalidade 6,2 6,7 < 0,0001 121 (40,3) 106 (55,8) < 0,0008 Coordenação 6,9 7,0 0,5301 191 (63,7) 127 (66,8) 0,4730 Integralidade Serv. disponíveis 7,1 7,9 < 0,0001 217 (72,3) 171 (90,0) <0,0001 Integralidade Serv. prestados 5,9 8,3 <0,0001 143 (47,7) 172 (90,5) <0,0001 Taxa de ICSAP por 10.000 hab. Taxas padronizadas de ICSAP: total, em mulheres e homens. Belo Horizonte, MG, Brasil. A presença do mesmo médico na equipe por mais tempo associou-se à redução de internações, com uma amplitude inter-quartílica de 21 a 40 meses (-11/10.000 em mulheres por ano) 40 Relações de Trabalho na Saúde da Família SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS – ESTUDO AMOSTRAL 2008 2001 5,5 % equipes sem médico 4,3% equipes sem enfermeiro 2008 7,3% equipes sem médico 0,5% equipes sem enfermeiro A Remuneração do Trabalho na ESF Regimes de Vínculos na ESF Discussão • Aumento na contratação sob formas protegidas • Contratação direta em mais de 90% dos municípios, 9,3% operados por entidades privadas • Contratos desprotegidos: 49,9% médicos (71% contratação temporária), 35,6% dos dentistas, 32,8% das enfermeiras e 16% dos ACS • Em 2001, flexibilidade era a justificativa(54%) • Em 2009, dificuldades para realizar concurso público e o não preenchimento das vagas Desafios para a Próxima Década APS • Utiliza tecnologias intensivas, de cognição • Agrega baixo valor econômico • Não agrega grupos de interesses mais organizados e posicionados na arena das políticas de saúde • Tem menor visibilidade – material e simbólica Fonte: Rawaf, 2007, Mendes, 2009 FINANCIAMENTO “Crescimento dos recursos de saúde rumo à cobertura universal” “Atenção Primária à Saúde não é barata e requer investimentos consideráveis, mas gera maior valor para o recurso investido do que todas as outras alternativas” “Sistema pluralístico de atenção à saúde operado num contexto globalizado” (Relatório OMS, 2008) Proposta Orçamentária 2011 Proposta Orçamentária 2011 Valor R$ 19,00 reais per capita em julho de 2011 3.668 bilhões Proposta Orçamentária 2011 Valor 2011 Equipes de Saúde da Família Equipes de Saúde Bucal Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Endemias R$ 750,00/mês em julho de 2011 6.636 bilhões Correção pelo INPC do IBGE Valor adicional 1.846 bilhões R$ 28,49 per capita Correção Valor adicional Aumento em 50% para 70% das equipes Padrão-Ouro 967 milhões Aumento de R$ 500,00 no incentivo SB 120 milhões Piso Salarial “Remuneratório” de R$ 316 milhões 850,00 para 247 mil ACS e ACE NASF II – 1081 municípios fora dos critérios da PT atual NASF II – R$ 6.000,00 - Impacto: R$ 77.832.000,00 CUSTEIO INVESTIMENTOS PAC II Construção de 8.694 UBS em 4 anos. Impacto de 1.738 bilhões Obs: na Amazônia Legal, as UBS poderão ser Barcos (Saúde da Família Fluvial). Custo mínimo de 750 mil reais cada. Valor Total 5.514 bilhões Valor Total 8.039 bilhões Aumento do Incentivo PAB variável – ACS Competência Agosto 2010 Valor: R$ 714,00 13/ano Impacto: R$ 200 milhões Revisão População Estimada IBGE 2009 – previsão Agosto 2010 UF AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO TOTAL Estimativa 2008 População 680.073 3.127.557 3.341.096 613.164 14.505.266 8.451.359 2.558.372 3.453.648 5.845.146 6.305.539 19.852.798 2.336.058 2.957.732 7.374.669 3.742.606 8.737.798 3.119.697 10.591.436 15.873.973 3.106.430 1.493.566 412.783 10.855.838 6.052.587 1.999.374 41.012.785 1.280.509 189.681.859 PAB Anual 12.677.265,96 57.941.013,96 62.782.424,04 11.099.642,40 265.801.069,80 153.609.507,84 46.050.696,00 62.179.962,00 106.016.865,00 115.904.053,08 358.238.858,04 42.131.382,00 54.333.335,64 137.308.380,00 67.613.229,60 158.195.676,00 57.376.756,20 191.318.749,80 286.121.514,00 57.076.467,96 28.605.172,68 7.754.220,12 195.579.366,24 109.084.877,76 37.836.390,00 738.562.338,24 24.785.092,08 3.445.984.306,44 Estimativa 2009 PAB mensal 1.056.438,83 4.828.417,83 5.231.868,67 924.970,20 22.150.089,15 12.800.792,32 3.837.558,00 5.181.663,50 8.834.738,75 