AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE PASTEURIZADO TIPO “C” COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE PALMAS - TO Pedro Ysmael Cornejo Mujica1, Eduardo Sousa dos Anjos2, Pascoal Henrique Carneiro2, Paulo Victor Gomes Sales2, Jean Vinicius Gonçalves Silva2, Júlio C. D. P. P. Costa2. 1 – Professor do Curso de Engenharia de Alimentos; 2 – Alunos do Curso de Engenharia de Alimentos. Universidade Federal do Tocantins. ALCNO 14 – S/n – Av. NS 15, CEP: 77020-210. Tel. (63) 3218-8085, Palmas, Tocantins, Brasil. E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO O leite é uma mistura complexa, constituída de substâncias orgânicas e inorgânicas, presentes em concentrações relativamente elevadas e fisiologicamente equilibradas, que lhe conferem elevado valor nutricional. O leite de consumo deve obrigatoriamente passar por um tratamento térmico (pasteurizado ou esterilizado), para eliminar as bactérias patogênicas e grande parte das fermentativas, melhorando assim a qualidade do produto, bem como aumentando a sua vida útil. O leite é avaliado pela qualidade sanitária, nutricional, físico-química e sensorial. A qualidade nutricional do leite está estreitamente relacionada com as características físico-químicas, sensoriais e microbiológicas. A qualidade físico-química visa avaliar o valor alimentar ou rendimento industrial e ainda detectar possíveis fraudes. No Brasil, mais de 90% do consumo de leite fluído se faz na forma de leite UHT e leite pasteurizado tipo “C”. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade físico-química do leite pasteurizado tipo “C” comercializado no município de Palma-TO. MATERIAL E MÉTODOS Foram coletados amostras de três marcas comerciais de leite pasteurizado tipo “C” comercializados na cidade de Palmas-TO. A seguir, foram acondicionadas em caixas de isopor com gelo e conduzidas ao Laboratório de Análise de Alimentos da Universidade Federal do Tocantins do Curso de Engenharia de Alimentos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados das análises físico-químicas demonstram que os valores de acidez titulável das amostras analisadas oscilaram de 19,8 a 20,0°D, sendo concordantes com o padrão (16-20°D), e semelhantemente aos reportados por POLEGATO (1999) na região de Marilia-SP. A densidade média variou de 1,0306 a 1,0334 g/ml sem variação significativa entre as amostras, sendo coerentes com o padrão (1,027 a 1,035 g/ml) e também semelhantes aos encontrados por PRIVADO (19990 em Fortaleza-CE. Os valores médios do teor de gordura flutuaram de 3,3 a 3,5, sendo coerentes com o padrão (mínimo 3%). O extrato seco total (EST) apresentou valores de 12,4 a 12,8% sendo concordantes com o padrão (mínimo 11,5%). Os valores do extrato seco desengordurado (ESD) variaram de 8,8 a 9,5, estando dentro do padrão (mínimo de 8,5%), sendo superiores aos encontrados por POLEGATO (1999) em Marília-SP. CONCLUSÃO As amostras de leite tipo “C” analisadas encontram-se dentro dos padrões estabelecidos pela legislação em vigor. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Agricultura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Laboratório Nacional de Referência Animal (LANARA). Métodos Analíticos Oficiais para Controle de Produtos de Origem Animal e seus Ingredientes. Métodos Físicos e Químicos; Brasília, 1981. BRASIL. Ministério da Agricultura. DAS. DIPOA. DNT. Regulamentação da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, Brasília, 1997, 214p. FREITAS, J. A. et. al. Características Físico-Químicas e Microbiológicas do Leite Fluido Exposto ao Consumo na Cidade de Belém. Pará. Revista Higiene Alimentar, v.16, n.100, p.89-96, setembro 2002. POLETO, E. P. S. Estudo das Características Físico-Químicas e Microbiológicas dos Leites Produzidos por Mini-usinas da Região de Marilia-SP. Revista Higiene Alimentar, p.64. abril/maio, 1999. PRIVADO, R. L. Determinação das Características Físico-Químicas do Leite Tipo “C” de Plataforma, Recebido em uma Usina de Beneficiamento na Cidade de Fortaleza – CE. Monografia, UEMA, 1999.