ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E DETERMINAÇÕES DE ADULTERANTES NO LEITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADO EM ITABUNA-BA 1 2 3 Weslley Santos Dias , Marília Sousa Dantas , Jessen Silva Santana , Lucas Ribeiro de Carvalho 4 1 2 Graduado em Farmácia pela Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] Graduanda em Farmácia pela Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] 3 Graduanda em Farmácia pela Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] 4 Professor/Orientador da Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] Palavras-Chave: Características físico-químicas, Adulterantes, Instrução Normativa. INTRODUÇÃO: Para manter a qualidade do leite e também a saúde da população, é necessário estabelecer parâmetros para detecção de desvios de qualidade e adulterações. A análise das características físico-químicas é uma das avaliações para garantir a qualidade do leite que pode ser alterado devido a fatores nutricionais dos animais, fatores ambientais e fraudes do produto. Segundo a legislação brasileira o leite é considerado fraudado, adulterado ou falsificado quando ocorre a adição de água, retirada de um dos componentes, rotulagem com informações que não procedem com o produto, adição de substâncias não permitidas, se estiver cru e for vendido como pasteurizado, e colocado à venda sem garantia da qualidade. Este trabalho teve como objetivo avaliar as características físico-químicas e a determinação de adulterantes no leite pasteurizado tipo C comercializado no município de Itabuna, Bahia. MATERIAL E MÉTODOS: As amostras foram coletadas aleatoriamente em supermercados e padarias do centro e bairros do município de ItabunaBA, acondicionadas em caixa de isopor com gelo e transportadas para o Laboratório Multiuso Dr. Ivon Pinheiro Lôbo da Faculdade do Sul – FacSul – UNIME – Unidade de Itabuna, Bahia. No total foram analisadas 4 marcas (A, B, C e D), sendo coletadas 5 amostras de cada marca com lotes de produção diferentes, totalizando 20 amostras. As amostras foram coletadas em maio de 2014. As análises físico-químicas realizadas foram pH, Fosfatase Alcalina e Peroxidase; e as análises de adulterantes determinadas foram amido, cloretos e cloro/hipoclorito. Todos os procedimentos foram seguidos com base na Instrução Normativa nº 68 que oficializa os métodos analíticos físico-químicos para o controle de leite e produtos lácteos, em conformidade com os anexos IV e V. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A tabela 01 apresenta os resultados das análises de pH, Fosfatase Alcalina e Peroxidase. Um leite recém-ordenhado geralmente apresenta um intervalo de pH entre 6,4 a 6,8, usado também como um indicador para o controle térmico e qualidade sanitária (PAULA; CARDOSO; RANGEL, 2010). A amostra B1 foi a que apresentou o pH mais ácido coincidindo com o término do prazo de validade. Logo, pode ter ocorrido a conversão da lactose em ácido lático pelos microrganismos, tornando o produto mais ácido. Não detectou-se a presença de Fosfatase Alcalina nas amostras analisadas e 7 (35%) amostras apresentaram-se negativas para a presença de Peroxidase (Tabela 01). Após a pasteurização, o leite deve apresentar teste qualitativo negativo para Fosfatase Alcalina e teste qualitativo positivo para Peroxidase, indicando que o processo térmico não ultrapassou a temperatura e o tempo recomendados. Não foi constatada a presença de adulteração por adição de reconstituintes e/ou conservantes como amido, cloretos e cloro/hipoclorito nas 20 (100%) amostras. Tabela 01 – Resultados das análises de pH, Fosfatase e Peroxidase. Amostras pH Fosfatase Peroxidase A1 6,61 A2 6,71 A3 6,59 A4 6,84 A5 6,58 B1 6,05 B2 6,46 B3 6,59 B4 6,53 B5 6,55 C1 6,62 C2 6,55 C3 6,65 C4 6,53 C5 6,58 D1 6,63 D2 6,63 D3 6,63 D4 6,62 D5 6,40 Fonte: resultados obtidos com a pesquisa. + + + + + + + + + + + + + CONCLUSÃO: As amostras apresentaram qualidade satisfatória para os parâmetros analisados, contudo, a ausência de Peroxidase indicou tratamento excessivo do leite durante a pasteurização. AGRADECIMENTOS: Faculdade FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia. do Sul- REFERÊNCIAS: BRASIL. Instrução Normativa n. 68 de 12 de Dezembro de 2006. Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos Lácteos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília - DF, 14 de Dezembro de 2006, Seção 1, p. 8, 2006. PAULA, F. P.; CARDOSO, C. E.; RANGEL, M. A. C. Análise Físico-química do Leite Cru Refrigerado Proveniente das Propriedades Leiteiras da Região Sul Fluminense. Revista Eletrônica TECCEN, Vassouras, v. 3, n. 4, p. 7-18, out./dez., 2010.