9.658.671,09 29.853.238,17 3.510.948,50 4.527.777,97 11.442.365,00 5.634.435,80 13.182.973,00 4.781.396,35 15.943.229,15 23.843.459,50 4.756.372,33 2.383.764,39 646.185,01 16.298.280,52 9.090.406,48 3.153.032,50 61.546.861,52 2.065.424,34 287.165.358,87 População 691.132 3.156.108 3.393.369 626.609 14.640.055 8.548.641 2.608.099 3.487.199 5.926.450 6.367.138 20.036.391 2.360.498 3.001.692 7.510.295 3.769.977 8.813.860 3.145.325 10.687.514 16.012.040 3.137.541 1.503.928 421.499 10.914.752 6.118.743 2.019.679 41.385.189 1.292.051 191.575.774 PAB Anual 12.847.147,92 58.467.603,96 63.746.462,04 11.327.793,96 268.403.003,76 155.368.935,84 46.945.782,00 62.786.235,96 107.405.596,92 117.000.973,08 361.578.024,00 42.571.068,00 55.068.225,60 139.335.407,88 68.108.463,60 159.595.530,00 57.831.442,20 193.005.653,76 288.606.720,00 57.646.293,96 28.764.364,68 7.895.394,12 196.669.846,32 110.283.829,80 38.163.126,00 745.269.842,28 24.916.346,04 3.479.609.113,68 PAB mensal 1.070.595,66 4.872.300,33 5.312.205,17 943.982,83 22.366.916,98 12.947.411,32 3.912.148,50 5.232.186,33 8.950.466,41 9.750.081,09 30.131.502,00 3.547.589,00 4.589.018,80 11.611.283,99 5.675.705,30 13.299.627,50 4.819.286,85 16.083.804,48 24.050.560,00 4.803.857,83 2.397.030,39 657.949,51 16.389.153,86 9.190.319,15 3.180.260,50 62.105.820,19 2.076.362,17 289.967.426,14 UBS por UF UF/Região DF GO MT MS Centro-oeste AL BA CE MA PB PE PI RN SE AC Nordeste UBS I 25 231 126 79 461 179 413 327 430 283 437 263 190 119 33 2.674 UBS II 11 99 54 34 198 77 177 140 184 121 187 113 81 51 14 1.145 Total 35 329 180 112 656 255 590 467 614 405 624 376 271 170 47 3.819 UF/Região AP AM PA RO RR TO Norte ES MG RJ SP Sudeste PR RS SC Sul Brasil UBS I 26 119 193 55 23 74 490 103 779 351 521 1.754 306 171 232 709 6.088 UBS II 11 51 83 24 10 32 211 44 334 150 223 751 130 73 99 303 2.607 Total 38 170 275 79 33 106 701 147 1.113 501 745 2.506 436 244 332 1.012 8.694 O desafio da Saúde da Família orientada às necessidades da população “Saúde da Família orientada às necessidades da população” “Atenção à saúde para toda a comunidade” “Equipes de Saúde facilitando o acesso e o uso apropriado de tecnologias e medicamentos” “Resposta às necessidades e expectativas das pessoas em relação a um conjunto amplo de riscos e doenças” “Promoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis e mitigação dos danos sociais e ambientais sobre a saúde” (Relatório OMS, 2008) Entre os problemas mais freqüentes, alguns são de grande complexidade, exigindo intervenções sobre indivíduos, famílias, grupos sociais, que demandam elementos cognitivo-tecnológicos de diferentes disciplinas – sociologia, antropologia, psicologia, educação... O desafio da Gestão • “APS como coordenadora de uma resposta ampla em todos os níveis de atenção” • “ Regulação do Sistema de Atenção à Saúde buscando o acesso universal e a proteção social em saúde” • “Participação institucionalizada da sociedade civil no diálogo político e nos mecanismos de “accountability” (Relatório OMS, 2008) Atribuições da APS na Rede de Serviços de Saúde como fonte regular da atenção • Regras e mecanismos de adscrição e registro da população • Sistemas de Informação para o registro • Estratégias e mecanismos de integração da APS com outros pontos da rede • Mecanismos de interação e comunicação entre profissionais na rede • A trajetória do usuário na rede de serviços • A identificação das listas de espera • A resolutividade da APS • Estratégias para melhorar a qualidade clínica Gestão do Trabalho Formação Processo de Trabalho Vínculos de Trabalho Educação Permanente Gráfico com distribuição da MFC por região Pró-Residência - Edital 7/2009 Distribuição de Vagas na Área de Atenção Básica por Região (N= 272) 9% 8% 25% 38% 20% Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Evolução Vagas de Residência MFC – Disponíveis e ocupadas Brasil, 1983 - 2010 2000 1500 1000 Total de Vagas Disponibilizadas 500 Total de Residentes 0 1983 2001 2010 Dados UNA SUS • Número total de Profissionais Especializados: 35.028 ( 2008/09) • Investimento Executado: R$151.500.000,00 Dados TELESSAÚDE • Número de Equipes com acesso: 8.500 • Investimento Executado: R$ 13.406.581,00 Dados Pet Saúde Número Total de Projetos : 461 Grupos Número de Estudantes envolvidos: 13.830 Número de Profissionais de Saúde envolvidos: 2.766 Investimento total 2009 R$ 29.586.126,21 (Realizado) 2010 R$ 59.076.796,08 (Previsto) 2011 R$ 68.044.133,00 (Previsto) A APS da PRÓXIMA DÉCADA: A RADICALIZAÇÃO DA SAÚDE DA FAMÍLIA UM NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • O FORTALECIMENTO DA APS NOS ÓRGÃOS GESTORES DO SUS • O ADENSAMENTO TECNOLÓGICO A IMPLANTAÇÃO DE DIRETRIZES CLÍNICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS A MELHORIA DA INFRA-ESTRUTUTURA FÍSICA DE PRÉDIOS E EQUIPAMENTOS A IMPLANTAÇÃO DE EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS A EXPANSÃO DA TELESSAÚDE • A INSERÇÃO DA APS COMO CENTRO DE COMUNICAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO COM BASE NA POPULAÇÃO PLANEJAMENTO , PROGRAMAÇÃO E REGULAÇÃO DE TODA REDE FONTE: MENDES (2009) O NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • O ADENSAMENTO TECNOLÓGICO A IMPLANTAÇÃO DE DIRETRIZES CLÍNICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS Cadernos de Atenção Primária FONTE: MENDES (2009) O NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • A MELHORIA DA INFRA-ESTRUTUTURA FÍSICA DE PRÉDIOS E EQUIPAMENTOS PT 2226 e PAC II UM NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • O TRABALHO EM EQUIPE • atendimento compartilhado e interdisciplinar, com troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiência para todos os profissionais envolvidos: • estudo e discussão de casos e situações • projetos terapêuticos, orientações e atendimento conjunto • Matriciamento: NASF • PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO PERMANENTE, COM BASE NOS PRINCÍPIOS DA ANDRAGOGIA, EM TEMPO PROTEGIDO • O INCREMENTO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA • A EXPANSÃO DA TELESSAÚDE Número de Equipes com acesso: 8.500 • A COMUNICAÇÃO – COMPETÊNCIA CULTURAL UM NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: A RADICALIZAÇÃO DA SF • A SUPERAÇÃO DOS PROBLEMAS NAS RELAÇÕES DE TRABALHO O REFORÇO DOS REGIMES ESTATUTÁRIOS A IMPLANTAÇÃO DE PLANOS DE CARREIRAS A CRIAÇÃO DE UM FUNDO DE EQUALIZAÇÃO SALARIAL COM RECURSOS FEDERAIS E ESTADUAIS A DEFINIÇÃO DE ENTES CONTRATADORES ESTADUAIS OU REGIONAIS O ABONO DE PERMANÊNCIA EM REGIÕES CRÍTICAS • A IMPLANTAÇÃO DE MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE BASEADOS EM EVIDÊNCIAS A IMPLANTAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS NA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES E AOS EVENTOS AGUDOS A IMPLANTAÇÃO DE UM MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS NA APS FONTE: MENDES (2009) O NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: “agora mais do que nunca” O INCREMENTO QUANTITATIVO DA SF: • A CONSOLIDAÇÃO EM REGIÕES E POPULAÇÕES POBRES • A EXPANSÃO PARA REGIÕES INTEGRADAS ECONOMICAMENTE: GRANDES E MÉDIAS CIDADES • A EXPANSÃO PARA POPULAÇÕES ECONOMICAMENTE INTEGRADAS: SETORES DE CLASSE MÉDIA Valorização Social e Política da APS e do SUS Os cidadãos satisfeitos com os serviços que recebem defenderão o modelo público e aprovarão o financiamento necessário para sua manutenção • O ADENSAMENTO TECNOLÓGICO A IMPLANTAÇÃO DE DIRETRIZES CLÍNICAS BASEADAS EM EVIDÊNCIAS Cadernos de Atenção Primária FONTE: MENDES (2009) O NOVO CICLO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: “now more than ever” • A MELHORIA DA INFRA-ESTRUTUTURA FÍSICA DE PRÉDIOS E EQUIPAMENTOS PT 2226 e PAC II Valorização Social e Política da APS e do SUS Os cidadãos satisfeitos com os serviços que recebem defenderão o modelo público e aprovarão o financiamento necessário para sua manutenção OBRIGADA [email protected] www.saude.gov.br/dab